Molhe de Esposende vai ser reforçado para aumentar a segurança dos pescadores
Investimento de um milhão de euros do programa Polis Litoral Norte vai servir para reconstruir parte da barra . O molhe norte, em precárias condições, já vitimou dezenas de pescadores.
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MOLHE DE ESPOSENDE |
A obra de reconstrução do molhe norte da barra de Esposende, "absolutamente fundamental" para conferir maior segurança à actividade piscatória, vai ser concretizada este ano, num investimento de um milhão de euros, informou hoje o presidente da câmara.
Benjamim Pereira disse à Lusa que a obra decorrerá sob a tutela da sociedade Polis Litoral Norte, que acaba de deliberar a abertura do concurso público, prevendo-se que os trabalhos comecem "dentro de três ou quatro meses". "Até ao final do ano, contamos ter o molhe pronto, o que é absolutamente essencial para a segurança dos pescadores", acrescentou.
Segundo o autarca, o molhe encontra-se "totalmente destruído", uma situação que já se arrasta "há demasiado tempo". "Não há pedra sobre pedra. As pedras estão todas na zona de passagem das embarcações", referiu.
Sem o molhe, as areias do lado norte "são todas arrastadas para a boca da barra", provocando um assoreamento que se torna "extremamente perigoso" para a entrada e saída das embarcações. Além disso, as embarcações ficam "totalmente desprotegidas" face à ondulação de noroeste.
Uma situação que, como tem denunciado reiteradamente o presidente da Associação de Pescadores de Esposende, Augusto Silva, faz com que aquela seja uma "barra assassina".
A última morte de um pescador naquela barra registou-se em Outubro de 2014, quando um "golpe de mar" virou uma embarcação. Para Augusto Silva, a culpa foi, mais uma vez, do assoreamento da barra, que estava "completamente seca", e da inexistência de um molhe de protecção a norte. Na altura, o líder associativo disse que os pescadores de Esposende já lutam "há 100 anos" por uma barra condigna, mas apenas têm conseguido "promessas".
Segundo Augusto Silva, naquela barra já morreu cerca de uma dezena de pescadores, "mas os sustos são constantes e esses não entram nas estatísticas".
O programa Polis Litoral Norte foi lançado em 2008 para requalificar e proteger a frente costeira de Esposende, Viana do Castelo e Caminha, numa extensão de 50 quilómetros.
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RESTINGA DE ESPOSENDE
2010
2016
A PONTA DA RESTINGA DO RIO CÁVADO COM CILINDRICOS GEOSSINTÉTICOS
A PONTA DA RESTINGA DO RIO CÁVADO COM CILINDRICOS GEOSSINTÉTICOS
Toda a gente sabe que agora com esta obra de engenharia está construído o grande muro que impossibilitará o depósito de inertes nas praias as sul do Cávado, como se tornará responsável pela erosão da orla costeira a sul de Esposende.
Para além da sequência das várias barragens do rio Cávado, que já eram as responsáveis, existe agora este ultimo muro que entupirá a evacuação de inertes para o mar.
Nos anos vindouros a dragagem da foz do rio será um trabalho imperativo, pois nos próximos invernos, mais chuvosos e nos casos da necessidade de descargas das barragens coincidirem com as marés altas, haverá forçosamente inundações nas habitações nas margens da foz do rio (margem sul - Ofir e margem norte - Esposende).
Essas inundações não serão de responsabilidade natural mas sim por erro humano, porque afinal estes CILINDROS GEOSSINTÉTICOS serão sempre um MURO DE CONTENÇÃO.