INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2016/01/15

DEPOIS DA RESTINGA agora o MOLHE DE ESPOSENDE

 Molhe de Esposende vai ser reforçado para aumentar a segurança dos pescadores

Investimento de um milhão de euros do programa Polis Litoral Norte vai servir para reconstruir parte da barra . O molhe norte, em precárias condições, já vitimou dezenas de pescadores.

MOLHE DE ESPOSENDE

A obra de reconstrução do molhe norte da barra de Esposende, "absolutamente fundamental" para conferir maior segurança à actividade piscatória, vai ser concretizada este ano, num investimento de um milhão de euros, informou hoje o presidente da câmara.
Benjamim Pereira disse à Lusa que a obra decorrerá sob a tutela da sociedade Polis Litoral Norte, que acaba de deliberar a abertura do concurso público, prevendo-se que os trabalhos comecem "dentro de três ou quatro meses". "Até ao final do ano, contamos ter o molhe pronto, o que é absolutamente essencial para a segurança dos pescadores", acrescentou.

Segundo o autarca, o molhe encontra-se "totalmente destruído", uma situação que já se arrasta "há demasiado tempo". "Não há pedra sobre pedra. As pedras estão todas na zona de passagem das embarcações", referiu.

Sem o molhe, as areias do lado norte "são todas arrastadas para a boca da barra", provocando um assoreamento que se torna "extremamente perigoso" para a entrada e saída das embarcações. Além disso, as embarcações ficam "totalmente desprotegidas" face à ondulação de noroeste.

Uma situação que, como tem denunciado reiteradamente o presidente da Associação de Pescadores de Esposende, Augusto Silva, faz com que aquela seja uma "barra assassina".

A última morte de um pescador naquela barra registou-se em Outubro de 2014, quando um "golpe de mar" virou uma embarcação. Para Augusto Silva, a culpa foi, mais uma vez, do assoreamento da barra, que estava "completamente seca", e da inexistência de um molhe de protecção a norte. Na altura, o líder associativo disse que os pescadores de Esposende já lutam "há 100 anos" por uma barra condigna, mas apenas têm conseguido "promessas".

Segundo Augusto Silva, naquela barra já morreu cerca de uma dezena de pescadores, "mas os sustos são constantes e esses não entram nas estatísticas".

O programa Polis Litoral Norte foi lançado em 2008 para requalificar e proteger a frente costeira de Esposende, Viana do Castelo e Caminha, numa extensão de 50 quilómetros. 

Blogue Pedrinhas & Cedovém com PUBLICO

RESTINGA DE ESPOSENDE
2010
Restinga do Rio Cávado


2015
COLOCAÇÃO DOS CILINDROS GEOSSINTÉTICOS NA RESTINGA DO RIO CÁVADO
2016
A PONTA DA RESTINGA DO RIO CÁVADO COM CILINDRICOS GEOSSINTÉTICOS 

A PONTA DA RESTINGA DO RIO CÁVADO COM CILINDRICOS GEOSSINTÉTICOS

Toda a gente sabe que agora com esta obra de engenharia está construído o grande muro que impossibilitará o depósito de inertes nas praias as sul do Cávado, como se tornará responsável pela erosão da orla costeira a sul de Esposende.

Para além da sequência das várias barragens do rio Cávado, que já eram as responsáveis,  existe agora este ultimo muro que entupirá a evacuação de inertes para o mar.

Nos anos vindouros a dragagem da foz do rio será um trabalho imperativo, pois nos próximos invernos, mais chuvosos e nos casos da necessidade de descargas das barragens coincidirem com as marés altas, haverá forçosamente inundações nas habitações nas margens da foz do rio (margem sul - Ofir  e  margem norte - Esposende).

Essas inundações não serão de responsabilidade natural mas sim por erro humano, porque afinal  estes CILINDROS GEOSSINTÉTICOS serão sempre um MURO DE CONTENÇÃO.

2016/01/10

O mar galgou a terra aqui ...!


O Mar galgou a terra aqui d´El Rei
me acode, mas fiquem todos sabendo-o,
foi da mão do Homem.
Carlos Moreira 

Esporão do Lugar das Pedrinhas



Sim Sr !... o mar galgou a terra aqui e destruiu! .... Tudo por causa dos esporões!!! 

