INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2017/09/13

Caçador de renas descobriu uma espada Viking com mais de mil anos

Um norueguês que caçava renas numa montanha remota descobriu uma espada Viking com mais de mil anos num espantoso bom estado de conservação.

A espada foi encontrada em fins de Agosto, nas altas montanhas da área de Lesja, no condado de Oppland, na Noruega, revela o Secrets of the Ice. Einar Ambakk, caçador de renas norueguês, deparou-se com a lâmina da espada a espreitar por entre pequenas pedras soltas que podem ter contribuído para o seu excelente estado de conservação.

“A preservação deve-se, provavelmente, a uma combinação da qualidade do ferro, da alta altitude e das condições essencialmente frias, durante a maior parte do ano, o local da descoberta terá estado congelado e coberto de neve”, explica o Secrets of the Ice.

Apesar disso, as partes orgânicas da espada, que seria constituída por osso, madeira ou couro, não foram preservadas.


“É um tipo comum de espada Viking – o que a torna especial são o contexto e a preservação: foi encontrada a 1640 metros acima do nível do mar“, sublinha o arqueólogo Lars Pilo, citado pela Fox News Science.

“Segundo o meu conhecimento, até agora, nunca uma espada Viking foi encontrada a uma tal alta altitude”, realça o investigador do Programa de Arqueologia Glaciar de Oppland.

Os arqueólogos deparam-se, agora, com o “mistério” em torno do Viking que terá sido dono da espada. “Parece provável que a espada tenha pertencido a um Viking que morreu na montanha” depois de se ter perdido durante uma tempestade de neve, frisa-se no site Secrets of Life.

Mas o facto de nenhum outro vestígio desse Viking ter sido encontrado, apesar do recurso a um detector de metal, intriga os cientistas, pelo que o enigma continua.

The Viking sword, dated to c. AD 850-950. Photo: Espen Finstad, Secrets of the Ice/ Oppland County Council

A exploração da zona de Oppland já permitiu encontrar vários objectos arqueológicos, graças ao recuo dos glaciares da montanha, uma consequência das alterações climáticas.

No ano passado, arqueólogos noruegueses desenterraram, em Trondheim, a Igreja onde o Rei Viking Olavo foi consagrado como Santo.

2017/08/21

Rico Pólis!

O termo ‘pólis’ era utilizado sobre o modelo das antigas cidades gregas definindo mesmo um modo de vida urbano. Entre nós foi repescado para rotular um programa - Polis XXI - para o período 2007-2013 que, segundo a Direção-Geral do Território, "visa promover intervenções para a melhoria da qualidade urbanística e ambiental das cidades, por forma a promover a qualidade de vida, melhorando a atratividade e competitividade dos polos urbanos". 



Concluído o programa, é ver a forma enganosa como o mesmo, recheado de virtualidades, foi concluído sem assegurada a necessária manutenção! Na requalificação da praia da Costa de Santo André, segundo a edição ‘Presta Contas’, da coligação que governa o Município, foi feito um investimento de 1 milhão de euros pela Sociedade Polis Litoral Sudoeste, comparticipado pela edilidade. Praticamente logo após a conclusão do programa, houve necessidade de tapar os buracos nos novos acessos rodoviários e é ver as dezenas de árvores aí plantadas, todas elas, completamente secas. Responsabilidade e explicação? Alguém virá dizer que elas também não pediram para serem regadas! Autos de fé sobre a transparência e anticorrupção não se compaginam com desperdício de dinheiros públicos. No mais, todos ficamos coletivamente mais pobres.


LUGAR DAS PEDRINHAS


HOJE ESTÁ PIOR



Hoje temos eclipse



Não é todos os dias que é se tem a oportunidade de testemunhar um eclipse solar total, motivo por que nos EUA o fenómeno está a ser esperado com grande ansiedade pelos entusiastas da astronomia e de tudo o que diz respeito ao Espaço. Infelizmente, Portugal não terá a sorte de admirar este eclipse em primeira mão.
Ainda assim, isto não significa que não possa ver o fenómeno. A NASA criou uma página para acompanhar todos os desenvolvimentos, sendo que poderá seguir o eclipse total do Sol em direto não só através da sua página oficial como também pelo Facebook e YouTube. A transmissão arranca às 17h00 de Portugal.
Falando em específico no nosso país, o eclipse terá início a partir das 19h45 e será apenas visível parcialmente. A área solar coberta pela Lua não deverá ir além dos 22% em determinados territórios. Os Açores e a Madeira terão um pouco mais de sorte do que o território continental, uma vez que a área coberta chegará aos 28% e 33%, respetivamente.

