INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2019/06/25

A VianaPolis dá-nos menos de metade do que as casas valem


Agostinho Correia, um dos moradores que recusa entregar as chaves do seu apartamento no edifício Jardim, mais conhecido por prédio Coutinho, em Viana do Castelo, diz que sem eletricidade e água não vai ser mais possível viver na sua casa. Outro proprietário, que já tinha saído, mas que também recusa entregar as chaves, compara o cenário atual a um campo de concentração. 

2019/06/24

Moradores do prédio Coutinho estão reféns nas próprias casas


Os 12 moradores que recusam abandonar o edifício Jardim, em Viana do Castelo, mais conhecido como prédio Coutinho, estão reféns nas próprias casas, depois de terem recusado entregar as chaves à VianaPolis nesta segunda-feira, prazo fixado para evitarem o despejo.

A filha de um casal proprietário de um dos apartamentos disse aos jornalistas que ali se encontram que, perante a recusa em abandonarem o edifício, foram avisados de que se saíssem das suas casas já não poderiam regressar.

Isto depois de a VianaPolis ter informado que já hoje ficariam sem água e sem eletricidade a qualquer momento.

Magalhães Sant’Ana garantiu que, apesar da presença da PSP desde as 07:30, nenhum morador vai abandonar o prédio hoje e que neste dia deu já entrada no Tribunal de Braga uma providência cautelar para a suspensão do despejo, "providência que vem na sequência da intimação pela defesa dos direitos, das liberdades e garantias [apresentada na última quarta-feira]" da qual os moradores "não obtiveram resposta". E a notificação da entrada da providência cautelar "deve parar qualquer ato".

O advogado disse que partilhou esta mesma informação com a PSP, que "não se mostra disponível para colaborar".

Até agora, sublinhou Magalhães Sant'Ana, não houve qualquer confronto entre polícia e moradores, ainda que os ânimos estejam "exaltados".

Relativamente à informação de que estariam a ser mudadas as fechaduras, o advogado garantiu que isso não aconteceu em nenhuma das frações habitadas e que, até ao momento, só "estão a forçar a entrada nas frações desabitadas".
Um mercado no lugar do prédio.

Situado em pleno centro da cidade, o edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, de 13 andares, tem demolição prevista desde 2000 no âmbito do programa Polis.

Esta ação de despejo estava prevista cumprir-se às 09:00 desta segunda-feira na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga de abril, que declara improcedente a providência cautelar movida pelos moradores em março de 2018.


No dia 30 de maio, o presidente da Câmara de Viana do Castelo informou que os últimos 12 moradores tinham de abandonar o edifício até 24 de junho, garantindo que as notificações começaram nessa semana a ser enviadas.

O edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, está situado em pleno centro histórico da cidade e tem demolição prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, para ali ser construído o novo mercado municipal.


Segundo José Maria Costa, "o projeto do novo mercado está em apreciação na Direção Regional de Cultura do Norte e estão a ser desenvolvidos os estudos de especialidade".

Desde 2005 que a expropriação do edifício estava suspensa pelo tribunal, devido às ações interpostas pelos moradores a exigir a nulidade do despacho que declarou a urgência daquela expropriação.

A empreitada de demolição do prédio Coutinho foi lançada a concurso público no dia 24 de agosto de 2017, por 1,7 milhões de euros, através de anúncio publicado em Diário da República.

Em outubro, a VianaPolis anunciou que a proposta da empresa DST - Domingos da Silva Teixeira venceu o concurso por apresentar a proposta mais favorável, orçada em 1,2 milhões de euros.


De acordo com José Maria Costa, "o projeto de desconstrução está à espera de visto do Tribunal de Contas".

VianaPolis diz que moradores do prédio Coutinho “ocupam ilegalmente” propriedade do Estado.


O presidente da Câmara de Viana do Castelo acusou, esta segunda-feira, os últimos 11 moradores do prédio Coutinho de "ocupação ilegal" de "propriedade do Estado", garantindo que a VianaPolis "recorrerá a todos meios legais para tomar posse das habitações".

A VianaPolis é detida em 60% pelo Estado e em 40% pela Câmara de Viana do Castelo.

