INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2023/06/15

Apresentação do Projeto de Requalificação da zona de Pedrinhas e Cedovém

 

15 junho 2023

cedovém 1

O Município de Esposende vai promover, na próxima segunda-feira, dia 19 de junho, pelas 18 horas, no Auditório Municipal, a apresentação do Projeto de Requalificação Ambiental e Valorização das Atividades Tradicionais em Pedrinhas e Cedovém, Apúlia.

No âmbito do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho, o Município de Esposende tem desenvolvido um intenso trabalho que tem como principal objetivo diminuir o risco para as populações.

São objetivos deste projeto recuperar o cordão dunar, conservar o património cultural (material e imaterial), ordenar o uso balnear e os acessos e garantir condições para o desenvolvimento sustentável das atividades económicas existentes.

Além de integrar a Reserva Ecológica Nacional e a Rede Natura 2000, a área de intervenção está também incluída no Parque Natural do Litoral Norte, cujo Plano de Ordenamento a classifica como Área de Intervenção Específica.

O Município de Esposende fixará um prazo para consulta pública do Projeto de Requalificação Ambiental e Valorização das Atividades Tradicionais em Pedrinhas e Cedovém, durante o qual será possível a constituição de interessados e a apresentação de contributos.

CAMARA MUNICIPAL DE ESPOSENDE

2023/05/27

O processo que prevê demolir as habitações em risco devido à erosão costeira em Pedrinhas/Cedovém, Esposende, teve parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente, apontando-se a conclusão do projeto de execução para o final do ano, foi hoje revelado

 "O processo está imparável", declarou à Lusa o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, quando confrontado com a inexistência de qualquer referência às centenas de demolições previstas no seu concelho na versão corrigida do Regulamento de Gestão de Praias em consulta Pública desde 22 de junho e até 4 de julho.

Em Esposende, o documento que sintetiza, nos seus anexos, as ações de ordenamento e valorização das praias marítimas abrangidas pelo Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE), refere apenas a demolição de dois apoios existentes na Praia da Apúlia.

Contudo, no POC-CE, na Área Crítica de Cedovém/Pedrinhas está prevista a demolição de 89 habitações, mais de meia centena de anexos e sete restaurantes.

A Lusa solicitou esclarecimentos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), não tendo até ao momento obtido qualquer resposta. Já segundo o presidente da Câmara de Esposende, ter-lhe-á sido explicado que no regulamento em causa não teriam de constar todas as ações previstas, uma vez que as mesmas estão previstas no POC-CE.

Ouvido pela Lusa, o autarca revelou ainda que o município está "em processo de aquisição de terreno" para construção de 11 habitações para realojar os moradores que terão de abandonar o núcleo de Cedovém.

Blogue Pedrinhas e Cedovém com JN

2023/05/25

Trabalhos arqueológicos no local interceptor revelam ocupação humana com 300.000 anos em Esposende

 


As escavações arqueológicas realizadas em maio no canal interceptor de Esposende permitiram recolher artefactos líticos talhados - ferramentas de pedra lascada, atribuídos ao denominado tecno-complexo Acheulense, fazendo recuar a ocupação humana no território a 300.000 anos.

Os dados obtidos sugerem que estas peças terão sido produzidas numa antiga praia, que se encontra a cerca de um quilómetro da atual linha da costa e 13 metros acima do nível do mar. Esta premissa documenta os sucessivos avanços e recuos do oceano, durante a época da história da terra denominada Pleistoceno.

Iniciados em outubro passado, os trabalhos arqueológicos, realizados com o apoio do município são coordenados por Sérgio Monteiro-Rodrigues, do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e contam com a participação de estudantes de licenciatura e de mestrado desta mesma instituição, bem como Alberto Gomes (Geografia/Geomorfologia - FLUP) e da equipa técnica do Serviço de Património Cultural (do município), para além do apoio logístico, técnico e de equipamentos da autarquia.

Blogue Pedrinhas e Cedovém com OAMARENSE

2023/04/28

ESPOSENDE TEM PATRIMÓNIO da época antes de Cristo


 LUGAR DAS PEDRINHAS É POVOAÇÃO AQUAS CELENIAS
Povoação na foz do rio CELOS (rio Cávado)
Ligação fluvial a BRÁCARA AUGUSTA (Braga) 

Última interpretação

 Vía romana XX “per loca maritima”

2023/03/26

Demolição de edifícios na costa de Esposende sem avanços. Intervenção já devia estar concluída

 Quase dois anos após a entrada em vigor do Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho ainda nenhum edifício da costa de Esposende foi demolido.

