INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2018/08/23

Porto entre os paraísos que os turistas estão a destruir

O Porto está em destaque num extenso artigo da revista alemã "Der Spiegel" intitulado "Paraísos perdidos: Como os turistas estão a destruir os locais que amam", no qual também se lê sobre cidades como Barcelona (Espanha) e Veneza (Itália).

O "cartão de visita" apresentado a um dos autores do texto, na receção de um hotel portuense, apontam o centro histórico, o rio Douro e a famosa Livraria Lello, com referência às visitas frequentes de J.K. Rowling quando viveu na cidade nos anos de 1990 e que serviu de inspiração à saga do jovem feiticeiro Harry Potter.
À chegada à centenária "catedral dos livros" sobressai a longa fila de visitantes de diferentes países como Japão, Escandinávia, França, China, Estados Unidos e Alemanha. Mas para entrar é preciso aguardar numa outra (longa) fila - "com barreiras de controlo como no chek-in do aeroporto" - para adquirir o bilhete de entrada, no valor de cinco euros, que é possível descontar em compras de livros. A "Der Spiegel" reconhece que no interior "a livraria é tão bonita como nas imagens" que a tornaram uma atração turística - mais de sete mil só no site TripAdvisor - mas, refere, os visitantes, mais do que comprarem livros, aproveitam a visita para tirar fotografias nos "smartphones".
E o artigo explica que há quatro anos a Lello estava à beira da falência, "não tinha falta de visitantes, o problema era que as pessoas compravam cada vez menos livros". Foi então que alguém sugeriu que a loja deveria começar a cobrar uma taxa de entrada de cinco euros. "Pode ter parecido uma loucura na época, mas atualmente quatro mil pessoas visitam a Livraria todos os dias enquanto, durante o verão, o número de visitantes sobe para cinco mil. A loja teve 1,2 milhão de visitantes em 2017 e faturou mais de sete milhões de euros".
 A "Der Spiegel" diz que a Livraria Lello, "em última análise, parece mais um museu ou um cenário de teatro do que um local real" e é por isso que a dá como um exemplo "da natureza predatória do turismo moderno - um estilo de viagem que devora todos os lugares bonitos".
Para os residentes do Porto, a Livraria é um reflexo do crescimento económico dos últimos anos, impulsionado pelas viagens "low cost" de empresas como a Ryanair e EasyJet. Lê-se no artigo da revista alemã que no ano passado 2,5 milhões de turistas estrangeiros visitaram a região e metade deles foram ver a Lello. Por outro lado, as plataformas digitais de reservas de viagens e comparação de preços facilitaram o processo e tornaram as férias ou "escapadinhas" muito mais baratas.
Apesar deste aumento massivo de turistas, a "Der Spiegel" escreve que o Porto continua a acolher os visitantes de braços abertos. Mas o jornalista questiona-se sobre quando é que um portuense terá visitado pela última vez a Lello. "Os residentes do Porto também têm de aguardar na fila e pagar cinco euros?".
O artigo exemplifica ainda a "destruição" dos locais mais bonitos dos destinos turísticos com a "transformação em museus e parques temáticos" e a criação de "zonas para turistas, onde os moradores até podem trabalhar, mas certamente não vivem". E exemplifica: "os turistas sentam-se em restaurantes tradicionais desprovidos de moradores enquanto observam outros turistas". "Às vezes, realmente parece uma invasão turística. Eles vêm, ficam pouco tempo e depois vão embora, mas agem como se fossem donos das cidades que visitam".
A "Der Spiegel" conclui que "os residentes (...) são talvez os maiores perdedores" e em algumas cidades europeias já começam a sentir-se ameaçados pela invasão de turistas e como parecem estar a controlar tudo. Em Maiorca (Espanha) ativistas escreveram "vão para casa" em muitos locais frequentados por turistas. Em Palma até lhes atiraram excrementos de cavalo. Em Barcelona empurraram ciclistas em passeio e insultaram estrangeiros nos cafés. Na cidade de Veneza (Itália), autoproclamados piratas impediram a entrada de navios de cruzeiro no porto local.
"O turismo é um fenómeno que gera muitos lucros privados mas também muitas perdas sociais", defende Christian Laesser, professor de turismo na Universidade de St. Gallen, na Suíça.
Além disso, as infraestruturas do setor estão a sentir a pressão da massificação do turismo - estima-se que 670 milhões de pessoas tenham viajado na Europa no ano passado e só neste verão serão cerca de 200 milhões. A revista alemã aponta o caos nos aeroportos do país com cancelamentos de voos na ordem dos 146% na primeira metade do ano e 31% de atrasos registados.