O autarca socialista disse ainda que a VianaPolis “tomou hoje posse administrativa de 22 frações, com entrega voluntárias das chaves”, e que “há 11 proprietários que não estão a cumprir a lei e que é preciso de cumpram a lei”, afirmando que a “VianaPolis recorrerá a todos os meios dentro da lei para tomar posse de algo que é do Estado”..

Últimos 12 moradores do prédio Coutinho em Viana do Castelo recusam entregar chaves

Termina nesta segunda-feira o prazo para os moradores deixarem as casas, mas eles não saem. Polícia está no local. Situação arrasta-se desde 2000. Naquele lugar nascerá o novo mercado municipal.

Os últimos 12 moradores do prédio Coutinho em Viana Castelo recusaram esta segunda-feira entregar a chave das habitações à VianaPolis no prazo fixado para aquela sociedade tomar posse administrativa das últimas frações do edifício.
Situada em pleno centro da cidade, o edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, de 13 andares, tem demolição prevista desde 2000 no âmbito do programa Polis.
Em declarações aos jornalistas, os vários moradores afirmaram que o seu representante legal terá interposto uma ação de intimação pela defesa dos direitos, liberdades e garantias, um procedimento que segundo os mesmos não terá efeitos suspensivos.
No local estão mais de uma dezena de agentes da PSP para garantir a ordem pública num jardim marginal fronteiro ao prédio Coutinho, onde se juntaram vários populares.
Esta ação de despejo estava prevista cumprir-se às 9h00 desta segunda-feira na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga de abril, que declara improcedente a providência cautelar movida pelos moradores em março de 2018.
No dia 30 de maio, o presidente da Câmara de Viana do Castelo informou que os últimos 12 moradores no prédio Coutinho tinham de abandonar o edifício até 24 de junho, garantindo que as notificações começaram nessa semana a ser enviadas.
José Maria Costa, explicou que, em abril, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga “declarou improcedente” a providência cautelar movida pelos moradores, em março de 2018.
No edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, tem demolição prevista para ali ser construído o novo mercado municipal.
Segundo José Maria Costa, “o projeto do novo mercado está em apreciação na Direção Regional de Cultura do Norte e estão a ser desenvolvidos os estudos de especialidade”.
Desde 2005 que a expropriação do edifício estava suspensa pelo tribunal, devido às ações interpostas pelos moradores a exigir a nulidade do despacho que declarou a urgência daquela expropriação.
A empreitada de demolição do prédio Coutinho foi lançada a concurso público no dia 24 de agosto de 2017, por 1,7 milhões de euros, através de anúncio publicado em Diário da República. Em outubro, a VianaPolis anunciou que a proposta da empresa DST – Domingos da Silva Teixeira venceu o concurso por apresentar a proposta mais favorável, orçada em 1,2 milhões de euros.
De acordo com José Maria Costa, “o projeto de desconstrução está à espera de visto do Tribunal de Contas”.

2019/06/20

GOVERNO VAI INVESTIR 38M€ NO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ


O Governo vai investir 38 milhões de euros na melhoria das acessibilidades marítimas, infraestruturas e na segurança e operacionalidade na entrada do Porto da Figueira da Foz.


O anúncio foi feito pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que revelou que o investimento, com recurso a fundos comunitários e feito em parceria entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Administração do Porto da Figueira da Foz e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, vai permitir a transposição de três milhões de metros cúbicos de areia a norte da barra (que de momento dificulta a entrada no porto), que serão depois depositados nas praias a sul, procurando mitigar o efeito de erosão costeira sentido naquela zona.

A iniciativa, frisou, permite “aumentar a segurança do transporte marítimo e das embarcações” e, também, “aumentar a competitividade económica do porto” da Figueira da Foz.

Com este investimento, pretende-se que o Porto da Figueira da Foz consiga ter a capacidade “que tem hoje o Porto de Setúbal”, podendo, no futuro, receber navios de carga geral com maior capacidade. “Vai permitir que a Figueira da Foz possa receber navios maiores, potenciando o crescimento económico” do concelho, disse.

