INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2018/11/04

Esposende critica Plano da Orla Costeira por injustiça na capacidade construtiva

O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, criticou esta quarta-feira o novo Plano da Orla Costeira entre Caminha e Espinho, por acabar com a capacidade construtiva na marginal da cidade e noutras zonas urbanas consolidadas, como a de Apúlia.

"A marginal de Esposende, por exemplo, sempre deu para construção, e não podemos permitir que agora essa capacidade construtiva seja pura e simplesmente retirada, criando situações de clara injustiça", disse Benjamim Pereira à Lusa.

(Benjamim Pereira)

O autarca apontou ainda o caso do núcleo urbano de Apúlia, onde a Câmara, por 600 mil euros, um edifício com valor arquitetónico, que pretende alienar para fins hoteleiros.

(Marginal Pedrinhas)

Como explicou, esse projeto só será viável com a ampliação do imóvel, que com o novo Plano da Orla Costeira não será possível.

"Note-se que estamos a falar de uma ampliação para o interior e não para o lado da praia", sublinhou.

Lembrou que as novas regras terão de ser vertidas nos planos diretores municipais, obrigando à revisão dos documentos.

"Impõem as regras mas quem vai ter de dar a cara perante as populações são os municípios", criticou.

Disse que está já agendada para 07 de novembro uma reunião no Ministério do Ambiente, em que autarcas dos vários municípios abrangidos pelo novo Plano de Ordenamento darão conta à tutela das suas críticas ao documento.

(rampa de Cedovém)

Benjamim Pereira ressalvou que concorda com "90 a 95 por cento" do plano, que em Esposende prevê mais de duas centenas de demolições, sobretudo na zona de Pedrinhas/Cedovém, em Apúlia.

(orla costeira de Esposende)

Trata-se, na sua maioria, de "barracos", mas há também "seis a oito" casas de primeira habitação e várias outras de segunda.

(Restaurantes Cedovém)

A Câmara pretende ainda a relocalização dos restaurantes ali existentes e a manutenção do núcleo de pesca de Cedovém e de algumas construções em xisto, com valor patrimonial.

2018/11/01

TODOS CONTRA O POC


VAMOS TODOS CONTRA ESTE POOC - PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA, que estes políticos, pela APA - Agência Portuguesa do Ambiente querem apagar a nossa: História, Cultura, Memórias, Identidade, Existência do nosso querido Lugar Berço Pedrinhas & Cedovém

MELHOR É MORRER EM
BATALHA COM HONRA, DO QUE
VIVER NA VERGONHA POR NÃO 
TERES DEFENDIDO A TUA GENTE.

"Nova orla costeira? Isto não vai ficar assim”

O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim já reagiu às notícias das pretensões da Agência do Ambiente relativamente ao novo Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), que inclui uma série de demolições e restrições em termos de construção junto ao mar, desde Caminha até Espinho.


Ainda havemos de falar muito sobre o Plano de Ordenamento da Orla Costeira. Os municípios envolvidos já se reuniram e vão intentar até uma ação judicial administrativa sobre este processo”, disse Aires Pereira.

Acho lamentável que tenham aprovado esta proposta com o voto contra de todos os municípios. Não percebo porque é que querem impor um modelo no qual não nos revemos, feito à pressa e sem se visitar os respetivos lugares. É um plano que não estamos disponíveis para aceitar e não vamos deixar ficar assim”.

O autarca afirmou que “as questões que as Câmaras reclamam prendem-se com um conjunto de procedimentos que vão condicionar a vida de todos nós. Desde logo no alargamento excessivo da chamada zona de risco (no caso da Póvoa, a Av. dos Banhos) e nas imposições que não têm em atenção os planos aprovados com parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente”.´

Blogue Pedrinhas & Cedovém com Mais/SEMANÁRIO

2018/10/31

Agência Portuguesa do Ambiente quer ver Edifício Transparente demolido

A Agência Portuguesa do Ambiente defende a demolição de 34 edifícios entre Caminha e Espinho, incluindo o Edifício Transparente, no Porto. Foi construído em 2001 e custou 7,5 milhões de euros.


A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quer demolir o Edifício Transparente construído na região costeira do Porto, em 2001, quando a cidade foi capital europeia da cultura. A destruição do edifício projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales, cuja construção custou 7,5 milhões de euros, sobressai numa lista de 34 edifícios identificados pela agência como destruidores das dunas.

