INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2021/11/21

FAZ 35 ANOS QUE CONSTRUIRAM O ESPORÃO DAS PEDRINHAS

 ATÉ 1985 O AREAL DO LUGAR DAS PEDRINHAS ERA ASSIM ...



EM 1986 CONTRUIU-SE O 3 ESPORÃO ...


.. O QUE FEZ UMA ENORME EROSÃO NO AREAL



EM 1992 O ESTADO PORTUGUÊS VIU A NECESSIDADE DE CONSTRUIR UM QUEBRAMAR



EM 1994 O ESTADO PORTUGUÊS TEVE QUE CORTAR NOVAMENTE O ESPORÃO

FAZ 35 ANOS QUE O 3º ESPORÃO DE ESPOSENDE FOI CONSTRUIDO. ESPORÃO QUE FICOU PROVADO EM TRIBUNAL QUE FOI UM DOS CAUSADORES PELA EROSÃO E QUE DEVERIA SER REMOVIDO.


HOJE AINDA PREVALECE E OS ANTERIORES FORAM REFORÇADOS


2021/11/18

E o mar tudo levou em Cedovém

 

Portugal enfrenta um problema de erosão costeira que as alterações climáticas deverão agravar nos próximos anos. Em Cedovém, município de Esposende, os moradores travam uma batalha pela preservação das suas casas e também da sua existência como comunidade. Os locais culpam os esporões, mas para o professor Veloso Gomes o problema é a “falta de areia”, cuja verdadeira causa é a subida do nível das águas do mar.

Este artigo foi originalmente publicado no site do REC-Repórteres em construçãoprojeto de que o JPN é parceiro. Foi produzido por estudantes da Universidade do Porto no âmbito do programa que o REC dedicou ao tema “Clima”.

Foi numa noite terrível, “com muita chuva e muito vento”, recorda Olívia, a matriarca da família Monteiro. O mar tantas vezes bateu na duna que a casa ao lado da sua acabou mesmo por cair. “Inteira”, mostra o filho António com as mãos: tombou como um torrão e foi engolida pelas águas.

Três meses depois, os restos que o mar enjeitou ainda lá estão, junto à base da duna, na praia de Cedovém, a sul de Esposende – pedaços de lajedo e de madeira, lixo do que foi em tempos uma casa segura. Alguns metros acima ainda se mantém de pé a pequena moradia que foi habitada pela família Monteiro. Está vazia depois do agregado familiar, que inclui duas crianças, ter sido realojado pela Câmara Municipal de Esposende num bairro de habitação social, em Fão. Uma faixa azul da polícia circunda agora o local para manter à distância os curiosos. Qualquer dia também a sua antiga casa há-de estar “a boiar no meio do mar”, vaticina António.

A comunidade

Cedovém é uma comunidade costeira do concelho de Esposende. Luís Peixoto, presidente da União de Freguesias de Fão e da Apúlia, avança que, entre habitantes, trabalhadores e veraneantes com segunda habitação, estão ligadas a este território cerca de quatrocentas pessoas.

Os restaurantes que ali funcionam (entre 10 e 12 ) “são um eixo muito forte da economia do concelho. São milhares de pessoas que frequentam aqueles restaurantes”, garante Luís Peixoto. Há também um número relevante de aprestos que servem de apoio para “as artes das pescas” e diversas casas, das quais apenas um número “residual” é de primeira habitação.

O autarca garante que a progressão da erosão é “cada vez mais galopante” e defende que no imediato a solução deve passar por “deslocar os restaurantes e primeiras habitações para o outro lado da estrada” garantido que existe um projeto da Polis de 11 milhões de euros à espera de aprovação.

O cantinho da resistência

Apesar de tudo, há quem acredite que vale a pena tentar conter o avanço do mar. Adriano Ribeiro é um pescador natural de Cedovém que se empenha na preservação das dunas que protegem as casas, plantando feno nos locais mais sensíveis. Uma planta que prefere aos chorões, porque estes são uma planta invasora.

Adriano criou um projeto chamado ‘Cantinho dos Pescadores’ que visa combater a degradação costeira e servir de ponto de encontro para a comunidade local. No entanto, esta é uma luta de David contra Golias, um jogo de paciência contra um inimigo bem mais poderoso, capaz de desfazer, num dia de maior agitação marítima, o trabalho realizado pelo homem ao longo de semanas. O pescador confessa que por vezes se sente sozinho e que lhe passa pela cabeça baixar os braços. No entanto, logo levanta a cabeça e retoma de novo uma luta que diz ter iniciado há 40 anos.

O trabalho de ‘formiguinha’ de Adriano Ribeiro não consegue, contudo, fazer face às situações mais dramáticas, como as que atingem as casas que ocupam a frente de mar em Cedovém e noutro lugar a norte, chamado as Pedrinhas. No início da primavera, as dunas foram reforçadas com fardos de areia através de uma retroescavadora, uma operação articulada com a junta de freguesia, mas paga pelos moradores, a quem cabe custear encargos de milhares de euros.

