INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2016/10/17

Caminha: situação na Foz do Rio Âncora normalizada



No dia 15 ficou normalizada a situação na foz do rio Âncora, com o restabelecimento da comunicação entre rio e mar. 

O assoreamento da zona, devido à insuficiência de caudal, foi prontamente comunicado pela Câmara à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que interveio de imediato, através da Polis Litoral Norte. A ocorrência recente de incêndios, que tornou o rio torrencial, poderá originar outras situações num futuro próximo, pelo que o Município manterá uma vigilância constante e continuará a diligenciar, com os baldios, para que a floresta possa ser olhada de forma estratégica, nomeadamente através da urgente criação das Zonas de Intervenção Florestal - ZIF. 


Terminam hoje os trabalhos que estão a ser desenvolvidos junto à foz do rio Âncora, em Vila Praia de Âncora, onde a areia fechou esta semana o canal de comunicação entre o rio e o mar. Alertada pela Câmara, a APA, através da Polis Litoral Norte, deslocou para o local algumas máquinas e técnicos, com vista a uma intervenção que permitisse repor o rio Âncora no seu leito normal. Os trabalhos foram acompanhados pelo vereador do Ambiente, Guilherme Lagido Domingos, que ontem reuniu no local com os responsáveis da Polis.


A insuficiência de caudal é um dos problemas da bacia hidrográfica do rio Âncora. No entanto, como explica o vereador Guilherme Lagido, a situação poderá ainda agravar-se em consequência dos incêndios, que tornaram o rio torrencial, ou seja, tem água apenas quando chove. A destruição da vegetação/floresta impede que a água seja retida e que seja posteriormente libertada, numa gestão natural e equilibrada que agora não se verifica.


O Município está preocupado e desenvolverá esforços em dois sentidos. Por um lado, manterá uma atenção especial em relação aos fenómenos naturais que vão ocorrendo, de maneira a que se possa, se disso houver necessidade, acorrer imediatamente a eventuais situações que sejam geradas, como agora aconteceu.

Ao mesmo tempo, conforme sublinha Guilherme Lagido, é cada vez mais urgente olhar para a floresta de forma estratégica e apoiar os baldios na constituição das ZIF, que permitirão uma gestão adequada dos recursos florestais, com escala suficiente para prevenir situações como as ocorridas no último verão. 

*** Nota da C.M. de Caminha ***

2016/09/27

Esposende: anunciada obra de proteção da praia da Bonança, em Ofir




O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes anunciou hoje, na Estação Litoral da Aguda, Vila Nova de Gaia, um investimento de 32 milhões de euros, a aplicar em trinta intervenções, cumprindo o Plano de Ação para o Litoral Norte que decorrerá até 2019 e inclui uma intervenção de defesa na praia da Bonança, em Ofir.

Este plano prevê a reabilitação de esporões, a reconstituição dunar, demolições de construções que estão em Domínio Público Marítimo, construção de Ecovias, o ordenamento de áreas de estacionamento e a recuperação de passadiços.

'Acabamos de garantir investimentos muito importantes para os próximos três anos, para o litoral do país. Prosseguimos a forte dinâmica que tem sido implementada. É importante que seja definida uma estratégia para os próximos tempos, em que os municípios terão um papel mais determinante na resolução dos problemas do litoral', disse Benjamim Pereira.

De resto, os investimentos, previstos desde a elaboração da Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Orla Costeira, pretendem travar a erosão que tem afetado o litoral norte, nomeadamente em vários pontos dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Gaia e Espinho, que estão sob alçada do mesmo Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

O ministro do Ambiente manifestou o propósito de “descentralizar, para melhor atuar localmente”, salientando a importância do avanço na recolha de informação que permite “melhor definir as estratégias de intervenção, em defesa do litoral”.

Por seu turno, o responsável pelo programa Polis Litoral Norte, Pimenta Machado apontou a intervenção em curso no molhe norte de Esposende, apresentada como exemplo de programação e a obra na frente de mar de S. Bartolomeu como exemplo de ação em total pacificação social.

Em termos gerais, o plano contempla o planeamento, a monitorização e a intervenção, ao longo dos 140 quilómetros de costa que abrangem nove municípios, de Espinho a Caminha.

*** Nota do Serviço de Comunicação e Imagem do 
Município de Esposende
 ***
  

2016/09/21

Esqueleto com 2.000 anos encontrado em navio naufragado no Mediterrâneo


Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde haviam encontrado a mais sofisticada peça de tecnologia a sobreviver à Antiguidade, a Máquina de Anticítera.
De acordo com a revista Nature, se se conseguir recuperar ADN dos restos humanos encontrados a 31 de agosto ao largo da costa da ilha grega de Anticítera, este poderá revelar pistas sobre a identidade do esqueleto.
A ossatura surpreendentemente bem conservada – que inclui parte de um crânio, dois ossos do braço, várias costelas e dois fémures – poderá também desvendar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C. que provavelmente naufragou durante uma tempestade.
O Governo grego não deu ainda autorização para a realização de testes de ADN.
O esqueleto é um achado raro, porque os cadáveres de vítimas de naufrágios são normalmente levados pelas correntes ou comidos por peixes, e raramente sobrevivem décadas, muito menos séculos.
“Não temos conhecimento de nada do género”, disse Brendan Foley, um arqueólogo marinho da Woods Hole Oceanographic Institution, de Massachusetts, e codiretor da exploração.
À primeira vista, o esqueleto parece pertencer a um rapaz, segundo Hannes Schroeder, um especialista em análises de ADN antigo do Museu de História Natural da Dinamarca.
Não parecem ossos com 2.000 anos de idade“, disse à Nature.
Schroeder ficou especialmente satisfeito com a recuperação do osso petroso – localizado atrás da orelha – que tende a preservar melhor o ADN que outras partes do esqueleto e que os dentes.
“Se houver algum ADN, então, pelo que sabemos, estará aqui”, indicou.
Se se conseguir recuperá-lo, o ADN poderá revelar a cor do cabelo e dos olhos, bem como a raça e a origem geográfica, acrescentou.