2016/01/02

Ruína existente - a falta de zelo pelo passado, pela história e de visão do futuro.

LUGAR DAS PEDRINHAS

O estado de ruína que o quebramar do Lugar das Pedrinhas se encontra hoje, não deixa os insensíveis indiferentes, nem os mais distraídos. Estrangeiros e turistas, fazem perguntas:  «Why, how is it possible ...?», «Pourquoi, comment est-il possible ...? », «Waarom, hoe is het mogelijk ...?», «为什么,怎么可能......?», «Dlaczego, jak to możliwe ...?», «Почему, как это возможно ...?», «Varför, hur är det möjligt ...?».
...
Nós encolhemos os ombros e dizemos não temos respostas para dar.

FORTE DE ESPOSENDE

O estado de abandono em que se encontra hoje o Património Edificado, Forte de Esposende (ou São João Batista), com o portão tombado, a tinta das paredes a descascar, a falta de limpeza da cantaria, torna-se evidente para qualquer turista e/ou visitante.


Este Forte de Esposende localiza-se junto à foz do rio Cávado. É contituído por um conjunto de edifícios do  XVII/XVIII, mandado construir por D. Pedro II, com o objectivo de defender a entrada do rio  Cávado. Este forte nunca foi acabado, no entanto houve sempre reestruturas na sua arquitetura. 

Um turista afirmou, «le fort a été volée!» de imediato houve uma resposta, " yes, in his lordiness».

2015/12/23

Boas Festas e um melhor 2016


Os amigos Lugar das Pedrinhas & Cedovém desejam Boas Festas, que este ano TODOS peçam ao Pai Natal o restauro do quebramar e que em 2016 as autoridades responsáveis protejam estes dois lugares que até hoje têm tratado tão mal.


FELIZ NATAL
&
UM BOM
ANO NOVO

2015/12/13

O maior destroier da Marinha dos EUA já está no mar



O maior (e mais futurista) destroier americano conheceu o mar pela primeira vez.
O USS Zumwalt partiu do estaleiro Bath Iron Works, no Maine, no início desta semana para fazer os primeiros testes em mar aberto, oito anos após sua construção ter começado.

Com lados inclinados e ângulos pontiagudos, o Zumwalt – o primeiro de três navios de sua classe – parece uma nave do Império, da franquia Star Wars.

Além disso, é dirigido por um capitão chamado James Kirk, como o personagem de Star Trek (sem brincadeira). “Estamos absolutamente animados para ver Zumwalt em ação”, disse Kirk à Associated Press. “Para a tripulação e todos os envolvidos na concepção, construção e preparação deste navio fantástico, este é um grande marco”.


Caro e inovador

A classe Zumwalt é projetada para operar em águas fundas e rasas e pode cumprir uma série de funções, incluindo a proteção de navios maiores e disparo sobre alvos terrestres. É também fortemente automatizada para os padrões da Marinha americana, com uma tripulação de apenas 158 – quase metade da tripulação a bordo dos atuais destroieres da classe Arleigh Burke.

Os navios Zumwalt também geram energia suficiente para incorporar as futuras armas (como a arma a laser) que a Marinha está desenvolvendo, embora a construção dos destroieres tenha visto um grande aumento nos custos ao longo dos anos.

Trinta e dois navios foram originalmente planeados, mas esse número caiu para vinte e quatro, em seguida para sete, até finalmente chegou a três – cada um custando cerca de US$ 4 bilhões, ou € 3,7 bilhões no câmbio atual (excluindo os custos de pesquisa e desenvolvimento).

Instabilidade do destroier

Os primeiros testes em mar aberto serão importantes para analisar as características de Zumwalt em ação, incluindo a sua estabilidade


O navio utiliza uma arquitetura incomum atualmente, com seus lados estreitando à medida que sobem acima da água. Esta costumava ser a norma em navios de madeira e nos primeiros revestidos de metal feitos no século 19 – eles eram mais difíceis de embarcar e tinham uma armadura mais resistente (projéteis que atingem uma superfície inclinada em vez de vertical têm uma chance maior de deflexão e precisam penetrar mais material).