2017/08/13

Portugal apresenta amanhã a defesa científica da extensão da plataforma marítima continental, 

Inicia-se assim, após oito anos de espera, a penúltima fase de um processo que, depois de terminado, permitirá a Portugal o exercício pleno de direitos de soberania sobre a plataforma continental para efeitos de exploração e aproveitamento dos seus recursos naturais. Recorda-se que a proposta submetida por Portugal em maio de 2009 corresponde à 44ª num total atual de 77 propostas já registadas.


A área de extensão para além das 200 milhas marítimas submetida por Portugal está legalmente enquadrada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

O projeto de extensão da plataforma continental de Portugal é coordenado, desde 2005, pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), encontrando-se atualmente sob tutela da Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

O Governo Português tem vindo a acompanhar de perto o importante projeto nacional de extensão da Plataforma Continental, tendo aprovado, em 28 de dezembro de 2016, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 84-A/2016, que estabelece como missão da EMPC prosseguir os trabalhos de reforço da fundamentação e defesa da proposta de Portugal junto da CLPC.

A CLPC é composta por 21 membros, peritos nas áreas da Geologia, Hidrografia e Geofísica, eleitos para mandatos de cinco anos pelos Estados parte da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

A Sub-Comissão da CLPC que avaliará a Proposta Portuguesa é composta por 7 membros: Wanda-Lee de Landro Clarke (Trinidad e Tobago), Presidente; Clodette Raharimananirina (Madagáscar), Vice-Presidente; Mazlan Bin Madon (Malásia), Vice-Presidente; Adnan Rashid Nasser Al-Azri (Omã); Ivan F. Glumov (Rússia); Emmanuel Kalngui (Camarões) e David Mosher (Canadá) Pela primeira vez foram eleitas para a CLPC duas mulheres, sendo que ambas integram a subcomissão que irá apreciar a proposta portuguesa.

Proposta de Plataforma Continental
Território Terrestre - 92.000 Km2
Fundo Marítimo da Zona Económica Exclusiva - 1.600.000 Km2
Plataforma Continental - 2.150.000 Km2

PROPOSTA DA PLATAFORMA CONTINENTAL

3.750.000 Km2

A discussão nas Nações Unidas da extensão da plataforma continental portuguesa começa na segunda-feira, à porta fechada e com carácter essencialmente técnico, com a comitiva portuguesa a tentar fazer valer argumentos “eminentemente científicos”.

A reunião entre a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e o grupo de trabalho criado na Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) das Nações Unidas para analisar a proposta portuguesa é, nas palavras da coordenadora da estrutura portuguesa, Isabel Botelho Leal, “um momento histórico”.

Este é um momento histórico que aguardávamos desde a apresentação da proposta portuguesa à ONU em 2009”, disse à Lusa a responsável, explicando que, por se tratar de uma primeira reunião, esta deverá consistir sobretudo na “apresentação institucional e técnico-científica da proposta e no estabelecimento da agenda dos trabalhos seguintes”.


Na reunião à porta fechada devem participar membros da EPEPC “em estreita coordenação com o Ministério do Mar e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente com a Missão Permanente de Portugal junto da ONU”.

Trata-se de um processo com um grande conteúdo técnico e científico, enquadrado pelas disposições jurídicas da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, disse Isabel Botelho Leal, lembrando que a expectativa é a de que o processo de análise até à decisão se possa estender por dois ou três anos.

(Isabel Botelho Leal)

Mais do que negociar, sublinhou a responsável, a comitiva portuguesa vai para esta reunião defender a candidatura, numa perspectiva técnica e científica.

Os argumentos da proposta portuguesa são eminentemente científicos (hidrografia, geologia e geofísica), enquadrados pelas disposições jurídicas da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, disse Isabel Botelho Leal.

A responsável pela estrutura de missão portuguesa lembrou que Portugal já estabeleceu Áreas Marinhas Protegidas, “não só no seu mar territorial e na Zona Económica Exclusiva, mas também na plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, no contexto da Convenção OSPAR (Convenção para a Protecção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste)”.

