INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2022/08/02

Na Praia da Apúlia, em Esposende, entre ondas e moinhos de vento

 No litoral de Esposende mantém-se a tradição do verão em família. É terra de sargaceiros e de moinhos de vento.

Barracas e moinhos coexistem, por estes dias. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)
Barracas e moinhos coexistem, por estes dias. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Uma mulher vestida de negro, de lenço amarrado na cabeça, está sentada, em silêncio, sozinha, numa rocha à beira do mar, com os pés metidos na areia e no sargaço da praia da Apúlia, em Esposende. Alguns metros ao largo, no areal, passa um bando interminável de crianças vestidas com t-shirts e chapéus coloridos. Correm, brincam umas com as outras e os seus gritos e riso solto ouvem-se à distância. À volta, tanto para norte como para sul, a praia está cheia. Sobretudo nas zonas onde não há ou amainam os afloramentos rochosos, as pessoas amontoam-se (“parece o Rio de Janeiro”, observa alguém). Barracas de tecido às riscas azuis e brancas, muitas delas desbotadas pela passagem do tempo, alinham-se em longas filas pelo areal fora. E no paredão, gente de todas as idades passeia ou conversa de pé ou sentada. Uma mulher pára a falar com outra e parece argumentar contra alguém que se recusou vir à praia. “Então, o mar nas pernas não faz bem?”, atira.


Diferentes gerações cruzam-se no areal e em volta. (Fotografias de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Vem de longe o tempo em que Apúlia é poiso de gente que, por muitas razões, ali demolha pernas e corpo inteiro. Terra de sargaceiros, leva há séculos homens e mulheres a trabalhar na apanha, secagem e recolha de algas, com o físico em esforço dentro e fora de água. A abundância de sargaço que o mar traz fez daquela uma atividade agro-marítima com grande expressão, que ainda sobrevive. A praia também ganhou fama de possuir elevados níveis de iodo e tornou-se zona de veraneio há várias gerações.
A tradição dos verões em família continua bem vincada em Apúlia. Algumas são proprietárias dos moinhos de vento, construídos em granito e xisto sobre as dunas, atualmente transformados em habitação. Vale bem a pena um passeio a pé pelos passadiços em madeira que lhes passam ao pé da porta e continuam pela praia fora.

Se apetecer antes a preguiça ou a simples contemplação, na ampla zona balnear de Apúlia não falta lugar para sentar. E até se pode comprar, por 1 euro, uma almofada na venda ambulante que povoa o paredão. Ou ler um livro, jornal ou revista, emprestados pela biblioteca de praia com esplanada, que funciona junto à praia (até 2 de setembro).

Pé N’Areia Bar.
(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Nesta vila de memórias – assim como a praia, também ruas e casas parecem cristalizadas no tempo – pode comprar-se pescado fresco e produtos da terra nas instalações do Portinho de Pesca. E há grande oferta de restaurantes, cafés e gelatarias. Abundam anúncios de peixe grelhado no carvão. Para refeições leves, num intervalo de praia, o Pé n’Areia, com a agradável esplanada, pode ser uma opção. Serve baguetes, tostas, moelas, bifanas, pregos, massas frias e saladas.

A “praia azul” de Pedro Homem de Melo

Numa das entradas da vila de Apúlia, um painel de azulejos de homenagem aos sargaceiros e à sua atividade milenar saúda o visitante com um verso de Pedro Homem de Melo. “ApúliaApúlia… O mar! O mar da Apúlia que respira”, são os versos que legendam a obra azul instalada na Avenida da Praia e que foi criada a partir de uma aguarela de Carlos Bastos, de Barcelos. Homem de Melo escreveu em 1973 o poema “Apúlia”, cujo primeiro verso se eternizou: “Ó praia azul das mãos de El-Rei herdada”.

A Apúlia é terra de sargaceiros.
(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

2022/07/29

Foram investidos 24 mil euros para equipamentos de limpeza sanitária. Pedrinhas & Cedovém ficam de fora.


De modo a garantir as condições sanitárias para a época balnear, o Município de Esposende vai atribuir apoios financeiros a várias freguesias do concelho. A medida tem em vista salvaguardar o bem-estar e a saúde de todos os visitantes.

O concelho de Esposende vai investir financeiramente em praias e outras áreas de lazer, de modo a preparar a época balnear. Em reunião, foram avançados 24 mil euros para investir na limpeza dos sanitários de várias praias locais. Vão usufruir deste apoio as praias da Foz do Neiva, S. Bartolomeu do Mar, Suave Mar, Cepães e Rio de Moínhos, Ofir, Ramalha e Apúlia, bem como Castro de S. Lourenço (Pedrinhas & Cedovém não são contemplados).

Estas medidas têm em vista cumprir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Para além disso, o concelho de Esposende investe ao longo de todo o ano em infraestruturas de apoio às praias de Apúlia, Ofir, Suave-Mar e Cepães (CME só contempla praias da margem norte do rio Cávado), bem como aposta na colocação de nadadores-salvadores.