2019/06/19

Prossegue alimentação artificial de areias nas praias de Suave Mar e Cepães em Esposende


A Câmara de Esposende anunciou, esta terça-feira, que «os trabalhos de alimentação artificial de areias nas praias de Suave Mar e de Cepães vão prolongar-se durante a presente semana», podendo causar alguns constrangimentos ao nível da utilização da praia de Suave Mar.
A empreitada, a cargo da Sociedade Polis Litoral Norte, no concelho de Esposende, ainda não conseguiu atingir os volumes de dragados/areias previstos para reposição nas praias.
Em articulação com o Município de Esposende, diz a autarquia, «a Agência Portuguesa do Ambiente e a Autoridade Marítima, e tendo em consideração as previsões climatéricas para os próximos dias, entenderam permitir a continuação dos trabalhos, possibilitando, desta forma, melhorar as condições de utilização das praias».
Apesar dos condicionalismos verificados, «a vigilância das praias será assegurada pelos nadadores salvadores, agradecendo-se a compreensão dos concessionários de praia que vêem assim atrasado o pleno funcionamento das suas concessões balneares e solicitando-se a todos os que utilizam as praias o cumprimento das normas de segurança e a maior precaução na utilização dos locais em que decorram trabalhos e/ou circulação de máquinas e viaturas».
Esta postura – sublinha a Câmara – «enquadra-se nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, nomeadamente os referentes a Ação Climática (ODS 13), Proteger a Vida Marinha (ODS 14), Proteger a Vida Terrestre (ODS 15) e Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade (ODS 17)».

2019/05/30

E depois de demolir o prédio do Coutinho, terá de vir também abaixo o hospital?


O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou esta quinta-feira que os últimos 12 moradores no prédio Coutinho terão de abandonar o edifício até 24 de junho, garantindo que as notificações começaram esta semana a ser enviadas.


José Maria Costa, que respondia a uma questão colocada pelos vereadores do PSD, Hermenegildo Costa e Paula Veiga, durante o período antes da ordem do dia da reunião camarária do executivo, explicou que, em abril, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) "declarou improcedente" a providencia cautelar movida pelos moradores, em março de 2018.


"Com esta decisão, a VianaPolis retomou o processo de desconstrução do prédio Coutinho. Esta semana os últimos 12 moradores começaram a receber as notificações e terão de abandonar o prédio até dia 24 de junho", disse.

O despejo dos últimos moradores do prédio Coutinho estava suspenso desde março de 2018, na sequência da providência cautelar movida por aqueles habitantes.

O edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, está situado em pleno centro histórico da cidade e tem demolição prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, para ali ser construído o novo mercado municipal.

Esta quinta-feira, José Maria Costa informou o executivo municipal que "o projeto do novo mercado está em apreciação na Direção Regional de Cultura do Norte e que estão a ser desenvolvidos os estudos de especialidade".



Desde 2005 que a expropriação do edifício estava suspensa pelo tribunal, devido às ações interpostas pelos moradores a exigir a nulidade do despacho que declarou a urgência daquela expropriação.

A empreitada de demolição do prédio Coutinho foi lançada a concurso público no dia 24 de agosto de 2017, por 1,7 milhões de euros, através de anúncio publicado em Diário da República. Em outubro, a VianaPolis anunciou que a proposta da empresa DST - Domingos da Silva Teixeira venceu o concurso por apresentar a proposta mais favorável, orçada em 1,2 milhões de euros.

"O projeto de desconstrução está à espera de visto do Tribunal de Contas", disse José Maria Costa no salão nobre da Junta de Freguesia de Alvarães onde decorre esta quinta-feira a primeira reunião descentralizada do executivo municipal de Viana do Castelo, em 25 anos de governação socialista.

"É uma forma de garantir maior proximidade entre os eleitos e os eleitores", sublinhou o autarca, na abertura da sessão.
CM

A questão agora levantada é a seguinte: 
E depois o que será do hospital que foi construído com a forma volumétrica a dar o equilíbrio à paisagem com o prédio do Coutinho, não se tornará o próprio hospital um elemento dissonante, na paisagem e não deverá ser também ele demolido?



A construção do Hospital que se localiza na retaguarda do prédio do Coutinho serve atualmente de equilíbrio à paisagem e ao desaparecer a torre do Coutinho, o hospital entrará em choque com a paisagem.

2019/05/24

Jovens mobilizam planeta e saem à rua pelo combate às alterações climáticas

Este é o segundo protesto dos jovens este ano em prol do Planeta. Milhares de mais de uma centena de países saem esta sexta-feira à rua. Em Portugal, quem faltar às aulas pode ter faltas justificadas.