O líder do ‘Cantinho dos Pescadores’ garante tratar-se de um remendo, que apenas adia o inevitável recuo da costa por mais um ano, mas não resolve a situação: “É preciso terem a coragem de proteger a costa”, sugerindo o colocação de geo-cilindros: “Metiam por aqui fora até ao fundo e tinham o problema da praia resolvido”.

“Mexeram com a Natureza”

Clemente Palmeira é um dos mais antigos habitantes deste lugar. Os seus olhos já viram ao vivo o que muitos mal conseguem imaginar: terras geladas do Mar do Norte para onde partiu à pesca do bacalhau; matas cerradas na Guiné onde esteve na Guerra Colonial a combater.

Este pescador reformado não tem dúvidas: a construção de esporões feita nas últimas décadas é a principal causa do problema da erosão da orla costeira daquela zona: “Ao pôr isto mexeram com a Natureza. É por isso que escava. O mar faz corropio, vai comendo pela terra dentro”.


Os pescadores queixam-se também de não ser ouvidos. Enquanto Clemente fala, desenha no chão com os dedos a cartografia de uma costa que conhece tão bem como a palma da sua mão e, sobressaindo como ferrões, lá estão eles: os traços que representam os diques de pedra que o homem ali decidiu construir e que as autoridades prometem há anos retirar completamente: “Fizemos protestos porque o esporão tinha mais de oitenta metros. Eles tiraram uma parte e deixaram ficar aquele. Há dez ou 11 anos que há ordem para tirar o resto e ainda não o fizeram. Dizem que não têm dinheiro. Mas tiveram dinheiro para fazer as asneiras.

Uma questão de tempo

A verdade é que reduzir o problema da erosão costeira em Esposende à presença de esporões e a solução à sua retirada é um erro. Quem o diz é Fernando Veloso Gomes, professor Catedrático da área de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Com a retirada dos esporões, é facto que as areias retidas a norte iriam ser transportadas para sul. Contudo, segundo esclarece o especialista, esta solução seria apenas temporária – eventualmente, também esses metros de costa que beneficiariam
 a zona sul iriam desaparecer. “Podem retirar os esporões à vontade que a situação até pode melhorar durante um ou dois anos, mas infelizmente, é muito mais grave do que isso. O problema passa pela falta de areia: não há areia, os rios não trazem areia para o mar”, afirma.

A verdadeira causa, assegura, é a subida do nível das águas do mar, que acelera de ano para ano e promete que aquela região fique, um dia, submersa – e com ela, a areia em que Clemente Palmeira desenha. “A única questão é quando. Não é daqui a dez anos, nem a 20, nem possivelmente será 100. Agora, se são 500, já não sei”, atira Veloso Gomes.

É o “grande drama científico” – como o apelida o docente da FEUP – do “quando” que se torna na verdadeira preocupação, “porque as coisas estão a mudar de uma tal maneira que o histórico já não se aplica e já não estamos com escalas de milhares ou milhões de anos”.

Com escalas de centenas de anos na mesa, entram também em jogo os fenómenos hídricos, como tempestades intensas e marés meteorológicas (as provocadas pelo estado do tempo). Estas situações que “já não conseguimos prever” estão a ficar cada vez mais frequentes devido às alterações climáticas e, de acordo com o investigador, é essa frequência que vai potenciar cada vez mais a erosão costeira.

A solução passa por tentar controlar o incontrolável, algo que exige uma grande quantidade de recursos financeiros que, para muitos, não valem o gasto. “O grande problema não é a falta de soluções de engenharia. Mas a defesa é cara, e vai ser paga pelos contribuintes para defender umas dez construções de segunda habitação”, considera Veloso Gomes, acrescentando que a forma mais eficiente de desacelerar a erosão da costa seria criar um programa nacional de alimentação de praias.

A erosão da comunidade

Adriano Ribeiro é tão omnipresente neste lugar como o som das ondas do mar. Ir a Cedovém é garantia de o encontrar. Para além do feno, assenta na areia placas de madeira onde pinta versinhos alusivos ao mar e à conservação ambiental: são o seu grito de alerta para a consciencialização da comunidade e dos visitantes para o problema da erosão marítima. “O mar galgou a terra. Aqui-d’el-rei quem me acode”, lê o pescador a partir de uma das plaquinhas, “mas fiquem todos sabendo que o erro fora da mão do homem.

Quando o mar concede algumas tréguas parece que o mundo pode voltar a ser o que sempre foi para esta comunidade, reunida quando pode sob o guarda sol de palha do ‘Cantinho dos Pescadores’: “Neste canto aqui estamos bem, sabe?”, diz Adriano, que garante que o que o move é ver as gentes da sua terra felizes.