Para além de todas estas preocupações por parte do município, existem ainda duas praias na região destinadas aos cães, bem como muitas outras atividades de lazer. Em nota, a Câmara Municipal de Esposende salienta a necessidade de contar com “o contributo de todos os utilizadores das praias, das quais se espera o cumprimento das normas para a manutenção das zonas balneares nas melhores condições”.

ComUM

Esposende reclama mais segurança na Barra do Cávado e Portinho de Apúlia

 Pescadores de Apúlia têm melhores condições em terra com a requalificação do Portinho, mas correm ainda riscos no acesso ao mar. Presidente da Câmara de Esposende volta a exigir soluções que garantam a segurança aqui e na Barra do Cávado.

Pescadores de Pedrinhas

Inauguração das obras de requalificação do Portinho de Pesca de Apúlia contou ontem com a presença de três secretários de Estado, oportunidade para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, reclamar a concretização de outros investimentos no concelho, com prioridade para obras de protecção da Barra do Cávado e da restinga de Ofir.

Segundo o autarca, a falta de condições de segurança para a navegação na Barra do Cávado “é um problema estrutural que impede o desenvolvimento do concelho”, com prejuízo directo para as actividades náuticas.

Lamentando que vários governos não tenham conseguido concretizar uma solução para a navegabilidade na Barra junto a Esposende, afectada gravemente pelo assoreamento, Benjamim Pereira disse, perante os secretários de Estado do Mar, das Pescas e da Conservação da Natureza e Florestas, ter “a esperança fundada” de que o problema seja resolvido “nos próximos anos”.

A Câmara Municipal de Esposende apresentou em Fevereiro, um estudo de caracterização de riscos e um programa de intervenção para a protecção da restinga de Ofir e Barra do Cávado, realizado pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com a colaboração da Universidade do Minho, tendo ontem Benjamim Pereira defendido que a intervenção a realizar precisa de “ser conduzida de forma técnica e profissional”.

O edil de Esposende reivindicou também o estudo de uma solução que garanta segurança no acesso ao mar dos barcos de pesca artesanal sediados em Apúlia, estando o Município disposto a comparticipar financeiramente as obras necessárias.

A aguardar enquadramento para financiamento no programa Portugal 2030, a Câmara Municipal de Esposende vai adquirir terrenos e desenvolver projecto para um novo mercado de peixe e hortícolas, considerando que os actuais já não reúnem condições, anunciou ontem o presidente da Câmara Municipal,

Polis Litoral Norte investiu 55,8 ME na costa minhota.

Investimento de 780 mil euros, comparticipado a 75% pelo programa Mar2020, a requalificação do Portinho de Pesca de Apúlia foi a última empreitada realizada pela Sociedade Polis Litoral Norte, extinguida no final do ano passado pelo Governo.
Desde 2009, a Sociedade constituída entre o Estado e os municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende realizou um investimento de 55,8 milhões de euros em 59 empreitadas de conservação e requalificação numa faixa de 50 quilómetros de zona costeira.

Ontem, o presidente do conselho de administração da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado, elencou alguns “projectos marcantes” da Sociedade, como sejam o novo cais de pesca, em Caminha, a requalificação da Praia Norte em Viana do Castelo, e da orla costeira de S.?Bartolomeu do Mar, no concelho de Esposende.

Requalificação S. Bartolomeu

A Ecovia do Litoral Norte, da qual foram executados 40 dos 73 quilómetros projectados, foi apresentada pelo Pimenta Machado como um projecto intermunicipal “que valoriza todo este território de excelência”.

José Maria Costa, ex-presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e actual secretário de Estado do Mar, considerou a Sociedade Polis Litoral Norte “um projecto emblemático”.

O governante disse em Apúlia que a pesca artesanal deve ser valorizada como “factor de atractividade turística”.

Pescadores de Cedovém

A secretária de Estado das Pescas, Teresa Costa, relevou os investimentos realizados nos portos de pesca de Apúlia, Castelo do Neiva, Caminha e Esposende com o propósito de melhorar as condições de segurança de “pequena pesca”, um sector que merece melhor atenção da sociedade e do Governo para se tornar “mais competitivo”.

Já o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, foi a um dos concelhos mais afectados pela erosão costeira adiantar que o novo quadro comunitário de apoio deverá dispor de 150 milhões de euros para a estabilização da orla costeira, depois dos 140 milhões investidos nos últimos anos.

APA "mentiu" ao ministro do Ambiente. E Duarte Cordeiro acabou por ligar a Rui Moreira para pedir desculpa pelas informações dadas sobre a praia do Ourigo

 O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, adiantou hoje que o ministro do Ambiente lhe ligou a "pedir desculpa" por ter dito que aguardava uma resposta da autarquia quanto à estrutura de betão na praia do Ourigo.