Milhares de jovens de mais de uma centena de países, incluindo de meia centena de localidades de Portugal, fazem esta sexta-feira greve às aulas para protestar contra a inação dos governos em relação às alterações climáticas.
O protesto, o segundo deste ano, serve para alertar os governos para a necessidade de tomarem medidas concretas para se limitarem a emissão de gases com efeito de estufa, que, segundo os cientistas de todo o mundo, estão a provocar alterações drásticas, graves e rápidas no clima da Terra.
Depois de uma greve idêntica a 15 de março passado, a de esta sexta-feira tem o apoio dos adultos, seja professores sejam organizações (ambientalistas por exemplo), sejam cidadãos anónimos.
Estão previstas ações dos jovens em mais de 1.600 cidades de 119 países e em Portugal devem realizar-se manifestações em pelo menos 48 locais, por todo o país.
Nesta sexta-feira, como ela diz na sua página na rede social Facebook, já não vai estar sozinha na greve e fala que em mais de cem países os jovens vão exigir ação dos governos.
Em Portugal, a maioria dos protestos tem como destino as autarquias locais, com algumas exceções, como a marcha em Lisboa, que começa no Marquês de Pombal e termina na Assembleia da República. 
E os jovens que faltarem às aulas poderão ter as faltas justificadas, dizem os diretores das escolas, segundo o Público.
A greve climática estudantil, um movimento político-apartidário, descentralizado e pacífico, é “a voz de uma juventude farta da negligência das classes políticas face ao futuro”, segundo o manifesto publicado na página da iniciativa na mesma rede social.
Os jovens querem nomeadamente a proibição da exploração de combustíveis fósseis em Portugal, o enceramento das centrais elétricas a carvão de Sines e do Pego, o uso de 100% de energias renováveis até 2030 e neutralidade carbónica nessa altura (o Governo tem 2050 como meta), melhores transportes públicos e menos agricultura intensiva.
Na quinta-feira a Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) alertou para tentativas de aproveitamento político da greve climática estudantil, referindo-se a “tentativas de infiltração”, no movimento estudantil, “de organizações ligadas a interesses ideológicos e políticos de vários carizes” em vésperas das eleições europeias.

2019/05/23

1179-2019 - - Portugal faz hoje 840 anos - -

Portugal

Portugal faz hoje 840 anos de existência! Aos olhos da Igreja, pois não nos referimos ao Tratado de Zamora – existe outro documento que foi igualmente importante para a História do nosso país.
O manifestis probatum foi uma bula emitida pelo Papa Alexandre III a 23 de maio de 1179. Esta declarava o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e D. Afonso Henriques o seu soberano.
D. Henriques
Este documento veio assim reconhecer a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de outubro de 1143, através do qual o rei de Leão reconheceu a independência do Condado, que passou a denominar-se Portugal.
No entanto, só 35 anos depois é que a Igreja Católica, através do Papa Alexandre III, reconheceu o reino de Portugal como território independente e D. Afonso Henriques como monarca.  


Túmulo de D. Afonso Henriques
Portugal é um dos 10 países que conquistaram a independência mais cedo. 
Japão - Unificação dá-se em 660 a.C.
China - Unificação dá-se em 221 a.C.
França - Independente desde 843
Inglaterra - Independente desde 927
Dinamarca - Independente desde 958
Áustria - Independente desde 976
Hungria - Independente desde 1000
Portugal - Independente desde 1139
Mongólia - Independente desde 1206
Tailândia - Independente desde 1238

Jornal SOL

2019/05/20

PS adia debate do POC-CE no parlamento, com medo de ser prejudicado nas eleições

PS adia debate do novo Plano de Orla Costeira - Caminha Espinho, para depois das eleições europeias e os partidos da oposição acatam o adiamento e vão enrolados.

O Partido Socialista tem conseguido afastar os concorrentes da oposição dos assuntos que lhe possam criar situações complicadas e perda de eleitorado e tem conseguido.

Recordamos que este novo Programa abrange uma intervenção com uma área com cerca de 541 km2, que abrange 122 km da orla costeira de 9 concelhos e 36 freguesias, e inclui, as águas marítimas costeiras e interiores e os respetivos leitos e margens, assim como as faixas de proteção marítimas e terrestres inseridas na área de circunscrição territorial da ARH do Norte.