Os destroços do navio, submersos a quase 50 metros de profundidade, foram primeiro descobertos por pescadores de esponjas naturais em 1900, e acredita-se que foram os primeiros alguma vez investigados por arqueólogos.

A maior descoberta foi a chamado Máquina de Anticítera, um mecanismo do século II a.C. que por vezes é designado como o computador mais antigo do mundo.
O dispositivo altamente complexo é composto por cerca de 40 peças de bronze e era usado pelos gregos antigos para acompanhar os ciclos do sistema solar.
Foram precisos mais 1.500 anos para que um relógio astrológico de semelhante sofisticação fosse fabricado na Europa.
O ADN mais antigo alguma vez recuperado de restos mortais humanos modernos tinha cerca de 45.000 anos.

Blogue Pedrinhas & Cedovem com ZAP aeiou

2016/09/18

Novos equipamentos de apoio na Praia Norte lançados a concurso por 900 mil euros


A maioria socialista na Câmara de Viana do Castelo e a vereadora da CDU aprovaram em 15 de setembro, em reunião ordinária da autarquia, a abertura do concurso público para a construção de dois equipamentos de apoio, num investimento superior a 900 mil euros, previstos no projeto de requalificação da Praia Norte.
O concurso público , chumbado pelo PSD, prevê a construção de dois equipamentos “com instalações sanitárias, balneárias, espaço para o nadador-salvador e também bares de apoio”.
Em declarações aos jornalistas no final da sessão camarária, o presidente da Câmara, José Maria Costa afirmou que “os dois novos equipamentos deverão estar a funcionar, em pleno, já no próximo verão”, sendo que a sua construção será iniciada quando terminarem as obras de combate à erosão costeira” prevista para aquela praia.
Em causa está a obra de requalificação da Praia Norte, a realizar ao abrigo da sociedade Polis Litoral Norte, orçadas em 2,6 milhões de euros e cujo arranque já sofreu vários adiamentos estando agora previsto para “em meados de outubro”, aguardando “o visto final do Tribunal de Contas”.
O valor base do concurso, sem IVA, é de cerca de 900 mil euros, para os dois equipamentos. São equipamentos com áreas substancialmente maiores do que os equipamentos que lá estão. (…) Vamos ter áreas de apoio de balneários, sanitários, cada um dos equipamentos vai ter um espaço para nadador-salvador. Vamos ter áreas cobertas de bar superiores àquelas que lá estão. Vão ser equipamentos com uma outra ambição, pensando já na futura atratividade que a praia vai ter”, frisou o autarca socialista.
A intervenção, alvo de contestação por um movimento cívico local critica o que considera ser “o fim do estacionamento junto ao mar”, que existe naquela zona, vai abranger uma área equivalente a cinco campos de futebol.
As obras contemplam duas fases, que vão decorrer em simultâneo, uma para defesa da zona costeira e outra de requalificação daquela zona balnear.
A bancada do PSD, pela voz do vereador Eduardo Teixeira justificou o voto contra a construção dos dois equipamentos dizendo que os custos do concurso hoje aprovado “vão ser suportados pela autarquia e não pelo programa Polis Litoral Norte”.
É uma fatura dos desentendimentos públicos de Defensor Moura ex-autarca socialista de Viana do Castelo e principal opositor da intervenção) e o atual presidente, José Maria Costa sobre a Praia Norte”.
Eduardo Teixeira disse “não estar em causa o investimento de recuperação da Praia Norte” mas os custos da construção de equipamentos de apoio “que fazem disparar brutalmente os custos da obra, pagos exclusivamente pela Câmara. Não havia necessidade de pegar nos espaços, demoli-los e construir de novo”, acusou.

2016/09/14

blogue Pedrinhas & Cedovem atingem as 44.000 visitas


P A R A B É N S
a todos os colaboradores e leitores
44.000 visitas
Blogue
Pedrinhas e Cedovém
Apúlia - Esposende
PORTUGAL
EUROPE

Obrigado

Fim da época balnear e APA e POLIS LITORAL NORTE nada fizeram...

Chegamos ao fim da época balnear e a Agencia Portuguesa do Ambiente e a Polis Litoral Norte nada fizeram para proteger Lugar de Cedovém e Pedrinhas


Existem casas e construções que puseram em risco os veraneantes e continuam a pôr em risco os seus utilizadores, moradores, inclinos, proprietários e transeuntes. 