Lembrou também o compromisso do Governo para “duplicar essas áreas, atingindo 14% da área marítima até 2020”, e a concretização de programas de recolha e limpeza do lixo oceânico.

Os potenciais impactos económicos e sociais serão muito positivos, sobretudo a médio e longo prazo, sendo certo que o pressuposto da economia azul é uma economia do mar sustentável que proteja e regenere o meio marinho. No futuro, existindo a tecnologia adequada, poderá ser economicamente viável a utilização dos recursos biológicos e minerais existentes na plataforma continental”, disse à Lusa.

Portugal poderá duplicar a extensão da sua plataforma continental, com jurisdição sobre o solo e subsolo marinhos, para quatro milhões de quilómetros quadrados, disse a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na apresentação pública da proposta portuguesa, no final de Março.

(Ministra do Mar - Ana Paula Vitorino)

A ministra informou ainda estar afastado qualquer conflito diplomático, nomeadamente com Espanha ou Marrocos, já que uma “proposta só é admitida para avaliação, ou seja para fase de subcomissão, se não houver oposição dos países que possam ter algum conflito de interesses”.

LEMBRO QUE HAVIA A PROPOSTA DA ESPANHA EM ALARGAR A PLATAFORMA CONTINENTAL, ONDE INCLUI UMA ÁREA DE DEZ MIL QUILÓMETROS QUADRADOS A OESTE DAS CANÁRIAS, ONDE RETIRAVA A CATEGORIA DE ILHAS SELVAGENS PARA O ESTATUTO DE ILHÉUS OU ROCHEDOS


A proposta espanhola, entregue às Nações Unidas, englobava uma área disputada também por Portugal e que se admite ser rica em hidrocarbo-netos.

Em causa estava uma zona de dez mil quilómetros quadrados no Atlântico, a oeste das Canárias, com profundidades que vão até aos cinco mil metros, onde se presume que existam reservas de gás natural e petróleo.


Também em discussão estava a área das ilhas Selvagens. Caberia a Lisboa e Madrid resolver bilateralmente as futuras fronteiras marítimas, uma vez que a ONU só se pronuncia sobre os respetivos limites exteriores. 

Em 2015, Espanha comunicou à ONU que não tinha objeções ao projeto português de extensão da plataforma continental na região da Madeira, que permitiria alargar a soberania de Lisboa sobre o leito e o subsolo marinhos das 200 milhas para as 350".


Ana Paula Vitorino enumerou entre as “razões objectivas” para o pedido de extensão a “segurança jurídica muito maior para o exercício da soberania” de Portugal e para a “protecção do oceano”.

Mas também porque nos abre possibilidades de exploração económica”, indicou a responsável, indicando como exemplos o uso de vários produtos marítimos em medicamentos e cosmética.

Por outro lado, temos a possibilidade de concretizar de uma forma mais eficiente o que são os objectivos de sustentabilidade do país em termos de consumo de energias renováveis, de utilização de produtos mais sustentáveis do ponto de vista ambiental”, disse ainda.

Segundo a Convenção das Nações Unidas, “a plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas marinhas que se estendem para além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre”, de acordo com informação disponibilizada pelo Ministério do Mar.

O projecto de extensão da plataforma continental portuguesa é coordenado desde 2005 pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), e o processo junto das Nações Unidas teve início em 2009.

BLOGUE DAS PEDRINHAS&CEDOVEM com DN, Ultimas curiosidades. Nauticapress, Ilhas Selvagens

2017/08/12

Reserva Ecológica Nacional e Estrutura Ecológica Nacional

A Estrutura Ecológica deveria reunir todas as áreas fundamentais das quais depende a sustentabilidade ecológica do território.