Desassoreamento deixa a descoberto estrutura romana em praia de Espinho

Restos de madeira fossilizada que terão feito parte de um pesqueiro fixo, construído pelos romanos e datado de século II d.C., estão a descoberto na praia do Pau da Manobra, em Silvalde, Espinho.


O achado ocorreu depois da forte ondulação costeira que ali se fez sentir e que deixou visível restos desta estrutura que tinha já sido alvo de estudo em 1989.
"A forte erosão veio expor diversos blocos de turfa de cor negra e raízes de árvores, sem qualquer perigo para a saúde pública, e que na realidade são os vestígios de uma antiga estação arqueológica", explicou, ao JN, o arqueólogo Jorge Salvador.
O arqueólogo diz ter sido "surpreendido" pelos blocos de turfa que se encontram visíveis, "porque houve um desassoreamento muito grande". "O nível de areia baixou e voltou a pôr a descoberto os blocos de argila", adiantou.
Este local e respetivos achados eram era já conhecidos. O arqueólogo explica que uma missão arqueológica realizada em 1989 viria a determinar tratar-se de um complexo de armadilhas de pesca, depois de numa primeira abordagem se pensar que se trataria de uma antiga embarcação.
Num estudo inédito ao nível europeu, as amostras desta estrutura foram submetidas a análises laboratoriais por radiocarbono que revelaram tratar-se de estacas de madeira de carvalho do século II depois de Cristo, "pelo que foi possível documentar a prática da pesca em Paramos na época romana".
A praia do Pau da Manobra está disponível a banhos, depois de análises efetuadas pela autarquia confirmarem a necessária qualidade da água do mar.

Pedrinhas no Parque Natural Litoral Norte é transformado em estaleiro de obras

A existência de obras leva a fazer no Parque Litoral Norte, em Lugar das Pedrinhas estaleiro de obras.



Os montes de gravilha e de entulho, sem sinalização, despromovem o lugar de propositadamente?

2018/08/01

Junta de freguesia ESQUECE-SE de Pedrinhas

A União de juntas de freguesia de Apúlia e Fão, não disponibiliza contentores nem pontos de recolha de lixo em Pedrinhas.



Veraneantes, turistas, estrangeiros, proprietários e utentes, estão indignados pela atuação da junta.

Um utente afirmou:
"Já não é a primeira vez que isto acontece. A  junta esquece-se e o Parque Natural Litoral Norte fica uma lixeira, exposta aos olhos de todos. À dois anos atrás a recolha de resíduos sólidos era atrasada, mas nesta época balnear não há contentores, nem sacos do lixo.
Andaram a fazer limpeza do pinhal, na berma da estrada, por causa dos incêndios e ainda andam a fazer a ciclovia, depois falta o básico. ISTO É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA".

2018/07/30

Quercus denuncia obras danosas em Ofir

O presidente da associação denuncia ao SOL que as obras feitas na Praia de Ofir provocaram a destruição da restinga e poluíram o areal e o mar. E alerta: há um perigo real de a marginal inundar

O problema da falta de areia em Ofir não é novo - esta praia de Esposende, no distrito de Braga, já foi recorrentemente notícia no passado por essa razão. Mas agora volta a sê-lo, não devido ao problema, mas à solução que foi encontrada. A obra feita em 2014 pela Sociedade Polis Litoral Norte veio, afinal, criar mais problemas e pôr em causa a qualidade da praia, denuncia a Quercus ao SOL.

João Branco, presidente da associação, explica ao SOL que, se até à efetivação das obras a restinga (parte do mar em que a água tem pouco fundo) de Ofir não estava em causa, depois da intervenção da Sociedade Polis Litoral Norte, tudo mudou. «Uma parte substancial dessa restinga, que estava há séculos naquele local e era um dos sítios mais bonitos do litoral norte - por isso é que  foi classificado primeiro como área de paisagem protegida e, atualmente, como parque natural -, foi destruída pelo mar já depois das obras. As obras não foram feitas como deviam, nem sequer cumpriram o plano original da recuperação do litoral de Esposende», adianta João Branco. O desaparecimento dessa parte da restinga veio pôr em causa a segurança da cidade de Esposende e da sua marginal que, segundo o responsável, era protegida pela restinga. Como resultado, «a marginal poderá vir a ser inundada com as próximas marés vivas ou com temporais», alerta João Branco.
Mas a empreitada levada a cabo na Praia de Ofir teve outras consequências: «Fizeram uma reposição de areia que está cheia de terra. E portanto, atualmente, quando a pessoa está na praia de Ofir, está no meio da poeira, porque as pessoas ao caminharem ali estão sempre a levantar o pó da terra que está misturada na areia. Ou seja, no lugar do que antes era uma praia de areias brancas sem o mínimo de terra misturada, está uma areia de baixa qualidade que ali foi posta e que tirou imenso potencial à praia».