CENÁRIO EM 
PEDRINHAS E CEDOVÉM

 Muro em derrocada e habitação a desmoronar-se e a demolir-se

 Moradia que mete medo em estar e pernoitar, pois existe o pressentimento de derrocada eminente (ouve-se e vê-se o mar a bater na duna em maré-cheia)

Muro em derrocada, em via de cair para cima de veraneantes


A Polis Litoral Norte como a APA, deixam ao abandono e à erosão a zona entre Apúlia e Ofir, permitindo a perda de praia e de terreno continental Português. A insistência destas Instituições do Estado em proteger determinados lugares e a determinarem a liquidação de outros por inoperância é uma prática que vem desde 1986, com a construção dos esporões em Esposende.


CENÁRIO DIFERENTE EM 
OFIR

PROTEÇÃO FEITA PELA POLIS LITORAL NORTE

TRATAMENTO DIFERENTE NO MESMO CONCELHO DE ESPOSENDE


Moradias de Ofir protegidas por mangas Geotube colocadas pela Polis


Manga Geotube que retem a areia, nivela e protege a habitação



Presentemente a Polis Litoral Norte escamoteia-se do problema apresentando como  a Candidatura 01/09/2016 “Infraestruturas para valorização e visitação de áreas classificadas no concelho de Esposende” ao Programa Operacional Regional do Norte.

Financiamento:
Programa Operacional Regional do Norte
PATRIMÓNIO NATURAL
 Qualidade ambiental
Objetivo Temático: Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética
Valor global:
351 165,00 €

 Projetos que em nada têm em defender a costa Portuguesa.

2016/08/31

Aparecimento de vestigios antigos

Com a erosão dunar apareceram flutuadores antigos das redes de pesca


Arrancaram as obras de reabilitação do Molhe Norte da Embocadura do Rio Cávado

Após ter sido reabilitado a restinga por quase 3 milhões de euros e que Já arrebentou uma manta geossintética agora avança-se com uma obra de 1 milhão de euros: 


«Arrancaram esta semana as obras tendentes a reabilitar o Molhe Norte da Embocadura do Rio Cávado, inseridas no plano de protecção do litoral, desenvolvido no âmbito do Programa Polis Litoral Norte.


Constituindo um investimento de 600 mil euros, a obra prevê a intervenção nos cerca de cem metros de comprimento que tem o paredão de protecção da zona da Praia de Suave Mar e contempla, ainda, a dragagem de aproximadamente 350 mil metros cúbicos de areia.

O arranque da obra do molhe norte da barra responde a uma proposta avançada pelo Município de Esposende, após muitos anos de reclamações corroboradas pela Associação de Pescadores de Esposende. Em causa está a garantia de segurança na entrada da barra e a manutenção do areal na Praia de Suave Mar.

Esta obra é da maior importância quer por motivos de segurança da cidade quer para segurança das embarcações. Em dois anos dragamos a doca de pesca e estamos a fazer a reconstrução do molhe, numa atitude, entre outras, de claro apoio aos pescadores deste concelho”, vincou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.



O concurso desta obra foi lançado em janeiro, pela Polis, sociedade que gere o programa que está a desenvolver a requalificação e valorização do litoral entre Caminha e Esposende. De resto, esta intervenção já integrava o Aviso do Programa Operacional para a Sustentabilidade e Uso Eficiente de Recursos (POSEUR), publicado a 1 de outubro de 2015, em resultado da reivindicação feita pelo Município, junto do anterior Governo.


Benjamim Pereira sublinha a importância com que o problema foi tratado pelo atual Governo, em particular pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, “principalmente pela sensibilidade revelada, ante a argumentação do Município de Esposende e ter percebido a necessidade e prioridade desta intervenção, dado que está em causa, sobretudo, a segurança da navegação”.

*** Nota elaborada pelo gabinete de comunicação da C. M. de Esposende ***

APA volta a ter poderes que tinha perdido na gestão da orla costeira -

País que brinca ao "mandas agora tu, que eu mando depois, mando agora eu e tu mandas a seguir"

Agência Portuguesa do Ambiente (APA) volta a ter os poderes perdidos na gestão da orla costeira, quando foram criadas as sociedades Polis, e fica com a tarefa de coordenar as várias entidades nesta área.


"Optou-se por reconduzir à APA os seus poderes originários sobre a orla costeira, que ficaram limitados com a criação das Sociedades Polis Litoral", lê-se num decreto-lei hoje publicado em Diário da República.

