INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2018/05/13

"Fátima protege-nos mas vê-se aflita"

ESPOSENDE - Comunidade piscatória e restauração há décadas pela requalificação da praia e zona envolvente destruída pelo mar por causa dos esporões

"Adriano Ribeiro, 53 anos, pescador desde os catorze, é um homem revoltado. O mar tem roubado extensão à "sua praia" de Pedrinhas e Cedovém, em Apúlia, Esposende, e continua a destruir as dunas, por mais estacas e sacos de areia que ali sejam colocados como proteção. O betão da rampa por onde passam os barcos, quando saem e regressam da pesca, já quebrou devido à erosão.
Pelo menos, uma das casas, que há muito estão condenadas à demolição, por se encontrarem em zona de risco, já tem parte das fundações à mostra, de tão escavadas que estão pelas águas. Tudo isto acontece nas costas de uma corda de restaurantes, que ali foram nascendo ilegalmente ao longo de décadas e que se tornaram num "motor económico e turístico" de Apúlia. Crítico em palavras e ações Adriano é uma das principais vozes do descontentamento das gentes locais, como o "esquecimento" a que a zona está votada.


Junto à rampa de embarque, quebrada a meio, colocou uma placa com a imagem de Nossa Senhora de Fátima onde se lê: "Obrigado Maria. A verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração". E comenta, irónico: "A Senhora de Fátima protege Cedovém, mas vê-se aflita". O que mais aflige o pescador são "os milhões" que há anos vão sendo anunciados para requalificação, sem concretização à vista. "É vergonhoso. Estão sempre a falar que vão investir, que vão investir e nunca mais. Esta comunidade está esquecida", lamenta.


PROCESSO DE INTERVENÇÃO
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, garantiu ao JN, que está em marcha o processo de intervenção em Pedrinhas e Cedovém para "reforço e melhoria das condições dos pescadores e a reestruturação da zona, permanecendo os restaurantes". "Estamos a desenvolver um projeto global de requalificação, dentro da Polis, com uma imagem urbana digna e não de um amontoado de barracas. Até ao final do verão gostaria muito de o apresentar", declarou, referindo estar garantido "um financiamento de 15 milhões de euros". Segundo o autarca, na versão anterior do projeto, entretanto abandonada, contemplava um investimento de 11 milhões e "não previa que ficasse lá nenhuma edificação"

Fernando Sá, atual proprietário do restaurante "O Mudo", o mais antigo dos sete, considera: "Se não fossem os pescadores, Cedovém não existia. Já tinha ido tudo por água abaixo". Neto dos antigos fundadores do restaurante, Sá com 34 anos, trabalha "um dia de cada vez" à espera do futuro. "Desde que nasci que ouço falar que isto vai tudo abaixo. Não sabemos se isto dura seis meses, um ou 50 anos. Sou da opinião de que os restaurantes não saiam daqui e se criem condições para toda a gente: nós, os pescadores e as famílias que moram aqui", conclui."

PESCADOR, CLEMENTE PALMEIRA, 77 ANOS
"Ninguem liga nenhuma a Pedrinhas e Cedovém. O problerma já dura há uns 20 anos, desde que fizeram os esporões"

PRESIDENTE DA POLIS DO LITORAL NORTE, PIMENTA MACHADO
"Já se fez um levantamento cadastral da área e o projeto de requalificação está previsto no Plano de Ordenamento da Orla Costeira"

Blogue Pedrinhas & Cedovém com JN

2018/05/09

Ministro demite responsáveis por resíduos e recursos hídricos na APA

João Matos Fernandes demitiu dois elementos do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente responsáveis por duas áreas distintas: recursos hídricos e resíduos.


 O ministro do Ambiente demitiu dois elementos do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsáveis pelas áreas de recursos hídricos e de resíduos, que passam a ser geridas por Pimenta Machado e Mercês Ramos Ferreira.
Duas áreas do conselho diretivo da APA tinham de seguir rumos diferentes, nos resíduos não estávamos a encontrar o dinamismo que queremos, com a [aposta na] economia circular, e nos recursos hídricos é preciso dar um impulso às políticas e transformá-las em obra”, disse esta quarta-feira à agência Lusa João Matos Fernandes.
Na área da gestão de resíduos, a escolha foi para Maria Mercês Duarte Ramos Ferreira, que, até fevereiro exerceu funções de técnica superior no gabinete de apoio ao presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, trabalhando em projetos como o Plano Municipal para a Economia Circular, depois de ter sido vereadora de Ambiente naquela autarquia.
Para liderar a gestão dos recursos hídricos, o ministro do Ambiente contratou José Carlos Pimenta Machado da Silva, administrador Regional da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Norte, departamento da APA no norte, e que, em 2013, assumiu a presidência do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte, além de ser membro da direção do Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Deixam a direção da APA António João Sequeira Ribeiro, que ocupava o cargo de vice-presidente, e Inês Diogo, vogal. A economia circular é uma prioridade do ministro do Ambiente e visa alterar formas de produzir para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, optando por reutilizar e reciclar materiais.
Na área dos recursos hídricos, aquando do foco de poluição do rio Tejo, em Vila Velha de Rodão, com o aparecimento de espuma, a APA foi criticada e algumas entidades e partidos políticos da oposição defenderam a demissão do presidente da agência do Ambiente, Nuno Lacasta.