A legislação portuguesa sobre as áreas através das quais se protegem os factores ecológicos e se reduzem os riscos naturais é diversificada e está dispersa por vários diplomas. Começou-se por proteger o recurso água (através do Domínio Público Hídrico), ainda no fim do século XIX; mais tarde, algumas espécies vegetais como o sobreiro e a azinheira; mas foi só a partir do 25 de Abril que progressivamente se protegeram outras áreas. Nomeadamente, a Reserva Ecológica Nacional (REN), criada em 1983, que reúne as áreas necessárias à conservação da água, do solo (contra a erosão) e das zonas costeiras; e a Reserva Agrícola Nacional (RAN), criada em 1982, com objectivo de proteger as áreas com maior capacidade de produzir alimentos. Para além destas duas figuras jurídicas, em 1999 foi criada a Estrutura Ecológica com o propósito de identificar as áreas fundamentais para a protecção e valorização ambiental.




Aquilo que está em causa para a sustentabilidade ecológica do território é a delimitação de áreas determinantes para o bom funcionamento dos ecossistemas, preservando os factores ecológicos (água, solo, vegetação, clima) e reduzindo os riscos naturais (inundações, secas, deslizamento de vertentes, incêndios florestais). Estas áreas estão dispersas pela REN, RAN, Domínio Público Hídrico (DPH) e Directiva Habitats, ao passo que a Estrutura Ecológica, na nossa opinião, deveria reunir todas elas. A diferença entre aquele grupo de figuras jurídicas e a Estrutura Ecológica é que as primeiras têm regimes jurídicos de utilização dominantemente não edificável (embora a REN já disponha de uma lista de usos compatíveis), e são geridas por entidades da Administração diferentes; a Estrutura Ecológica não tem um regime não edificável associado, pelo que não se mostra tão assustadora aos olhos dos agentes intervenientes no ordenamento do território.


A incompreensão da interrelação entre as várias figuras legais (REN, RAN, DPH e Directiva Habitats) e a Estrutura Ecológica conduziu à coexistência de todas elas no nosso sistema legal, acrescida de uma falta de visão sobre as suas potencialidades (económicas, sociais e ecológicas) ao nível de usos do solo compatíveis, a qual se manifesta na atribuição simplista e nem sempre adequada das classes de uso do solo dos PDM (espaço natural, florestal, agrícola, etc.). Ou seja, é enorme a confusão existente ao nível dos conceitos, da nomenclatura e, por consequência, da gestão do território.

ESPOSENDE

Entendemos que a Estrutura Ecológica deveria reunir todas as áreas fundamentais das quais depende a sustentabilidade ecológica do território (REN, RAN, DPH e Directiva Habitats), organizadas em subestruturas, dependendo de cada factor ecológico ou risco natural. Estas subestruturas devem ser delimitadas com critérios ecológicos e hierárquicos, isto é, partir da escala nacional para a local, ao longo de um processo em que se vão detalhando e ajustando, mas mantendo a coerência com a escala nacional. Cada uma destas subestruturas exige uma utilização e gestão específicas que podem ou não passar pela não-edificabilidade.

ESPOSENDE

Com o objectivo de clarificar e fundamentar os critérios de delimitação, uma equipa transdisciplinar do Centro de Investigação LEAF/ISA da Universidade de Lisboa delimitou cada uma delas e disponibilizou-os ao público, na plataforma informática EPIC (http://epic-webgis-portugal.isa.ulisboa.pt/). Estes dados são suficientes para iniciar um debate alargado sobre o regime jurídico a atribuir a cada uma destas subestruturas e sobre a respectiva competência dos vários níveis da administração, independentemente da designação que se lhes queira atribuir. Isto permitiria promover a racionalização do nosso sistema legal relacionado com a componente ecológica do ordenamento do território. Os ingredientes para esta tarefa estão disponíveis. Assim haja vontade política para o fazer.

2017/08/06

Antes e agora ...

Antigamente nos Lugares das Pedrinhas e Cedovém não havia eletricidade o espaço aéreo era livre e vazio, quando esta fonte de energia chegou a estes dois lugares, o abastecimento foi feito, tendo em conta: a harmonia, a estética, a segurança e o gosto pela paisagem. Os cabos eletricos eram todos enterrados, Os técnicos e a empresa de distribuição tinham a preocupação de esconder, proteger, evitar os utentes e a paisagem  de acidentes.
 
Hoje temos, um Parque Litoral de Esposende, um PDM, uma legislação, leis e mais leis de regulamentação, mas o que temos realmente é este panorama.
Postes de madeira com vários  tirantes de aço

 Postes de madeira e de betão com cabos envencilhados

 Postes de betão e de madeira emaranhados

 Postes de betão com cabos ensarilhados e candeeiros fundidos

 Postes provisórios com fim definitivo
 Postes inclinados 
que dizem diáriamente:
 "cai, não cai"
mas ninguém vê, nem ninguém liga... 
Os responsáveis assobiam para o lado, se acontecer alguma coisa.
"foi causa natural!"