A decisão tem, no entanto, em conta o princípio da subsidiariedade, ao relacionar-se com a desconcentração de competências e os objetivos do Governo na descentralização administrativa.
As Sociedades Polis Litoral - Norte, Ria de Aveiro, Sudoeste e Ria Formosa - vão entrar em liquidação no final do ano, conforme deliberações das suas assembleias gerais.
Esta é uma das alterações na orgânica da APA, justificada também com a integração e operacionalização dos novos programas de ordenamento da orla costeira.
"A multiplicidade de entidades intervenientes na orla costeira aconselha o aperfeiçoamento e a agilização da coordenação interinstitucional em vários níveis, quer central, de cada Administração de Região Hidrográfica, quer local", aponta o documento.
A APA fica com a tarefa de promover a elaboração e execução da estratégia de gestão integrada da zona costeira e de assegurar a sua aplicação, assim como de trabalhar na proteção e valorização dos recursos hídricos do litoral, além de definir diretrizes para harmonizar critérios, normas e procedimentos nesta área.
Também deve coordenar a elaboração dos planos anuais de ação para o litoral, assegurar o inventário e cadastro do domínio público marítimo e a demarcação do leito e da margem das águas do mar.
Outra mudança estabelecida pelo decreto-lei respeita às novas competências da APA, no âmbito das alterações climáticas, passando a coordenar o Sistema Nacional de Políticas e Medidas (SPeM), um instrumento criado com base numa resolução do Conselho de Ministros, também publicada hoje em Diário da República, além de acompanhar o desenvolvimento de opções estratégicas e políticas, visando uma economia de baixo carbono.
A APA exerce funções de Autoridade Nacional no que respeita ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) e de promoção de uma política de gestão da qualidade do ar.
O SPeM é justificado com a necessidade de criar sistemas nacionais para definir e avaliar as políticas e medidas, assim como elaborar projeções, na área das alterações climáticas, nomeadamente sobre as emissões, de gases com efeito de estufa ou outros poluentes atmosféricos.
Assim, o sistema é importante para avaliar o cumprimento das obrigações nacionais, incluindo as metas setoriais, do pacote clima e energia da União Europeia.
A APA deve definir a calendarização anual dos trabalhos a desenvolver, disponibilizar ao público informação sobre estes assuntos, incluindo a avaliação dos custos e efeitos das medidas, e identificar, até final de novembro, a lista de políticas relevantes para o cumprimento das obrigações nacionais»

Blogue das Pedrinhas e Noticias ao Minuto

2016/07/28

Artes de sardinha



O agosto está aí e, com ele, o período que a maioria dos portugueses privilegia para o gozo das sacrossantas férias (que isto nem sempre foi assim: nem férias nem sábados nem domingos, nem horário de trabalho, como me disseram alguns dos meus maiores, todos já sugados pelo tempo, que no tempo deles, em querendo o patrão, todo o tempo era trabalho).
Eu “agostista” me confesso, embora não desdenhe, e pratique quando os astros para tanto convergem, uns diitas de veraneio de quando em vez, normalmente com fronteira dentro da península ibérica e, as mais das vezes, da região minho-galaica.
De resto, assim diria o pasteleiro celebrizado pelo Herman José, “eu é mais Esposende”!
Precisando, Ofir é o meu sítio, o meu mar é o que vai da Apúlia às Marinhas, mesmo a norte de Esposende, a temperatura dele é a que se sabe e atira com muita lusa gente para o reino dos algarves, de que uma ou outra vez me torno súbdito, só na época encostada à alta, que esta não se pode aturar.
Mas em Ofir, apesar da temperatura da água e daquele assediante ventinho do Norte, tenho a calma da zona, mesmo a urbana, o estuário do rio, seja vazia ou cheia a maré, a penetrar-me da calma com que ali escorre para o mar, o cheiro intenso da flora autóctone e o intenso odor a maresia, consequência da abundância de sargaço que torna a estadia por aquelas paragens das mais salutares que imaginar se possa.
Acresce a sardinha!
A sardinha é, na época, o meu petisco favorito.
Como-a tanto como entrada de refeição de outros peixes, que os restaurantes dali (permitam-me destacar o meu favorito de há muitos anos – A SALGUEIRA – em Cedovém, entre Ofir e Apúlia) oferecem em grande variedade e muita qualidade, assim como prato principal ou ao lanche.
Quanto mais o agosto vai adiantando mais saborosa se vai pondo a sardinha, mais fácil de despelar e de destacar os lombos da espinha.
Como entrada ou lanche, a sardinha como-a como se fosse marisco: absolutamente solitária, sem batata, nem salada, nem pimentos, nem azeite, nem vinagre. Sardinha e ponto final!
O ritual do arranjo desse luso exemplar da família dos clupeídeos, a que a sardinha pertence, é o mesmo que uso para todo e qualquer peixe que se me ponha inteiro no prato.
Admito que seja mania, ou estreiteza de jeito para variantes, mas peixe servido inteiro no prato só o sei arranjar de uma maneira, que adiante explicarei.
Claro que se for em popular pique nique, ou evento do género, também sei pegar na iguaria pela barbatana traseira de um lado e pela cabeça do outro, e assim a levar aos dentes, que, nesta emergência, os lábios não são para ela chamados. Para ajuda, há quem lance mão de um naco de broa; mas comigo, basta a dentição para transformar o animal falecido e assado em pouco mais que espinha.
Porém, como gosto mais de a comer é, como disse, absolutamente a solo, no prato.
O descrição que farei supõe sardinha bem alimentada, e de competente assadura.
Começa a função pela forma como o piscídeo é colocado no prato.
Esse, como todos os peixes servidos inteiros em dose individual, tenho de o colocar de cabeça para a esquerda e barriga voltada para mim. De outro modo não consigo!
Então, delicadamente, começo por levantar, com a faca, a pele bem junto à barbatana caudal, e introduzindo devagar o instrumento pelo lombo adiante, levanto toda a pele do lado voltado para o céu, deixando aquela cativante ilharga branca de veio castanho todinha à vista e, arrastando delicadamente a pele enquanto com o garfo soergo a sardinha pela cauda, igualmente destaco a pele do lado de baixo.
Segue-se, com todo o cuidado, golpe longitudinal na lombada, da cabeça à cauda e, com a faca, que faço rodar ligeiramente, destaco a parte superior do lombo que, assim, fica pronto a ser introduzido de uma só vez na boca, para o efeito previamente aberta apenas quanto baste.
Deglutida essa fatia, dedico-me à parte ventral do lombo, exigente de um pouco mais de perícia, em virtude das finíssimas espinhas que protegem os coração e aparelho respiratório da nossa amiga sardinha.
Aí há que, com delicadeza a roçar a meiguice, levantar a carne envolvente das tais espinhas e, correndo bem a coisa, como normalmente corre, aqui temos o resto do costado superior do animalzinho pronto a seguir o caminho do já deglutido.
Com a espinha completamente à vista, introduzo então o garfo por baixo dela junto à barbatana traseira, por forma a que aí fique presa entre dois dentes do garfo.
Levanto este com todo o cuidado, e com ele a espinha, começando a separá-la do lombo inferior, usando, para o efeito, a faca que vai prendendo contra o prato o lombo destacado, até chegar à cabeça, sempre com especial atenção à parte das espinhas peitorais, que devem manter-se fixadas na dorsal, e aí temos um verdadeiro bife de sardinha assada, pronto a dar continuidade ao prazer inicial.
Acabada uma, é só repetir a receita na seguinte até que o corpo ou a inteligência decretem - basta!
Acompanha-se com bom vinho verde tinto, mas se for branco a sardinha não repara.