O PS deve ganhar as próximas eleições. de acordo com a sondagem do ICS e ISCTE para o Expresso e SIC
"Uma sondagem realizada imediatamente antes da crise política causada pela contagem de tempo dos professores e outra realizada imediatamente depois, revelam que as intenções de voto dos portugueses não se alteraram. O estudo realizado pelo ICS e pelo ISCTE para o Expresso e SIC mostra que o PS se mantém à frente, conseguindo 36% das intenções de voto. Antes da crise, é verdade, o PS tinha menos 2%, mas o valor é residual, uma vez que fica dentro da margem de erro (3,5%)."

OBSERVADOR


2019/05/16

FAPAS ALERTAM PARA A SITUAÇÃO ESCANDALOSA DO POC-CE PORTUGUÊS


FAPAS alertam a situação escandalosa como o Ministro e o Governo Português vão gastar as verbas destinadas para o Plano de Orla Costeira compreendida entre Caminha - Espinho.

Este governo com o parecer favorável condicionado de sete autarquias e várias instituições públicas e (só) desfavorável das câmaras do Porto e de Espinho, vai gastar na qualificação do Porto de Leixões, mais de 50% da verba atribuída.

Este Plano que durante a sua apresentação pública o representante da APA constantemente afirmou que os ESPORÕES eram obras dos passado, este novo Plano reserva 37% da verba para construir e/ou reforçar ESPORÕES (tipo de engenharia que já demonstrou os seus elevados danos causados no passado na costa portuguesa)

Este Governo Português com o parecer favorável condicionado de sete autarquias e várias instituições públicas e (só) desfavorável das câmaras do Porto e de Espinho, vai só gastar 2% da verba atribuída na monitorização e avaliação da Orla Costeira Portuguesa.

O FAPAS denuncia assim que a correção dos erros cometidos na faixa costeira ao longo de décadas, o estado de degradação desta zona, nomeadamente com o acentuado recuo da linha de costa, e o peso que representa o investimento na monitorização e estudo da linha de costa, mostram que o Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho fica muito aquém do que seria expectável.
A erosão costeira é um problema de tão grande importância que entendemos ser importante a revisão urgente deste Plano!


Este Plano de Orla Costeira - Caminha - Espinho vai ter a durabilidade de 10 anos.

2019/05/07

APA incumpre Lei estabelecida para o POC-CE

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tinha de ter já concluído o Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE). 

A APA é a 1ª a infringir a lei, ultrapassando e incumprindo a calendarização estabelecida.


cronograma que vem na plataforma - "Participa", demonstra que o prazo para a retificação e a realização final do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE) encontra-se já expirado, estando aqui demonstrado pela APA um sinal grave da falta seriedade desta Agência, perante este processo POC-CE.

Com que perspetiva o simples cidadão vê a Entidade Responsável (APA), que gere e acaba por ser a própria a infringir o processo de concretização do POC-CE.

Queremos recordar que este será o novo Programa que abrange uma intervenção com uma área com cerca de 541 km2, que abrange 122 km da orla costeira de 9 concelhos e 36 freguesias, e inclui, as águas marítimas costeiras e interiores e os respetivos leitos e margens, assim como as faixas de proteção marítimas e terrestres inseridas na área de circunscrição territorial da ARH do Norte.

Será que a estrutura da APA não tem dimensão para a administração que realiza?

Será que a constituição da APA não está capaz de realizar as tarefas para que lhe foram ordenadas?

Estas e muitas perguntas se levantam, para o vulgar cidadão Europeu!

Vamos ver, até quando a APA se mantém em silêncio, vamos ver quais as consequências deste incumprimento de calendário oficial.

2019/05/03

UMA HISTÓRIA (contada) DE 1908, HOJE COM 111 ANOS DE EXISTÊNCIA !

Na edição semanal do Jornal "O Século" em 1908

FLOR DE MAIO


«A Apúlia é hoje, como no tempo de Ramalho Ortigão, uma praia obscura cortada gracilmente em enseada, formando do mar à serra um sistema de planos a que o corte em anfiteatro, acompanhando o espreguiçamento da linha de água, dá o gravado poético de uma marinha.