Em 2019, o Plano da Orla Costeira identificava como prioritária a intervenção na área de Pedrinhas e Cedovém.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha projetado a conclusão das demolições para 2021, mas esta sexta-feira garantiu ser impossível “quantificar ou identificar as edificações a demolir”.

Face à inação do Estado, o Município de Esposende achou urgente intervir e avançou há dois anos com um projeto que prevê a demolição de 300 edifícios e o realojamento de 14 famílias.

Vários restaurantes vão ser demolidos ao longo da execução deste projeto. De forma a não prejudicar ninguém, “o projeto prevê a construção de novos equipamentos mais afastados da linha do mar um pouco e com outras condições muito melhores”, adianta ao Porto Canal, Benjamim Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Esposende.

A APA esclareceu à Lusa que “relativamente à demolição de construções localizadas no domínio hídrico, mantém-se a indicação de demolição de todas as construções cuja localização se considera inadequada face ao risco e que não prestem apoio às atividades de interesse público na área como a prática balnear”.

Ainda assim a intervenção continua prevista para as edificações que não reúnam condições para adaptação/reabilitação de acordo com os requisitos do Regulamento de Gestão das Praias Marítimas.

No entanto, o organismo não clarifica quais as construções que se adequam aos regulamentos acima descritos.

portocanal

Esposende: Demolições de edifícios na costa Apúlia e Marinhas já deviam estar concluídas, mas ainda não arrancaram

 A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) reiterou hoje, quase dois anos depois da entrada em vigor do Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho, não ser possível “quantificar ou identificar as edificações a demolir”, esclarecendo que serão alvo de estudo.


Se, no âmbito da concretização da estratégia definida para a Área Crítica, se verificar a indispensabilidade da demolição e/ou relocalização de uma qualquer construção, estas intervenções serão planeadas e executadas em função da legalidade das referidas ocupações do domínio hídrico. Não é, desde já, possível quantificar ou identificar as edificações a demolir”, referiu aquela entidade em resposta à Lusa.

O Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE), que entrou em vigor em agosto de 2021, identifica 46 áreas críticas, determinando o recuo planeado de dezenas de núcleos habitacionais e a proteção, no Porto, da Praia Internacional, junto ao Edifício Transparente, cuja demolição, tal como mais três dezenas de edifícios, estava inicialmente prevista.

Confrontada pela Lusa sobre o andamento do processo, a APA esclareceu querelativamente à demolição de construções localizadas no domínio hídrico, mantém-se a indicação de demolição de todas as construções cuja localização se considera inadequada face ao risco e que não prestem apoio às atividades de interesse público na área como a prática balnear”.

A indicação de demolição mantém-se ainda para as construções que não apresentem condições para adaptação/reabilitação de acordo com os requisitos funcionais e construtivos determinados no Regulamento de Gestão das Praias Marítimas.

Até ao momento, a APA não esclareceu, contudo, quais os edifícios que se enquadram concretamente nestes parâmetros, sublinhando apenas que “Áreas Críticas não têm implementação imediata, e serão objeto de estudos de especialidade, no âmbito dos quais será efetuada e aprofundada a sua programação, execução e financiamento”.

Contudo, e de acordo com o programa de execução do POC-CE Caminha-Espinho, disponibilizado na página oficial da Agência Portuguesa do Ambiente, algumas destas intervenções já deviam ter acontecido, como é o caso da retirada de construções em Ofir Sul e em Pedrinhas/Cedovém, no concelho de Esposende, cujas intervenções, classificadas como de prioridade elevada, estavam programadas para o espaço temporal entre 2019 e 2021.

Até ao momento, nenhuma destas ações avançou.

A indefinição da APA quanto à demolição destas construções em domínio hídrico tem sido alvo de sucessivas críticas do presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, que ainda em setembro de 2022 disse “continuar a não compreender” os critérios do POC-CE, nem os “avanços e recuos” relativamente a imóveis na frente marítima, como o Edifício Transparente.

Em julho do mesmo ano, também o vereador do Urbanismo da autarquia portuense esclarecia que inicialmente estava prevista a demolição do Edifício Transparente, mas que “depois foi publicado no site da APA um conjunto de planos de praia que determinam exceções”.

A primeira versão do POC-CE, conhecida em 2018, determinava a destruição de 34 edifícios, entre eles o Edifício Transparente, construído no Porto durante a Capital Europeia da Cultura em 2001 e que custou 7,5 milhões de euros.

A destruição do imóvel, projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales, era “o peso pesado” de uma lista onde figuravam vários edifícios, sobretudo de restauração, e centenas de casas de 14 núcleos habitacionais (sete são de origem piscatória).

E24 Diário Digital

2023/03/19

Estrutura gigante de vigilância dá à costa em Esposende

 A peça tem cerca de um ano e foi instalada para vigiar um parque na costa.