Aos meus esforçados leitores, votos de boas férias e bom apetite.
Guimarães 26 de julho de 2016
António Mota-Prego
(a.motaprego@gmail.com)

2016/07/23

O bacalhau 500 milhões está pronto para viajar para Portugal. E vai por mar

Conselho Norueguês da Pesca celebra 70 anos de exportações do fiel amigo para o nosso país.



É do género graúdo. Tem cerca de três quilos e foi capturado nos mares do Norte da Noruega entre Fevereiro e Abril deste ano. Teve três meses de seca e salga. Nesta sexta-feira segue para Portugal por mar. Sim, estamos a falar de um bacalhau. Mas não é um bacalhau qualquer. É o espécime 500 milhões que a Noruega exporta para Portugal.

A Norge, Conselho Norueguês da Pesca, que reúne os exportadores de peixe do país, quis assinalar os 70 anos de exportação regular de bacalhau para Portugal. Fez as contas e chegou a este número impressionante.

O método de cálculo foi simples. Foi aos registos onde tem todas as exportações feitas para Portugal desde 1946 e dividiu a tonelagem registada pelo peso médio dos bacalhaus. Esse peso era de 1,5 quilos até 1995, no ano seguinte subiu para 1,7 quilos e está agora nos 1,9 quilos.

Na verdade, este não é exactamente o bacalhau 500 milhões, confessam os exportadores; é, mais precisamente, o 508.399.822. Mas, para assinalar a data, arredondou-se número.

A viagem do bacalhau para Portugal começou nesta quinta-feira em Bergen, a segunda cidade da Noruega, com pompa e circunstância. O peixe foi entregue por um membro da direcção da Associação de Chefs da Noruega, Kristine Ounebo, ao capitão de um dos mais emblemáticos navios do país, o veleiro centenário Statsraad Lehmkuhl, numa cerimónia promocional.

O veleiro, que hoje funciona como navio-escola, parte nesta sexta-feira para Lisboa, onde chega no final de Julho. Nessa altura, o bacalhau 500 milhões será festejado em Portugal, numa cerimónia cujos contornos ainda não foram revelados.

“Mais bacalhau do que salmão”

Entre portugueses e noruegueses, falar de bacalhau é falar de algo muito sério. Para nós, porque o consumimos em quantidades como em mais nenhum país no mundo. Para os noruegueses, porque se trata de um importante negócio.

Só no ano passado, Portugal importou cerca de 35.500 toneladas de bacalhau, sendo que cerca de 70% (24.848 toneladas) veio da Noruega, num negócio que valeu para o país dos fiordes cerca de 180 milhões de euros.

Portugal é o único país da Europa "que consome mais bacalhau do que salmão", revela Johnny Thomassem, director da Norge e que há vários anos reside em Portugal.

Outro exemplo que dá sobre a importância do peixe para os dois países é o facto de as vendas de salmão para Portugal representarem 0,3% das exportações totais da Noruega. Já as vendas de bacalhau para o nosso país rondam um terço do total exportações.

Johnny Thomassem deixa uma garantia aos portugueses: "Graças às práticas sustentáveis que levamos a cabo, o bacalhau não vai faltar durante muitos e muitos anos."

Nesta presente noticia desafiamos Johnny Thomassem a visitar o Lugar das Pedrinhas e Cedovém, pois é um lugar em Portugal  que nasceu através dos seus antepassados.




2016/07/21

UE está para resolução de conflitos no mar da China de acordo com as leis internacionais. Já os EUA adverte ...

O Presidente do Conselho Europeu, Donald Dusk afirmou ao lado do Presidente da Comissão Europeia Jean -Claude Junkers "A posição da UE permanece inalterada: somos a favor de uma solução para todas as disputas marítimas e territoriais por meios pacíficos e em conformidade com o direito internacional"
As disputas territoriais no que diz respeito ao ao mar da China do Sul (YUKM) leva à criação de ilhas artificiais e construção de infra-estruturas militares, aos quais os representantes dos países ocidentais chamam de "ações unilaterais" . A China YUKM realiza engenharia hidráulica em larga escala e trabalhos de construção na criação de ilhas artificiais, bem como a expansão e desenvolvimento destas áreas marítimas.