Esse design foi extinto no final do século 20 devido a problemas de estabilidade. No entanto, a Marinha diz que os lados inclinados do Zumwalt e a curva de perfuração de onda têm benefícios interessantes, enquanto seus novos sistemas de computador devem eliminar quaisquer problemas de instabilidade.


Será? Bom, vamos descobrir isso logo, logo. [TheVerge]




Polis vai ter 5 ME para investir no Litoral Norte

Ministro do Ambiente anuncia em Viana do Castelo



O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, anunciou este sábado, em Viana do Castelo, que a sociedade Polis Litoral Norte vai ter, em 2016, cinco milhões de euros para investir na costa entre Esposende e Caminha.

"Serão cinco milhões de euros para a área do Polis Litoral Norte, que abrange Caminha, Viana do Castelo e Esposende. Trata-se de um montante para investir em intervenções um bocadinho diferentes das até agora realizadas. Serão intervenções mais de recarga de praias, reforço dunar. Estamos a pensar poder aprovar esse investimento durante o mês de fevereiro, ou março, no âmbito de um aviso do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) ", afirmou o governante.


O ministro do Ambiente, que falava à margem da inauguração das obras de requalificação da frente ribeirinha do núcleo do Cabedelo, em Viana do Castelo, orçadas em mais de um milhão de euros, afirmou que, no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio "vai ser muito mais difícil, para não dizer que não vai ser possível, financiar intervenções de arranjo urbanístico".


Conjunto de medidas

"Portugal tem que cumprir um conjunto de medidas de adaptação em função das consequências das alterações climáticas e as intervenções que aí vêm são intervenções mais pensadas na manutenção e na estabilidade da linha de costa", disse.

Entre as intervenções previstas para 2016, está a empreitada de requalificação da Praia Norte, orçada em 2,6 milhões de euros e que deveria ter arrancado este ano.

Questionado pela agência Lusa sobre a continuidade da sociedade Polis Litoral Norte, criada em 2009 e com uma área de intervenção de 50 quilómetros de faixa costeira, João Pedro Matos Fernandes afirmou que decisão será tomada "em breve".



O governante revelou ainda que vai prolongar a atividade da VianaPolis até 31 de dezembro de 2016, mantendo inalterado o seu objeto social, a demolição do prédio Coutinho.

"A decisão definitiva da continuação da Polis Litoral Norte está para muito breve mas o ministério do Ambiente vê com muito bons olhos formas de organização que promovam a integração das diversas entidades com poder, e competência no litoral. É muito positivo e importante", defendeu.


Segundo aquela sociedade, a intervenção no Cabedelo "contemplou ações de qualificação, defesa e delimitação da zona natural em risco, mediante o reperfilamento da frente pedonal de mar e de rio e a correção da erosão de superfície".


Incluiu ainda "a criação de novos acessos pedonais à praia fluvial, a melhoria das áreas para estacionamento automóvel e das zonas de lazer".


Orçada em 1,05 milhões de euros, a obra foi financiada em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte(ON2), e em 15% pela Câmara local.


A obra criou também, "novos espaços naturais, acessos ao mar e um equipamento (este com a construção fora do âmbito da Polis Litoral Norte), dedicados à prática e fomento das modalidades de windsurf e kitesurf, a criação de um troço da ecovia do Litoral Norte, e de um posto para alimentação elétrica, abastecimento de água e evacuação de resíduos, para autocaravanas".


O ministro do Ambiente deslocou-se ainda ao concelho vizinho de Caminha para visitar as obras na praia da Gelfa, orçada em 300 mil euros e o reforço e proteção dos sistemas dunares e renaturalização de áreas naturais degradadas na foz do rio Âncora, que custou 430 mil euros.



Ambos os investimentos contaram com 85% de comparticipação do ON2, tendo a câmara local participado com os restantes 15%.

2015/12/09

Alterações climáticas impõem reforço das dunas da praia de Santo André

Mais de um milhão de euros foram investidos na consolidação da morfologia dunar recorrendo a técnicas de regeneração natural numa área com 55 mil metros quadrados.