2017/07/28

Pescas, fogos e homens valentes

 
Estas duas áreas têm isso em comum: não nos falta muita ciência, mas o coração sobrepõe-se à razão

“Existem três tipos de homens: os vivos, os mortos e os que andam no mar”Platão
“Os bombeiros nunca morrem. Ardem para sempre nos corações daqueles que salvaram”Susan Diane Murphree

O que têm as políticas de pescas e florestal em comum? Quem vai ao mar é um herói. Arrisca-se para nos trazer o sustento que só os valentes lá podem ir buscar. Quem vai combater um fogo é um herói. Arrisca-se para nos salvar. A nós e aos nossos bens, ao nosso sustento. Aos heróis perdoamos tudo. Temos uma enorme dificuldade em dizer-lhes que talvez o caminho que seguem não seja o melhor para todos nós e que o debate do seu papel na sociedade a todos compete e que todos beneficiaremos com isso. Temos medo de lhes estar a faltar ao respeito.

Só assim podemos entender que, enquanto sociedade, aceitemos gastar tanto dinheiro em estudos que visam a sustentabilidade das pescas ou uma gestão adequada das florestas, e depois autorizemos tacitamente os governantes que elegemos a fazer tábua rasa desses mesmos estudos nas suas decisões.

Estas duas áreas têm isso em comum: não nos falta muita ciência, mas o coração sobrepõe-se à razão. Não temos coragem de impor o princípio da precaução na gestão dos stocks de pescado quando isso implica redução na pesca, ao mesmo tempo que não temos coragem de impor uma aposta maior na prevenção dos incêndios florestais, mesmo em detrimento do combate. No entanto, tudo nos indica que deveriam ser esses os caminhos.

E isso é uma falta de respeito por nós próprios e pelas gerações futuras. Preferimos ir empurrando com a barriga a nossa responsabilidade. Logo se vê e, desde que ninguém se zangue, isto vai andando.

Esta atitude prejudica, em primeira linha, os nossos heróis: uns porque no futuro terão muito mais dificuldades, outros porque no presente são carne para canhão em fogos incontroláveis nos quais lhes pedimos o impossível.

Quando, finalmente, lhes conseguirmos olhar na cara queimada pelo mar ou pelo calor, e dizer-lhes que não deixam de ser os nossos heróis por apostarmos na sustentabilidade e na prevenção, talvez estejamos em condições de exigir aos nossos representantes que transformem o melhor conhecimento nas melhores políticas. Sem medo de lhes faltar ao respeito, sem medo de nos faltar ao respeito.

Gonçalo Calado

2017/07/05

Deputada do CDS questiona sobre futuro de pescadores de Viana após obras do Polis


A deputada do CDS-PP Ilda Araújo Novo quer saber se pescadores do portinho de Castelo do Neiva, em Viana do Castelo, vão ter que pagar renda pelos novos armazéns de aprestos construídos pela Polis Litoral Norte.

Na pergunta que enviou, hoje, aos ministros do Ambiente e do Mar, a deputada do CDS-PP eleita pelo Alto Minho quer saber se João Pedro Matos Fernandes e Ana Paula Vitorino, respetivamente, "têm conhecimento das apreensões dos pescadores e armadores que operam naquele portinho de pesca, que os atuais armazéns de arrestos são sua propriedade, tendo sido construídos pelos próprios, em terrenos cedidos para tal pela Junta de Freguesia".

A deputada do CDS-PP pergunta também "se os ministros confirmam que a Associação de Armadores de Pesca de Castelo do Neiva tem mantido contactos com a sociedade Polis Litoral Norte, no sentido de conseguir melhorar o negócio", e se estão em condições de assegurar que, após as obras, os pescadores não terão que pagar uma renda pelos novos armazéns de aprestos, que serão construídos em substituição dos atuais".

A pesca artesanal movimenta naquela freguesia cerca de uma centena de famílias. Operam naquele portinho 30 pequenas e cerca de 70 pescadores.