"Sou extremamente crítico do funcionamento da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] nesta e noutras matérias, o que ainda recentemente levou o ministro Duarte Cordeiro a telefonar e pedir-me desculpa relativamente às informações que tinham sido dadas à comunicação social sobre a praia do Ourigo", afirmou quarta feira o autarca durante a discussão, em reunião do executivo, do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) e alterações no Plano Diretor Municipal (PDM).
Na terça-feira, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, disse estar a aguardar uma resposta da Câmara do Porto sobre o acordo entre a APA e o promotor da estrutura na praia do Ourigo, cuja construção em betão terá de ser demolida.

Também o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, confirmou que "a decisão é para adaptar aquela estrutura e retirá-la do sítio".

Aos vereadores, Rui Moreira voltou hoje a garantir que a APA "mentiu" ao ministro do Ambiente e que é "falso" que na Câmara do Porto exista um processo.

"Não há processo e a APA, como não consegue resolver e não quer resolver aquele problema, porque meteu-se ali numa grande alhada, como sabem, foi dizer ao senhor ministro que o processo estava na câmara. Sabem uma coisa? Não há processo na Câmara Municipal do Porto", assegurou.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara do Porto afirmou aos jornalistas que o ministro do Ambiente "foi mal informado" e que tal é consequência da "absoluta incompetência" da APA.

"Mais uma vez, o ministro, com quem tenho excelente relação, foi mal informado", afirmou Rui Moreira, garantindo que "não há nada pendente na Câmara do Porto" e que a informação avançada pelo ministro é uma "consequência da absoluta incompetência da APA" na resolução do caso.

SAPO24

2022/07/20

1ª Reunião da Comissão Consultiva do PROT-NORTE - Processo de revisão PDM - Esposende

 A primeira reunião da Comissão Consultiva do Programa Regional de Ordenamento do Território do Norte (PROT-NORTE) realiza-se esta sexta-feira, dia 15 de julho, pelas 15h00, no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves.


O evento, que se destina a apresentar os objetivos e processo de elaboração do PROT-NORTE e a aprovar o regulamento da Comissão Consultiva, contará com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Presidente da CCDR-NORTE, António Cunha, da Diretora Geral do Território, Fernanda do Carmo, e do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz.

Articulado com o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), o PROT-NORTE visa interpretar, numa dimensão territorial, a estratégia NORTE 2030 e as suas opções estratégicas de desenvolvimento regional, tendo em vista a promoção da sustentabilidade, da coesão territorial e da competitividade da Região Norte e o bem-estar da sua população.

2022/07/11

Sargaço nas praias: as algas valem ouro, mas todos os anos há toneladas que vão para o lixo

Dois sargaceiros posam para posteridade numa foto do início do século. Galhapão e graveta eram dois dos instrumentos mais usados para a apanha das algas

 

Dr/ Casa Do Povo Da Apúlia

Os tempos mudam, e a apanha de sargaço também. “Nas décadas de 1960 e 1970 as pessoas tinham de tirar licença para ir ao sargaço nas praias. Havia mesmo competição entre quem apanhava mais, mas agora quase ninguém o quer”...

...descreve Juvenal Oliveira, presidente da Casa do Povo da Apúlia,

EXPRESSO

2022/07/05

Um copo de água, em Esposende, é sete vezes mais caro que no Gerês



O mesmo copo de água da torneira pode custar até sete vezes mais em diferentes concelhos do Minho, de acordo com os dados compilados no “Ranking da Água“, recentemente divulgado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), onde são denunciadas situações de desigualdade em função das tarifas aplicadas pelas autarquias, em alguns casos com as famílias numerosas a saírem penalizadas. Em todo Portugal continental, o distrito com maior equidade é o de Viana do Castelo, só suplantado a nível nacional pelas regiões de Madeira e Açores.

O MINHO

2022/06/12

Processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Esposende

 No âmbito do processo de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Esposende, realizou-se na segunda-feira, 6 de junho, a primeira Reunião Plenária da Comissão Consultiva, órgão que tem como missão assegurar o regular acompanhamento dos trabalhos.

Integram esta Comissão diversos organismos, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a  Direção Geral do Território, a Agência Portuguesa do Ambiente/ Administração da Região Hidrográfica do Norte, I.P., o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, a Direção Regional da Cultura do Norte, Infraestruturas de Portugal, S.A., a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana I.P., a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, a Direção Geral de Energia e Geologia, o Turismo de Portugal, I.P., a Administração Regional de Saúde do Norte, Instituto de Mobilidade e Transporte, I.P., o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P., o Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P., a DOCAPESCA – Portos e Lotas, S.A., a Direção-Geral dos Recursos Naturais Segurança e Serviços Marítimos, a Autoridade Marítima Nacional (Capitania do Porto de Viana do Castelo), a Assembleia Municipal de Esposende e as Câmaras Municipais de Esposende, Viana do Castelo, Barcelos e Póvoa de Varzim.

Nesta reunião estiveram em análise um conjunto de questões, entre as quais a proposta de plano e outros aspetos que a condicionam, designadamente em matéria de servidões e restrições de utilidade pública; o relatório ambiental; e as propostas prévias de desafetações de áreas de Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional. As entidades e organismos que compõem a Comissão Consultiva do PDM de Esposende dispõem agora de um prazo de 10 dias para apresentar pareceres sobre os aspetos abordados.

