INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2019/03/15

Morreu Sérgio do Fôjo, “músico, poeta irreverente e trovador” de Fão - Figura mítica de Esposende



Quero ser livre, já que o meu espírito é selvagem”. Alberto Sérgio Cardoso de Sousa (17 de maio de 1948) morreu aos 70 anos, segundo informação publicada, esta quinta-feira de manhã, na página do Fôjo, taberna típica em Esposende, explorada, desde 1974 – e durante mais de 40 anos – por aquela figura mítica de Fão.

Sérgio do Fôjo, “músico, poeta irreverente e trovador”, como era apresentado numa entrevista publicada, em 2016, no Jornal de Notícias de Esposende (acessível através desta ligação) era conhecido pela sua paixão e criatividade.


Dedicou a vida àquele popular espaço, próximo da ponte de Fão, que começou por ser um bar de pescadores e que acabou por tornar um espaço mítico na região – acabando por receber ordem de demolição da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em 2015.

"Vou-me diluíndo
De um corpo para um vulto,
Entre um e outro suspiro, fingindo,
Num compasso indulto,
Na noite fangueira!
Vou largando a amarra,
Do rebordo de uma pedra,
Ao som da corrente passageira,
O Cávado se medra,
A vida se atenua quase inteira...
Mergulho no imenso dos teus olhos
E imprimo o passo em teus becos e cangostas!
Ó FÃO, adorno- te de páginas tíngidas e rendados folhos,
De sussurros e ecos sem respostas!
Quase a nú e no abismo do silêncio,
Onde o ruído tem mais volts que a força do teu mar,
As palavras são tão poucas e sem essência
Para num soneto ou num verbo teu nome glorificar!
No chafariz da minha vida,
A bica da Fonte do Bom Jesus
Enxagou sempre lágrimas de uma ou outra ferida,
Como o Senhor dos Passos,também carrego a minha cruz!
Só o bravio do teu pinheiro manso
Se vergava numa vénia de importância,
Quando o vento não dava descanso
À tua beleza e à tua fragância!
Só no seio da minha mãe querida,
E no leito do aconchego de seu abraço,
Senti outro tão grande amôr sem medida,
Ó FÃO que te embalo e de mim és um pedaço!
Já não sou espelho
Mas sombra de mim!
Também não sou um velho,
Meu espírito viaja sem fim!
Sou,por enquanto,um traço
Que se esvai na noite cerrada.
Cansado mas ainda a passo
Canto o fado ao toque das cordas da minha guitarra!
E junto à Ponte,no antigo Estaleiro ,
Arrasto-me na ilusão,
De viver a fundo o tempo inteiro
E de te amar eternamente FÃO!
Sérgio do Fôjo
Mónica Cardoso Cardoso
Betânia Cardoso"

15/12/2017
"Sérgio e Fão"
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