A intervenção prevista para aquele portinho, com conclusão marcada para o final deste ano e financiada por fundos do Programa Operacional Regional do Norte, "visa a melhoria do funcionamento da atividade piscatória", atualmente, "a funcionar de modo desorganizado".
A obra inclui a "substituição dos armazéns de aprestos existentes por novas construções, devidamente infraestruturadas, dispostas de modo a conferir melhores condições de trabalho para os pescadores".

O projeto prevê a construção de "uma oficina de reparação de embarcações, um posto de abastecimento de combustível para as embarcações, locais para a recolha seletiva de resíduos, um novo guincho na rampa de acesso, e o aumento e reorganização das zonas de trânsito e aparcamento das embarcações de pesca em terra".
A intervenção vai ainda criar "uma área para manuseamento, lavagem e reparação das artes da pesca e beneficiar toda a rede de infraestruturas básicas, estando também previstos trabalhos de recuperação da zona dunar, integrada na área de jurisdição portuária".

Descoberto o ingrediente secreto do inquebrável cimento dos antigos romanos



Ruínas de banhos romanos resistiram no tempo graças ao cimento único e altamente resistente.

A extraordinária longevidade de algumas construções dos antigos romanos, erguidas junto ao mar, surpreendeu durante séculos geólogos e engenheiros. Até que, finalmente, se descobriu o ingrediente secreto que explica a incrível resistência do cimento dos romanos.

Uma equipa de investigadores americanos acredita ter descoberto o que é que explica o segredo desse cimento que resistiu, nalguns casos, mais de dois mil anos, enquanto algumas construções modernas, com paredes de cimento incrustadas de aço desmoronam em tão somente algumas décadas, fruto da contínua agressão das ondas do mar.

Os romanos usavam cal viva e materiais vulcânicos para fazer esse cimento altamente resistente. E o que lhe concedia a alta durabilidade era, precisamente, o contacto com o sal do mar que levava ao crescimento de bloqueios minerais que tornavam o cimento praticamente impenetrável.
A reacção do cimento actual com a água do mar faz com que este comece a deteriorar-se.

Estamos, por isso, “a falar de um sistema que é contrário a tudo o que se desejaria no betão à base de cimento” e que “prospera nas trocas químicas abertas com a água do mar (água salgada)”, explica a professora Marie Jackson, investigadora de geologia e geofísica da Universidade do Utah, que liderou a pesquisa, em declarações ao The Telegraph.
Na investigação, publicada na revista American Mineralogist, Jackson e a sua equipa explicam que recorreram a tecnologias avançadas para analisar a composição da estrutura de dois portos romanos construídos entre o século I a.C. e o século I d.C.
Foi assim que concluíram que os romanos misturavam cinzas vulcânicas com cal viva e água do mar para fazer uma argamassa a que depois juntavam pedaços de rochas vulcânicas.

Esta combinação produzia uma reacção química que desencadeava a formação de cristais nos buracos da mistura, o que tornava o cimento mais resistente e menos vulnerável a fracturas.
Os cientistas notam que este tipo de reacção ocorre na natureza, em zonas vulcânicas, e vaticinam que terá sido aí que os romanos se inspiraram.
Esta descoberta pode ajudar os engenheiros modernos a desenvolverem um novo tipo de cimento mais durável e mais amigo do ambiente, nomeadamente levando a uma redução significativa dos níveis do aquecimento global.
É que o cimento actual é fabricado com calcários e argilas aquecidas a mais de 1.500 graus centígrados, o que contrasta com o processo a frio usado pelos romanos.
Mas, até agora, todas as tentativas de recriação do cimento romano falharam.
“Os romanos tiveram sorte no tipo de rocha que tinham para trabalhar”, explica Jackson ao jornal britânico, referindo que, hoje em dia, não existem as mesmas rochas em muitos locais do mundo e que, provavelmente, é preciso fazer “substituições” nos ingredientes para chegar à fórmula perfeita.
Blogue Pedrinhas & Cedovem com theguardian

HÁ A NECESSIDADE IMEDIATA DE RECONSTRUIR O QUEBRAMAR, NO LUGAR DE PEDRINHAS.
É  UM DEVER DAS ENTIDADES OFICIAIS, AINDA MAIS COM A MORALIDADE DE TUDO TEREM FEITO PARA PROTEGER O LUGAR OFIR E NADA PELOS LUGARES DE PEDRINHAS E CEDOVÉM.

