INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2022/04/13

O SARGACEIRO DA APÚLIA - RTP arquivos

Documentário sobre a tradicional apanha do sargaço, uma atividade sazonal a que se dedicavam os habitantes da vila da Apúlia, perto de Esposende. As algas que eram apanhadas na praia da Apúlia destinam-se depois a ser utilizadas nos campos agrícolas, substituindo adubos e fertilizantes.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-sargaceiro-da-apulia/

Resumo Analítico 

Sargaceiro de Apúlia com traje tradicional (branqueta, casaco de abas largas, tipo saio romano, até meio da coxa e com sueste, chapéu), com galhapão, utensílio para a apanha do sargaço, a caminhar na praia; barcos de pesca na praia; redes na areia; pescadores cozem redes; homens e mulheres a cultivar a terra; mar; homens gritam "sargaço"; homens e mulheres abandonam os campos e correm para a praia, trajados e com os equipamentos para a apanha do sargaço; homens no mar com os galhapão; homens puxam o sargaço para a praia; montes de sargaço na areia; mulheres ajudam os homens a puxar o sargaço para a praia; homens carregam o sargaço para um carro de bois; mulheres e crianças ajudam os homens a puxar os galhapão para terra; carro de bois transportam o sargaço; homens transportam o sargaço nas carrelas; mulheres espalham o sargaço pela praia para secar; sargaceiros voltam para casa e colocam os utensílios encostados às casas; mulheres a trabalharem no campo; pescadores; barco de pesca na praia;

2022/03/15

Esposende: Concelho debate situação da restinga e barra

 Benjamim Pereira reuniu entidades que gerem a orla costeira para debater a situação da restinga e da barra. Objectivo foi analisar as diversas intervenções em curso no concelho, no sentido de articular os diversos organismos com jurisdição sobre as obras.


O Município de Esposende acolheu técnicos das entidades responsáveis pela gestão da orla costeira, para analisarem todas as intervenções em curso no concelho e apontar uma solução para a situação da restinga e da barra da foz do rio Cávado. A Câmara Municipal de Esposende procura agora o suporte técnico para avançar com a elaboração do projecto, num processo que se reveste da maior importância, no estreito cumprimento dos princípios da protecção ambiental.

Nesta reunião participaram representantes da Agência Portuguesa do Ambiente, da Administração da Região Hidrográfica do Norte, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da Direcção Geral de Segurança e Recursos Marítimos e os projetistas responsáveis pelas obras recentemente executadas e pelo estudo de caraterização de riscos e programa de intervenção para a protecção da restinga de Ofir e barra do Cávado, realizado pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com a colaboração da Universidade do Minho, assim como o corpo técnico da extinta Polis Litoral Norte.

Nesta reunião, convocada pelo presidente da Câmara Municipal de Esposende, procurou-se analisar as diversas intervenções em curso no concelho, no sentido de articular os diversos organismos com jurisdição sobre as obras, nomeadamente a intervenção de dragagem em curso, integrada na primeira fase da intervenção global para a foz do Cávado e que permitirá, a curto prazo, a entrada e saída de embarcações.

Subjacente a esta iniciativa está, segundo Benjamim Pereira, “a persecução de uma lógica e coerência nas intervenções, nomeadamente nas obras da barra e da restinga, num processo articulado com o projeto final para este local”.

Na próxima reunião, agendada para 20 de abril, será apresentado o projeto da primeira fase, contando já com a presença da equipa responsável pela avaliação de impacto ambiental do estudo em curso.

2022/03/08

APÚLIA - A APANHA DO SARGASSO E DO PILADO - 1938


 𝓑𝓮𝓶-𝓿𝓲𝓷𝓭𝓸 𝓪 𝓽𝓸𝓭𝓸𝓼!

𝓐𝓻𝓺𝓾𝓲𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮́ 𝓾𝓶 𝓹𝓻𝓸𝓳𝓮𝓽𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓷𝓪𝓼𝓬𝓮𝓾 𝓮𝓶 2010 𝓿𝓲𝓼𝓪𝓷𝓭𝓸 𝓳𝓾𝓷𝓽𝓪𝓻 𝓽𝓸𝓭𝓪𝓼 𝓪𝓼 𝓻𝓮𝓬𝓸𝓵𝓱𝓪𝓼 𝓷𝓮𝓬𝓮𝓼𝓼𝓪́𝓻𝓲𝓪𝓼 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓾𝓶 𝓹𝓻𝓲𝓷𝓬𝓲́𝓹𝓲𝓸 𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓽𝓾́𝓭𝓲𝓸 𝓮𝓽𝓷𝓸𝓰𝓻𝓪́𝓯𝓲𝓬𝓸 𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓲𝓷𝓸 𝓭𝓸𝓼 𝓻𝓪𝓷𝓬𝓱𝓸𝓼 𝓯𝓸𝓵𝓬𝓵𝓸́𝓻𝓲𝓬𝓸𝓼. 𝓕𝓾𝓷𝓭𝓪𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓻 𝓥𝓲𝓿 𝓥𝓲𝓵𝓪 𝓥𝓮𝓻𝓭𝓮 𝓿𝓮𝓲𝓸 𝓼𝓮 𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓮𝓷𝓿𝓸𝓵𝓿𝓮𝓻 𝓾𝓶 𝓮𝓼𝓹𝓸́𝓵𝓲𝓸 𝓾́𝓷𝓲𝓬𝓸 𝓪𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓮́𝓶 𝓸 𝓽𝓻𝓪𝓳𝓪𝓻, 𝓸 𝓽𝓻𝓪𝓫𝓪𝓵𝓱𝓸 𝓲𝓷𝓯𝓪𝓷𝓽𝓲𝓵, 𝓪 𝓶𝓮𝓶𝓸́𝓻𝓲𝓪 𝓮 𝓹𝓪𝓻𝓽𝓲𝓵𝓱𝓪 𝓭𝓮 𝓵𝓮𝓶𝓫𝓻𝓪𝓷𝓬̧𝓪𝓼, 𝓪 𝓻𝓮𝓵𝓲𝓰𝓲𝓸𝓼𝓲𝓭𝓪𝓭𝓮 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮 𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓬𝓲𝓸𝓷𝓮𝓲𝓻𝓸. 𝓢𝓾𝓫𝓼𝓬𝓻𝓮𝓿𝓮 𝓪𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓮 𝓯𝓪𝔃𝓮𝓶 𝓾𝓶𝓪 𝓿𝓲𝓼𝓲𝓽𝓪 𝓪̀ 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓪 𝓹𝓪𝓰𝓲𝓷𝓪 𝓷𝓸 𝓕𝓪𝓬𝓮𝓫𝓸𝓸𝓴. 𝓒𝓪𝓼𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓲𝓻𝓪𝓶, 𝓹𝓸𝓭𝓮𝓻𝓪̃𝓸 𝓽𝓪𝓶𝓫𝓮́𝓶 𝓼𝓾𝓫𝓼𝓬𝓻𝓮𝓿𝓮 𝓪𝓸 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓭𝓮 𝓭𝓲𝓬𝓪𝓼 𝓹𝓻𝓪 𝓯𝓸𝓵𝓬𝓵𝓸𝓻𝓮 𝓭𝓪 𝓥𝓘𝓥 𝓥𝓘𝓛𝓐 𝓥𝓔𝓡𝓓𝓔. 𝓔𝓼𝓽𝓮 𝓬𝓪𝓷𝓪𝓵 𝓸𝓯𝓲𝓬𝓲𝓪𝓵 𝓭𝓪 𝓹𝓪́𝓰𝓲𝓷𝓪 𝓭𝓸𝓼 𝓪𝓻𝓺𝓾𝓲𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓿𝓸 𝓮𝓶 𝓟𝓸𝓻𝓽𝓾𝓰𝓪𝓵 𝓬𝓾𝓳𝓸 𝓻𝓮𝓾́𝓷𝓮 𝓶𝓲𝓵𝓱𝓪𝓻𝓮𝓼 𝓭𝓮 𝓿𝓲́𝓭𝓮𝓸𝓼 𝓭𝓮 𝓟𝓸𝓻𝓽𝓾𝓰𝓪𝓵 𝓮 𝓪𝓻𝓺𝓾𝓲𝓹𝓮́𝓵𝓪𝓰𝓸𝓼.
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2022/02/22