O primeiro plano é o mar, um mar de safira, um mar de lago, translucido, que só carrega o semblante glauco quando a borrasca o altera; o segundo plano, areal por onde botes humildes leiloam a fantasia ortográfica dos seus patrões, como aquele que no flanco de estibordo declara:

"Sou o correio jaral
não me posso demorar."
e no de estibordo:

"Ou passa ou deixa passar."

Com esta divisa não podia deixar de chamar-se A Belleza dos Amantes.

 Perpendicular à linha de água, em carreira, como construções no cais de uma baía, formando ruas para onde deitam também outras portas, casetas de tecto palhiço guardam o arsenal do sargaceiro.

Fotografia de 1908 - lugar das Pedrinhas - Apúlia - Esposende
 Que o mar já outra hora passeou para lá da Apúlia-velha diz-lho o substrato de godos que por qualquer corte de terreno se encontra, como no lanço da Póvoa, sobretudo nas alturas da Estela, dí-lo os olhos marinhos, comunicações com o mar por infiltrações; e que ela é, de feito, uma sobrevivência de antigo e averiguado porto romano, diz-lho o seu nome de baptismo que querem(1)! e haja sido dado pelos romanos para empreitar o nome da sua Apúlia (deles), diz-lho o perfil e guarda roupa do sargaceiro, mineiro do Atlântico que sem perder a costa de vista, sem se afoitar a mais de vinte ou trinta metros da praia, dá de extra num mês "o pão" para todo o ano.

Que o sargaceiro misto de lavrador e de marítimo é afinal um cavador que do leito arenoso saca o seu sargaço, como seio da terra colherá amanhã o bolbo feculento que a boa "Mãe" lhe multiplicou.

É mais um importador que um pescador. Os seus depósitos são o Atlântico, lá para o Goulf-Stream onde revolta o "mar dos sargassos", bem familiar aos náuticos. Os grossos temporais, rolando as camadas oceânicas, desagregam grandes massas de sargaço que trazidas pelas ramificações das correntes Stream, vêem dar à nossa costa, sem que o lado, sem que o sargaceiro gaste cinco reis nesse longo transporte transatlântico da sua carga.

Uma dessas ramificações qualquer atira para o regaço da Apúlia com densos rolos de sargaço sempre depois de temporais, especialmente pelas trovoadas de agosto.

E enquanto não entra o vapor - as borrachas de maio ou o trovão de agosto - fica pelo campo, desinteressado do mar.

Chega maio. Renta, então a praia e sem se afadigar, sem brigar como os pescadores na partilha do mar, um ou outro, mais precisado ou mais poupado, enfia a branqueta, põe a ganchorra  ao ombro e vai pentear as algas para cima de uma jangada.

Sargaceiro com a sua branqueta e ganchorra ao ombro
É quando ele colhe a Flor de maio, isolado, uma meia dúzia de sargaceiros em toda a praia, destacado da grande massa que acode ao argaço de agosto, - que a figura do sagaceiro se estuda, se fragmenta e melhor se pode focar esse tipo e esse quadro regional que, que embora se anuncie já pelo resto da costa, em nenhum trecho dela atinge essa ardente cor local e de mise-en-scêne como nas águas de Apúlia.

Vê-lo correr praia fora, mar dentro, as pregas da branqueta  ondeadas pela marcha, é ver a sombra de um soldado romano.

Pescador de sargaço (Lugar das Pedrinhas) entrando no mar vestido com a branqueta
A branqueta é uma sobre-casaca de lã, grossa, com botões da mesma lã grosseira, cingida ao busto como uma farda, terminando no pescoço por uma hirta gola de uniforme e abrindo - da cinta ao joelho, onde termina - em farta roda, como um redingote de 1820. Sem calças, sem camisola, a branqueta extreme no corpo e apertada por cinto de couro notavelmente largo, cuja fivela é um argolão de ferro, na cabeça um sueste, um chapéu mole ou mesmo uma carapuça, o sargaceiro está  muito longe do poveiro, do sanjoaneiro, do ovarino, de cujo misero aspecto, encolhido e andrajoso, o distância e destaca aquela roupagem quase marcial.

Branqueta
A branqueta, indubitável deixa dos primeiros povoadores de Apúlia, nunca podia ser o trajo de um pescador, de um marítimo, assim comprida, assim rodada e justa ao busto. E a própria nau, em que eles apanham o sargaço, está a dizer que aquilo não é gente que viva no mar e que do mar espere mais do que essa ajuda fortuita com a de um barco a vapor que, escouceado pelos Cavalos de Fão, dê à costa caixas de marrasquino ou fardos de algodão.