Em contrapartida EUA adverte a China se esta for provocadora no mar do Sul da China

2016/07/18

O pôr-de-Sol de ontem - Um dos melhores do Mundo

Fechou 

e depois disparou a toda a velocidade


Bem vindo a bordo do nosso planeta Terra
Esposende
PORTUGAL

Projeto de energia das ondas em Peniche assegura financiamento de 10 milhões

O Banco Europeu de Investimento e o programa Horizonte 2020 decidiram atribuir ao projeto Waveroller um empréstimo que cobre mais de metade do custo total da iniciativa

Projeto Waverolller, que está a ser desenvolvido em Peniche para explorar o potencial da energia das ondas para a geração de eletricidade, acaba de assegurar um financiamento de 10 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI), com o apoio do programa comunitário Horizonte 2020.

O empréstimo faz parte da linha de apoio Innovfin Energy Demo Project, destinada a financiar, com maturidades até 15 anos, empreendimentos de teste de novas tecnologias no sector energético, que, por não estarem ainda numa fase de exploração comercial, não conseguem gerar para já as receitas necessárias ao pagamento do investimento.
O Waveroller já tem desde 2012 três protótipos em teste em Portugal, cada um com uma potência de 100 kilowatts (kW). A tecnologia permite converter a energia das ondas em energia elétrica com recurso a painéis que são instalados debaixo de água, com um circuito hidráulico no seu interior.
A nova fase prevê a instalação de um equipamento de demonstração em escala real com 350 kW. O custo desta nova etapa será de 19 milhões de euros (dos quais 10 milhões apoiados pelo empréstimo do BEI).
O comissário europeu da Inovação, Carlos Moedas, comentou, em comunicado, que “investir nas tecnologias de energias renováveis é reforçar o papel de liderança da Europa nesta área”, sendo que este apoio “contribui para soluções aos desafios das alterações climáticas globais, criando emprego e crescimento econômico sustentável na Europa e em Portugal”.
Além do Waveroller, Portugal já tem outros projetos de produção de energia a partir do mar, entre os quais o Windfloat, uma torre eólica flutuante ao largo da Póvoa de Varzim, com 2 megawatts (MW) de capacidade, que foi agora desligada, para dar lugar ao teste de outras tecnologias. O projeto Windfloat deverá mais tarde prosseguir ao largo de Viana do Castelo com um parque eólico offshore de maior dimensão.

FIM DO WINDFLOAT na nossa costa


O projeto pioneiro de produção de energia eólica 'windfloat' terminou a primeira fase de testes e seguem-se agora novos testes. A plataforma foi retirada do mar, onde esteve cinco anos, e dizem que foi para ser levada para Sines.
A verdade é que a torre heólica do projeto "windfloat" foi retirada e agora a nossa paisagem torna-se novamente limpa.


Blogue Pedrinhas & Cedovém com PortoCanal


2016/07/15

Regresso ao mar, nova série na SIC Notícias

 «Da pesca à investigação científica aplicada à aquacultura, passando pela biotecnologia, Portugal está a voltar a investir no mar, e tem como objetivo aumentar o peso da economia azul no produto interno bruto nacional, pelo menos para 4,5% até 2020. A partir de hoje, às quintas-feiras, vamos voltar-nos para o oceano, com reportagens e diretos, na SIC e na SIC Notícias, e mais conteúdos no site da SIC Notícias, a propósito da exibição de "Regresso ao Mar", uma série promovida pelo Fórum Oceano e realizada por Francisco Manso.»

Governo quer agilizar intervenções de defesa da costa

Litoral XXI é apresentado esta sexta-feira. Praias entre a Costa Nova e Vagueira alimentadas com areias do Porto de Aveiro.


Os Ministérios do Ambiente e do Mar apresentam esta sexta-feira, em Vagos, o Litoral XXI – Governança e Plano de Ação, documento que define as prioridades de intervenção nas áreas do país sujeitas a fenômenos de erosão costeira e que inclui também a descentralização, para a esfera dos municípios, de competências hoje concentradas na Agência Portuguesa do Ambiente e noutras instituições dependentes da Administração Central.

O Plano é apresentando numa das zonas da costa mais sujeitas aos efeitos da erosão. Sem intervenção humana, e se o nível do mar aumentar como os cientistas prevêem, até 2100 a praia da Vagueira, em Vagos, corre um sério risco de ser riscada do mapa. Em 2014, a equipa do projecto Change – Mudanças Climáticas, Costeiras e Sociais, estimava que o mar pode avançar terra dentro ao longo de 11,6 metros já em 2025 e inundar as zonas na cota dos 2,5 metros.

O problema acentuou-se nas últimas décadas – entre 1973 e 1996, a linha de costa recuou 200 metros a sul da Vagueira, considerada a zona mais crítica para o equilíbrio da Ria de Aveiro – e seguindo as propostas contidas no último relatório sobre a gestão da zona costeira, e incluídas no novo Plano de Ação de Proteção e Valorização do Litoral 2016-2020, a solução passa pela reposição do equilíbrio sedimentar naquela área. Por isso, esta sexta-feira é assinado um contrato entre a Agência Portuguesa do Ambiente e a Administração do Porto de Aveiro para a dragagem de dois milhões de metros cúbicos de sedimentos do interior da infra-estrutura portuária, sedimentos esses que alimentarão os areais em risco a sul.