2022/02/08

Tratamento da costa litoral ao longo dos finais do séc XX - ESPOSENDE

Reconhecimento hidrográfico 1913
 
Praia de Ofir antes do Esporão

No passado, proteger a costa muitas vezes significava "endurecer" a linha costeira com estruturas como esporões e pontões. À medida que a compreensão da função natural da costa piora, há uma aceitação crescente de que as soluções estruturais realizadas causam mais problemas do que as resolvem. As obras de engenharia estruturais interferem nas correntes naturais de água e impedem o deslocamento da areia ao longo das costas. As razões adicionais para evitar medidas de proteção estrutural incluem altos custos para instalá-las e mantê-las, hoje as populações locais estão mais conscientes e são contra estas obras de engenharia, pois as suas propensões e causas levam à erosão na costa, nas praias, arribas e dunas adjacentes e ao desvio não intencional de águas pluviais e ondas para zonas não controladas, destruindo e modificando ecossistemas naturais, pondo em perigo e extinguido espécies. 

Praia de Ofir com o Esporão

As bacias causadas pelas estruturas de engenharias ao longo da costa, levou a que a configuração costeira tenha mudado por completo a sua configuração. O desprezo pelas forças ambientais, como o vento, as correntes marítimas e fluviais do rio Cávado, fez que em prol de casos muito concretos e localizados como as torres e área de hotelaria de Ofir, tenham levado a danos ambientais enormes na costa sul de Esposende.

Costa de Esposende alterada pelas bacias causadas pelos esporões 

Proteção da restinga de Ofir e barra do Cávado é caso de estudo em Esposende

 Município apresentou um estudo para intervir na barra do Cávado e na restinga de Ofir. Para alcançar os objectivos de reconstrução da restinga e reduzir o esforço de drenagem do rio Cávado, foi sugerida a construção de um dique longitudinal.


A Câmara Municipal de Esposende apresentou sexta-feira  o estudo de caraterização de riscos e programa de intervenção para a proteção da restinga de Ofir e barra do Cávado, realizado pelo Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com a colaboração da Universidade do Minho. O estudo que arrancou em Junho de 2020, encontra-se na fase de colheita de contributos que permitam avançar para a elaboração do projeto, articulado com os planos em vigor e para ser submetido a financiamento de fundos comunitários, ao abrigo dos programas para a prevenção e gestão de riscos.

Nesta sessão foi apresentado pelo professor Taveira Pinto, da FEUP, o esboço do projecto desenvolvido por uma equipa alargada. Este primeiro trabalho resulta de uma aprofundada investigação que envolveu trabalho de campo e experiências em laboratório, com recurso ao modelo numérico avançado que avaliou o modelo existente e as vantagens do projecto proposto.

Neste sentido, para alcançar os objectivos de reconstrução da restinga e reduzir o esforço de drenagem que afecta o canal de navegação do rio Cávado, os especialistas sugeriram, na margem esquerda do rio, a construção de um dique longitudinal. Quanto ao lado do mar, a proposta propõem a construção de dois quebra-mar, que visam a facilitarão da acumulação de areia e a renaturalização da restinga.

Taveira Pinto apresentou diversos exemplos de soluções concretizadas em vários pontos do globo e destacou que "se o leito do rio não for consolidado por diques nas duas margens, dificilmente resistirá à erosão". O professor defendeu, ainda, que os diques "são estruturas de baixa densidade que, na preia mar, estarão submersos e permitem que os sedimentos em trânsito se fixem na própria restinga”.

O presidente da câmara municipal de Esposende, Benjamim Pereira, presente da sessão de apresentação, sublinhou que este é um problema que as autoridades não podem continuar a ignorar, sob pena de serem responsabilizados pelas tragédias que possam ocorrer. Assim, o autarca adiantou os diversos contactos já efectuados com as mais diversas entidades, nomeadamente com o Ministério do Ambiente. No entanto, explica que o problema reside no facto de "Esposende ser um concelho pequeno, algo que faz com que não tenhamos poder reivindicativo".