A POLISLITORAL NORTE TÊM O DEVER DE ZELAR PELA MANUTENÇÃO DO QUEBRAMAR E NÃO O FAZ.

2017/06/27

Polis Litoral Norte investe mais 18 milhões em Caminha, Viana do Castelo e Esposende e 0€ para Lugar das Pedrinhas e Cedovém


A sociedade Polis Litoral Norte anunciou ontem um plano de 22 intervenções de protecção e defesa costeira dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, um investimento de 18, 1 milhões de euros a concretizar até ao final do ano. Nove dessas empreitadas, no valor de 3,77 milhões de euros, foram ontem consignadas para execução imediata nos três municípios.

Os dados do investimentos foram avançados pelo presidente do conselho de administração da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado, numa sessão pública em Viana do Castelo, tendo adiantado que, entre 2009 e final de 2016, foram executadas nos três concelhos 30 empreitadas de 26 milhões de euros.

Das nove empreitadas ontem consignadas, sete dizem respeito a novos troços da ecovia do Litoral Norte, cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020. Outra diz respeito à modernização do cais de pesca de Caminha, cofinanciada pelo Programa Operacional Mar 2020 e pela empresa Docapesca, e uma outra visa a preservação das condições naturais de defesa costeira, com a demolição de um restaurante no cordão dunar de Afife.

Na sessão de ontem a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, declarou que “quase dez anos sobre o lançamento do Polis Litoral, e mais de dez anos sobre a publicação da primeira geração dos nove Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), o território está substancialmente mais qualificado, com condições de actividade e fruição renovadas, mais diversificadas e seguras, com princípios de intervenção mais consolidados”.

Revelou que será lançado, “muito em breve, um instrumento de planeamento estratégico, o Plano de Acção para o Litoral - Litoral XXI, que integrará e priorizará as intervenções das entidades com competências no litoral”.
A governante alertou que “as alterações climáticas terão efeitos não negligenciáveis no litoral português e a subida do nível médio das águas do mar é um facto incontornável”, pelo que o Governo definiu como prioridade “defender e potenciar o litoral, através da adopção de medidas que contrariem a erosão das áreas vulneráveis da zona costeira e que promovam o seu planeamento, ordenamento e gestão de forma integrada, através de um diálogo permanente com as administrações locais e regionais, as universidades e as populações”.

Câmaras Municipais reivindicam mais competências na gestão do território

A Polis Litoral assinalou ontem a demolição de um restaurante no cordão dunar da praia de Afife, concelho de Viana do Castelo, para sublinhar a preocupação da sociedade constituída entre o Estado e os municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende na “preservação das condições naturais de defesa costeira”.

O “monstruzinho” da praia de Afife, como lhe chamou o presidente da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado, será substituído por um apoio de praia a construir fora da área de risco.
Reconhecendo a complexidade da gestão do litoral norte, um território que integra um Parque Natural e “habitats de grande importância”, o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, defendeu que os municípios “têm de assumir cada vez mais competências na gestão do território”, apelando ao Governo para que tal seja considerado no processo de descentralização actualmente em debate. 

O edil vianense reivindicou também “continuidade no futuro de um programa de gestão integrada” como o Polis Litoral Norte.

A secretária de Estado, Célia Ramos, assinalou ontem que há ainda capacidade de investimento, pelo que exortou a Polis Litoral Norte a apresentar projectos e desafiou outros municípios a “vir a jogo”.


QUANDO É QUE OS NOSSOS GOVERNANTES SE DEBRUÇAM SOBRE O PROBLEMA DO LUGAR DAS PEDRINHAS E CEDOVEM E TENTAM RESOLVER A ASNEIRA QUE O PRÓPRIO ESTADO PORTUGUÊS FEZ. 
(Lugar das Pedrinhas e Cedovém são lugares com grande história, turismo, gastronomia, natureza, arquitetura, tudo que um lugar deve ter para ser acarinhado e protegido).

É UMA SITUAÇÃO COMO ESTA QUE A SECRETARIA DE ESTADO, CÉLIA RAMOS DEVERIA VER E "VIR A JOGO".