Quase dois anos após a entrada em vigor do Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho ainda nenhum edifício da costa de Esposende foi demolido.
Em 2019, o Plano da Orla Costeira identificava como prioritária a intervenção na área de Pedrinhas e Cedovém.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha projetado a conclusão das demolições para 2021, mas esta sexta-feira garantiu ser impossível “quantificar ou identificar as edificações a demolir”.
Face à inação do Estado, o Município de Esposende achou urgente intervir e avançou há dois anos com um projeto que prevê a demolição de 300 edifícios e o realojamento de 14 famílias.
Vários restaurantes vão ser demolidos ao longo da execução deste projeto. De forma a não prejudicar ninguém, “o projeto prevê a construção de novos equipamentos mais afastados da linha do mar um pouco e com outras condições muito melhores”, adianta ao Porto Canal, Benjamim Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Esposende.
A APA esclareceu à Lusa que “relativamente à demolição de construções localizadas no domínio hídrico, mantém-se a indicação de demolição de todas as construções cuja localização se considera inadequada face ao risco e que não prestem apoio às atividades de interesse público na área como a prática balnear”.
Ainda assim a intervenção continua prevista para as edificações que não reúnam condições para adaptação/reabilitação de acordo com os requisitos do Regulamento de Gestão das Praias Marítimas.
No entanto, o organismo não clarifica quais as construções que se adequam aos regulamentos acima descritos.
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