Face a estas reivindicações, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente manifestou disponibilidade em analisar o projecto e equacionar a sua inclusão no próximo Quadro Comunitário de Apoio que está actualmente em elaboração.

2022/02/03

ARRANCARAM AS DRAGAGENS NO PORTO DE ESPOSENDE

Face à atual situação de assoreamento no canal de entrada e interior do porto de Esposende, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) iniciou as dragagens nesta infraestrutura portuária com o objetivo de repor as condições de segurança para a navegação.

Serão investidos neste porto 1.200.000 euros nos anos de 2022 e de 2023, cabendo 800.000 euros no corrente ano e o restante em 2023.

Esta despesa está prevista na Resolução de Conselho de Ministros n.º 017/2021, que autorizou a DGRM a celebrar um contrato plurianual de empreitada para a realização de dragagens de manutenção dos portos de pesca do norte do País no triénio de 2021-2023, nos quais se inclui o porto de Esposende.

Foram já realizados os trabalhos preliminares de planeamento e de autorização das entidades oficiais, bem como os levantamentos topo-hidrográficos e análise dos sedimentos a dragar. Considerando o estado de assoreamento do porto, os trabalhos tiveram hoje início com recurso a máquinas rotativas que irão retirar a primeira fase de dragados, sendo depois continuados com recurso a uma plataforma de dragagem do tipo "Jackup". Os sedimentos serão bombeados por tubagem dedicada, com repulsa nas praias adjacentes.

Os trabalhos são, desta forma, realizados em parceria com o ICNF e a APA, uma vez que são retirados os sedimentos do canal de acesso e interior do porto e são movimentados para as praias, reforçando o combate à erosão costeira.

No planeamento dos trabalhos e na definição da metodologia de abordagem no canal de entrada do porto, a DGRM contou com a colaboração da Autoridade Marítima Nacional e da APPCE - Associação de Pescadores Profissionais de Esposende.

A VOZ DA PÓVOA


2022/02/02

DINHEIRO AVANÇA PARA A CONSTRUÇÃO DE MAIS 300 metros no PONTÃO (QUEBRA-MAR) DO PORTO DE LEIXÕES


Diogo Marecos (Yilport): É “urgente” prolongar quebra-mar do Porto de Leixões

Questionado sobre o interesse da Yilport no terminal multiusos de Leixões, Diogo Marecos lembrou que o operador “tem vindo desde 2019 a manifestar o seu interesse em investir várias centenas de milhões na infraestrutura do porto de Leixões”, até porque este é, na sua opinião, “o principal meio de saída das exportações portuguesas”.

Contudo, o responsável da empresa turca recorda que “há mais de uma década que a maior parte da frota de navios não consegue entrar em Leixões, porque o mercado internacional viu nos últimos 15 anos crescer os navios que efetuam o transporte de mercadorias”, pelo que considera “urgente modernizar a entrada no próprio porto de Leixões, o que a extensão do quebra-mar irá permitir, mas também obter maiores fundos marítimos e substituir as atuais gruas por novas”.

A Yilport está comprometida com a indústria portuguesa e com a população que no Norte usa o porto de Leixões para se abastecer de produtos necessários à indústria transformadora e produtos alimentares ou hospitalares indispensáveis”, acrescenta.

Diogo Marecos defende assim que o Porto de Leixões “tem de inverter o ciclo iniciado por fatores externos há mais de uma década, e voltar a conseguir receber os navios que escalam os maiores portos europeus”. Navios esses que, lembra, “por falta de condições já não conseguem aceder a Leixões e têm de ir descarregar e carregar a Espanha – a Vigo, por exemplo –, encarecendo os preços dos produtos que são depois transportados por via terrestre para Portugal”.


QUEREMOS LEMBRAR QUE OS PARECERES DAS ENTIDADES DA CC do POC-CE, CONSTATARAM "...primeira vez, um programa especial será acolhido dentro da área de jurisdição da APDL (com excepção da área portuária propriamente dito), o que implicou um esforço no sentido de obter uma melhor perceção dos critérios e objetivos subjacentes, bem como à envolvente de jurisdição portuária e seu enquadramento territorial"

O POC-CE prevê a realização do prolongamento do quebra-mar Exterior do Porto de Leixões, inserido nas medidas proposta para a concretização do EIXO ESTRATÉGICO 3 - "VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DOS RECURSOS COSTEIROS"
"5.3.4. Qualificação dos Porto Comerciais"
"Neste quadro, afigura-se como indispensável a inclusão das intervenções de qualificação dos portos comerciais, especificamente a melhoria das acessibilidades marítimas aos Porto de Leixões, no Programa de Execução do POC-CE, tendo em vista a sua articulação com as restantes ações que o constituem, nomeadamente com as ações dirigidas à prevenção e redução dos riscos costeiros."

CÓDIGO: A3.22 e A3.23
DESIGNAÇÃO: Prolongamento do quebra-mar Exterior do Porto de Leixões
LOCALIZAÇÃO: Matosinhos
INVESTIMENTO: 100 000 000€
ENTIDADES ENVOLVIDAS: APDL

A APDL compromete-se a monitorizar as ondas a aferir a necessidade de implementar medidas mitigadoras de forma a minimizar os possíveis efeitos menos positivos nas praias contiguas.

Moreira reforça que munícipes do Porto não pagarão demolição de estrutura no Ourigo

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, garante que não serão os munícipes a pagar pela demolição da estrutura que foi construída na praia do Ourigo e que "o que se passa entre a Agência Portuguesa do Ambiente e o concessionário" não lhe diz respeito.

"Aquilo não é uma responsabilidade nossa. É um problema da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)", reafirmou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sobre a estrutura de betão que foi erguida na praia do Ourigo.

No final de outubro, a APA deu nota de que tinha iniciado o "processo tendente à remoção" da estrutura. Sobre possíveis desenvolvimentos em relação à demolição da construção, Moreira garantiu: "O que se passa entre a APA e o concessionário que lá construiu aquilo, autorizado pela APA, não nos diz respeito".