A Câmara Municipal irá realizar, em breve, uma sessão pública para dar a conhecer a proposta e esclarecer eventuais dúvidas dos munícipes, fixando depois o período para a recolha de contributos por parte dos interessados.

O Município de Esposende prossegue assim, em acordo com a lei, o processo de revisão do PDM, iniciado em dezembro de 2020, com o objetivo principal de adaptar as suas regras ao novo enquadramento legal.

Recorde-se que esta revisão a que os municípios estão obrigados decorre da imposição legal do novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-Lei n.º 80/2015 de 14 de maio) que, conjugado com a Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei n.º 31/2014 de 30 de maio), veio obrigar todos os planos municipais a incluir as regras de classificação e qualificação do solo, previstas nesses diplomas legais.

Considerando que o atual PDM de Esposende mereceu revisão recente, pois entrou em vigor em 18 de setembro de 2015, e que desde então as alterações territoriais, económicas, sociais e demográficas foram pouco profundas, esta revisão centra-se nos aspetos ligados com a classificação e qualificação do solo, distinguindo entre solo urbano e solo rústico. Pretende-se, assim, contribuir para uma nova classificação e qualificação do solo, com especial atenção ao estabelecimento de condições operativas, de acolhimento de investimento, nomeadamente aquele que possa ser atraído pela qualidade ambiental que é apanágio do território de Esposende, tentando salvaguardar os direitos e naturais expectativas dos munícipes.

VMTV

2022/05/28

Câmara de Esposende leva "Edifício Pérola" da Apúlia a hasta pública

 A Câmara de Esposende vai colocar à venda um conjunto de imóveis localizados no concelho, prevendo-se uma angariação de receita de 1.139.755 euros, a aplicar me investimentos nas freguesias onde se situa esse património. Entre os imóveis a leiloar está conhecido o Edifício Pérola da Apúlia.

Esta é uma das decisões saída da reunião de Câmara, desta quinta-feira, que aprovou a abertura do respetivo procedimento. A proposta será submetida à aprovação da Assembleia Municipal.

O presidente da Câmara, Benjamim Pereira, explica que "a alienação deste património decorre de uma estratégia de boa gestão", clarificando que "se trata de património devoluto, que resulta em despesas para o Município, e que não se enquadra na estratégia de desenvolvimento do conselho".

Por isso, "o município, numa atitude responsável de boa gestão dos recursos públicos, procederá à alienação destes imóveis, cuja receita permitirá a aquisição de outros e/ou o alavancar de determinados projetos que se coadunem com a estratégia delineada e que vão ao encontro dos compromissos assumidos com as populações".

Benjamin Pereira reforça que "o município pretende alavancar outros investimentos e, por conseguinte, tem necessidade de angarias verbas, canalizando-as para esses projetos".

Adiante que é intenção prosseguir com esta medida de alienação de património, de modo a gerar receita, notando que, "fruto da sua politica de incentivo às famílias e às empresas, Esposende é dos municípios que tem uma das menores cargas fiscais".


EDIFICIO PÉROLA

Concretamente no que se refere à Casa do Cónego - Edifício Pérola, conhecido popularmente como "Pérola" da apúlia, uma mansão famosa pelos exuberantes acontecimentos que recebia, Benjamim Pereira reitera que "se mantém na íntegra o propósito inicial que esteve subjacente à aquisição deste imóvel".

"Ou seja, uma intervenção de caráter geral que permita a sua recuperação global, sem comprometer a sustentabilidade financeira do município, dando uma nova imagem à frente marítima de apúlia e assegurando os melhores interesses da vila e dos apulienses", esclarece.

Além deste edifício, lista do património alienar é composta ainda pelos seguintes imóveis: cinco lotes de terrenos em Forjães, com áreas que oscilam entre 199 e 300 metros quadrados; um prédio urbano composto de uma casa torre com três pisos, águas furtadas e logradouro; um prédio urbano, em ruina, sito na Rua da Senhora da Saúde, em Esposende; um prédio urbano, composto de uma casa torre, com dois pisos, sito na Rua da Nogueira, em Esposende; uma parcela de terreno para construção, sito na Avenida João Paulo II, em Marinhas; e uma fração autónoma correspondente a um pavilhão de um piso, destinado a armazém e/ou atividade industrial, sito na Rua do Faro, em Palmeira de Faro.

A hasta pública realiza-se no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em data a determinar.

jornal OMARENSE

NOTA: a noticia no Omarense faz referencia em titulo ao edifício Castelo, edifício que se localiza ao lado e nada tem a haver com o edifico Pérola.