Questionada sobre a intervenção feita no local, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) explicou ao SOL que «o projeto desenvolvido pela Polis Litoral Norte contemplou a criação de um dique, bordejando a parte norte da restinga de Ofir, constituído por três fiadas em altura de geocilindros, no lado exterior e na ponta da restinga, e por duas fiadas, no lado interior. Os geocilindros são ‘contentores’ de forma cilíndrica, fabricados com mantas de material geossintético, que foram cheios com areia». Sobre a areia utilizada, a APA adianta que foi «dragada na barra do Cávado e parte final do seu canal de navegação», justificando que «os sedimentos utilizados foram previamente sujeitos a ensaios laboratoriais de caracterização físico-química, em cumprimento com a Portaria n.º 1450/2007, de 12 de novembro». Os resultados, diz a APA «indicaram que as amostras recolhidas inseriam-se na classe 1, que caracteriza o material dragado limpo, ou seja, que pode ser depositado no meio aquático ou reposto em locais sujeitos a erosão ou utilizado para alimentação de praias sem normas restritivas». Adiantam ainda que «relativamente à análise granulométrica e textural, verificou-se uma predominância de areia, com diâmetros das partículas entre 0,02 e 2mm».
Ao SOL a APA afirmou ainda que «a Polis Litoral Norte tem já iniciada a ‘Empreitada de alimentação artificial das praias adjacentes ao rio Cávado’ que contempla, para além de outras ações, o reforço dunar daquela praia com recurso a areias provenientes das dragagens de manutenção a realizar na barra e troço final do canal de navegação do Rio Cávado».


Pormenor do material dos geocilindros
Pode tudo ter sido feito de acordo com as imposições legais, mas certo é que, como diz João Branco, «a restinga acabou por ser destruída». Os geocilindros, aliás, «rebentaram, e o material dos geocilindros acabou por poluir o areal e o mar», acrescenta o responsável, que diz ter conhecimento de que essa situação está, entretanto, na base de um litígio entre a Sociedade Polis Litoral Norte e o empreiteiro da obra, uma vez que o material dos geocilindros não era o que estava previsto no caderno de encargos. Contactada pelo SOL, a Polis Litoral Norte não confirmou nem desmentiu a situação relatada pela Quercus, informando apenas que ...
«a direção técnica da Polis Litoral Norte encontra-se de férias até ao dia 15.08.2018, pelo que só a partir desta data será possível responder às questões».
Mais a sul, um problema semelhante
Alguns quilómetros mais abaixo no mapa do país, a Praia da Vagueira - enaltecida por um areal particularmente extenso - revela-se como mais um exemplo de uma praia onde a escassez de areia é mais evidente a cada ano que passa.
Ao SOL, o autarca da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, atribui o problema «à falta de trânsito sedimentar, provocado pelas barragens e também pelos molhes construídos, nomeadamente a extensão do molhe norte do Porto de Aveiro, que retêm as areias e as impedem de seguir o seu curso normal». Mas para o autarca a falta de investimento é o grande problema: «O maior problema da nossa costa foi a falta de investimento do Estado durante vários anos, conforme confirmou o Grupo de Trabalho para o Litoral, no seu relatório de 2015, que afirma que em 20 anos (até 2014) o investimento na proteção costeira totalizou 196 milhões de euros, ou seja, menos de 10 milhões de euros por ano. Felizmente, a partir de 2012 e apesar da crise que o país atravessou, esse paradigma foi alterado e o Governo da altura passou a apostar de forma concreta em medidas de adaptação às alterações climáticas».
A partir daí, destaca Silvério Regalado, várias intervenções foram levadas a cabo, tanto pela câmara, como pela APA e ainda pela Polis Litoral Ria de Aveiro. De momento, a autarquia aguarda «pelo projeto de alimentação do troço costeiro Costa Nova - Vagueira, com 2 milhões de metros cúbicos de areia, anunciados pelo Governo em 2016, incluído na estratégia de Proteção Costeira Litoral XXI».