"Há uma coisa que pode ter a certeza: o município do Porto, relativamente a essa matéria, não tem nenhuma responsabilidade e portanto não vai assumir responsabilidades sobre isso. Bem sei que isso foi um tema interessante na campanha eleitoral para algumas forças políticas, mas a mim o que me compete é defender o interesse dos munícipes. Os munícipes do Porto não vão pagar pelos erros dos outros. Isso, de certeza absoluta. Independentemente da opinião que cada pessoa possa ter sobre o que lá está", reafirmou Rui Moreira, questionado pelo JN.

A 6 de dezembro, durante uma reunião de Câmara, o vereador do PSD Vladimiro Feliz questionou o Executivo sobre o processo e o presidente da Câmara do Porto explicou, já na altura, que cabe à APA resolver o "imbróglio", juntamente com a APDL (que renovou o contrato de concessão por 20 anos). "Espero que, em breve, a APA nos diga o que decidiu", afirmou na reunião o vereador do Urbanismo Pedro Baganha.

APA pronunciou-se favoravelmente

De acordo com declarações da APA em outubro passado, o areal poderá receber um apoio de praia "amovível". Aquela entidade pronunciou-se favoravelmente à obra de reconstrução do restaurante Shis. O ministro do Ambiente já afirmou, por várias vezes, que a construção sobre o areal é "inaceitável".

A APA disse, à data, que a ordem de demolição mantém-se "válida" e que "iniciou um processo, tendente à remoção [da construção], que corre os seus trâmites". A construção contou também com o aval da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) - a propósito de uma concessão -, da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara do Porto.

A Autarquia afirmou, na altura, estar vinculada àqueles pareceres, ao contrato de concessão e ao cumprimento do Plano Diretor Municipal.

De acordo com a APA, e na sequência da publicação do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho, aquela entidade "está a ultimar o novo regulamento de gestão de praias que permitirá para a praia do Ourigo um apoio de praia amovível".

JN

2022/02/01

Apresentação de um tanque de ondas que demonstra o impacto na orla costeira com vários tipos de defesa e as suas inundações

 


Daniel Rodger da JBA TRUS mostra através dum tanque de ondas como é que as diferentes combinações de defesas costeiras tratam da arrebentação, galgamento e dissipação da energia das ondas,  tendo em conta a escolha, como os seus consequentes riscos diretos de inundações.

2022/01/19

1º JORNAL - SIC - ORLA COSTEIRA - ESPOSENDE

1º JORNAL - SIC 


ESPORÕES E POLITICAS PÚBLICAS QUEREM DEMOLIR RESTAURANTES E HABITAÇÕES PRIVADAS, NA COSTA LITORAL SUL DE ESPOSENDE
(HOTEL FICA FORA)

André Coelho Lima assume combate à erosão costeira como compromisso de Governo PSD



 

Por FERNANDO GUALTIERI (CP 7889-A)

"O combate à erosão costeira no conselho de Esposende é uma prioridade para o plano de governação do PSD". O compromisso foi assumido na quinta-feira passada, pelo cabeça-de-lista dos candidatos do PSD, André Coelho Lima, no âmbito de uma "politica séria e responsável" de defesa e valorização do território e da economia do mar.

"O Concelho de Esposende é uma das zonas do país mais afetadas pelo avanço do mar. Não se pode adiar mais uma intervenção forte, organizada e devidamente programada para superar este problema, que representa já graves riscos para a população" afirmou André Coelho Lima, numa visita ao concelho, em que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara, Benjamin Pereira.

O impacto na economia, ao nível do turismo e da actividade piscatória, apresenta-se como outras das consequências mais negativas do fenómeno, que na ultima década acelerou para o dobro do que vinha acontecendo, como salientou o deputado Bruno Coimbra, que se tem dedicado de forma especial às questões do ambiente e que participou nesta iniciativa, juntamente com o candidato esposendense a deputado, João Figueiredo.

André Coelho Lima lamentou "a falta de estratégia do atual governo do PS para a economia do mar e para a defesa do litoral", num país que "tem no mar uma mais valia diferenciadora no contexto da europa e até na afirmação da posição atlântica no contexto global"

PROGAMA 'FOZ'

O programa `FOZ` é uma proposta avançada pelo PSD, com o objetivo de promover e financiar o "restauro e revitalização de zonas estuarinas", como acontece nesta zona da foz do cávado, tendo em vista "intervenções integradas de adaptação às alterações climáticas, regeneração urbana, mobilidade sustentável e valorização territorial"

O PSD apresenta, afirma Coelho Lima, um programa de governo que coloca claramente "o mar" como "uma das fontes de riqueza com maior potencial de crescimento económico e de sustentabilidade ambiental"

Preservar a qualidade ambiental, garantir a biodiversidade e acumular capacidade de resposta a fenómenos climatéricos extremos, são três objetivos que , na perspetiva social-democrata, têm de orientar qualquer estratégia para o aproveitamento do mar.

Simultaneamente, "é decisivo fazer um investimento acrescido na investigação sobre o mar e as zonas costeiras de forma a identificarem com rigor esse potencial"  

A soberania sobre a zona económica exclusiva pressupõem um stock de conhecimento alargado sobre os recursos e a sua sustentabilidade, bem como a mobilização de recursos para a sua preservação e aproveitamento", sublinha o candidato social-democrata.   

OMARARENSE    

2022/01/15

Areia de Carvalho (CDS) considera "urgente" salvar a orla costeira de Esposende

 


O problema da erosão costeira que avança no conselho de Esposende levou José Paulo Areia de Carvalho, cabeça-de-lista do CDS-PP pelo círculo de Braga, a visitar a zona envolvente das casas de Cedovém e Pedrinha, na Apúlia, e manifestar a sua "enorme preocupação" com o avanço do mar e "a necessidade urgente de serem tomadas medidas consensuais entre o poder local e a administração central" para salvar o que resta da orla costeira.

Segundo o candidato centrista, em Esposende, "ocorre uma das situações mais graves do país no que toca à exposição da costa à força devoradora do mar, com as ondas cada vez mais perto de casas, quase todas de segunda habitação", nomeadamente em Cedovém e Pedrinhas, onde situações de perigo já estão sinalizadas.