A Sociedade Polis Litoral Sudoeste, entidade responsável pela requalificação da praia da costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, anunciou a conclusão das obras e assinalou que a intervenção efetuada na zona do litoral alentejano para além de requalificar a praia, preparou o sistema dunar “para os efeitos das alterações climáticas” que, admite, poderão surgir “num futuro próximo”.
  
Nos trabalhos de reconstrução e consolidação da morfologia das dunas foram utilizadas técnicas de regeneração natural recorrendo à colocação de paliçadas, estruturas em ramos de salgueiro, e à plantação de cerca de 19.200 plantas de espécies dunares autóctones. Na zona abrangida pela intervenção, procedeu-se ainda à remoção manual de espécies invasoras, como a acácia e o chorão numa área próxima dos 55 mil metros quadrados.

A intervenção na costa da praia de Santo André enquadra-se nas ações que têm sido efetuadas ao longo do litoral português para travar a “tendência erosiva e regressiva e um risco concreto de perda de território”, assinala a Sociedade Polis. Para este cenário, acentua esta entidade, contribuem as alterações climáticas, expressas na “subida do nível médio do mar, na modificação do regime de agitação marítima e nos aumentos da frequência dos episódios meteorológicos extremos e da precipitação concentrada”. 

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, reforma os argumentos expressos por aquela entidade ao considerar a requalificação da praia da costa de Santo André “fundamental para a proteção de pessoas e bens” por se tratar de uma zona do território litoral de ”grande interesse turístico, essencial para a economia da região”.

A intervenção efetuada contemplou ainda o ordenamento e reconversão de caminhos, a criação de espaços para o estacionamento de viaturas afastados da zona dunar e a instalação de novos acessos e passadiços, em material reciclado, destinados a pessoas com mobilidade reduzida.

O investimento efetuado na requalificação e consolidação da costa de Santo André, no âmbito de uma parceria entre Sociedade Polis Litoral Sudoeste e a Câmara de Santiago do Cacém, superou um milhão de euros e foi apoiado pelo Programa Operacional Temático de Valorização do Território 2007/2013 e cofinanciada a 85% pelo Fundo de Coesão.

Blogue Pedrinhas & cedovém com PÚBLICO

2015/12/06

Três séculos de lenda vêm à tona - O Galeão San José

Dez anos de vida e 307 de lenda acompanham a mítica caravela espanhola San José

O tesouro afundado mais procurado do mundo



Dez anos de vida e 307 de lenda acompanham a mítica caravela espanhola San José. Sua história é a de um dos naufrágios mais importantes do mundo, carregado de tesouros americanos, drama humano e político e repleto de fantasia. Ocorreu na metade da guerra de sucessão da coroa espanhola, ostentada por Felipe V, e se deu por culpa dessa disputa de poder europeia. O navio desceu à escuridão do mar na tarde de 8 de junho de 1708, uma sexta-feira. E foi em outra sexta-feira, 27 de novembro, que um sonar da Marinha da Colômbia detectou os destroços, notícia revelada na última sexta-feira pelo presidente do país.

Três séculos de história emergiram. A embarcação zarpou de Cartagena das Índias (Colômbia) rumo a Cádiz (Espanha) carregado com cerca de 200 toneladas de ouro, prata, pedras preciosas e diversos tesouros da América. Sua missão não era a mesma dos outros navios indo para a Espanha. Seu objetivo era crucial: dar fôlego econômico e enriquecer as arcas da coroa espanhola, aliada da França, cercada por Inglaterra, Países Baixos, Portugal e Alemanha, que consideravam que o sucessor de Carlos II deveria ser da Casa dos Habsburgo. Temiam a repetição do poder ostentado por Carlos I, da Espanha (chamado de Carlos V na Alemanha), no século XVI.

No início do século XVIII, o mar do Caribe estava coalhado de piratas e salpicado de navios ingleses que bloqueavam a rota de embarcações para a Espanha. Naquela tarde de sexta-feira de junho o almirante José Fernández de Santillán (conde de Casa Alegre), comandante do San José, deu a ordem de partida para uma flotilha de 20 navios e 600 pessoas (homens, mulheres e crianças; 400 passageiros e 200 tripulantes).