Se é uma  embarcação, é uma embarcação pequena, um bote quando muito, mas o seu cavalo de batalha é uma jangada. E ainda não é uma jangada de Ulisses, abatida do roble centenário pelo machado mitológico. É um estrado composto de fileiras de dois ou três pequenos rolos de casca de sobreiro, cilíndricos como cortiços de abelhas, dispostos em três faixas longitudinais e paralelas, contidas lateralmente por duas tábuas, e o todo atravessado por dois toros de pinheiro que deixam para pegas as extremidades excedentes. Outras têm um rodado como carros toscos de jardim, indo para a água com rodado e tudo. Vêm-se bem que não é nau para grandes tormentas.


O sargaceiro salta à borda de água, empurrando a jangada com o pé, ao embarcar, e deixa-se levar pela voluntariedade da vaga, sem se importar para onde, porque todo o seu cuidado é começar desde logo a esgravatar o argaço nas areias.

Sem remo, sem leme, valendo-se da própria vara da graveta se quer nortear-se, de pé, nem o declivoso dorso da onda nem o embate da jangada nos penedos o desequilibram.

fotografia de 1908
Outro aspeto da colheita da flor de maio. A galteira ou graveta
(que é um enorme ancinho de ferro) pende do cabo flexível e longo,
que atravessa o barco, formando um grande arco
Nem olha para o seu, nem para a terra, nem para a nau.
O pescador esta´sempre de olho na rede e coração no barco. O sargaceiro não; todo ele é um motor de graveta.

E, como pescador, não o apoquenta a falha. Vivendo da terra tanto ou mais do que o mar, o sargaceiro não se rala, não vai requerer os elementos como pescador.

"Não há sargaço?"

"Já houve. - Tornará a haver!..."

Pelo primeiro sol da manhã ou pela agonia da tarde, de quando em quando, maio adiante, lá corre pela praia uma sombra creme: é o sargaceiro, a que a ilusão da perspetiva e o talho da branqueta  engrandecem, esticando-o até a estatura de homens de outras idades.

Daqui a segundos, Hércules  está exumando da ondina as algas maiores - A Flor de maio, - cuja cabeleira os dentes de ferro do monstruoso pente da graveta desnastram à luz, pingando pérolas que tornam a cair, como lágrimas de sereias, no colo azul do mar.

Como o pescador do Sena que tem sempre a seu lado a companhia de um mirone, o sargaceiro da Apúlia nunca está só; quando ele a mergulha a gaiteira na massa liquida, já outro sargaceiro, convocado pelo cheiro do sargaço, corre para a baba da onda, os dentes do ancinho gesticulando ameaças às algas na vara flexível, presto a colher a Flor de maio.

Mas dois, três, uma dúzia de sargaceiros que as desordens de maio embarquem nas jangadas, leves como folhas enconchadas de nenúfares, todo esse recrutamento de pescadores da Flore de Maio não é sequer um fecho, um rastro da legião que as trovoadas de agosto conclamam à praia.

Quando aparece o sargaço, que um o vê, este põe-se ao largo, e daí a pouco a Apúlia despovoa-se, entra na água até ao pescoço e, mesmo de pé, sem uma tábua de jangada, vão enganchando o argaço, como os dentes de um ancinho, varrendo-o para seco, recuando-o para terra, até o depor aos pés da areia.

 A praia da Apúlia em um dia de 1908, grande abundância de sargaço

Homens, mulheres, crianças, velhos, novos, tudo trabalha, tudo ajuda, tudo entra nessa comparsaria febril de labor costeiro, numa solidariedade de povoação rural a braços com um incêndio.

Num ardor de construção para certame cíclico, balizas súbitas delimitam a areia; e essas balizas, dentro das quais se movem os sargaceiros da mesma família, a lanço de ganchorra vão acrescentando a prosperidade de novos andares às suas tulhas de algas, de limos, de toda a policromica família do sargaço, lucilando, crepitando como um rescaldo de matizes.

E então não há horários, não há sono, não há sestas; enquanto o mar dá argaço colhe-se, porque assim como vem assim vai, assim como o traz assim o leva a onda varia.