Só quem não conhece o conselho de Esposende é que não sabe que muitas casas de Esposende são casas de férias, com fim balnear. 

Quanto a casas de 1ª habitação, 2ª habitação ou 3ª habitação ou casas para arrendar, não se entende o que é que o José Paulo Areia de Carvalho quis dizer com 2ª habitação?  

A casa até pode pertencer a uma empresa e ser a 9ª.

"É preciso criar um consenso entre o poder central e a autarquia, mas quem prometer soluções fáceis e imediatas estará a ser populista porque a verdade é que a natureza tem a sua forma de agir e a única coisa que podemos é minimizar os seus efeitos" considera Areia de Carvalho.

Para proteger as torres e o hotel de Ofir, o poder central e a autarquia criou uma enorme erosão em Pedrinhas e Cedovém

Para candidato do CDS-PP à Assembleia da República, "o problema da erosão na costa de Esposende não está na natureza, mas sim nas intervenções humanas que ao longo do tempo foram permitidas e que desequilibraram o território".

A erosão é provocada pelos esporões que desvalorizaram as propriedades. Aqui o poder central e o local querem desvalorizar a propriedade para depois adquirir a preços baixos ou de graça, para futuros negócios que todos já conhecem.

"Os ministros socialistas já vieram a Esposende anunciar que a solução iria ser encontrada, mas a verdade é que continua tudo na mesma", frisa Areia de Carvalho, assumindo o compromisso de levar o assunto à Assembleia da Republica logo após a sua eleição como deputado.

CASO "INCONCEBIVEL" DA BARRA

José Paulo Areia de Carvalho, acompanhado pela candidatura de Esposende, Tânia Lima da Mota, visitou ainda Apúlia, onde reuniu com a Associação dos Pescadores Profissionais do conselho de Esposende e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Esposende, tendo ainda visitado a zona da barra e, por fim, a Fonte Boa, onde visitou uma exploração agrícola local.

Segundo Areia de Carvalho, estas visitas traduzem "áreas estratégias para o conselho de Esposende e para o próprio distrito de Braga, às quais tem faltado vontade politica ao Governo para investir"

"Esposende é o único conselho litoral do distrito de Braga e setor da pesca depara-se com extremas dificuldades causadas pela degradação costeira" lembra Areia de Carvalho, que em 2021 foi candidato à presidência do município.

Referindo-se em particular à barra de Esposende, afirmou que "para o PS, Esposende é o parente pobre das dragagens. É inconcebível que o problema continue sem solução à vista. É certo que a solução técnica tem de ser deixada para os técnico, mas o Governo tem de decidir e não optar por remendos que nada resolvem"

No Âmbito da visita à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Esposende, Areia de Carvalho mostrou-se "Preocupado com o facto de os apoios do Estado ficarem aquém dos custos reais das associações"

"Conforme o CDS tem reiterado, o Governo não pode limitar-se a aplaudir os bombeiros devendo apoiar efectivamente as corporações que se debatem com falta de meios", afirmou Areia de Carvalho

Jornal VILAVERDENSE

Polis Litoral Norte extingue-se. “Há um antes e um depois da zona costeira entre Caminha e Esposende”

Entre 2009 e 2021, a Sociedade Polis Litoral Norte foi responsável pela requalificação de mais de 70 infra-estruturas na zona costeira de Viana do Castelo, Caminha e Esposende. “O território está hoje muito mais bem adaptado ao avanço do mar e às alterações climáticas”, diz o presidente do conselho de administração. Em Caminha sugere-se a criação de uma associação para dar seguimento ao trabalho desenvolvido.

Nasceu em 2009 com o desígnio de conservar e requalificar o património da zona costeira dos municípios de Viana do Castelo, Caminha e Esposende e, em 12 anos, executou 77 projectos dos 81 previstos em 70 locais distintos dos três concelhos. A sociedade Polis Litoral Norte, constituída no âmbito do programa Polis Cidades, chegou ao fim no dia 31 de Dezembro por determinação do Governo, que extinguiu todas as entidades associadas ao programa.

PUBLICO

2022/01/01

Câmara de Vila do Conde paga sete milhões ou permite hotel em cima da praia

SUPREMO DEU RAZÃO A PROMOTORA E DIZ QUE AUTARQUIA DE VILA DO CONDE, QUE LICENCIOU A OBRA, TEM DE AUTORIZAR CONSTRUÇÃO.





Foi apresentado com pompa e circunstância no inicio de 2014. O Talasso Labruge seria um Hotel especializado em terapias com água do mar e ficaria em cima da praia de Labreuge em Vila do Conde.

No final de setembro de 2013 foi apresentado o projeto para o Labruge Talasso Hotel. 
Um hotel especializado em talassoterapia, tratamento com água do mar e elementos 
marinhos, na primeira linha do mar, na freguesia de Labruge, em Vila do Conde. 
O projeto foi licenciado em novembro de 2013 e custaria oito milhões de euros, 
sendo que o investidor, Alberto Gomes, ainda procurava financiamento. O empresário
 do ramo da imobiliária adiantou, na altura, que ia embarcar na “aventura” 
de “construir num terreno em cima do mar um hotel que apenas terá pela frente
 a linha do horizonte”. O objetivo era criar “um produto diferenciador a nível da 
talassoterapia e garantir 50% da ocupação com nórdicos”.

O Labruge Talasso Hotel, como estava definido chamar-se a unidade de quatro
 estrelas superior, teria 114 quartos, SPA, restaurante, duas piscinas e um auditório
 e empregaria cerca de 40 pessoas. O projeto, ainda disponível, é da
 NN – Arquitetura e Planeamento, que também projetou o Hotel Teatro, no Porto.

A Câmara de Vila do Conde esclareceu que para o local chegou a estar, há cerca
 de uma década, “aprovada a construção de um hotel, a qual, então, mereceu 
parecer favorável de todas as entidades que, em razão da localização, se
 deviam pronunciar sobre essa pretensão”.