2018/07/28

Praias em risco na costa portuguesa

A qualidade balnear está em risco: salta aos olhos de banhistas que, de norte a sul do país, vão à praia e veem os areais a desaparecer. Ao SOL, a Quercus diz-se preocupada. 


Cedovém - Esposende

A costa portuguesa está em risco. Quem o diz são os especialistas e ambientalistas da Quercus que, ao SOL, destacam algumas praias, de norte a sul do país, onde o desaparecimento do areal tem sido mais notório.

Cedovém - Esposende
Praia de Vale do Lobo em Loulé,  Portinho da Arrábida em Setúbal, as praias da zona norte da Costa de Caparica - como a Praia de São João, a Praia de Santo António da Caparica ou a Praia do Norte -, a Praia do Abano em Cascais, a do Furadouro, a da Cortegaça e da Costa Nova em Aveiro, a da Barra em Ílhavo, a do Pedrógão em Leiria, a da Vieira na Marinha Grande, a de Vagueira em Aveiro e, em Esposende, a Praia de São Bartolomeu, a de Esposende e a de Ofir - destinos de tantos banhistas ao longo de anos, hoje estão reduzidas a areais escassos e algumas apenas a pedras, tendo mesmo perdido a qualidade balnear que outrora tiveram.
Ofir - Esposende
Mas qual o motivo na base do problema? Porque é que a costa portuguesa, tão elogiada pelas suas praias e largos areais, tem estado a perder parte do seu património natural? Nuno Sequeira, membro da direção da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza - explica ao SOL que, apesar de não haver uma resposta «totalmente conclusiva», é possível identificar elementos que contribuem para o que se está a verificar.
«No norte e no centro do país, o grande problema tem que ver exatamente com a falta de sedimentos, que chegam ao mar através dos rios, onde proliferam grandes barragens», elucida o responsável. «Em zonas mais a sul, como a Costa de Caparica, pensa-se que também parte do problema pode ser a existência de grandes barragens, que fazem retenção de sedimentos, que possa estar na origem desta falta de areia».
Foz do Rio Cávado - Ofir - Bonança - Esposende
(bacia hidrográfica do Cávado)
Só na bacia hidrográfica do  Douro, por exemplo, existem mais de 50 barragens em Portugal e em Espanha - um facto que pode ajudar a compreender o porquê de as praias do norte português, em comparação com o resto do país, serem as mais prejudicadas quando se fala em falta de areia.
Bonança - Esposende
Para o membro da direção da Quercus, «devia haver uma medida que obrigasse os concessionários das barragens a libertar a areia para que ela chegasse ao mar, mas isso não acontece e portanto os rios, que naturalmente levariam os sedimentos para o mar e esses sedimentos iriam recarregar as praias, acabam por não conseguir levar a areia e portanto a falta de areia sente-se nas praias». À falta de uma imposição oficial, Nuno Sequeira defende que os próprios concessionários «podiam libertar essa areia, com descargas de fundo, por exemplo»: «Mas isso acaba por trazer prejuízos financeiros às empresas e por isso não o fazem».

Segundo o especialista, na base do problema pode haver também outras explicações, como o aumento de fenómenos extremos - marés vivas e tempestades - e o aumento do nível médio da água do mar. Segundo o mais recente Relatório do Estado do Ambiente, referente ao ano de 2017, em Portugal o nível médio das águas do mar tem subido 4,1 milímetros por ano, nos últimos 10 anos.  


Esposende
Os dados do Relatório do Estado do Ambiente de 2017, mostram que existe uma extensão de 180 quilómetros de território costeiro que está «efetivamente em situação crítica de erosão», um número que, na visão do responsável da Quercus, «é muito, muito elevado». Já no Relatório do Estado Ambiente do ano anterior (2016), o número avançado era o mesmo.
Foz do rio Cávado - Esposende

«No entender da Quercus este é um cenário muito grave, que pode ter efeitos devastadores na nossa costa», diz. 

