INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2020/05/27

Estado condenado a pagar mais de um milhão de euros a famílias das vítimas da derrocada na praia Maria Luísa

O Tribunal Fiscal e Administrativo (TAF) de Loulé condenou o Estado a pagar mais de um milhão de euros às famílias dos cinco mortos pela derrocada de uma arriba na praia Maria Luísa, em Albufeira, em agosto de 2009.



Segundo a sentença, com a data de hoje e a que a agência Lusa teve acesso, a juíza Patrícia Martins condenou o Estado a pagar cerca de um milhão e seis mil euros a duas famílias e a um sobrevivente, namorado de uma das vítimas mortais.

Da prova produzida conclui-se que ao longo dos anos anteriores à derrocada e entre 2008 e 2009, o Estado, através das entidades que têm a seu cargo a monitorização das praias, de acordo com o critério do funcionário zeloso e diligente não ficou demonstrado que tenha cumprido os deveres de cuidado a que estava obrigado na vertente da vigilância do estado de deterioração do leixão”, refere a sentença.

O desabamento do leixão - com 10 metros de altura, seis de diâmetro e um peso de várias toneladas - causou há quase 11 anos, na manhã de 21 de agosto de 2009, a morte de cinco pessoas que passavam férias no Algarve, quatro das quais da mesma família.

Além das falhas encontradas na monitorização do estado da falésia, o TAF de Loulé refere que se teve “de apurar também se o Estado cumpriu o dever de cuidado/vigilância na vertente de criação e colocação de sinalização, a fim de avisar os utentes da praia sobre os perigos das arribas e mais concretamente do leixão em causa”.

O tribunal diz que o relatório junto aos autos, elaborado em novembro de 2009, três meses após o acidente, “consubstancia um erro, pois apenas reflete parte da realidade” que se verificava naquela zona, aludindo a uma fotografia que “corresponde tão só a uma das entradas da praia Maria Luísa - a do Club Med - e não é a que as vítimas usaram para aceder à praia” no dia da derrocada.

Ou seja, o relatório de novembro de 2009 induz em erro quem se baseie no mesmo para concluir que a praia Maria Luísa tinha sinalização sobre perigo de derrocada de arribas. De facto, da leitura de outros relatórios e pareceres constantes dos autos, verifica-se que os mesmos afirmam que a praia se encontrava sinalizada, mas foram todos feitos com fundamento no relatório referido que, erradamente, afirma que a praia Maria Luísa se encontrava sinalizada, mas na verdade, apenas se encontrava sinalizada a entrada do acesso pelo Club Med”, explica a sentença.

Para o TAF de Loulé, no distrito de Faro, o Estado não cumpriu com as suas obrigações, nem na monitorização do estado da arriba, nem na sinalização da praia, razão pela qual proferiu decisão condenatória, quase 11 anos após o acidente da manhã de 21 de agosto de 2009.

Face às circunstâncias apuradas, atenta a prova produzida, e tendo em conta a diligência de um funcionário zeloso, o Estado não logrou afastar a presunção de culpa. Verificados que estão os pressupostos da ilicitude, da culpa e do nexo de causalidade entre o facto e o acidente e os danos dele resultantes, resta, pois, determinar quais os valores a fixar a título de indemnização pelos danos provados”, concluiu a juíza Patrícia Martins.

Contactado pela Lusa, o advogado Pedro Proença, que representa os familiares das quatro vítimas mortais que pertenciam à mesma família, diz que se fez justiça.

Pôs-se a nu as graves deficiências na monitorização do estado das falésias e a forma negligente como o Estado tratou a questão. Podia ter evitado aquelas mortes e fica a ideia de que só não houve mais tragédias idênticas por acaso”, sublinhou.

2020/05/24

O PESO DA ENGENHARIA HIDRÁULICA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS...

Existirá realmente uma razão válida para manter um esporão com mais de 200 metros para obter uma praia com menos de 30 metros?
As consequências, as perdas e os danos justificam a existência deste esporão, que tantos danos tem dado a sul de Ofir?


fotografia Pedro Silva / O MINHO

Se analisarmos seriamente, com certeza que arranjaríamos outra maneira de melhorar a praia de Ofir, sem prejudicar: Bonança, Pedrinhas, Cedovém e Apúlia, todos do mesmo conselho de Esposende.

Agência Portuguesa do Ambiente afirma que app das praias é segura

Após críticas da associação de direitos digitais D3, a Agência Portuguesa do Ambiente diz que informação sobre permissões excessivas eram de uma versão de testes não disponível para o público.


A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que a app Info Praia é segura. “Toda a informação recolhida, [sobre] localização e praias favoritas, é guardada exclusivamente no dispositivo do utilizador e nenhuma informação pessoal é transmitida a terceiros ou à APA”, diz esta entidade em resposta ao Observador depois de críticas feitas pela associação para Direitos Digitais D3.

A mesma entidade adianta ainda que “a aplicação não requer registo de utilizador, não recolhendo assim qualquer dado pessoal“. “A única permissão que é solicitada ao utilizador, no momento da instalação, é a de localização, para efeito das funcionalidades de proximidade e de indicação de direções de percurso através do Google Maps”, diz a APA.