Segundo o JN, o novo Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho proíbe a construção de habitações próximo do mar. E defende um “recuo planeado” de 14 aglomerados habitacionais, dos quais 12 se encontram em áreas com maior exposição a fenómenos da natureza, como a erosão costeira e inundações, resultantes da elevação do nível do mar.

Está em causa a retirada de edifícios, na sua maioria casas de férias ou de ocupação sazonal, que estão em risco ou que tenham sido construídos (ilegalmente) em cima de zonas dunares, nas seguintes praias do norte: Amorosa, Pedra Alta (Viana do Castelo), Pedrinhas, Cedovém, Suave Mar, Ofir Sul (Esposende), Aver-o-Mar (Póvoa de Varzim), Congregeira, Mindelo, Pucinho (Vila do Conde), Marreco (Matosinhos), Madalena, Valadares (Gaia) e Paramos (Espinho).

No Plano da Orla Costeira, a APA determina que sejam delineados planos de retirada e que sejam calculados os custos, permitindo uma retirada faseada: “Quando os custos se tornem excessivos, ou surjam casos pontuais nessa relocalização” é da responsabilidade das câmaras que a edificabilidade seja transferida para outros terrenos que não na orla costeira.

Produção de alcatrão em escala industrial impulsionou a Era Viking


Viking Ships Before a Rocky Coast,” by Michael Zeno Diemer (1911)
Image: Wikimedia

Os vikings eram os verdadeiros produtores de alcatrão. Com os seus majestosos navios, cobertos de alcatrão, viajaram ao longo dos rios russos, conduzindo o comércio a regiões do Império Romano. Os seus métodos de produção eram um mistério, que acaba de chegar ao fim.

Os vikings adquiriram a capacidade de produzir alcatrão em escala industrial no século 8 d.C.. O alcatrão era aplicado nas tábuas e velas dos navios, usados pelos vikings no comércio. O mais recente estudo, publicado na Antiquity, sugere que, sem a capacidade de produzir grandes quantidades de alcatrão, a Era Viking nunca teria acontecido.

Embora o alcatrão pareça uma invenção moderna, não o é. Na verdade, os vikings usavam e abusavam do alcatrão, embora os seus métodos de produção permaneçam um autêntico mistério para arqueólogos e historiadores. Este estudo recente propôs-se a responder a esta questão, revelando o método único de produção de alcatrão usado pelos vikings.

Andreas Hennius, do Departamento de Arqueologia e História Antiga da Universidade de Uppsala, na Suécia,e único autor do estudo, relata a descoberta de grandes poços produtores de alcatrão na província sueca de Uppland.

Nos últimos 15 anos, os arqueólogos descobriram um número surpreendente desses poços extra-grandes, datados entre 680 e 900 d.C.. Esta datação, através do carbono, coincide com a Era Viking, (aproximadamente de 750 a 1050 d.C.). O cientista adianta que os Vikings usaram o alcatrão para selar e proteger estruturas feitas de madeira, como navios, e para velas impermeáveis.

Os poços de alcatrão encontravam-se localizados a grandes distâncias das aldeias, muito provavelmente devido à existência de um ingrediente essencial na produção do carvão: as florestas cheias de madeira.

À semelhança dos poços de alcatrão da Europa Moderna Antiga, os poços Viking apresentavam a forma de funil, mas em vez de usar um tubo de saída, os Vikings colocaram um recipiente, com cerca de um metro, no fundo do poço para recolher as pingas. Esta técnica exigia que os vikings cavassem o buraco para remover o recipiente e o seu conteúdo.

Photo and diagram of a funnel-shaped Viking tar pit.
Image: A. Hennius, 2018/Antiquity

Os buracos que os vikings cavavam eram, segundo os arqueólogos, enormes, capazes de albergar 200 a 00 litros de alcatrão durante cada ciclo de produção. Esta descoberta mostra que os vikings, já no século VIII d.C., haviam adquirido a capacidade de produzir alcatrão em escala industrial.

Diagram and photo of a tar pit.
Image: Hennius, 2018/Antiquity

Construir, operar e manter estes poços na floresta exigiu um trabalho considerável por parte do povo viking, afirma Hennius, acrescentando que tarefas como empilhar madeira, cortar árvores e maneho florestal foram, sem dúvida, essenciais.