E embora à primeira vista as implicações possam parecer apenas ambientais, a verdade é que vão muito além disso. «Há obviamente também implicações sociais e económicas, uma vez que muitas atividades que temos em Portugal, como o turismo, e que são tão estruturais na economia do país, podem vir a sofrer com esta situação que se está a viver na nossa costa».
Blogue Pedrinhas & Cedovem com SOL

2018/07/27

HOJE, o mais longo eclipse lunar do século chega a Portugal



A Lua vai nascer em eclipse total em Portugal, na sexta-feira. Durante mais de uma hora, a Lua vai estar avermelhada, fenómeno que é anunciado como "o eclipse lunar mais longo do século", apurou o JN.
Se vive em Portugal, qualquer local é válido para assistir ao eclipse total da Lua, até as grandes cidades, onde há muita luz. hoje, a Lua nasce avermelhada às 20.40 horas na zona sul e às 20.50 horas na zona norte. Durante um período de tempo "particularmente longo" de mais de 100 minutos, vai ser possível ver o eclipse de qualquer região portuguesa.

"Para nós em Portugal, a Lua já vai nascer na fase da totalidade. Não vamos ver a fase da sombra da Terra a tapar a Lua, ela já nasce avermelhada. Ao longo de mais de uma hora, vamos ver a totalidade, que acaba pelas 22.15 horas. A Lua sai totalmente da sombra da Terra por volta das 23.20 horas", disse Ricardo Reis, do grupo da comunicação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço ao JN.
Nos eclipses lunares, a Lua passa na sombra da Terra, havendo um alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e a Lua. Ao contrário de um eclipse solar, durante o qual a Lua tapa a luz do Sol, no eclipse lunar, por causa da atmosfera da Terra, a luz é desviada de maneira diferente, surgindo uma tonalidade avermelhada.

"Acontece um fenómeno semelhante quando o sol se aproxima do horizonte. Uma vez que a luz do sol tem mais quantidade de ar para atravessar e começa a ficar avermelhado", exemplificou o astrónomo.
"Lua sangrenta" ou "Lua vermelha" são termos dados a esta ocorrência. Contudo, Ricardo Reis considerou que podem ser "enganadores", porque a tonalidade pode variar, desde o mais acinzentado até ao vermelho vivo, passando "por tudo pelo meio".
Apesar de ser "o eclipse lunar mais longo do século", o astrónomo relembrou que o eclipse que vai acontecer em junho de 2029 tem apenas menos um minuto. "Os eclipses da Lua são relativamente comuns e acontecem várias vezes ao ano. O próximo vai ser já a 21 de janeiro de 2019. Vai ser um pouco mais curto do que vamos ver agora", explicou Ricardo Reis. Um eclipse com um maior tempo de duração só vai acorrer no próximo século.
Como se não bastasse, nesse dia em que há um alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e a Lua, haverá também um alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e o planeta Marte. "Isto acontece numa data muito próxima do ponto de maior aproximação dos dois planetas a 31 de julho. Por essa razão, Marte está extremamente brilhante no céu", referiu Ricardo Reis. Na sexta-feira, o "Planeta Vermelho" nasce cerca de 40 minutos depois da Lua, posicionando-se muito perto do astro no céu.
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço está a organizar uma sessão de observação da Lua e Marte na Quinta do Covelo, no Porto, na sexta-feira às 22 horas. A entrada é livre.

2018/07/10

REVOLTA POPULAR - INOPERÂNCIA POLITICA DE PROTEÇÃO


COLOCANDO CÁ OS ESPORÕES
DIZEM QUE ASSIM É QUE É!
GASTARAM TODO O DINHEIRO
QUE VEIO DA CEE?


ANDAM TUBARÕES À SOLTA
QUEREM ATACAR 
MAS PARA NOS EXPULSAR
DAQUI! PRIMEIRO
TÊM QUE NOS MATAR.

Manifestação POPULAR


ESSE INTELECTUAIS
VENDERAM-NOS ILUSÕES
DESTRUÍRAM AS NOSSAS DUNAS
COLOCANDO CÁ OS ESPORÕES

2018/07/08

Feira Medieval e Viking arranca em Famalicão

Termina  hoje, em Famalicão, mais uma edição da Feira Medieval e Viking.
A iniciativa conta com a participação de 500 figurantes, que até domingo vão recriar o ambiente medieval e viking, com músicos, atores, malabaristas, acrobatas, cavaleiros, bailarinas, mercadores, entre outras personagens alusivas à época.