"A Agência Portuguesa do Ambiente, enquanto entidade responsável pela aplicação Info Praia, encara seriamente o direito à privacidade dos seus utilizadores. A app Info Praia é disponibilizada com o compromisso de assegurar a qualidade do serviço e a navegação em segurança e em respeito absoluto pela proteção da privacidade dos seus utilizadores.”

Ao final da tarde deste sábado, num comunicado enviado às redações, a D3 afirmava que a app Info Praia,”por não ter o seu código aberto e disponível, por pedir permissões excessivas, e por não fornecer sequer uma política de privacidade, a app Info Praia merece desde já uma grande bandeira vermelha em relação à sua utilização”.

Em causa, estava principalmente a informação que constava na página do Google Play (ou Play Store). Nesta plataforma para download de aplicações, quando acedida através do browser, constava que para funcionar em algumas versões da app era necessárias autorizações consideradas como acesso ao microfone ou às fotografias do utilizador ou informação do telefone.

Este domingo de manhã, a APA respondeu às respostas perguntas enviadas pelo Observador no final da tarde deste sábado, esclarecendo que “as versões que foram disponibilizadas ao público” não pediam estes acessos. “Esclarece-se complementarmente, evitando quaisquer dúvidas que ainda existissem, que se  procedeu à remoção da versão Beta [versão de testes], que não se encontrava disponível para o público em geral, como se pode confirmar na Play Store.

Segundo refere a APA, “a referência a permissões como a do Microfone foram retiradas pela própria Play Store, ficando apenas aquelas que a versão 1.1.3 e anteriores sempre precisaram”.

"Importa esclarecer que incluindo a presente versão 1.1.3, apresenta apenas os pedidos de permissão identificados na imagem 5, ou seja, localização e verificação de internet (para aceder aos conteúdos da aplicação)”, diz a APA.

Relativamente às outras crítica feitas pela D3, sobre a política de privacidade da Google Play direcionar apenas para o site da APA e sobre o pedido de divulgação do código da app, a APA não se pronunciou.

A app info Praia foi referida esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, durante a apresentação das regras para se frequentar as praias na próxima época balnear como uma das soluções para controlo. De acordo com o executivo, a app Info Praia disponibiliza informação atualizada de forma contínua e em tempo real, sendo uma das medidas implementadas para consultar à distância o semáforo de ocupação das praias. Em menos de um dia, a aplicação passou a estar na lista das mais instaladas nas lojas de download de aplicações do iOS, a App Store (Apple), e da Google Play, do Android.

A app Info Praia foi lançada em 2019. Inicialmente, o objetivo foi o de permitir a consulta rápida sobre as praias e a qualidade das águas balneares. A APA informa que a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente é complementada pelos dados de previsão meteorológica diária fornecidos pelo serviço do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, IP

OBSERVADOR

GOOGLE MAPS COLOCA ONLINE VISTA DE RUA


Google Maps coloca online aldeia milenar Lugar das Pedrinhas

Lugar das Pedrinhas



Agência Portuguesa do Ambiente não protege nem deixa proteger...

Agora que estamos no mês de pagar o Imposto Municipal do Imóvel. o Estado recebe o dinheiro, depois diz que é proprietário.

Sim, Lugar das Pedrinhas que sempre foi privado, Lugar onde existem as únicas casas-barco, cuja origem prevêem dos Grubehus, que nasceram dos Barcos-de-Pedra (barcos-funerários), que já no século I , já lá estavam, onde as legiões romanas fizeram uma analogia com os Trulli e batizaram o lugar com o nome da terra natal dos seus legionários, Apúlia, terra a sul de Itália. Em 1877 pagaram pelo Aforamento do Rei, para alí "todos eles gozem por si e seus sucessores ou representantes o dito areal com livre e alodial do Foro" perpetuamenteSim, se não fossem privadas todo este Património já teria desaparecido. 

Hoje o atual Plano Director da Câmara de Esposende (PDM), já reconhece como conjunto de interesse.

O Estado Português nos anos 80, constrói sequência de esporões, para aumentar o areal a norte, provocando uma erosão inimaginável a sul dessas obras de engenharia, esporões que levam ao extermínio duas aldeias no litoral, Lugar das Pedrinhas e Cedovém, mas por ação dos proprietários, o Estado reconhece a situação e ordena o corte do esporão Pedrinhas, por duas vezes e na sequência manda construir um quebra-mar de enroncamento, que há 30 anos nunca fez nenhuma obra na sua manutenção.Quanto aos esporões de Ofir e da restinga do rio Cávado aumentou-os e reforçou-os

Hoje, o Estado Português, proclama para sí tudo que fica a sul do  esporão das Pedrinhas. Afirma que tudo está dentro dos (50 metros a contar da linha do mar) é domínio publico marítimo, e dessa forma é do Estado, mesmo assim, antes como hoje continua insaciavelmente a receber, como sempre recebeu o imposto (IMI), que os privados pagam pelo seu imóvel.