Este nível de produção de alcatrão parece, à primeira vista, excessivo, mas é consistente com os desenvolvimentos na construção naval e expansão marítima da Era Viking..

“O alcatrão é muito útil para proteger a madeira da decomposição na construção de casas, mas especialmente no transporte”, disse o investigador. “O alcatrão foi usado em grandes quantidades até que os barcos fossem feitos de aço. Para os navios Vikings, o alcatrão não era usado apenas para a madeira nas tábuas, mas também para a calafetagem entre as tábuas e as velas.”

“Este estudo apresenta um recurso de produção de alcatrão que é desconhecido para a maioria das pessoas”, referiu Hennius ao Gizmodo. “Tanto as mudanças como o aumento da produção de alcatrão foram fundamentais para a cultura marítima Viking.

É importante, todavia, ressalvar que este estudo é baseado em evidências limitadas a uma área geográfica na Suécia. Outras escavações e investigações fornecerão uma imagem mais clara da produção de alcatrão Viking.

2018/10/26

Lugar das Pedrinhas representa Portugal na EURONEWS

OS ERROS QUE OS SUCESSIVOS GOVERNOS E O ESTADO PORTUGUÊS TEM TRATADO O TEMA DA EROSÃO E A DEFESA DA ORLA MARÍTIMA, ATRAVÉS DE CONSTRUÇÃO DE ESPORÕES, BARRAGENS, AUMENTO DE DOCAS, PORTOS MARÍTIMOS, FOZ DE RIOS, ABANDONO DA COSTA E PROIBIÇÃO DE QUALQUER DEFESA POR PARTE DE ENTIDADES PRIVADAS, PERMITIU O AVANÇO DO MAR, TENDO POR VEZES ORIGINADO A LINHA COSTEIRA RECUAR MAIS DE 100 METROS EM DETERMINADAS ZONAS.



PORTUGAL DEBATE-SE SOBRE A EROSÃO

HOJE, PORTUGAL PREVÊ SOMENTE ALIMENTAR ARTIFICIALMENTE COM AREIA, AS ZONAS MAIS VULNERÁVEIS.

2018/10/24

APÚLIA, ou Pulha, vulgarmente chamado Pulha, ou Couto da Pulha



MDCCXLVII
1747

«APÚLIA, ou Pulha, vulgarmente chamado Pulha, ou Couto da Pulha, nome corrupto de Apúlia, ao que se entende, posto pelos Romanos quando habitaram as Espanias, em memória da sua Apúlia, Província no Reino de Nápoles. Couto na Província de Entre Douro e Minho, Arcebispado, Comarca, Ouvidora, e Termo da Cidade de Braga. E este Couto dos Arcebispos: consta de duzentos fogos. Todo o seu terreno, é uma planície bem assentada, sem monte algum, ou arvoredo que sirva de embaraço à vista. Está situado, pela parte do Norte, no limite do Lugar de S. Paio de Fão: do Nascente no limite da Freguesia do Salvador de Fonte-Boa: do Sul parte com terra da Sereníssima Casa de Bragança: e do Poente com a praia do mar. Tem este Couto um ramo, que se chama o Couto de Bacar; está dentro no limite da Vila de Barcelos, desviado deste Couto de Apúlia meia légua para a parte do Nascente. A povoação das casas deste Couto, estão no meio, do distrito para a parte do Norte, arruadas do Norte ao Sul.


(Legião Romana - séc. I)

A Paroquia está fora do povo para a parte do Sul, junto de um grande areal: na Capela mor está o Sacrário: tem dois Altares colaterais da parte do Norte, um de Nossa Senhora do Rosário, e outro a Imagem de Cristo no passo do Este Homem, e da parte do Sul tem outros dois colaterais, um é do Santíssimo Nome de Jesus, de S. Sebastião, e de Santo António, e o outro é do Senhor Crucificado.



Tem esta Freguesia dois Lugares, Chamados um Paredes, desviado da povoação desta Freguesia para a parte do Nascente: e outro de S. Bento de Crias para a mesma parte, desviado também do povoado pouca distância. Junto às casas, para a parte do Norte, tem uma Capela mor, em cujo Altar está S. Bento, e no colateral da mesma parte Santa Quitéria,  e da parte do Sul S. José. Não lhe acodem romeiros no discurso do ano. e só nos seus dias são visitados de algumas pessoas dos Lugares circunvizinhos com procissões.