Além da programação, que apresenta como ponto alto o momento do “assalto ao castelo” (dias 06, 07 e 08), os quatro dias de feira os visitantes usufruem de uma forma permanente do mercado típico, jogos medievais e vikings, figurantes e música da época, exposição de animais de grande e pequeno porte, exposição de artefactos de tortura e morte, recriação da aldeia do povo europeu e viking, recriação da aldeia dos leprosos, animações por todo espaço.

A feira, que a partir deste ano passa a realizar-se anualmente, decorre nos jardins da Praça D. Maria II, e assume-se como uma oportunidade única para contatar de perto com a cultura dos povos oriundos do norte da Europa e de conhecer a sua relação com o concelho.
A presença Viking no território de Vila Nova de Famalicão faz parte da identidade territorial, estando devidamente registada nos “Annales Portucalenses Veteres”, que relatam uma incursão de normandos (“homens do Norte”), a 06 de setembro de 1016, no território que hoje é o concelho de Vila Nova de Famalicão.

2018/07/01

Transdev cria “linha de praia” entre Braga e Apúlia, Esposende e Póvoa de Varzim



A Transdev vai lançar uma nova “linha de praia” entre julho setembro, com ligação de diária de ida e volta entre Braga e as praias de Apúlia, Esposende e Póvoa de Varzim.
Das 10 carreiras especiais de verão que a Transdev vai lançar em 2018, duas estão já em funcionamento, desde o passado dia 16 de junho, assegurando a ligação às praias de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, a partir de Santo Tirso e da Trofa, até ao dia 9 de setembro. 
A partir do próximo dia 01 de julho e até setembro, serão disponibilizadas mais oito Linhas de Praia, com pontos de partida em Braga, Salamonde, Gerês, Agra, Castro Daire, Coimbra, Aveiro e Viseu.
Todos os anos, temos vindo a animar o verão de milhares de pessoas residentes no interior do país, proporcionando a muitas famílias retirar o máximo partido da estação balnear. Este ano, prevemos transportar, diariamente, mais de 30 passageiros em cada uma das 10 Linhas de Praia que vamos disponibilizar”, refere Joana Abreu, responsável de Marketing da Transdev. 
As deslocações a partir de Salamonde, Gerês e Agra terão como destino as praias da Apúlia, enquanto que a linha de Braga vai assegurar as viagens de ida e volta às praias da Apúlia, Esposende e Póvoa de Varzim. 
Refira-se que as Linhas de Praia de Santo Tirso, Trofa, Braga, Coimbra e Aveiro têm uma oferta diária até ao mês de setembro, enquanto que nas restantes linhas – Salamonde, Gerês, Agra, Castro Daire e Viseu -, as viagens de ida e volta realizam-se aos domingos, durante o mesmo período. 

2018/06/09

Andores com vários santos embarcaram na viagem entre a Marina dos Pescadores e a Barra.



No dia 3 de Junho A Associação Pescadores de Esposende realizou ao final da manhã a habitual “romagem” à barra para recordar pescadores falecidos daquela comunidade piscatória (ver fotos).

Para além do ritual, o momento ficou marcado pelo colorido e rito dos andores de várias freguesias que desceram dos altares para embarcar “nas águas do Cávado”.


São Pedro, padroeiro dos pescadores, liderou a “romagem” que também foi momento de recordar problemas antigos da barra, dos pescadores, de uma comunidade exposta à rigidez da natureza e ausências de soluções.


A coroa foi levada pela embarcação do ISN ao mar, porque a barra já nem os santos deixa passar a barra.
Blogue Pedrinhas & Cedovém com Diário do Minho

2018/05/13

"Fátima protege-nos mas vê-se aflita"

ESPOSENDE - Comunidade piscatória e restauração há décadas pela requalificação da praia e zona envolvente destruída pelo mar por causa dos esporões

"Adriano Ribeiro, 53 anos, pescador desde os catorze, é um homem revoltado. O mar tem roubado extensão à "sua praia" de Pedrinhas e Cedovém, em Apúlia, Esposende, e continua a destruir as dunas, por mais estacas e sacos de areia que ali sejam colocados como proteção. O betão da rampa por onde passam os barcos, quando saem e regressam da pesca, já quebrou devido à erosão.
Pelo menos, uma das casas, que há muito estão condenadas à demolição, por se encontrarem em zona de risco, já tem parte das fundações à mostra, de tão escavadas que estão pelas águas. Tudo isto acontece nas costas de uma corda de restaurantes, que ali foram nascendo ilegalmente ao longo de décadas e que se tornaram num "motor económico e turístico" de Apúlia. Crítico em palavras e ações Adriano é uma das principais vozes do descontentamento das gentes locais, como o "esquecimento" a que a zona está votada.