Depois de passar pelas Ilhas do Rosário e entrar num mar multicolorido, o galeão foi atacado e afundado pelo buque inglês Expedition, por ordem do comodoro Charles Wager.

Contam que para cada baú de moedas havia outros dois com pedras preciosas e que apenas o capitão Fernández e o comandante da guarnição de Cartagena conheciam o verdadeiro conteúdo

Uma esquadra britânica ataca uma frota espanhola ao largo de Cartagena, 1708. O essencial do tesouro espanhol perde-se no naufrágio do San José, destruído pela explosão do seu paiol (óleo de Samuel Scott, 1770)
O combate teve início ao entardecer. O navio era defendido por 30 canhões de 10 a 18 libras [massa das balas, de 4,5 a 8 kg], fabricados em bronze, com alças em forma de golfinho, típicos da coroa espanhola, quando, repentinamente, o tiroteio foi silenciado por uma explosão no San José. Uma coluna de fogo e fumaça subiu conforme o navio ia para o fundo do mar com seu desejado tesouro: um butim, dizem, de 5 bilhões de dólares a 10 bilhões de dólares. O tesouro tinha saído do que hoje são o Peru, o Equador e a Colômbia. Somente 11 pessoas sobreviveram.


Chegavam ao fim dez anos de vida desse galeão, construído em 1698. A carga do San José transportada a partir do Peru e do Equador fora acumulada nos seis anos da guerra de sucessão. No Panamá, parou em Portobelo, no mês de maio de 1708, depois foi para Cartagena, onde completou a ambicionada remessa.
Mas no dia 8 de junho o San José virou uma lenda. Contam que para cada baú de moedas havia outros dois com pedras preciosas e que apenas o capitão Fernández e o comandante da guarnição de Cartagena conheciam o verdadeiro conteúdo.
A história foi transmitida de geração em geração pelos caribenhos colombianos e avançou para o centro do país, subindo o rio Magdalena por seus mais de 1.500 quilômetros, que era por onde chegava a civilização. Sua história está em livros e obras de ficção. Até Gabriel García Márquez a usou, num episódio chave do romance O Amor nos Tempos do Cólera, em que as águas da realidade e da ficção se misturam.

Nos anos oitenta o San José ressuscitou quando uma empresa especializada em caçar tesouros iniciou sua busca. Depois de vários litígios, o Governo da Colômbia tomou as rédeas do projeto. Encontrou o navio e, sem dar muitos detalhes de seu conteúdo, transformou-o em segredo de Estado. “É uma das descobertas mais importantes da arqueologia submarina”, disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
foto marítima subaquática
Não se sabe ainda a condição real do galeão. Se poderá ser levado à tona ou não. Dizem que está intacto, apoiado num de seus costados. Só foram mostrados alguns canhões no leito marinho e algumas vasilhas de cerâmica. Dentro estariam o ouro, a prata e as pedras preciosas, tesouro com o qual se pretendia apoiar o trono de Felipe V.

2015/12/04

Autarquia de Esposende alerta munícipes sobre regimes especiais de regularização urbanística


ESPOSENDE – A Câmara Municipal de Esposende promoveu, no dia 2 de dezembro, no Auditório Municipal de Esposende, uma sessão de esclarecimento sobre dois regimes especiais de regularização relativos a atividades, explorações, instalações e edificações.
Em causa está um regime decorrente da publicação do Decreto Lei n.º 165/2014, que permite avaliar a possibilidade de regularização de um conjunto significativo de unidades produtivas que não dispõem de título de exploração ou de exercício válido face às condições atuais da atividade, designadamente por motivo de desconformidade com os planos de ordenamento do território vigentes ou com servidões administrativas e restrições de utilidade pública, cujo prazo termina no próximo dia 2 de janeiro. Por outro lado, está em vigor, até 23 de setembro de 2016, um regime decorrente da publicação da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Esposende, que possibilita também tal procedimento de legalização.
Estes regimes enquadram a regularização de um conjunto de situações, daí a importância de informar, quer os técnicos urbanísticos quer a população em geral, das várias possibilidades que estão em causa. Dado o interesse que estas questões suscitam, a sessão de esclarecimento registou uma forte participação, tanto de munícipes, como técnicos e entidades, entre as quais a Cooperativa Agrícola a Associação Comercial e Industrial do Concelho de Esposende (ACICE).
Considerando que termina no início de janeiro o regime excecional para a legalização de edificações de empresas/indústrias, e no sentido de proporcionar que os munícipes/empresas possam resolver as situações pendentes, o Município solicitou a prorrogação do prazo ao Governo. Em ofício dirigido à Secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos, o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira refere que “o investimento no território com vista ao seu crescimento é, para todos nós, uma prioridade fundamental, sendo necessário criar os contextos ideais que potencializem esse mesmo investimento, uma vez que dele depende o crescimento económico sustentável, a dinamização do investimento privado e o emprego”.