Com um investimento estimado em mais de seis milhões de euros – repartidos pelas duas instituições e financiáveis por fundos comunitários – a dragagem de inertes existentes em depósito na ria e numa “ilha” localizada no Porto de Aveiro, em frente à Zona de Atividades Logísticas e Industriais, permitirá melhorar as condições de navegabilidade do porto. E, ao mesmo tempo, minimiza o défice sedimentar desta parte da costa, muito associado, precisamente, às intervenções humanas no litoral - como o prolongamento de molhes - que alteraram, ao longo de décadas, a normal deslocação de areias para sul. 

2016/07/12

Proprietários, Amigos e simpatizantes de Lugar das Pedrinhas e Cedovém agradecem à Camara Municipal de Esposende

Proprietários, amigos, veraneantes e simpatizantes de Lugar das Pedrinhas e Cedovém agradecem à Câmara municipal, por novamente nesta época balnear disponibiliza nadadores-salvadores.


«O reconhecimento da qualidade das praias do concelho segue-se à distinção feita pela Associação Nacional de Conservação da Natureza, Quercus que atribuiu o grau “Qualidade de Ouro”, à água de cinco praias de Esposende. Apúlia, Ofir, Cepães, Ramalha e Rio de Moinhos foram premiadas por apresentarem sistematicamente, ao longo de cinco anos, boa qualidade ou qualidade excelente, tendo em conta a classificação da legislação em vigor.
Para além destes aspetos de ordem ambiental, importa ainda salientar que, numa perspetiva de melhoria da segurança dos utilizadores das praias do concelho, a Câmara Municipal irá promover a vigilância e o salvamento marítimo em zonas que apresentam um uso intensivo, apesar de não estarem associadas a nenhuma concessão de praia.
Não obstante não constituir responsabilidade da autarquia, a Câmara Municipal de Esposende disponibiliza nadadores-salvadores nas zonas de Pedrinhas/Cedovém, em Apúlia, e Suave Mar-Foz, na cidade de Esposende.»


Quanto às praias de Lugar das Pedrinhas & Cedovém não estarem associadas a nenhuma concessão é por não poderem ser, sem a aprovação da Associação dos Baldios, que atualmente gere os terrenos do Aforamento da Casa de Bragança que foi comprado pelos homens bons a 20 de outubro de 1877 e que no próximo ano faz 140 anos de existência.

No entanto, proprietários, amigos, veraneantes e simpatizantes de Lugar das Pedrinhas e Cedovém aguardam proposta da Câmara Municipal para uma atividade económica local, mantendo o espaço enquadrado com a paisagem natural, preservando o ambiente, assim como de classificar e manter o Património cultural e edificado ali existente.

2016/07/06

PCP quer vedar baldios ao arrendamento e retoma lei de 1976

Bancada comunista defende a revogação das alterações feitas à lei dos baldios pela anterior maioria PSD/CDS

Os baldios são usados para o pasto, a caça, a recolha de lenha e agricultura

Vedar os terrenos baldios ao comércio jurídico – designadamente ao arrendamento e circunscrever a sua gestão à população que reside área adjacente são duas das propostas que o PCP leva, nos próximos dias, ao Parlamento para anular as alterações feitas em 2014. A bancada comunista quer repescar a lei de 1976.

Há dois anos, PSD e CDS alargaram a todos os cidadãos eleitores da freguesia a possibilidade de serem compartes (que têm direito ao uso e fruição do baldio). A alteração foi contestada por algumas organizações ligadas ao sector agrícola e florestal e também pelos partidos mais à esquerda no Parlamento. O PCP quer agora revogar essa determinação, passando o universo dos compartes a integrar apenas os cidadãos com residência na área em que se situam os respectivos baldios, de acordo com a tradição local. A mudança na lei feita pela anterior maioria “potenciava conflitos sociais”, afirma o deputado comunista João Ramos. “Há casos em que o baldio pertence apenas a uma aldeia enquanto a freguesia [onde estão todos os eleitores inscritos] pode abranger mais aldeias”, exemplifica.

O projecto de lei comunista  a que o PÚBLICO teve acesso  garante “o direito das populações ao usufruto dos baldios de acordo com a sua vontade, usos e costumes”, sustenta o deputado. E é nesse sentido que a iniciativa legislativa retoma a primeira lei sobre os baldios, de 1976, que devolve às comunidades esses terrenos que passaram, em 1954, durante a ditadura, a ser administrados pelo Estado, através dos serviços florestais. “Queremos retomar o espírito que tinha essa lei de 76”, assume João Ramos, lembrando que a Constituição consagra os baldios como “meios de produção comunitários, possuídos e geridos por comunidades locais”. “Nem são propriedade pública nem privada, são de determinada comunidade de compartes e não de todos”, sublinha.

Como meios de produção comunitários, estes terrenos estão excluídos do comércio jurídico, no entender do PCP. E é por essa razão que outra das alterações propostas é vedar o arrendamento que a anterior maioria PSD/CDS tinha consagrado na lei. “Ficou a porta aberta ao arrendamento e também à inclusão na Bolsa de Terras”, critica o deputado, acusando a anterior maioria de “ceder aos interesses da indústria da pasta de papel”.

