INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2021/03/09

Benjamim Pereira: “Não abdicamos de nenhuma obra”

 Em Esposende estão actualmente em andamento obras públicas no valor global de 18 milhões de euros, das quais 14 milhões executas pelo município e as restantes pela Polis Litoral Norte.

Pode parecer contraditório, face À situação que se vive no país, mas a verdade é que no concelho de Esposende estão no terreno inúmeras obras públicas. Benjamim Pereira garante que a autarquia não vai abdicar de nenhuma obra programada para este ano e que só não se vão concretizar os investimentos que fiquem com concurso deserto.
Pretendemos cumprir tudo”, vinca o edil, realçando que neste momento estão em andamento 14 milhões de investimento em obras levadas a cabo pelo Município, além de mais quatro milhões em obras da Polis Litoral Norte.

O presidente da Câmara refere ainda que, neste momento, a autarquia tem “um quadro de saúde financeira favorável”, tem muitas obras no terreno e não pretende abdicar de nenhuma, mas admite que poderá não conseguir cumprir o calendário como foi prometido no programa sufragado. A acontecer, esse incumprimento não será por falta de capacidade da autarquia, mas sim por falta de empresas que concretizem as obras.

O ano passado foi de abrandamento e agora as empresas acabam por ter mais solicitações. O que está a acontecer, também, é que as empresas acabam por falhar prazos porque, com trabalhadores infectados, tiveram menos mão-de-obra. Esses factores explicam que, nesta altura esteja a ser normal que concursos públicos fiquem desertos, quer seja por falta de disponibilidade das empresas, quer porque estas acham agora que os preços base dos concursos são muito baixos e preferem não concorrer”, explica.
Certo é que a Câmara de Esposende vai fazer “tudo o que lhe for possível” para concretizar os investimentos programados, sendo essa também uma forma de injectar liquidez na economia, algo importante devido à crise causada pelas medidas para combater a progressão da pandemia.

Esposende promove-se enquanto destino turístico

A Câmara de Esposende está a desenhar um plano de recuperação específico para o sector do turismo que terá, como uma das apostas, a publicitação do destino Esposende.
Sendo um concelho que vive muito do turismo, sobretudo nos meses de sol, a restauração e o alojamento vivem situações muito complicadas que só o regresso de clientes poderá inverter.
O que vai fazer a diferença para a retoma destes sectores é o regresso das pessoas a Esposende. Assim, face à evolução da vacinação e ao desagravamento da situação epidemiológica a nível nacional, estamos a criar um plano de recuperação para divulgar o destino Esposende”, avança Benjamim Pereira.
O edil refere ainda que quando voltarem a Esposende, os visitantes/turistas “vão ser surpreendidos” porque vão encontrar um concelho “de cara lavada”.

O período de confinamento está a ser aproveitado para para remodelar e limpar mobiliário urbano, para arranjar passadiços, limpar as ecovias... “São inúmeras acções que estão a ser desenvolvidas para que os nossos visitantes se surpreendam”, promete Benjamim Pereira.
O presidente da Câmara acredita que os visitantes vão voltar ao concelho, porque sente que “as pessoas estão ansiosas por sair de casa, por ir a um concerto, por ir a um restaurante, por desfrutar do mar, no fundo por desfrutar de uma série de coisas que Esposende tem para oferecer”. E acredita que desta vez “as coisas vão correr bem” porque as pessoas já interiorizaram que é necessário manter comportamentos responsáveis para que a segurança de todos esteja garantida.

Esposende já investiu 1,5 milhões de euros na luta contra a pandemia

A exemplo do que vem acontecendo a nível nacional, também em Esposende a situação epidemiológica tem registado um significativo desagravamento. Na última semana houve 20 novos casos de Covid-19, um número muito reduzido face aos momentos mais dramáticos vividos no concelho.
A expectativa é que amanhã o concelho desça para o nível mais baixo de risco de contágio na nova lista a divulgar pela DGS.
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, reconhece que não tem sido fácil a luta contra a pandemia em todas as frentes. No caso epidemiológico, deixa “um sentido agradecimento” a toda a população, uma vez que foi a alteração de comportamentos que permitiu a melhoria da situação.

As pessoas têm sido sujeitas a tantas privações! Tem sido terrível, mas as pessoas aguentam de forma estóica e incrível. É preciso louvar esse espírito de sacrifico muito grande de, regra geral, toda a população”, afirmou Benjamim Pereira, em entrevista ao Correio do Minho, lembrando que as provações já se fazem sentir há um ano.
Associada à pandemia da Covid-19 surge também uma outra pandemia, a social e económica.
A luta contra a pandemia já custou à Câmara de Esposende qualquer coisa como um milhão e meio de euros.
Até ao final de 2020 já tínhamos gasto 1,1 milhões de euros com as medidas de combate à pandemia e de apoio às famílias e empresas. neste momento a conta já subiu e já estamos a falar de 1,5 milhões de euros”, refere Benjamim Pereira.