Uma estrutura gigante – de vigilância ao que tudo indica – deu à costa na manhã deste sábado numa praia de Esposende.

A situação foi detetada entre o molhe norte de Ofir, na restinga, e a foz do Cávado, em pleno Parque Natural do Litoral Norte (PNLN).

A agitação marítima é a provável culpada de levar a estrutura durante a madrugada para aquela zona. Com mais de 20 metros, a estrutura composta por torre, bóia, barra de estabilização, pertence ao offshore sueco, CorPower, que pretende instalar o primeiro conversor no mar ao largo da Aguçadoura, Póvoa de Varzim.



O capitão do porto de Viana do Castelo, Rui Lampreia, informou que já notificaram o proprietário e que “é uma peça que tem cerca de um ano que foi instalada para vigiar o parque do offshore”.

O proprietário está a procurar uma solução para retirar a estrutura que cedeu à força do mar.

Diário do Minho

2023/03/10

ICNF disponibiliza mais de 10 000 árvores para reflorestar o pinhal de Ofir

 Objectivo passa por iniciar a reflorestação do pinhal de Ofir/Fão.

O ICNF vai disponibilizar e plantar mais de 10 000 árvores, com o objetivo de iniciar a reflorestação do pinhal de Ofir/Fão e vem na sequência da acção, já executada, de controle de espécies invasoras, do projeto RESTLitotal – restauro e reabilitação de habitats degradados do Parque Natural do Litoral Norte. Com esta ação o ICNF pretende reabilitar um dos mais icónicos pinhais do litoral norte, assim como aumentar a biodiversidade florística e consequentemente faunística.
A acção decorreu no dia 10 de Março de 2023, entre as 9.30 e as 12.30 horas, e tem como propósito sensibilizar a população para a preservação do património natural.

CORREIO DO MINHO

2023/02/19

Mais 11 mil camas, entre Vilamoura e Lagos, vão surgir no chamado Zona Terrestre de Proteção

O receio de os direitos adquiridos serem declarados nulos gerou uma corrida à aprovação de velhos projetos. No entanto, a proposta do Programa da Orla Costeira não vai beliscar estes interesses


Vem aí uma nova versão do PROGRAMA DA ORLA COSTEIRA (POC). O receio sobre as possíveis consequências das novas regras acelerou o que ironicamente classificam como "Processo de Betonização em Curso". No troço da costa entre Vilamoura e Lagos, sete grandes projectos de urbanização estão já em fase de avaliação ambiental. Saõ mais 11 mil camas, que se vão encaixar na Zona Terrestre de Proteção, a 500 metros da linha da costa, onde se deveria construir segundo as atuais regras.

PUBLICO

2023/01/10

Os dois lados do esporão - O lado prejudicial é sem dúvida maior que o beneficio


 O elemento esporão desequilibra a costa e agride a paisagem, a orla costeira e as correntes marítimas. Resulta uma transformação; emersão, decomposição, submersão e emersão da orla costeira 


Na zona de sedimentação origina o avanço da costa
Na zona de erosão elevada origina o recuo da costa


Os esporões para além de criarem um impacto de desequilíbrio territorial, ambiental e agressão visual, são os causadores de alterações de correntes marítimas e espécies aquáticas tanto animais como vegetais.

Os esporões criam um enorme impacto territorial, ao ponto de canalizarem através das artérias da rede de nível freático que desaguam para o oceano, (em determinados anos) o retorno de águas para o interior da orla costeira, originalizando a canalização de água salgada para zonas onde a cota topográfica é inferior ao nível médio das águas do mar. Isto acontece quando em determinados invernos a carga de água das chuvas não tem vazamento devido a coincidirem com a maré alta, correntes e ventos coincidentes no mesmo momento.

Os esporões são um dos maiores elementos e fatores de desconfiguração e erosão da orla costeira atlântica. 

A proporção beneficio-prejuízo, hoje não há duvida de que é um elemento que cria mais problemas do que, os que resolve.

2023/01/08

Avanço do nível freático salgado para o interior, devido aos esporões

 As fotografias provam e o futuro esclarecerá os trabalhos que a APA e o Ministério do ambiente têm andado a realizar.



A possibilidade do nível freático aumentar para o interior, com a aprovação deste do atual POC aumenta substancialmente. Os terrenos agrícolas, os poços de água potável e toda a rega nos campos chamados "maceiras", famosos pela suas produções hortícolas, ficarão ameaçados, podendo chegar ao ponto de ficarem estéreis, consoante a sua aproximação ao mar.