2022/04/13

O SARGACEIRO DA APÚLIA - RTP arquivos

Documentário sobre a tradicional apanha do sargaço, uma atividade sazonal a que se dedicavam os habitantes da vila da Apúlia, perto de Esposende. As algas que eram apanhadas na praia da Apúlia destinam-se depois a ser utilizadas nos campos agrícolas, substituindo adubos e fertilizantes.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-sargaceiro-da-apulia/

Resumo Analítico 

Sargaceiro de Apúlia com traje tradicional (branqueta, casaco de abas largas, tipo saio romano, até meio da coxa e com sueste, chapéu), com galhapão, utensílio para a apanha do sargaço, a caminhar na praia; barcos de pesca na praia; redes na areia; pescadores cozem redes; homens e mulheres a cultivar a terra; mar; homens gritam "sargaço"; homens e mulheres abandonam os campos e correm para a praia, trajados e com os equipamentos para a apanha do sargaço; homens no mar com os galhapão; homens puxam o sargaço para a praia; montes de sargaço na areia; mulheres ajudam os homens a puxar o sargaço para a praia; homens carregam o sargaço para um carro de bois; mulheres e crianças ajudam os homens a puxar os galhapão para terra; carro de bois transportam o sargaço; homens transportam o sargaço nas carrelas; mulheres espalham o sargaço pela praia para secar; sargaceiros voltam para casa e colocam os utensílios encostados às casas; mulheres a trabalharem no campo; pescadores; barco de pesca na praia;

2022/03/15

Esposende: Concelho debate situação da restinga e barra

 Benjamim Pereira reuniu entidades que gerem a orla costeira para debater a situação da restinga e da barra. Objectivo foi analisar as diversas intervenções em curso no concelho, no sentido de articular os diversos organismos com jurisdição sobre as obras.


O Município de Esposende acolheu técnicos das entidades responsáveis pela gestão da orla costeira, para analisarem todas as intervenções em curso no concelho e apontar uma solução para a situação da restinga e da barra da foz do rio Cávado. A Câmara Municipal de Esposende procura agora o suporte técnico para avançar com a elaboração do projecto, num processo que se reveste da maior importância, no estreito cumprimento dos princípios da protecção ambiental.

Nesta reunião participaram representantes da Agência Portuguesa do Ambiente, da Administração da Região Hidrográfica do Norte, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da Direcção Geral de Segurança e Recursos Marítimos e os projetistas responsáveis pelas obras recentemente executadas e pelo estudo de caraterização de riscos e programa de intervenção para a protecção da restinga de Ofir e barra do Cávado, realizado pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com a colaboração da Universidade do Minho, assim como o corpo técnico da extinta Polis Litoral Norte.

Nesta reunião, convocada pelo presidente da Câmara Municipal de Esposende, procurou-se analisar as diversas intervenções em curso no concelho, no sentido de articular os diversos organismos com jurisdição sobre as obras, nomeadamente a intervenção de dragagem em curso, integrada na primeira fase da intervenção global para a foz do Cávado e que permitirá, a curto prazo, a entrada e saída de embarcações.

Subjacente a esta iniciativa está, segundo Benjamim Pereira, “a persecução de uma lógica e coerência nas intervenções, nomeadamente nas obras da barra e da restinga, num processo articulado com o projeto final para este local”.

Na próxima reunião, agendada para 20 de abril, será apresentado o projeto da primeira fase, contando já com a presença da equipa responsável pela avaliação de impacto ambiental do estudo em curso.

2022/03/08

APÚLIA - A APANHA DO SARGASSO E DO PILADO - 1938


 𝓑𝓮𝓶-𝓿𝓲𝓷𝓭𝓸 𝓪 𝓽𝓸𝓭𝓸𝓼!