(Sargaceiros)

Os frutos deste Couto são; milho grosso, trigo, linho galego, e abundância de alhos.

O Pároco é Reitor, apresentado pela Câmara, e Mesa Episcopal da Cidade de Braga.  Os dízimos do dito Couto andam repartidos em três, uma pertence à Mitra, outro aos Cónegos da Sé de Braga, e a outra ao Reitor desta Freguesia, que lhe renderá num ano para o outro trezentos mil réis.

Governa-se por um Juiz ordinário, que também o é dos Órfãos, com dois Vereadores, Procurador, e Meirinho, que serve de Porteiro, eleição trienal do povo por pelouro, a que preside o Ouvidor do Arcebispado: tem um Escrivão, que serve em tudo, data do Arcebispo. Tem numa companhia anexa às mais Coutos, e consta de cento e cinquenta vizinhos.


(Carta da Marinha - recifes em frente a Esposende 1913)

Batem aqui fortemente os ventos, por esta terra desamparada de abrigos; e por ficar à beira-mar, está todo o terreno, a não lhe acudir a diligencia dos moradores, valendo-se para esse intento de leves paus entrelaçados uns nuns outros; junto às praias do mar, a sepultaram as areias, e lhe foi preciso fazer outra no lugar, em que hoje se acha.


(Recifes em frente a GRANADOIRO Frade atual Lugar Pedrinhas & Cedo Bem - 1913)

Há aqui uma celebre lagoa, que terá de comprido perto de mil passos. Cria esta muita cana delgada, que sobem do fundo; mas num campo revestido de erva; e ao perto se vê que são canas, e muita tábua. Tem no meio um torrão, que parece estar separado do restante da terra, e andar boiando sobre as águas: ao perto dele há grande altura de água, e não produz coisa verde. Toda em roda é cercado de uma casta de árvores, a que chamam oleiros, e o seu fruto são olas de feitio de maçãs, coisa brava. Concorre para aqui, como sitio abrigado, muita quantidade de caça de arribação, com são; aves reais galeirões, rabiscoelhas, e estorninhos sem conto. São as águas encharcadas desta lagoa de grande prejuízo aos campos vizinhos, que por esta causa não podem ser semeados com grande perda dos lavradores. Nas terras por aqui à falta de madeiras, no que experimentam além da destreza, grandíssimo trabalho os moradores em ordem a conduzir-las, e lhe servirem de muros contra as áreas, que o mar lhe lança nos campos, as quais, como já dissemos, têm perdido muita parte deles. 


(Facho e Capela da Bonança construída numa construção oval igual às das Pedrinhas)

Na praia do mar se acende um facho, porque como tem muitas enseadas, por elas desembarcam os piratas, e são continuas as moléstias, que fazem aos moradores. à ordem do Capitão estão os povos desta Freguesia obrigados a fazer sentinela de noite, e de dia, e guardar o facho, para o que se lhe dão armas, pólvora, e bala, com que defenderão, e impeçam o desembarque ao inimigo, o qual antes desta prevenção faltava em terra, e muito a seu salvo fazia presa no que achava, ou pobre gado, ou gente. Não obstante a perda que lhe dá o mar com áreas, lá lho compensa com muito sargaço, de que se valem para adubar , e estercar as terras: tiram-no quando o mar anda bravo; porque então é que o arranca do fundo, e o vão buscar entrando por dentro dele com água até ao pescoço. Cria esta lagoa muito peixe, e todo ele de bom gosto, como são, linguados, rodovalhos, robalos relhos, e polvos. Por aqui vão vestigios de uma vala, e dizem que era um esteiro, em que entrava o mar, pelo qual se conduzia em barcos aos navios o ouro das minas da terra que se tirava.»


(Isenção de taxas e licenças para a apanha do sargaço)



2018/10/22

EROSÃO COSTEIRA E A GESTÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO HIDRICO


Mesa Redonda
EROSÃO COSTEIRA E A GESTÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO HÍDRICO

SEXTA-FEIRA | 26 OUT '18 | 17H00

A erosão costeira, aliada à extensa ocupação do litoral em Portugal, tem causado uma enorme pressão sobre o nosso país.
Seja em perda de território, recursos naturais ou em meios financeiros para proteção da linha de costa, a erosão impõe sempre um preço a pagar.