Os baldios (estimados em 500 mil hectares em todo o país) são utilizados pelas populações para apascentação de gado, recolha de lenhas e matos, de culturas e também de caça. Mas também têm servido para instalar pedreiras ou unidades de produção eólica, por exemplo, tornando mais relevantes os rendimentos deles retirados. Nesses casos, segundo o projecto comunista, podem estabelecer-se contrapartidas. A iniciativa legislativa coloca a gestão dos baldios totalmente nas assembleias de compartes, “clarificando e melhorando” procedimentos dessa administração, segundo João Ramos. Fechando a possibilidade de haver tributação dos baldios, os comunistas admitem a necessidade desses terrenos serem identificados nas conservatórias com vista à preservação e defesa do território nacional.

A discussão do projecto de lei do PCP, que deve ser feita em conjunto com outro do BE no mesmo sentido, irá acontecer só depois do Verão. Será mais um passo para tentar pôr fim ao diploma de 2014, depois de a regulamentação dessa mesma lei já ter sido revogada em Fevereiro deste ano pela maioria de esquerda – PS, PCP e BE. Os três partidos já tinham contestado o projecto da coligação PSD/CDS e pediram a fiscalização sucessiva do diploma ao Tribunal Constitucional, mas o tribunal não lhes deu razão.

2016/07/04

Época balnear 2016 - Esposende

Passou mais um inverno e nada foi feito de proteção da costa marítima.



Estamos em nova época balnear e a AGENCIA PORTUGUESA do AMBIENTE e a  POLIS LITORAL NORTE que conhecem o problema no litoral de Esposende, muito bem, enfiam a cabeça na areia como "a avestruz" e reagem como se nada existisse. Entretanto vários veraneantes circulam com se não houvesse nenhum perigo, só que para eles, o que que poderá trazer uma simples sombra nas horas de mais calor é uma enorme desgraça, pois existem na praia como os brasileiros dizem várias arapucas.



2016/06/13

Navio cheio de ouro descoberto no deserto foi “oferecido” por Portugal à Namíbia


Uma empresa da indústria mineira descobriu um navio português do século XVI, no deserto da Namíbia, com um tesouro de moedas de ouro de valor incalculável. Tesouro de cuja propriedade o governo português “generosamente” abdicou em nome da Namíbia.
Os arqueólogos que têm estudado os destroços do navio português, que se terá afundado em 1533, falam da mais importante descoberta dos últimos anos, em termos de naufrágios. Isto não apenas por causa da antiguidade dos vestígios, mas também pelo seu excelente estado de preservação.
O navio foi identificado como sendo “O Bom Jesus” que partiu de Lisboa, em 1533, rumo a Goa, na Índia, transportando a bordo um verdadeiro tesouro de moedas de ouro, mas também estanho, cobre e marfim, além de cerca de 300 pessoas, entre marinheiros, soldados, padres, nobres e escravos.

Entre as moedas de ouro portuguesas e espanholas, foram encontrados canhões de bronze, lingotes de cobre, instrumentos de navegação, talheres, utensílios de cozinha em cobre, espadas e mosquetes e cinco âncoras, além de outros artefactos de valor cultural e científico.



Capitaneado por D. Francisco de Noronha, o navio terá naufragado ao largo da costa da Namíbia, depois de ter possivelmente tentado atravessar o temido Cabo da Boa Esperança.
Os primeiros destroços do navio foram encontrados, em 2008, por geólogos de uma companhia mineira, mas o achado só foi revelado por completo depois de se ter procedido à drenagem de uma lagoa feita pelo homem para tornar a extracção de minerais possível numa zona marcada pela elevada força das ondas.
O navio demorou séculos a ser descoberto por se encontrar enterrado por baixo do leito do mar, conforme explica o arqueólogo Dieter Noli em declarações à Fox News.
Este elemento do Instituto de Pesquisa Arqueológica Marítima da África do Sul constata que os destroços estão num estado de “preservação excelente”, considerando que é “uma situação extremamente invulgar”.


“Os organismos marinhos podem gostar de madeira, de capas de couro de livros, de caroços de pêssegos, de sacos de juta e de sapatos de cabedal, mas o cobre está mesmo fora da sua alimentação – por isso, muita coisa sobreviveu a 500 anos no fundo do mar“, destaca Noli.
O arqueólogo também relata à cadeia de televisão norte-americana que o tesouro de valor incalculável – só as moedas de ouro valerão 13 milhões de dólares, segundo a Fox News – fica para o governo da Namíbia.
Noli explica que quando se encontra “um navio de estado” em território de outro país, os vestígios ficam para “o país sob cuja bandeira o navio navegava”.
“Neste caso, o navio pertencia ao Rei de Portugal, transformando-o num navio de estado – com o navio e todo o seu conteúdo pertencendo a Portugal.
Contudo, o Governo português, muito generosamente, renunciou a esse direito, permitindo à Namíbia ficar com o lote”, destaca o arqueólogo.
As autoridades locais, juntamente com a equipa de arqueólogos que continua a trabalhar no terreno, estarão agora a equacionar erguer um museu para mostrar ao público a extraordinária descoberta.
Quanto ao naufrágio ocorrido em 1533, as causas devem ter sido uma tempestade numa zona considerada muito perigosa pelos navegadores portugueses. Noli ainda adianta que o excesso de carga pode também ter ajudado para o desfecho trágico

Blogue Pedrinhas & Cedovém com FOXNEWS