𝓐𝓻𝓺𝓾𝓲𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮́ 𝓾𝓶 𝓹𝓻𝓸𝓳𝓮𝓽𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓷𝓪𝓼𝓬𝓮𝓾 𝓮𝓶 2010 𝓿𝓲𝓼𝓪𝓷𝓭𝓸 𝓳𝓾𝓷𝓽𝓪𝓻 𝓽𝓸𝓭𝓪𝓼 𝓪𝓼 𝓻𝓮𝓬𝓸𝓵𝓱𝓪𝓼 𝓷𝓮𝓬𝓮𝓼𝓼𝓪́𝓻𝓲𝓪𝓼 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓾𝓶 𝓹𝓻𝓲𝓷𝓬𝓲́𝓹𝓲𝓸 𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓽𝓾́𝓭𝓲𝓸 𝓮𝓽𝓷𝓸𝓰𝓻𝓪́𝓯𝓲𝓬𝓸 𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓲𝓷𝓸 𝓭𝓸𝓼 𝓻𝓪𝓷𝓬𝓱𝓸𝓼 𝓯𝓸𝓵𝓬𝓵𝓸́𝓻𝓲𝓬𝓸𝓼. 𝓕𝓾𝓷𝓭𝓪𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓻 𝓥𝓲𝓿 𝓥𝓲𝓵𝓪 𝓥𝓮𝓻𝓭𝓮 𝓿𝓮𝓲𝓸 𝓼𝓮 𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓮𝓷𝓿𝓸𝓵𝓿𝓮𝓻 𝓾𝓶 𝓮𝓼𝓹𝓸́𝓵𝓲𝓸 𝓾́𝓷𝓲𝓬𝓸 𝓪𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓮́𝓶 𝓸 𝓽𝓻𝓪𝓳𝓪𝓻, 𝓸 𝓽𝓻𝓪𝓫𝓪𝓵𝓱𝓸 𝓲𝓷𝓯𝓪𝓷𝓽𝓲𝓵, 𝓪 𝓶𝓮𝓶𝓸́𝓻𝓲𝓪 𝓮 𝓹𝓪𝓻𝓽𝓲𝓵𝓱𝓪 𝓭𝓮 𝓵𝓮𝓶𝓫𝓻𝓪𝓷𝓬̧𝓪𝓼, 𝓪 𝓻𝓮𝓵𝓲𝓰𝓲𝓸𝓼𝓲𝓭𝓪𝓭𝓮 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮 𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓬𝓲𝓸𝓷𝓮𝓲𝓻𝓸. 𝓢𝓾𝓫𝓼𝓬𝓻𝓮𝓿𝓮 𝓪𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓮 𝓯𝓪𝔃𝓮𝓶 𝓾𝓶𝓪 𝓿𝓲𝓼𝓲𝓽𝓪 𝓪̀ 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓪 𝓹𝓪𝓰𝓲𝓷𝓪 𝓷𝓸 𝓕𝓪𝓬𝓮𝓫𝓸𝓸𝓴. 𝓒𝓪𝓼𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓲𝓻𝓪𝓶, 𝓹𝓸𝓭𝓮𝓻𝓪̃𝓸 𝓽𝓪𝓶𝓫𝓮́𝓶 𝓼𝓾𝓫𝓼𝓬𝓻𝓮𝓿𝓮 𝓪𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓭𝓮 𝓭𝓲𝓬𝓪𝓼 𝓹𝓻𝓪 𝓯𝓸𝓵𝓬𝓵𝓸𝓻𝓮 𝓭𝓪 𝓥𝓘𝓥 𝓥𝓘𝓛𝓐 𝓥𝓔𝓡𝓓𝓔. 𝓔𝓼𝓽𝓮 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓸𝓯𝓲𝓬𝓲𝓪𝓵 𝓭𝓪 𝓹𝓪́𝓰𝓲𝓷𝓪 𝓭𝓸𝓼 𝓪𝓻𝓺𝓾𝓲𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮𝓶 𝓟𝓸𝓻𝓽𝓾𝓰𝓪𝓵 𝓬𝓾𝓳𝓸 𝓻𝓮𝓾́𝓷𝓮 𝓶𝓲𝓵𝓱𝓪𝓻𝓮𝓼 𝓭𝓮 𝓿𝓲́𝓭𝓮𝓸𝓼 𝓭𝓮 𝓟𝓸𝓻𝓽𝓾𝓰𝓪𝓵 𝓮 𝓪𝓻𝓺𝓾𝓲𝓹𝓮́𝓵𝓪𝓰𝓸𝓼.
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2022/02/22

2022/02/08

Tratamento da costa litoral ao longo dos finais do séc XX - ESPOSENDE

Reconhecimento hidrográfico 1913
 
Praia de Ofir antes do Esporão

No passado, proteger a costa muitas vezes significava "endurecer" a linha costeira com estruturas como esporões e pontões. À medida que a compreensão da função natural da costa piora, há uma aceitação crescente de que as soluções estruturais realizadas causam mais problemas do que as resolvem. As obras de engenharia estruturais interferem nas correntes naturais de água e impedem o deslocamento da areia ao longo das costas. As razões adicionais para evitar medidas de proteção estrutural incluem altos custos para instalá-las e mantê-las, hoje as populações locais estão mais conscientes e são contra estas obras de engenharia, pois as suas propensões e causas levam à erosão na costa, nas praias, arribas e dunas adjacentes e ao desvio não intencional de águas pluviais e ondas para zonas não controladas, destruindo e modificando ecossistemas naturais, pondo em perigo e extinguido espécies. 

Praia de Ofir com o Esporão

As bacias causadas pelas estruturas de engenharias ao longo da costa, levou a que a configuração costeira tenha mudado por completo a sua configuração. O desprezo pelas forças ambientais, como o vento, as correntes marítimas e fluviais do rio Cávado, fez que em prol de casos muito concretos e localizados como as torres e área de hotelaria de Ofir, tenham levado a danos ambientais enormes na costa sul de Esposende.

Costa de Esposende alterada pelas bacias causadas pelos esporões 

Proteção da restinga de Ofir e barra do Cávado é caso de estudo em Esposende

 Município apresentou um estudo para intervir na barra do Cávado e na restinga de Ofir. Para alcançar os objectivos de reconstrução da restinga e reduzir o esforço de drenagem do rio Cávado, foi sugerida a construção de um dique longitudinal.


A Câmara Municipal de Esposende apresentou sexta-feira  o estudo de caraterização de riscos e programa de intervenção para a proteção da restinga de Ofir e barra do Cávado, realizado pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com a colaboração da Universidade do Minho. O estudo que arrancou em Junho de 2020, encontra-se na fase de colheita de contributos que permitam avançar para a elaboração do projeto, articulado com os planos em vigor e para ser submetido a financiamento de fundos comunitários, ao abrigo dos programas para a prevenção e gestão de riscos.