Quais são os processos atualmente disponíveis para mitigar a erosão costeira? Como aferir, para local afetado, que estratégia apresenta a melhor relação custo-benefício? Como se concilia esta gestão com a propriedade, pública ou privada, dos terrenos situados nas margens costeiras?

Estas e outras questões serão debatidas pelos especialistas convidados, que darão a sua perspetiva sobre a situação atual deste setor.


PROGRAMA

Processos de Mitigação da Erosão Costeira
Carlos Coelho
RISCO e Depto. de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro.

Custo e Benefício das Intervenções de Defesa Costeira
Márcia Lima
Depto. de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro e R5 Engenharia

O Debate Legal sobre a Propriedade das Margens Costeiras
Rodrigo Volz Correia
JPAB - José Pedro Aguiar - Branco Advogados

Moderação
Fátima L. Alves
CESAM e Depto. de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro

DATA: 6ª feira, 26 out '18
LOCAL: Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro
PÚBLICO-ALVO: Jovem e Adulto
CONTACTO: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt

ENTRADA LIVRE

APÚLIA - Processo de Transformação Morfológica numa Frente Marítima




2018/10/19

Ilha da Culatra oficialmente reconhecida como núcleo piscatório consolidado

Portaria que reconhece o núcleo residencial piscatório consolidado da Culatra foi publicada em Diário da República esta segunda-feira

ILHA DA CULATRA

A Culatra foi oficialmente reconhecida pelo Governo como um núcleo residencial piscatório consolidado. Isto permitirá o licenciamento das casas, uma porta que já havia sido aberta em Janeiro, com a alteração à Lei dos Recursos Hídricos.

ILHA DA CULATRA

A mudança desta lei, aprovada no início do ano e que entrou em vigor em Março, veio possibilitar «a regularização de situações de ocupação do domínio público hídrico sem o devido título de utilização, no que respeita a primeiras habitações em núcleos residenciais piscatórios consolidados».

«Será, assim, possível a concretização do Projeto de Intervenção e Requalificação (PIR) da Culatra, já homologado, e que envolve um investimento em torno de 1,5 milhões de euros», anunciou, então, o Governo.

ILHA DA CULATRA

Esta segunda-feira, foi publicada em Diário da República uma portaria que «reconhece o Núcleo da Culatra, na União de Freguesias de Faro (Sé e São Pedro), concelho de Faro, como um núcleo residencial piscatório consolidado».

A mesma portaria regulamenta a «regularização de utilizações não tituladas», ou seja, das casas, até agora em situação ilegal. As edificações a legalizar são aquelas de primeira habitação e que estejam associadas ao exercício de atividades ligadas à pesca ou a serviços à comunidade, como é o caso do Centro Social ali existente.

ILHA DA CULATRA

Os habitantes da Culatra tem, agora, seis meses para pedir à Agência Portuguesa de Ambiente um título de utilização dos recursos hídricos por um período máximo de 30 anos, renovável e transmissível aos descendentes, caso continuem a cumprir os requisitos necessários.

A partir do momento em que receber os requerimentos, a APA tem 90 dias para lhes dar resposta. Caso se considere que os requerentes não reúnem as condições necessárias, a agência deverá notificar os proprietários das casas «para desocupação do domínio público marítimo»

ILHA DA CULATRA

O Partido Socialista de Faro já veio a público salientar que «quase 150 anos depois de ocupação conhecida no núcleo da Culatra, depois de terem servido nas armações de pesca ao tempo da monarquia e servido de apoio às tripulações já na I Guerra Mundial, finalmente as gentes ligadas à pesca, à Ria Formosa e ao marisqueiro e seus descendentes têm agora a possibilidade de salvaguardar as suas habitações para futuro, com o devido licenciamento e sem receios que algum Governo venha no futuro tentar o que outros prepararam no passado recente».

As casas do núcleo da Culatra, que antes pertenciam aos que nelas viviam «por tolerância, agora são-no de direito», acrescentaram.

ILHA DA CULATRA

«Claro que agora é o início de um novo caminho, como outros fizeram noutros lugares. Licenciar de forma ordenada, cuidar e melhorar o espaço público, respeitar a envolvente, enfim, o mesmo que todos fazemos no nosso dia-a-dia “em terra”», concluíram