A autarquia de Vila do Conde acrescentou que o processo, entretanto, caducou 
e não foi renovado.
Na falta de impulso do requerente em obter a correspondente licença,
 foi declarada a caducidade expressa desse procedimento, pelo que, à data,
 não existe qualquer operação urbanística aprovada para o terreno”, esclareceu
 a Câmara de Vila do Conde.

2021/12/08

Terminou a consulta pública do Projeto de Acordo de Parceria entre Portugal e a União Europeia.


Terminou há 8 dias a consulta pública do Projeto de Acordo de Parceria entre Portugal e a União Europeia. De acordo com o documento apresentado, dos quase 23 mil milhões de euros, cerca de 5 mil milhões serão para as áreas da transição climática e sustentabilidade dos recursos, aos quais se somam outros 4 mil milhões de euros do PRR.

Os fundos disponíveis nestas grandes áreas temáticas englobam genericamente o financiamento comunitário para a transição energética (energia das marés, eólica, hidráulica), a eficiência energética, a mobilidade sustentável (ciclovias), a defesa da orla costeira, a biodiversidade, as florestas, as redes de água potável e águas residuais e a gestão de resíduos urbanos.

«2.2.4. OE 2.4 Promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção dos riscos de catástrofes, a resiliência, levando em consideração abordagens baseadas no ecossistema

Este OE visa aumentar a resiliência e reduzir as vulnerabilidades do território às alterações climáticas, aprofundar o conhecimento e disseminar a informação sobre os efeitos das alterações climáticas e seus impactes no território, nas pessoas e nos diversos setores de atividade. Está em causa o apoio a intervenções de proteção e defesa do litoral, de resposta de proteção civil e socorro, de prevenção e de adaptação às alterações climáticas e de proteção dos recursos hídricos e a gestão dos riscos associados à água.

O litoral de Portugal Continental estende-se por cerca de 987 km, concentra cerca de 75% da população nacional e é responsável por 85% do produto interno bruto. É uma costa exposta e aberta ao oceano Atlântico, com extensos troços sujeitos a intensa erosão costeira e a fenómenos de galgamento/inundação, sendo expectável que os fenómenos erosivos e a frequência e intensidade de inundações costeiras aumentem no futuro devido aos impactos das alterações climáticas, em particular nos troços de maior vulnerabilidade, aumentando e ampliando as situações de risco para sistemas naturais, pessoas, bens e atividades económicas. Pese embora o esforço e investimentos já realizados, a rede de infraestruturas de proteção e defesa costeira apresenta, ainda necessidades adicionais de proteção associadas aos efeitos das alterações climáticas, designadamente pela subida mais rápida do nível médio das águas do mar e pela ocorrência de episódios extremos, cada vez mais frequentes e intensos. Esta situação é agravada pelo elevado défice sedimentar, aumentando a pressão erosiva sobre a rede de investimentos e sobre os territórios costeiros. 

A proteção e defesa do litoral assume-se como uma agenda integrada das políticas públicas que devem ser prosseguidas e concretizadas para os territórios costeiros, quer através da adoção de orientações estratégicas consignadas na Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira, quer através de orientações de planeamento e gestão estabelecidas nos programas da orla costeira (POC), quer através das intervenções programadas e priorizadas no Plano de Ação Litoral XXI, enquanto instrumento plurianual de referência para a gestão ativa da zona costeira no horizonte 2030.

Será dada prioridade às intervenções estruturais com impacte nos ciclos e sistemas naturais, com foco nas ações de reposição do equilíbrio da dinâmica sedimentar, nomeadamente através de transposição de barras e reposição de dragados, e nas soluções de adaptação mais ajustadas para a manutenção da nossa linha de costa e a salvaguarda de pessoas e bens. Por outro lado, uma gestão continuada do Litoral não dispensa igualmente conhecimentos técnicos e científicos especializados, nem um sistema global de monitorização.»

2.6. Objetivos Específicos - Mar

A intervenção do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura está estruturado em torno de 4 prioridades, as quais concorrem para os objetivos estratégicos da União, 3 das quais estão diretamente ligadas com o OP 2 – Portugal + Verde: i) a promoção de uma pesca sustentável e da restauração e conservação dos recursos biológicos aquáticos (Prioridade 1); ii) a promoção de atividades aquícolas sustentáveis e a transformação e comercialização de produtos da pesca e da aquicultura, contribuindo assim para a segurança alimentar na União (Prioridade 2); e iii) o reforço da governança internacional dos oceanos, para que os mares e oceanos sejam seguros, protegidos, limpos e geridos de forma sustentável (Prioridade 4).

No âmbito do OP2 e tendo presente o diagnóstico realizado, Portugal mobilizará os apoios disponíveis do FEAMPA, através do Programa Mar2030, prosseguindo os seguintes Objetivos Específicos (OE): Fortalecer atividades de pesca (OE 1.1); Aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2 (OE 1.2); Promover o ajustamento da capacidade pesqueira (cessão permanente) e contribuir para padrões de vida justos (cessão temporária) (OE 1.3); Promover o controlo eficiente das pescas assim como a recolha de dados fiáveis (OE 1.4); Promover condições igualitárias para produtos piscatórios e aquícolas provenientes de regiões ultraperiféricas (OE 1.5); Contribuir para a proteção e recuperação da biodiversidade aquática e dos ecossistemas (OE 1.6); Promover atividades sustentáveis de aquicultura (OE 2.1); Promover a comercialização, a qualidade e valor acrescentado dos produtos piscatórios e da aquicultura (OE 2.2); Promover o conhecimento marinho, a vigilância marítima e a cooperação da guarda costeira (OE 4.1).