É uma verba “significativa” realça o edil, lembrando que muitas das medidas de apoio às famílias e empresas tomadas por outros concelhos já eram prática comum em Esposende.
O nosso quadro fiscal já era muito favorável no cenário pré-pandemia”, recorda, lembrando que taxas como o IMI já estavam a ser aplicadas no valor mínimo e a derrama era já zero.
No início deste ano, a autarquia deliberou manter medidas de apoio implemento em 2020 para ajudar empresas e famílias, nomeadamente a isenção do pagamento das taxas relativas à instalação de esplanadas e publicidade. Só neste âmbito, está em causa está uma perda de receita na ordem dos 150 mil euros.

Foram ainda alargadas, até Setembro de 2021, as medidas excepcionais no apoio à actividade económica, nomeadamente, através da autorização especial de algumas ocupações de espaço público, sendo que, atendendo à evolução da situação pandémica, este prazo pode vir a ser prorrogado por sucessivos períodos de 30 dias.
Através do site da Start Esposende é possível aceder a toda a informação relativa a medias de apoio locais e nacionais no âmbito da Covid-19. Recorde-se que o Start Esposende surgiu em plena pandemia inserindo-se nas medidas de apoio à retoma da economia e de apoio às empresas que o Município desenvolveu, para enfrentar as adversidades causadas pela pandemia.

Somos um exemplo em termos sociais

Benjamim Pereira considera que o concelho de “Esposende é um exemplo em termos sociais”, uma afirmação justificada com o facto de o Município ser “muito organizado” do ponto de vista do apoio social “o que permite acorrer de imediato” a qualquer situação de carência.
A pandemia acabou por causar o aumento dos pedidos de ajuda, mas não se tratou de um aumento muito relevante, explica o autarca.
Acabou por ser um processo natural. Porém, nós criámos um conjunto de ferramentas que permitem colmatar de imediato qualquer situação. Somos muito organizados do ponto de vista social. Temos muitos parceiros, o que nos permite estar perto da população e responder logo a qualquer situação identificada”, acrescenta.

O autarca destaca ainda o papel fulcral desempenhado pela Loja Social, Rede + Colaborativa, um projecto lançado há nove anos pela Rede Social de Esposende e que, através de políticas sociais activas, procura responder a situações de pobreza e de exclusão social.
As novas instalações da Loja Social foram inauguradas na última sexta-feira e permitem melhorar a ajuda prestada.
Esta resposta social já ajudou 765 famílias, traduzidas em 1943 beneficiários, que receberam perto de dois milhões de bens.
Nas novas instalações, a Loja Social dispõe, agora, praticamente do dobro do espaço, aumentando a capacidade de resposta a problemas sociais e a necessidades específicas.

Vacinação prossegue dentro do esperado

Depois de ter reivindicado um centro de vacinação no concelho, o mesmo acabou por ser instalado num pavilhão da Zona Industrial de Esposende, devidamente apetrechado para o efeito. “O ritmo de vacinação, pelo que me é dado a saber, decorre agora dentro do esperado”, diz Benjamim Pereira, garantindo que a Câmara “está e estará disponível para colaborar com o ACES de foram total e permanente” para garantir todas as condições aos esposendenses.

O Município de Esposende, em colaboração com as Juntas de Freguesia, criou ainda uma rede de apoio para solucionar eventuais constrangimentos que impeçam o acesso à vacinação. Esta resposta surge depois de alguns utentes terem pedido informação sobre a administração de vacinas a pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida. Assim, estes casos ou situações em que alguém necessite de transporte para receber a vacina, devem ser comunicados à respectiva Junta de Freguesia que esta, em colaboração com a Câmara Municipal, garante a resolução do problema.
Paralelamente, o Município tem ainda em funcionamento o Centro Colaborativo de Rastreios Covid-19, para apoio à Unidade de Saúde Pública em todos os necessários contactos a estabelecer com pessoas infectadas ou contactos de risco, e o Centro de Testagem à Covid-19.

Autarquia disponibilizou 430 computadores

Em articulação com os agrupamentos de escolas, a Câmara cedeu 430 computadores, com os quais o Município havia apetrechado as escolas do 1.º ciclo para o desenvolvimento do projecto ‘Edu@Esposende’, assim como 142 hotspots de acesso à internet, de forma a proporcionar o ensino à distância aos alunos que não tinham condições para esse efeito.