Nesta sessão foi apresentado pelo professor Taveira Pinto, da FEUP, o esboço do projecto desenvolvido por uma equipa alargada. Este primeiro trabalho resulta de uma aprofundada investigação que envolveu trabalho de campo e experiências em laboratório, com recurso ao modelo numérico avançado que avaliou o modelo existente e as vantagens do projecto proposto.

Neste sentido, para alcançar os objectivos de reconstrução da restinga e reduzir o esforço de drenagem que afecta o canal de navegação do rio Cávado, os especialistas sugeriram, na margem esquerda do rio, a construção de um dique longitudinal. Quanto ao lado do mar, a proposta propõem a construção de dois quebra-mar, que visam a facilitarão da acumulação de areia e a renaturalização da restinga.

Taveira Pinto apresentou diversos exemplos de soluções concretizadas em vários pontos do globo e destacou que "se o leito do rio não for consolidado por diques nas duas margens, dificilmente resistirá à erosão". O professor defendeu, ainda, que os diques "são estruturas de baixa densidade que, na preia mar, estarão submersos e permitem que os sedimentos em trânsito se fixem na própria restinga”.

O presidente da câmara municipal de Esposende, Benjamim Pereira, presente da sessão de apresentação, sublinhou que este é um problema que as autoridades não podem continuar a ignorar, sob pena de serem responsabilizados pelas tragédias que possam ocorrer. Assim, o autarca adiantou os diversos contactos já efectuados com as mais diversas entidades, nomeadamente com o Ministério do Ambiente. No entanto, explica que o problema reside no facto de "Esposende ser um concelho pequeno, algo que faz com que não tenhamos poder reivindicativo".

Face a estas reivindicações, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente manifestou disponibilidade em analisar o projecto e equacionar a sua inclusão no próximo Quadro Comunitário de Apoio que está actualmente em elaboração.

2022/02/03

ARRANCARAM AS DRAGAGENS NO PORTO DE ESPOSENDE

Face à atual situação de assoreamento no canal de entrada e interior do porto de Esposende, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) iniciou as dragagens nesta infraestrutura portuária com o objetivo de repor as condições de segurança para a navegação.

Serão investidos neste porto 1.200.000 euros nos anos de 2022 e de 2023, cabendo 800.000 euros no corrente ano e o restante em 2023.

Esta despesa está prevista na Resolução de Conselho de Ministros n.º 017/2021, que autorizou a DGRM a celebrar um contrato plurianual de empreitada para a realização de dragagens de manutenção dos portos de pesca do norte do País no triénio de 2021-2023, nos quais se inclui o porto de Esposende.

Foram já realizados os trabalhos preliminares de planeamento e de autorização das entidades oficiais, bem como os levantamentos topo-hidrográficos e análise dos sedimentos a dragar. Considerando o estado de assoreamento do porto, os trabalhos tiveram hoje início com recurso a máquinas rotativas que irão retirar a primeira fase de dragados, sendo depois continuados com recurso a uma plataforma de dragagem do tipo "Jackup". Os sedimentos serão bombeados por tubagem dedicada, com repulsa nas praias adjacentes.

Os trabalhos são, desta forma, realizados em parceria com o ICNF e a APA, uma vez que são retirados os sedimentos do canal de acesso e interior do porto e são movimentados para as praias, reforçando o combate à erosão costeira.

No planeamento dos trabalhos e na definição da metodologia de abordagem no canal de entrada do porto, a DGRM contou com a colaboração da Autoridade Marítima Nacional e da APPCE - Associação de Pescadores Profissionais de Esposende.

A VOZ DA PÓVOA


2022/02/02

DINHEIRO AVANÇA PARA A CONSTRUÇÃO DE MAIS 300 metros no PONTÃO (QUEBRA-MAR) DO PORTO DE LEIXÕES


Diogo Marecos (Yilport): É “urgente” prolongar quebra-mar do Porto de Leixões

Questionado sobre o interesse da Yilport no terminal multiusos de Leixões, Diogo Marecos lembrou que o operador “tem vindo desde 2019 a manifestar o seu interesse em investir várias centenas de milhões na infraestrutura do porto de Leixões”, até porque este é, na sua opinião, “o principal meio de saída das exportações portuguesas”.

Contudo, o responsável da empresa turca recorda que “há mais de uma década que a maior parte da frota de navios não consegue entrar em Leixões, porque o mercado internacional viu nos últimos 15 anos crescer os navios que efetuam o transporte de mercadorias”, pelo que considera “urgente modernizar a entrada no próprio porto de Leixões, o que a extensão do quebra-mar irá permitir, mas também obter maiores fundos marítimos e substituir as atuais gruas por novas”.

A Yilport está comprometida com a indústria portuguesa e com a população que no Norte usa o porto de Leixões para se abastecer de produtos necessários à indústria transformadora e produtos alimentares ou hospitalares indispensáveis”, acrescenta.