Entre as principais ações que se pretendem apoiar releva a necessidade de dinamizar a atratividade e o rejuvenescimento da população empregada no setor da pesca; a requalificação da frota, em especial da pequena pesca costeira, através da concretização de investimentos a bordo nas áreas da higiene, promovendo a qualidade do pescado, da saúde e da segurança, melhorando as condições de trabalho e de habitabilidade das embarcações, mas também de investimentos que promovam a eficiência energética e a redução das emissões de CO2 e a economia circular; e, por fim, a redução da frota em segmentos em desequilíbrio. Do lado do investimento público, com as intervenções nas infraestruturas portuárias, pretende-se dar resposta à nova realidade da frota e à incorporação de investimentos adequados à economia circular, transição digital (de que é exemplo a lota digital) e eficiência energética. Por sua vez, através da transferência de conhecimento potenciado com parcerias entre cientistas e pescadores, como são exemplo os modelos de cogestão, do controlo e fiscalização e da recolha e gestão de dados, pretende-se desenvolver e monitorizar a atividade da pesca mantendo-a em níveis que observem a sustentabilidade dos recursos e a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas, objetivos para os quais igualmente concorre a criação de áreas marinhas protegidas. Em geral, o desenvolvimento do conhecimento marinho e uma maior monitorização das atividades desenvolvidas nos nossos oceanos (observação marinha, rede de dados, vigilância marítima e cooperação da guarda costeira) são intervenções de relevo no âmbito da governança dos oceanos e da estratégia nacional para o Mar. Já no claro reconhecimento da especificidade que os operadores, para a prossecução das suas atividades, enfrentam nas regiões ultraperiféricas são de relevar as intervenções que se destinam a compensar os sobrecustos dessas atividades e, desta forma, a promover condições igualitárias para produtos piscatórios e aquícolas provenientes dessas regiões.

Objetivo Específico 1.1 Reforçar as atividades de pesca sustentáveis do ponto de vista económico, social e ambiental Principais escolhas estratégicas e resultados a atingir O Objetivo Específico 1.1 pretende fortalecer as atividades de pesca para as tornar económica, social e ambientalmente sustentáveis. Para alcance deste OE pretende-se promover as condições para que o setor da pesca seja economicamente viável, competitivo e atrativo, sem prejuízo da preservação de recursos, com vista ao alcance do rendimento máximo sustentável, prosseguindo uma gestão da atividade da pesca com base em abordagens ecossistémicas, evitando a degradação do meio marinho e eliminando gradualmente as capturas indesejadas.

Serão englobadas respostas a importantes desafios como a adaptação, restruturação e modernização da frota e das infraestruturas de suporte, o reforço das dinâmicas de inovação e de qualificação dos agentes, o reforço da valorização do pescado e dos rendimentos dos pescadores e as crescentes dificuldades sentidas ao nível da atratividade deste setor, principalmente para os jovens.

Neste âmbito pretende-se atingir a reestruturação/modernização, em termos de eficiência ambiental e energética, de 25% da frota ativa de pesca e prosseguir o objetivo relativo à diminuição da importação de pescado e o aumento das exportações, promovendo a segurança alimentar.

Os investimentos públicos nas infraestruturas portuárias envolvem ainda a certificação ambiental e a promoção da sustentabilidade no uso de recursos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos. Pretende-se garantir que 100 % dos portos comerciais, de pesca e marinas apresentem sistemas de gestão ambiental (das águas, águas residuais, resíduos e energia).

No que se refere, especificamente, ao desenvolvimento e incorporação de conhecimento científico, afigura-se fundamental focalizar o FEAMPA nos incentivos à constituição de parcerias e adoção de modelos de cogestão entre cientistas e pescadores, e, bem assim, na promoção de projetos de inovação da iniciativa das empresas do setor da transformação e da aquicultura.

Objetivo Específico 1.2 Aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2 mediante a substituição ou modernização dos motores dos navios de pesca O objetivo específico 1.2 enquadra-se no desígnio nacional e europeu da descarbonização e sustentabilidade ambiental, tendo como objetivo contribuir para a eficiência energética, redução das emissões de CO2 e neutralidade climática das atividades da pesca. Para o efeito, este OE abrangerá a substituição e modernização dos motores das embarcações, contribuindo para a redução do impacto ambiental das atividades da pesca, através de uma maior eficiência energética e de menores consumos de combustíveis e emissões de gases ou outros agentes nocivos. A intervenção do FEAMPA, ao nível da promoção da eficiência energética da frota de pesca (modernização e substituição de motores), limitada a investimentos em embarcações até 24 metros.

Objetivo Específico 1.3 Promover o ajustamento da capacidade de pesca às possibilidades de pesca, nos casos de cessação definitiva das atividades de pesca, e contribuir para um nível de vida equitativo, nos casos de cessação temporária das atividades de pesca Este Objetivo Estratégico contribuirá para reforçar a sustentabilidade, equidade e resiliência das atividades de pesca e dos pescadores tanto no curto como no médio e longo prazo, ao promover iniciativas de cariz estrutural e de cariz conjuntural relacionadas com o ajustamento da capacidade de pesca às possibilidades de pesca e à contribuição para um nível de vida equitativo para os pescadores.

Este objetivo será materializado, por um lado, através de iniciativas de cessação definitiva de atividades de pesca, particularmente relevante em casos de segmentos de frota em desequilíbrio, adaptando-a aos recursos existentes e contribuindo para a redução da pressão sob os stocks disponíveis.

Adicionalmente, serão apoiadas iniciativas de cessação temporária das atividades de pesca que potenciem a restauração e conservação dos recursos, sendo compensadas as inerentes perdas de rendimento dos seus profissionais.

Podem ainda vir a ser criadas respostas a situações de desastres naturais ou outros incidentes ambientais, e em situações de crise (como por exemplo, pandemias), sendo desenvolvidos os mecanismos de rápida mobilização adequados, quando necessário.

Objetivo Específico 1.4 Fomentar o controlo e execução eficientes da pesca, nomeadamente o combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, bem como a existência de dados fiáveis para a tomada de decisões com base em conhecimento O Objetivo Específico 1.4 contribui para a implementação das obrigações regulamentares da UE relativamente à execução da Política Comum de Pescas (PCP). Este OE abrange o controlo e fiscalização das pescas e também a recolha de dados, biológicos, técnicos, ambientais e/ou socioeconómicos na pesca, aquicultura e transformação.