Proprietários que têm as suas casas legalizadas, que as herdaram e/ou que as compraram, sistematicamente, pedem desde os anos 80, para as proteger, do mal que o Estado Português lhes fez, tendo causado uma tremenda erosão, tendo já ganho em tribunal um proprietário. Erosão artificiar e manipulada, uma consequência direta desta obra de engenharia, que é os esporões que o Estado Português mandou construir para aumentar o areal em Ofir.

A Agência Portuguesa do Ambiente, que tem a tutela desta situação não protege nem deixa proteger, dando sistematicamente repostas negativas,  como por exemplo esta carta que segue em anexo.




APA - AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE - INÊS ANDRADE, A ADMINISTRADORA DA ARH DO NORTE

2020/05/07

Governo além de adiar o POC Caminha-Espinho indefinidamente, agora adia sem data reunião, para definir regras de acesso às praias, por causa do COVID - 19

A reunião da comissão técnica de acompanhamento das águas balneares, agendada para quarta-feira, para definir as regras da época balnear devido à pandemia de covid-19, foi adiada, sem explicação e sem nova data, disse no dia cinco uma das entidades envolvidas.



Lusa questionou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsável por liderar a comissão técnica, mas que, nesta altura, "não tem nada a acrescentar".

"Quando houver novidades daremos conta das mesmas", indicou a APA, sem adiantar qualquer informação sobre os trabalhos na comissão técnica de acompanhamento das águas balneares.

Um das 10 entidades que integram a comissão técnica disse à Lusa que "recebeu um 'email' a informar do adiamento da reunião agendada para quarta-feira", acrescentando que não foi apresentada explicação para o adiamento, nem há uma nova data.

Sem confirmação da reunião, a Direção-Geral da Saúde (DGS) adiantou à Lusa que "não tem indicação de data"

Na próxima reunião da comissão técnica de acompanhamento das águas balneares prevê-se a conclusão do manual de procedimentos sobre o acesso às praias na época balnear deste ano, no contexto da pandemia de covid-19

A comissão é liderada pela Agência Portuguesa do Ambiente e dela fazem parte mais 10 entidades, incluindo a DGS, a Autoridade Marítima Nacional, o Instituto de Socorros a Náufragos e a Associação Bandeira Azul.

Em 22 de abril, após outra reunião, a coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa, Catarina Gonçalves, referiu à Lusa que o manual deveria estar pronto na primeira semana de maio, incorporando a "capacidade de carga" de cada praia.

Segundo a representante, as praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas, que vai ser calculada em função dessa capacidade, tendo em conta as recomendações da DGS, como o distanciamento entre as pessoas, a utilização de máscaras e os procedimentos de higiene, "obviamente muito mais apertados".

Catarina Gonçalves admitiu que nas praias é "muito mais complicado" implementar estas medidas, uma vez que "não se pode pôr uma fita amarela" para definir o espaço utilizado pelos banhistas, pelo que a fiscalização "vai ter de ser diferente" e tem também de haver "bom senso" por parte de quem frequenta os areais.

As frentes urbanas de praia são uma preocupação particular para a comissão, tendo em conta que não têm uma entrada e uma saída específicas, correspondendo, com frequência, a passeios marítimos com várias passagens para o areal.

A Autoridade Marítima Nacional já referiu que vai manter a coordenação da segurança balnear nas praias e espaços balneares, com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente relativamente à tipologia, dimensão e características das praias.

"Todo o quadro de intervenção dos órgãos da AMN será desenvolvido em observância do que for previamente determinado pelas autoridades de saúde, sendo que as premissas de controlo de acessos, regras de uso do areal e implementação das atividades que nele se poderão desenvolver serão estabelecidas em cooperação com as autarquias locais", avançou, em abril, a Autoridade Marítima, estrutura que integra a Polícia Marítima e o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN).

O presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia, João Carreira, declarou em abril que se as empresas não conseguirem abrir irão à falência e mostrou-se esperançado numa abertura progressiva a partir de junho.

Devido à pandemia de covid-19, os concessionários que estão abertos o ano todo tiveram de recorrer ao 'lay-off' e alguns estão com "problemas gravíssimos" em preparar o verão, perante a incerteza.

Outra preocupação é a falta de nadadores-salvadores, porque a covid-19 impediu também a realização dos cursos, que duram um mês: este ano deveriam ter sido formados entre 1.500 e 2.000 vigilantes de praia, o que levou a Autoridade Marítima Nacional a estender a validade dos cartões que expiraram recentemente, mas a medida pode não ser suficiente.

De acordo com o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, apenas metade dos nadadores-salvadores voltam a trabalhar na época seguinte, pelo que anualmente é necessário formar cerca de metade dos que são precisos.

Para Alexandre Tadeia, é preciso incentivar estes profissionais através de benefícios como a isenção de IVA, a diminuição do valor das propinas na faculdade ou até mesmo uma redução do número de vigilantes por concessão, porque "mais vale ter alguma segurança do que não ter nenhuma".

Entretanto, na segunda-feira, o acesso às praias e ao mar passou a ser possível apenas para a prática de desportos náuticos, segundo o plano de desconfinamento aprovado pelo Governo.