INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2019/02/18

Na Apúlia, o areal foi encolhendo e os problemas aumentando

Comunistas fazem dois dias de jornadas parlamentares em Braga. João Oliveira foi ouvir as queixas dos produtores de leite do distrito e das gentes da Apúlia sobre o mar. E pediu-lhes maior "intervenção" na luta pela defesa dos seus interesses.

Foto de Nelson Garrido

Os fardos de problemas avolumam-se para os produtores de leite do distrito de Braga à mesma velocidade com que as ondas do mar vão engolindo o cordão dunar da Apúlia. 

Campo e mar ou agricultura/pecuária e pesca. Dois sectores produtivos onde há tanto para fazer e para reconstruir depois de algumas décadas de políticas europeias que apenas serviram para minguar o aparelho produtivo português - foi com esses argumentos que o PCP os escolheu para a lista de iniciativas das jornadas parlamentares que decorrem nesta segunda e terça-feiras no distrito de Braga.
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Na Apúlia, não eram só as ondas do mar que estavam revoltas: aos comunistas juntaram-se pescadores, habitantes, donos de restaurantes, autarcas e até (pelo menos) um ambientalista. Trocaram-se argumentos por vezes em tom duro sobre se as alterações climáticas existem ou não, se a culpa da falta de areia na praia é das barragens, ou se o Homem é o culpado de tudo.

Os deputados tinham escolhido o destino para falar sobre os problemas dos pescadores, essencialmente a falta de condições de segurança por causa do assoreamento da costa, mas acabaram engolidos por uma certa tempestade que anda naquela zona por causa da intenção da APA - Agência Portuguesa do Ambiente de demolir tudo o que é construção entre a estrada marginal e o mar, na zona entre a Apúlia e a praia de Ofir.

A construção dos esporões, há uns 20 anos, mudou o rumo das correntes e o mar começou a comer as dunas de 15 e 20 metros de altura que ali havia, recorda o antigo pescador Clemente Palmeira. Os "engenheiros e técnicos de Lisboa" não quiseram saber dos avisos dos pescadores que, como Clemente, romperam as unhas dos pés nesta areia. O resultado está à vista: as ondas comeram pelo menos 50 metros de areal, já levaram duas casas, estão a "descascar" as fundações de outra que parece agora pairar sobre a areia, e estão a "lamber" mais umas quantas, de maiores dimensões, cujos proprietários conseguiram mexer-se e ter um enrocamento espalhado na praia que ajuda a conter a encosta onde foram construídas.

Mas se algumas vozes reclamam porque deitar abaixo uma parte dos restaurantes e das casas é um atentado aos direitos de quem ali mora há décadas ou dali tira o seu sustento, Conceição Rocha, que vive numa casa na duna há 43 anos vai dizendo ao PÚBLICO que há muitos "interesses" em jogo. Vai apontando para as casas fechadas e diz que apesar das muitas dezenas de casas ao longo da marginal, só ali moram umas dez famílias. O resto são casas de fim-de-semana de muitos empresários. E o problema dos restaurantes é que foram aumentando as salas para o lado da estrada onde agora é preciso concluir uma ecovia que vem de Caminha para a Póvoa. Pescadores? "Só aqui moram dois e já estão reformados - um deles é o meu marido."

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