De acordo com DQEM o impacto da atividade de pesca e a gestão das pescarias deverão ser orientadas para a sustentabilidade e conservação os recursos explorados, suas populações, teias tróficas e ecossistemas. Segundo esta Diretiva, os garantes da diversidade ecológica e da dinâmica dos mares e oceanos saudáveis e produtivos deverão ser alcançados através da aplicação da aproximação ecossistémica, o princípio da precaução e o princípio do poluidor pagador. Complementarmente, a PCP estabelece como objetivo que as populações de recursos marinhos mantenham a biomassa ao nível do Rendimento Máximo Sustentável, tendo ainda um foco importante na garantia da segurança alimentar. Este último aspeto está fortemente relacionado com processos de poluição, que decorrem de atividades antropogénicas exercidas diretamente sobre o meio marinho ou que o influenciam indiretamente e que decorrem de atividades desenvolvidas em terra. A monitorização e controlo destes impactos antropogénicos é por seu turno, objeto de análise de vários descritores de pressão da DQEM.

Sob o objetivo comum de uma abordagem ecossistémica e realçando a forte interligação entre as linhas orientadoras da PCP e as obrigações decorrentes da DQEM para o alcance do Bom Estado ambiental das águas de cada Estado Membro (EM) e entre EM a nível regional, em especial relativamente ao Descritor Biodiversidade (D1), é relevante a extensão das Campanhas de recolha de dados relativas a espécies comerciais que são objeto do Programa Nacional de Recolha de Dados, cujas recolhas de amostras contribuem para o programa de monitorização, complementada com a realização de uma Campanha Oceânica, que dê lugar a análises dos dados recolhidos e respetivo processamento objeto de um programa complementar ao Programa Nacional de Amostragem Biológica.

Objetivo Específico 2.1 Promover atividades de aquicultura sustentáveis, em especial reforçando a competitividade da produção aquícola, assegurando simultaneamente que essas atividades sejam ambientalmente sustentáveis a longo prazo

O objetivo Específico 2.1 visa promover o desenvolvimento sustentável da aquicultura. É através deste OE que se pretende melhorar o desempenho económico e ambiental das empresas aquícolas, enquanto contributo decisivo para o alcance da meta estabelecida de incremento da produção aquícola até às 25000 toneladas, e em linha com o “OE4. Apostar na garantia da sustentabilidade e segurança alimentar” inscrito na ENM 2030, de enorme relevância num contexto de escassez dos produtos selvagens face à procura, e num país como Portugal, que regista o maior consumo de peixe per capita da UE.

Objetivo Específico 2.2 Promover a comercialização, a qualidade e o valor acrescentado dos produtos da pesca e da aquicultura, assim como a transformação destes produtos

O Objetivo Específico 2.2 tem como principal foco a valorização dos produtos da pesca e da aquicultura, nomeadamente através da incorporação de valor acrescentado na sua transformação e na promoção da sua comercialização.

Pretende-se promover a capacitação das unidades produtivas de novas valências fundamentais para garantir rentabilidade, produtividade e eficiência, bem como de condições para a produção de novos produtos inovadores e com incorporação de valor acrescentado em unidades tradicionalmente focadas num só produto ou tipo de pescado.

As áreas de intervenção mais relevantes previstas na dinamização deste objetivo, visam igualmente melhorar a organização do mercado, potenciar uma melhor prestação de informação sobre a atividade, de forma a chegar a um maior número de consumidores, valorizando os produtos da pesca e da aquicultura

Com a estratégia de internacionalização e de reforço de competitividade das empresas, pretende-se aumentar para 7 % o contributo das exportações dos produtos do mar nas exportações totais nacionais.

As ações previstas neste âmbito concorrem para o alcance dos objetivos OE2 Fomentar o Emprego e a Economia Azul Circular e Sustentável, OE4: Apostar na Garantia da Sustentabilidade e Segurança alimentar e OE9: Incentivar a Reindustrialização e Capacidade Produtiva e Digitalizar o Oceano, estabelecidos na ENM 2030.

Objetivo Específico 4.1 Reforçar a gestão sustentável dos mares e dos oceanos através da promoção do conhecimento do meio marinho, da vigilância marítima ou da cooperação entre os serviços de guarda costeira

A fronteira externa da UE corresponde a 44 752 km, dos quais 32 719 km dizem respeito à fronteira marítima. Portugal, com 21 postos de fronteira marítima, é um dos países com maior expressão e protagonismo na interseção de rotas intercontinentais.

O Objetivo Específico 4.1 abrange intervenções que contribuem para reforçar a gestão sustentável dos mares e dos oceanos através da promoção do conhecimento do meio marinho, da vigilância marítima integrada ou da cooperação entre os serviços de guarda costeira.

Estas intervenções incluem ações de recolha, gestão, análise, processamento e utilização de dados destinados a melhorar o conhecimento do estado do meio marinho e o conhecimento dos dados sobre a economia azul que dele dependem, numa lógica de análise integrada das dinâmicas ambiental, económica e social; ações que contribuam para a realização dos objetivos do ambiente comum de partilha de informação; promoção da cooperação entre os serviços de guarda costeira no quadro da colaboração europeia nesse domínio.

Pretende-se reforçar a capacitação através da transferência de experiências em domínios relevantes (e.g. sistemas europeus de vigilância, capacidades de intervenção no mar, novas tecnologias); o desenvolvimento de iniciativas de I&I e capacitação tecnológica em domínios como ferramentas de vigilância marítima (redes), recolha e partilha de dados, sensorização, tecnologias de vigilância ou cibersegurança; e o desenvolvimento da capacidade nacional de partilha de informação integrada sobre vigilância e monitorização marítima no âmbito do Common Information Sharing Environment (CISE); desenvolvimentos futuros da plataforma (SEAMInd Platform) e ferramentas de processamento e análise de dados relativos às atividades económicas e humanas que dependem das águas marinhas, em suporte à análise requerida pela Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030, pela Diretiva Quadro Estratégia Marinha, pela participação de Portugal na Convenção OSPAR, pela necessidade de garantir indicadores de suporte à Agenda 2030 das Nações Unidas e, ainda, prever cooperação com a DG Mare ao nível da criação do observatório da economia azul na Comissão Europeia em articulação com o observatório da economia azul existente em Portugal.»

Este documento corresponde a uma versão preliminar para efeitos de discussão publica.