Aludindo ao Decreto-Lei n.º 165/2014, Benjamim Pereira refere que “é, sem dúvida, um mecanismo muito importante, que permite, em muitos casos, a reposição da legalidade, sem necessidade de deslocalização das unidades”. Atendendo ao curto prazo deste regime excecional e dado que existe um certo desconhecimento por parte das populações quanto à existência deste importante instrumento, o Autarca solicita um alargamento do prazo, pelo período de um ano, “para que todos, sem exceção, possam utilizar tão importante mecanismo que poderá possibilitar a regularização de um conjunto significativo de situações”.

PSD Esposende celebrou dois anos de mandato autárquico



Mais de meio milhar de participantes marcou presença no jantar de autarcas, militantes e simpatizantes do PSD Esposende, que serviu para comemorar os dois anos de mandato autárquico e que reuniu os eleitos do concelho. As comemorações contaram, ainda, com a presença do eurodeputado e presidente da Comissão Distrital José Manuel Fernandes, dos deputados Joel Sá e Laura Magalhães, do presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira e do ex-presidente da autarquia Alberto Figueiredo.

Luís Montenegro, líder do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, que também marcou presença, referiu que estavam ali para comemorar duas “grandes vitórias”: as autárquicas e as legislativas de 4 de Outubro. Quanto às autárquicas foi importante o PSD “renovar a confiança, servir a comunidade e trabalhar com seriedade em espírito de solidariedade social e acreditar nas pessoas”. 

Mas a noite estava reservada para o líder parlamentar do PSD falar do momento político nacional referindo que Portugal vive um “momento invulgar, insólito, único”, acusando o líder socialista António Costa “que não tem vergonha de querer governar, perdendo as eleições, o que é extraordinário”. “Costa fez jogo para se manter como líder do PS”.
O eurodeputado e presidente da Distrital do PSD, José Manuel Fernandes, elogiou o trabalho “de proximidade” de Benjamim Pereira pelo “exemplo que dá a todos” e agradeceu aos presidentes e eleitos pelo “trabalho e solidariedade constantes” que permitiu ganhar as eleições em todas as freguesias do concelho de Esposende. E crítico com a política anunciada pelo actual governo aconselhou os presentes fazerem uma conta poupança para a troika da esquerda radical.

O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, agradeceu a presença dos quinhentos e cinquenta eleitos para celebrar “uma das maiores vitórias no concelho face às circunstâncias que o país vivia”, a qual se deveu “à proximidade” entre eleitos e eleitores. Mencionou as três áreas de intervenção da autarquia, a saber, uma política económica e social “activa”, um investimento diversificado e um equilíbrio e sustentabilidade financeira do Município. E deixou um recado aos opositores: “é possível investir sem destruir as contas do Município”.
Denunciou, ainda, que há municípios “que se financiam ilegalmente, pois estão a cobrar a água aos munícipes e não a estão a pagar ao fornecedor”. E rematou: “tenho o coração cheio e confiante quanto ao futuro”.

Maranhão Peixoto, líder da comissão política local falou da importância do evento enquanto “reforço da união da família social democrata”, sem objetivos “obscuros ou dúbios” e com a missão de servir “a todos sem distinção”. 
Criticou o “assalto e golpe palaciano e o arranjo de conveniência ”que os socialistas fizeram pois o exercício do poder “não pode ser feito a qualquer preço”.