2021/03/03

PAN questionou Câmara de Esposende acerca de construções ‘duvidosas’ em dunas

 


O pedido de esclarecimentos do PAN – Pessoas-Animais-Natureza surge após várias denúncias de cidadãos que temem a destruição do património natural do concelho. Ao que a distrital do partido apurou, este será o segundo caso de construções nas dunas de Esposende, num curto espaço de tempo.

Neste sentido, a distrital do PAN questionou a autarquia relativamente ao número de construções que estão previstas para esta zona e se está prevista alguma revisão de PDM por forma a limitar estas construções e se foi solicitado algum Estudo de Impacte Ambiental relativo à obra em questão, escreve o partido em comunicado enviado á redação do Semanário V.


As dunas representam um património natural com alto valor ecológico e constituem um meio de proteção natural contra a força das marés, temporais e outros fenómenos climatéricos” afirma Rafael Pinto, porta-voz da distrital, acrescentando “Estamos curiosos por saber qual a posição da autarquia nesta matéria, assim como que diligências estão a ser consideradas como forma de preservação desta zona específica. Consideramos lamentável estas autorizações, e definitivamente temos de mudar esta mentalidade de que a natureza é para destruir em nosso proveito".

Autarca alerta para “situação de grave perigo” na barra de Esposende

 

O presidente da câmara de Esposende alertou hoje para “situação de grave perigo” na restinga e na barra de Esposende, salientando a necessidade de fazer “obras duradouras” para proteção de “pescadores e da própria cidade”.

Em declarações à Lusa, Benjamim Pereira referiu-se ao acidente desta madrugada na barra, em que um barco ficou encalhado “por ter sido atirado contra a margem”, como “mais um episódio e o prenúncio daquilo que pode ser um dia uma catástrofe”.

Segundo o autarca, “há anos e anos que a autarquia solicita obras aos sucessivos Governos”, referindo que “ao longo dos anos têm sido feitas intervenções como soluções a curto prazo” mas sem resolver a “questão de fundo” da barra e da restinga.

Temos aqui um problema de uma restinga destruída e de um rio completamente assoreado. Dois problemas que se arrastam e que implicam com a atividade económica do concelho ao dificultar a atividade piscatória, mas principalmente porque põem vidas em risco”, referiu o autarca.

Benjamim Pereira salientou que “não é só a atividade piscatória que está em causa mas também as populações e estabelecimentos porque se há uma grande tempestade, habituais nesta zona, há cerca de meio quilómetro da costa que fica em risco”.

A autarquia, garantiu, “tem planos para retirar as pessoas do local numa urgência mas não pode evitar os danos materiais”.

Já houve várias reuniões entre a autarquia e as entidades envolvidas, a Polis, a Agência Portuguesa do Ambiente, o ministério com a tutela das pescas, há projetos, a autarquia está disposta a financiar as obras, se for esse o caso, mas tudo acaba por esbarrar em burocracia”, lamentou Benjamim Pereira.

Para o autarca a questão tem que “ser vista de uma outra forma” além do prisma ambiental ou económico.

Isto já é uma questão de Proteção Civil. De agir em defesa das populações e da própria cidade. Podíamos estar agora a lamentar mais duas mortes”, apontou.

A Câmara Municipal de Esposende apresentou uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), denominada de Estudo de caracterização de riscos e programa de intervenção para a proteção da Restinga de Ofir e Barra do Cávado, que ainda aguarda implementação.

O autarca referiu ainda estar a aguardar uma reunião com o ministro do Ambiente para discutir a “questão da barra e restinga” de Esposende.

A barra de Esposende remonta a 1795 quando a rainha D. Maria aprovou por Alvará Régio as Obras de Encanamento do Rio Cávado, seguindo-se, em 1860, estudos para a sua navegabilidade. Em 1884 foi feito o primeiro projeto de melhoramento do Porto e Barra de Esposende e Encanamento do Rio Cávado e em 1935 mais um projeto de reconstrução do paredão da Barra do Porto de Esposende.

Em 1994 foi feita uma drenagem da barra e alimentação de areias na restinga, seguida de nova intervenção em 1998 e mais uma em 2001. Em 2003 foi elaborado um Estudo de Impacte Ambiental do Projeto de Melhoria da Barra do Cávado e em 2006 uma nova dragagem e alimentação de areias na Restinga.

No ano de 2015 foi feita uma nova drenagem da Doca de Pesca e uma Empreitada de reforço da restinga através da colocação de geocilindros, tendo sido necessário mais uma intervenção em 2016 e no ano de 2018 foi efetuada uma nova dragagem da Barra do rio Cávado e Alimentação artificial de praias adjacentes.

Há 200 anos que se fazem intervenções mas não se resolve o problema de fundo”, salientou Benjamim Pereira.

O MINHO