Junto à rampa de embarque, quebrada a meio, colocou uma placa com a imagem de Nossa Senhora de Fátima onde se lê: "Obrigado Maria. A verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração". E comenta, irónico: "A Senhora de Fátima protege Cedovém, mas vê-se aflita". O que mais aflige o pescador são "os milhões" que há anos vão sendo anunciados para requalificação, sem concretização à vista. "É vergonhoso. Estão sempre a falar que vão investir, que vão investir e nunca mais. Esta comunidade está esquecida", lamenta.


PROCESSO DE INTERVENÇÃO
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, garantiu ao JN, que está em marcha o processo de intervenção em Pedrinhas e Cedovém para "reforço e melhoria das condições dos pescadores e a reestruturação da zona, permanecendo os restaurantes". "Estamos a desenvolver um projeto global de requalificação, dentro da Polis, com uma imagem urbana digna e não de um amontoado de barracas. Até ao final do verão gostaria muito de o apresentar", declarou, referindo estar garantido "um financiamento de 15 milhões de euros". Segundo o autarca, na versão anterior do projeto, entretanto abandonada, contemplava um investimento de 11 milhões e "não previa que ficasse lá nenhuma edificação"

Fernando Sá, atual proprietário do restaurante "O Mudo", o mais antigo dos sete, considera: "Se não fossem os pescadores, Cedovém não existia. Já tinha ido tudo por água abaixo". Neto dos antigos fundadores do restaurante, Sá com 34 anos, trabalha "um dia de cada vez" à espera do futuro. "Desde que nasci que ouço falar que isto vai tudo abaixo. Não sabemos se isto dura seis meses, um ou 50 anos. Sou da opinião de que os restaurantes não saiam daqui e se criem condições para toda a gente: nós, os pescadores e as famílias que moram aqui", conclui."

PESCADOR, CLEMENTE PALMEIRA, 77 ANOS
"Ninguem liga nenhuma a Pedrinhas e Cedovém. O problerma já dura há uns 20 anos, desde que fizeram os esporões"

PRESIDENTE DA POLIS DO LITORAL NORTE, PIMENTA MACHADO
"Já se fez um levantamento cadastral da área e o projeto de requalificação está previsto no Plano de Ordenamento da Orla Costeira"

Blogue Pedrinhas & Cedovém com JN

2018/05/09

Ministro demite responsáveis por resíduos e recursos hídricos na APA

João Matos Fernandes demitiu dois elementos do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente responsáveis por duas áreas distintas: recursos hídricos e resíduos.


 O ministro do Ambiente demitiu dois elementos do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsáveis pelas áreas de recursos hídricos e de resíduos, que passam a ser geridas por Pimenta Machado e Mercês Ramos Ferreira.
Duas áreas do conselho diretivo da APA tinham de seguir rumos diferentes, nos resíduos não estávamos a encontrar o dinamismo que queremos, com a [aposta na] economia circular, e nos recursos hídricos é preciso dar um impulso às políticas e transformá-las em obra”, disse esta quarta-feira à agência Lusa João Matos Fernandes.
Na área da gestão de resíduos, a escolha foi para Maria Mercês Duarte Ramos Ferreira, que, até fevereiro exerceu funções de técnica superior no gabinete de apoio ao presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, trabalhando em projetos como o Plano Municipal para a Economia Circular, depois de ter sido vereadora de Ambiente naquela autarquia.
Para liderar a gestão dos recursos hídricos, o ministro do Ambiente contratou José Carlos Pimenta Machado da Silva, administrador Regional da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Norte, departamento da APA no norte, e que, em 2013, assumiu a presidência do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte, além de ser membro da direção do Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Deixam a direção da APA António João Sequeira Ribeiro, que ocupava o cargo de vice-presidente, e Inês Diogo, vogal. A economia circular é uma prioridade do ministro do Ambiente e visa alterar formas de produzir para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, optando por reutilizar e reciclar materiais.
Na área dos recursos hídricos, aquando do foco de poluição do rio Tejo, em Vila Velha de Rodão, com o aparecimento de espuma, a APA foi criticada e algumas entidades e partidos políticos da oposição defenderam a demissão do presidente da agência do Ambiente, Nuno Lacasta.