2015/11/27

Ao largo de Esposende, há menos redes fantasma a pescar

Especialistas estudaram o impacto das redes perdidas no fundo do mar ao longo de 18 meses, e retiraram três toneladas de detritos da costa.


Elas pescam durante anos, e ficam séculos no mar. Deixadas para trás, involuntária ou propositadamente, pelos pescadores, em todo o mundo estima-se que haja 640 mil toneladas de redes fantasma, que continuam a matar e a alterar o ecossistema marinho. Em Esposende, o município juntou-se a vários parceiros e, no último ano e meio, desenvolveu um projecto para perceber o impacto deste fenómeno na orla marítima do concelho, toda ela integrada no Parque Natural do Litoral Norte, e conseguiu retirar cerca de três toneladas de artes de pesca inutilizadas do fundo do mar.

Em Portugal, como no mundo, as redes inutilizadas são, muitas vezes, deixadas no mar: perdidas, por causa das tempestades, enroscadas nas artes de outras embarcações, que as cortam e deitam ao mar, ou danificadas e, consequentemente, descartadas pelos seus proprietários. Recurso outrora dispendioso, e por isso melhor preservado pelos pescadores, as modernas redes de fibras sintéticas são muito mais baratas e muitas vezes estes arriscam a colocá-las em zonas da costa onde – junto a cabeços rochosos, por exemplo – se estragam mais facilmente, nota o biólogo marinho Vasco Ferreira, que coordenou o projecto Redes Fantasma.

Responsável pelo Centro de Mergulho e Ecologia Marinha do Fórum Esposendense, um dos parceiros do projecto, Vasco Ferreira mergulha há mais de duas décadas. E desde cedo se apercebeu das dificuldades de convívio de peixes, e outros seres que habitam neste ecossistema, com as redes deixadas no fundo do mar. Autor do Guia de Campo - Fauna e Flora Marinha de Portugal, o biólogo encara esta iniciativa municipal como uma forma de alertar a comunidade, e principalmente os pescadores, para os efeitos invisíveis, mas duradouros, da sua actividade.

Não é que se possa dizer que os pescadores sejam insensíveis ao problema ambiental que provocam. Em vários pontos do país há empresas que recolhem redes inutilizadas, e o negócio, segundo um dos operadores, tem crescido, dado o seu valor comercial para a produção de uma nova fibra, o Econyl. Mas nas cerca de 60 campanhas de mergulho para retirada de resíduos detectados, os dois elementos da equipa trouxeram para terra um volume de detritos que, estima Vasco Ferreira, deverão pesar cerca de três toneladas, o que é apenas uma amostra da verdadeira dimensão do problema.

Na semana passada, realizou-se em Esposende um seminário sobre o projecto, que incluiu a apresentação de uma reportagem vídeo, produção do Fórum Esposendense realizada pelo próprio Vasco Ferreira. Neste trabalho, Augusto Silva, da Associação de Pescadores Profissionais de Esposende, admite que a limpeza dos fundos favorece a actividade, ao impedir a mortandade de peixe na pesca fantasma, e assume que só não se perdem mais redes porque hoje em dias os pescadores conhecem melhor as previsões do tempo e evitam, sempre que podem, deixar artes no mar em dias de temporal.

O problema nunca é estritamente local. Os 16 quilómetros de costa de Esposende são frequentados por embarcações de vários concelhos, e os detritos da sua actividade são bem notórios junto dos muitos cabeços e nos locais onde ocorreram naufrágios e restos de chapa ou madeira estragam as redes, assinala o biólogo, que passou a conhecer este território com mais detalhe.

Os 165 mil euros de financiamento do projecto (que foi apoiado pelo PROMAR, do último Quadro Comunitário de Apoio) permitiram ao município adquirir equipamento de mergulho, um mini-ROV, um veículo operado remotamente, que permite filmar a maiores profundidades e um sonar de varrimento lateral, com o qual foi feito o varrimento dos fundos.

A identificação das zonas mais problemáticas pode ser uma ajuda para as autoridades com intervenção neste território marinho, como se percebe nos depoimentos de outros parceiros prestados para o vídeo de divulgação do projecto. 

