INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2024/01/11

Antiga estação radionaval de Apúlia vai ser instituto para estudar e preservar e aproveitar o mar

 

A antiga estação radionaval de Apúlia, em Esposende, vai ser transformada em Instituto Multidisciplinar de Ciencia e Tecnologia Marinha, num investimento que deverá rondar os 12 milhões de euros.

Trata-se do MarUMinho, um instituto que pretende ajudar a compreender e a preservar o oceano e a aproveitar a biodiversidade marinha, e que nascerá ao abrigo de um protocolo de cooperação em 2015, entre a Universidade do Minho e a Câmara de Esposende.

A ideia é aquela insfraestutura permita a consolidação de iniciativa de investigação na área de valorização dos recursos marinhos da região Litoral Norte, destinadas a avaliar, de forma integrada, o potencial da aplicação desses recursos em diversos setores.

O MarUMinho permitirá ainda a criação de um serviço de observação do Litoral do Noroeste Português, focado na avaliação dos impactos das alterações climáticas sobre a hidrodinâmica e morfodinâmica  costeiras.

Presente na sessão de apresentação do projeto, que teve lugar em Esposende, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva prometeu "todo o apoio" para a implementação do MarUMinho, sublinhando a importância fulcral de Portugal ser um país "de referência" na área das tecnologias marinhas.

"Sempre que o país se virou para o mar prosperou, e sempre que virou as consta ao mar definhou" referiu Costa Silva.

O autarca acrescentou que o projeto vai também ajudar a recuperar a antiga estação radionaval da Apúlia, que era património do Estado mas que em 2018 foi adquirida pelo município, por 936 mil euros.

"Estava tudo abandonado, completamente vandalizado, tinham roubado tudo o que lá havia" sublinhou Benjamim Pereira.

O reitor da Universidade (UMinho), Rui Vieira de Castro, destacou o carácter multidisciplinar do equipamento a construir, que vai envolver 30 centros de investigação da UMinho.

"O cerne da atividade vai ser a investigação, mas haverá também oferta de natureza pedagógica, com cursos conferentes e não conferentes de grau, e ainda uma componente para promover uma interação com a comunidade e novos negócios", acrescentou.

O projeto visa a reabilitação dos antigos edifícios da estação, como a cantina, que terá espaço para 200 pessoas, e as habitações, que poderão alojar cerca de três dezenas de estudantes e investigadores.

Será também reabilitada uma piscina, que pode ser utilizada para testes de equipamentos.

No local, vão ainda nascer dois edifícios, um deles equipado com novos laboratórios e o outro destinado a empresas, "spinoffs" e "startups" ligadas à economia azul, industria alimentar, energias renováveis, cosmética e farmacêutica, mas também aos têxteis ou design de produtos.

O MarUMinho irá acolher o Centro de Ciências da Terra (CCT), o Grupo de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Bio miméticos (3Bs), o Centro de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS), o Centro Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e o Centro de Engenharia Biológica (CEB).

O Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE), o Instituto de Plímeros e Compósitos (IPC), o Centro de Território, Ambiente e Construção (C-TAC) e ainda Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE) também passarão a sua casa naquele novo equipamento.

OAMARENSE

2024/01/09

Demolições previstas no Programa da Orla Costeira em Esposende são para manter, esclarece ministério

 Demolições previstas no Programa da Orla Costeira em Esposende são para manter, esclarece ministério

 | Norte
Porto Canal / Agências

O ministério do Ambiente esclareceu esta quinta-feira que se mantém a intenção de demolir as habitações em risco na área crítica de Pedrinhas, em Esposende, e que estavam omissas no Plano de Intervenção na Praia, cuja consulta pública já terminou.
“O anteprojeto para o núcleo das Pedrinhas será desenvolvido em fase seguinte. A proposta de Planos de Intervenção nas Praias, em fase de consulta pública, não consagra as demolições que irão ser necessárias para cumprimento do objetivo definido para este local (como Área Critica), uma vez que é mais abrangente que a área do próprio Plano de Intervenção na Praia [PIP]”, explicou a tutela, clarificando a ausência destas intervenções no documento que detalha as ações de ordenamento e valorização das praias marítimas.
A Lusa já tinha questionado a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), mas sem sucesso.
No caso de Esposende, o Regulamento Gestão das Praias Marítimas - onde se incluem os planos de intervenção das praias entre Caminha - Espinho - refere apenas a demolição de dois apoios existentes na Praia da Apúlia.
Contudo, no Programa da Orla Costeira Caminha – Espinho (POC-CE), na Área Crítica de Cedovém/Pedrinhas está prevista a demolição de 89 habitações, mais de meia centena de anexos e sete restaurantes.
Relativamente a esta área crítica, refere a tutela, “foi já desenvolvido um estudo prévio e anteprojeto para requalificação ambiental e valorização das atividades tradicionais” promovido pela Câmara de Esposende em articulação com a APA, contudo, o mesmo compreende apenas o núcleo piscatório de Cedovém.
O anteprojeto para o núcleo das Pedrinhas, “será desenvolvido em fase seguinte” pela autarquia que, acrescenta, irá “identificar os edifícios a demolir e a relocalizar em local mais afastado do leito do mar”.
De acordo com o programa da orla costeira, o aglomerado de Pedrinhas (a norte) teve génese num pequeno núcleo de abrigos e aprestos de pescadores, mas, atualmente agrupa cerca de 40 habitações de ocupação maioritariamente sazonal e sete apoios de pescadores.
Já o aglomerado de Cedovém (a sul) constitui-se como um espaço edificado de maior densidade, correspondendo a um núcleo piscatório ativo composto por cerca de 49 habitações (19 permanentes e 30 de segunda habitação), nove aprestos e 20 anexos de pescadores, cerca de 30 anexos variados e sete restaurantes.
No final de maio, o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, adiantava que o anteprojeto, entretanto já apresentado à população, "implica a demolição integral de tudo o que lá está na zona de Cedovém”, decisão que é contestada por um grupo de moradores que defende que construções como as Torres de Ofir, cuja retirada não se coloca, são ataques ambientais piores.
“Não podemos esquecer o passado e não vamos corrigir tudo, mas não são as construções dos pescadores que estão a criar mossa na duna. As Torres de Ofir e outras grandes construções complexas nas dunas em Esposende e Ofir são ataques ambientais muito significativos, não aquelas pequenas construções”, afirmou, Isolete Matos, representante do Grupo de Defesa de Pedrinhas e Cedovém, em declarações à Lusa no final de junho.
No final de maio, questionado sobre as Torres de Ofir - área crítica identificada no POC-CE como ‘áreas sujeita a estudo’ – o autarca de Esposende, afirmou que, neste momento, estas não são um problema, sublinhando que seriam necessários cerca de 50 milhões de euros só para pagar a demolição das três torres.
Contudo, um estudo divulgado a 21 de junho identifica aquela zona como “das mais vulneráveis” a nível regional e nacional.

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