No entanto, todos sabem que a ameaça que pende sobre Cedovém não tardará muito a manifestar-se de novo e será uma questão de tempo até o mar levar não só as casas, mas com elas as memórias que estão guardadas na areia. “Infelizmente, isto vai tudo desaparecer”, vaticina Maria Torcato, uma professora reformada que passa férias em Cedovém há 55 anos. “Não demora muito que o mar esteja na estrada. É a lei da vida”, conclui.

2021/11/15

Vikings invadiram castros de Esposende

 Os vikings regressaram a território português e aportaram em Esposende, dirigindo-se aos castros de S. Lourenço para aventuras épicas que ficaram registadas em fotografia.

Um mesclar dos tempos antigos e modernos proporcionado pela maquiadora Anabela Vieira, de Leiria, fundadora dos “Mysterious Events”, sessões fotográficas com caraterização e modelos abertas a todo o tipo de fotógrafos

No penúltimo sábado, seis modelos, dois deles espanhóis, e cerca de 15 fotógrafos, dois também provenientes do lado de lá da fronteira, demonstraram toda a essência dos conquistadores nórdicos que espalhavam o terror pelas vilas portuárias da Europa.

Em declarações a O MINHO, Anabela Vieira explica que sempre gostou de caracterização de modelos, mas nunca encontrou muitos locais para trabalhar nisso. Então decidiu arregaçar as mangas e criar ela própria esse conceito, que tem tido sucesso.

Surgiu a ideia de fazer e começar a receber fotógrafos de todo o país. Primeiro começou por Leiria, de onde eu sou, mas como tínhamos participantes vindos de todo o país, e até de Espanha, comecei a alargar para outros pontos”, explica, revelando que organiza sempre um evento mensal no Norte do país.

Um outro local no Minho onde a “Mysterious Events” já esteve foi na Quinta da Aveleda, em Ponte de Lima. Em breve, deverá andar por Braga.

Sobre os temas, apesar de parecerem ser de orientação alternativa, Anabela assegura que “nem todos”. “Fazemos moda e nus, por exemplo, mas a tendência sim, são temas alternativos”, revelou.

Explica ainda que, em breve, será feito um evento no Convento de Cristo, em Tomar, depois de já terem feito no Mosteiro da Batalha.

É bom porque esses locais mais emblemáticos têm gostado do nosso projeto e aceitam que lá se faça um evento”, sustenta.

O MINHO

Canhão atira às praias sedimentos do Porto de Leixões

 APDL garante que não há razão para alarme ecológico e que "o material é bom" até para combater a erosão da costa.

Sugadas pelas dragagens do Porto de Leixões, as toneladas de sedimentos depositados junto às praias, designadamente na que confronta com a do Castelo do Queijo, suscitaram alarme junto da população, o que levou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a esclarecer que os inertes não causam danos ambientais e que, pelo contrário, "o material é de boa qualidade" e bom para "melhorar o comportamento das praias, combatendo a erosão".


"A cor escura, o mau cheiro e as espumas" denunciadas à APDL por pescadores desportivos e banhistas deste outono clemente têm origem nos sedimentos lançados ao mar, perto da costa, por um canhão instalado no barco que transporta os inertes desde porto e os deposita a cerca de uma centena de metros da praia. Segundo a Administração do Porto de Leixões, o restante material é lançado mais ao largo, a 2,2 milhas da costa.


Hugo Lopes, engenheiro da APDL, explica que a tonalidade dos inertes é como a de todos os leitos dos rios, "onde há lodos" e material "um bocadinho mais turvo, mais escuro, que dá alguma cor". Acrescenta, ainda, que a fraca ondulação dos últimas dias não tem permitido a mistura das partículas no mar. E garantiu que não há "qualquer tipo de preocupação do ponto de vista ambiental".


A APDL assegura que "a granulometria é compatível com as areias das praias" e que os sedimentos são "o melhor material possível para alimentar a praia".


As dragagens estão a ser feitas no canal de acesso e no anteporto do porto de Leixões. A APDL garante que só as areias dragadas no canal de acesso são descarregadas na envolvente do Castelo do Queijo.


A operação em curso, para imersão dos dragados da bacia de rotação, decorrerá até esta quarta-feira, em três locais próximos das praias de Matosinhos e do Porto. A APDL garante que os sedimentos são sujeitos a análises prévias rigorosas.

A empreitada de melhoria das acessibilidades marítimas ao Porto de Leixões, que inclui o prolongamento do quebra-mar em 300 metros, tem um custo previsto de 147 milhões de euros. O prazo de execução da obra é de 30 meses.

JN

QUEREMOS LEMBRAR QUE O DINHEIRO INJETADO NO PROLONGAMENTO DO QUEBRAMAR É DINHEIRO QUE ESTARIA DISPONIBILIZADO PARA DEFESA DA ORLA COSTEIRA, COMO ESTIPULA O POC-CE