O lixo marinho é um problema ambiental grave”, alerta Fernando Gonçalves, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que tutela o parque natural, secundado por Raul Risso, capitão do Porto de Viana, que fala numa “perda desmesurada” de redes por parte dos pescadores e admite dificuldades na vigilância da actividade de todas as embarcações que operam na costa.

2015/11/21

RAZÃO


RAZÃO

I
Porque suporto um sofrimento intenso?
Porque, vendo a Miséria, eu adivinho
Quanta dor há no seu viver mesquinho?
Eu sofro, porque sinto, porque penso.

Porem querendo, facilmente venço
A Dor com que a mim mesmo de definho.
E rio logo, delirando, imenso.

Mas só pela minha alma ser afeta
A delicado sentimentalismo,
A Natureza fez de mim um Poeta.

A Dor é tributo da Razão
Entregue à Natureza, penso e sismo...
E, enquanto sismo, quantos chorarão!

II
Bebo um copo de Porto, com ardor,
E logo me adormece a mágoa e invade
Meu ser uma letal felicidade
Que me tolda a razão levando a dor.

Mas há alguma coisa superior
Ao cérebro que tem a claridade,
Que esparge a luz ardente da verdade?
A uma razão pujante de Vigor?

Ela que imortaliza alguns mortais,
Me vai tornando um ser menos mesquinho,
Aperfeiçoa, eleva os meus ideais.

Por isso, a Dor há de tentar-me em vão
A acalenta-la na embriagues do vinho,
Que, embora dê prazer, tolda a Razão.

Roberto C Macedo 1909




2015/11/18

Demolições na Praia de Faro continuam apesar da oposição do presidente de Câmara

O autarca receia que, se for o PS a formar Governo, as demolições parem definitivamente, o que prejudicará os proprietários das casas entretanto demolidas.


As demolições de casas na Ria Formosa vão continuar nas próximas semanas contra a posição do presidente da Câmara de Faro, que propôs a suspensão da medida enquanto não estiver formado um novo Governo.

Não há razão nenhuma para se fazer, nas próximas duas ou três semanas, essas demolições, acho que se deve esperar” pela formação do novo Governo, disse o social-democrata Rogério Bacalhau à Lusa.

O autarca receia que, se for o PS a formar Governo, as demolições parem definitivamente, o que prejudicará os proprietários das casas entretanto demolidas.

A muito curto prazo, a medida vai atingir oito casas da Praia de Faro cujos proprietários tinham pedido uma providência cautelar, mas que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé decidiu que a sociedade Polis Litoral Ria Formosa podia tomar posse das mesmas e proceder à sua demolição.

Rogério Bacalhau explicou ter feito uma proposta, em sede de conselho de administração da Sociedade Polis, para suspender provisoriamente as demolições, mas que a maioria dos representantes do Governo votou contra, numa reunião realizada na segunda-feira ao fim do dia.

Segundo o autarca, desde o início do corrente ano já foram demolidas quase uma centena de casas na península do Ancão, onde se situa a Praia de Faro.

As demolições de casas na Ria Formosa têm sido contrariadas pelos proprietários dessas habitações, nomeadamente com a apresentação nos tribunais de providências cautelares motivadas por receios de desequilíbrio ambiental.

Vários núcleos habitacionais das ilhas barreira da Ria Formosa, situada entre os concelhos de Vila Real de Santo António e Loulé, como Farol, Culatra ou Hangares, já foram alvo de demolições de habitações ordenadas pelo Ministério do Ambiente no âmbito de um projeto de renaturalização conduzido pela Polis, dentro da reserva natural.

O processo, que estava previsto incidir apenas sobre segundas habitações, causou polémica e protestos dos moradores, críticos das autoridades por, segundo eles, estarem a demolir primeiras residências e deixarem famílias desalojadas.

A contestação em tribunais levou a Justiça a suspender as demolições, enquanto são decididos os processos pendentes relativos a providências cautelares.

A sociedade Polis deverá ser extinta no final do corrente ano, mas já há uma proposta, que será discutida em assembleia geral, para prolongar o seu mandato por mais um ano.

Os acionistas da Polis Litoral Ria Formosa são o Estado e, em minoria, as Câmaras Municipais de Faro, Olhão, Tavira e Loulé.