Com as branquetas encharcadas, a cara borrifada, o corpo todo dentro de água, vendo-se só à tona o cobre-nuca do sueste ou o perfil tis-nado do sargaceiro, ele por lá anda uma tarde, um dia inteiro, hora tremendo, hora ardendo ao sol, explorando a reia, procurando o tesouro que o mar, inconstante e esfíngico, não declara bem se quer banir de si, se raptar.

Arrumada, empilhada ao acaso, na borda de água, a carga de uma gaiteira , o sargaço abandona-a como um nadador que depusesse a porto à agua, para ir arrebatar aos monstros marítimos mais vidas arriscadas.

Por detrás dele, está a mulher, o sogro, os filhos que com outras ganchorras puxarão a presa mais para dentro de terra.

Padiola carregada com Flor de maio
Quando a abundância coagular a baliza e preciso for atirar para cima da meda com novas cargas, então! funcionará a padiola, uma padiola agrícola, sumário engradado de troncos de pinheiro: levar-se-há à beira da água onde pousará para ser coberta de uma pilha de sargaço, correada e guindada, a braço, para montículo da baliza, e o sargaço remessado como quem tomba um carro de terra para o ventre de um aterro.

"É o auge da messe!"

No ar, como armas gladiadores, as varas e os pentes das ganchorradas no ato de fenderem a água; amas de homens de branqueta dão uma imponência guerreira de outras eras ao quadro de costumes, por onde formiga a escrava minhota; saem sargaceiros à água, voltam outros, segurando as gravetas pelos bordos dos pentes à guisa de tabuleiros, repletos da rama colorida que arrasta pela praia, como bandejas de flores.

E a breve trecho, toda aquela toalha de areias de ouro fica alcatifada de uma cobertura cromática de argaço, de limos, de algas, verde-mar, lilás, verde-escuro, que disfarçam o solo do seu matiz riquíssimo e inundam o ar do cheiro acre do iodo.

A praia extensa desde logo se acanha para trapalhice dessa industria extractiva que a grande percentagem de fosforo e de potássio tornam depois de seco um precioso adubo.

Por toda a Apúlia, desde os tectos de palhiço aos cunhais da Apúlia-velha, pelos caminhos, pelas estradas, pelos campos, o sargaço anuncia a sua presença fecundadora, desde as portas das Necessidades(2), onde já se sente no ar um franco activo cheiro que não é bem o da maresia mas sim o do sargaço, secando em medas aos ar livre, prometendo fertilidade à terra.

As tardes de desembarque do pilado(3), com o seu tumultuar de carros de bois, metendo meia roda na água, para as embarcações - ainda de verga ao alto e vela já arreada - vararem o lastro, são uma miniatura mesquinha a cheia de uma levada em fúria expelisse os despojos da caudal depois de haver rebentado e trazido na enxurrada os jazigos de uma mina! tardes em que a pequenez e a obscuridade da Apúlia se vingam na grandeza e na típica originalidade de um quadro de costumes que dá vontade de perguntar, com a mesma tristeza de António Nobre:


"Onde estão os pintores do meus país estranho
Que vêem tudo isto e não vêem pintar?"               JOAQUIM LEITÃO


NOTA DA REDAÇÃO - O mar é, sem dúvida, o mais provido, o mais rico dos depósitos que a natureza põe generosamente à disposição do homem; tão generosamente que nem sequer ele precisa, como sucede com a terra, de semear antes, plantar e amanhar. Não corre também o risco de que as intempéries lhe percam as colheitas, porque, até pelo contrário, são as tempestades que destacam do imenso banco do mar de sargaço esses densos rolos de algas, que as correntes conduzem à praia da Apúlia, como a várias outras, e que o lavrador acolhe pressuroso como um dos mais fertilizantes adubos. É conveniente lembrar que a apanha do sargaço, que no artigo do nosso colaborador o leitor encontra minuciosamente descrita, não deve confundir-se de nenhum modo com a barbara operação que se chama sapeira e que tão prejudicial se torna a pesca.»
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(1) P. Leal e padre Carvalho
(2) Freguesia do conselho de Barcelos, muito próximo da Apúlia
(3) Caranguejos

Na edição semanal do Jornal "O Século" em 1908