Diogo Marecos defende assim que o Porto de Leixões “tem de inverter o ciclo iniciado por fatores externos há mais de uma década, e voltar a conseguir receber os navios que escalam os maiores portos europeus”. Navios esses que, lembra, “por falta de condições já não conseguem aceder a Leixões e têm de ir descarregar e carregar a Espanha – a Vigo, por exemplo –, encarecendo os preços dos produtos que são depois transportados por via terrestre para Portugal”.


QUEREMOS LEMBRAR QUE OS PARECERES DAS ENTIDADES DA CC do POC-CE, CONSTATARAM "...primeira vez, um programa especial será acolhido dentro da área de jurisdição da APDL (com excepção da área portuária propriamente dito), o que implicou um esforço no sentido de obter uma melhor perceção dos critérios e objetivos subjacentes, bem como à envolvente de jurisdição portuária e seu enquadramento territorial"

O POC-CE prevê a realização do prolongamento do quebra-mar Exterior do Porto de Leixões, inserido nas medidas proposta para a concretização do EIXO ESTRATÉGICO 3 - "VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DOS RECURSOS COSTEIROS"
"5.3.4. Qualificação dos Porto Comerciais"
"Neste quadro, afigura-se como indispensável a inclusão das intervenções de qualificação dos portos comerciais, especificamente a melhoria das acessibilidades marítimas aos Porto de Leixões, no Programa de Execução do POC-CE, tendo em vista a sua articulação com as restantes ações que o constituem, nomeadamente com as ações dirigidas à prevenção e redução dos riscos costeiros."

CÓDIGO: A3.22 e A3.23
DESIGNAÇÃO: Prolongamento do quebra-mar Exterior do Porto de Leixões
LOCALIZAÇÃO: Matosinhos
INVESTIMENTO: 100 000 000€
ENTIDADES ENVOLVIDAS: APDL

A APDL compromete-se a monitorizar as ondas a aferir a necessidade de implementar medidas mitigadoras de forma a minimizar os possíveis efeitos menos positivos nas praias contiguas.

Moreira reforça que munícipes do Porto não pagarão demolição de estrutura no Ourigo

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, garante que não serão os munícipes a pagar pela demolição da estrutura que foi construída na praia do Ourigo e que "o que se passa entre a Agência Portuguesa do Ambiente e o concessionário" não lhe diz respeito.

"Aquilo não é uma responsabilidade nossa. É um problema da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)", reafirmou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sobre a estrutura de betão que foi erguida na praia do Ourigo.

No final de outubro, a APA deu nota de que tinha iniciado o "processo tendente à remoção" da estrutura. Sobre possíveis desenvolvimentos em relação à demolição da construção, Moreira garantiu: "O que se passa entre a APA e o concessionário que lá construiu aquilo, autorizado pela APA, não nos diz respeito".

"Há uma coisa que pode ter a certeza: o município do Porto, relativamente a essa matéria, não tem nenhuma responsabilidade e portanto não vai assumir responsabilidades sobre isso. Bem sei que isso foi um tema interessante na campanha eleitoral para algumas forças políticas, mas a mim o que me compete é defender o interesse dos munícipes. Os munícipes do Porto não vão pagar pelos erros dos outros. Isso, de certeza absoluta. Independentemente da opinião que cada pessoa possa ter sobre o que lá está", reafirmou Rui Moreira, questionado pelo JN.

A 6 de dezembro, durante uma reunião de Câmara, o vereador do PSD Vladimiro Feliz questionou o Executivo sobre o processo e o presidente da Câmara do Porto explicou, já na altura, que cabe à APA resolver o "imbróglio", juntamente com a APDL (que renovou o contrato de concessão por 20 anos). "Espero que, em breve, a APA nos diga o que decidiu", afirmou na reunião o vereador do Urbanismo Pedro Baganha.

APA pronunciou-se favoravelmente

De acordo com declarações da APA em outubro passado, o areal poderá receber um apoio de praia "amovível". Aquela entidade pronunciou-se favoravelmente à obra de reconstrução do restaurante Shis. O ministro do Ambiente já afirmou, por várias vezes, que a construção sobre o areal é "inaceitável".

A APA disse, à data, que a ordem de demolição mantém-se "válida" e que "iniciou um processo, tendente à remoção [da construção], que corre os seus trâmites". A construção contou também com o aval da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) - a propósito de uma concessão -, da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara do Porto.

A Autarquia afirmou, na altura, estar vinculada àqueles pareceres, ao contrato de concessão e ao cumprimento do Plano Diretor Municipal.

De acordo com a APA, e na sequência da publicação do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho, aquela entidade "está a ultimar o novo regulamento de gestão de praias que permitirá para a praia do Ourigo um apoio de praia amovível".

JN

2022/02/01

Apresentação de um tanque de ondas que demonstra o impacto na orla costeira com vários tipos de defesa e as suas inundações

 


Daniel Rodger da JBA TRUS mostra através dum tanque de ondas como é que as diferentes combinações de defesas costeiras tratam da arrebentação, galgamento e dissipação da energia das ondas,  tendo em conta a escolha, como os seus consequentes riscos diretos de inundações.