Alagamento da área dunar - Pedrinhas
Alagamento da área dunar - Pedrinhas
O pinhal vira pântano - Pedrinhas

Com a probabilidade de futuros anos de seca, com a diminuição dos caudais dos rios e a redução da precipitação, vai aumentar o avanço da água salgada nos lençóis freáticos. O aumento da água salgada nestas circunstâncias já foi alertado por especialistas já à vários anos (ver notícia). Este Plano de Orla Costeira desconhece que o nível de cota que fica a nascente do Lugar das Pedrinhas e Cedovém é inferior ao nível médio da água do mar, e passa em branco por este ponto de elevadíssima importância.


No esclarecimento do atual POC, no auditório de Esposende ficou claro que as zonas de risco se devem aos esporões.


As autoridades insistem em manter o esporões, incluindo o das Pedrinhas.



Blogue Pedrinhas & Cedovém 

2023/01/05

Município de Esposende distinguido pela preservação do património subaquático

 

O Município de Esposende foi ontem distinguido com o Prémio de Mérito, da Society for Historical Archaeology (SHA), em reconhecimento pelo investimento efetuado no Serviço de Património Cultural, em prol do Património, nomeadamente do Património Cultural Subaquático, concretamente com o Projeto do Naufrágio do Belinho. O Prémio foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, durante a 56.ª Conferência anual SHA que, pela primeira vez reúne perto de mil participantes, num país da Europa Continental, em Lisboa, desde hoje até sábado, sob o tema Revisiting Global Archaeologies.

O autarca destacou “o trabalho sério e sistemático de compromisso com os objetivos de valorização do património local, a sua divulgação e preservação”, desenvolvido pelo Município, pelo que este prémio “demonstra que estamos no caminho certo e que todo o investimento é válido, relevante e deve ser continuado”.

O Projeto do Naufrágio do Belinho foi criado para registar, investigar e conservar e permitiu exibir histórias sobre o património cultural subaquático local e global, proporcionando uma vasta gama de programas de promoção cultural.

Não só conservou uma notável coleção de artefactos como reacendeu um forte espírito de cuidado e partilha na comunidade, impulsionando programas científicos e educacionais, envolvendo os cidadãos, visando também contribuir para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos na Agenda 2030.

A todos os que têm trabalhado no projeto, a todos os parceiros, nomeadamente aos nossos anfitriões, a Universidade Nova de Lisboa, às empresas que trabalham connosco, às pessoas da comunidade local envolvidas, aos voluntários, obrigado a todos vós”, concluiu Benjamim Pereira.

Instituído em 1988, o Prémio de Mérito da SHA reconhece conquistas específicas, tanto de indivíduos, como de organizações, no âmbito da Arqueologia Histórica. Embora o prémio seja concedido nomeadamente a contributos académicos (mas não em exclusivo), uma vasta e diversa gama de contribuições para a área em causa é igualmente considerada para a atribuição deste reconhecimento.

A conferencia sobre Arqueologia Histórica e Subaquática realizou-se, pela primeira vez, em 1997, nos Estados Unidos da América, tendo ocorrido, também, no Canadá e no Reino Unido. Em 2023 a Conference on Historical and Underwater Archaeology reconhece Lisboa como o centro de um dos mais significativos impérios europeus globais do início do período moderno, mas também enfatiza a transformação da arqueologia histórica em disciplina verdadeiramente global, razões que estão na origem da escola da capital portuguesa para acolher o evento que, pela primeira vez, realiza-se num país da Europa Continental.

Durante os quatro dias de conferência, os participantes farão incidir o debate sobre a necessidade de os Estados protegerem o património cultural que se encontra submerso nas águas das respectivas jurisdições, apontando princípios básicos para o desenvolvimento de projetos científicos tendentes a proteger o referido património.

Município de Esposende

2022/12/14

Encontrado colar que pode ter pertencido a uma das primeiras líderes cristãs da Inglaterra

 Peça de 1300 anos tem pelo menos 30 pingentes e contas feitas de moedas romanas, ouro, vidro e pedras semipreciosas


Arqueólogos do MOLA (Museu de Arqueologia de Londres) encontraram um surpreendente colar de 1300 anos durante escavações em Northamptonshire, na Inglaterra. A peça foi descoberta no que se acredita ser a sepultura feminina mais significativa do início da Idade Média já identificada na Grã-Bretanha. De acordo com os pesquisadores, o artefato pode ter pertencido a uma das primeiras líderes cristãs britânicas.


Cruz decorada de modo elaborado

O colar é o mais rico de seu tipo já descoberto na Grã-Bretanha, com pelo menos 30 pingentes e contas feitas de moedas romanas, ouro, vidro e pedras semipreciosas. Ele foi encontrado em uma sepultura feminina de alto status, junto com outros objetos funerários intrigantes que ainda estão sendo investigados. A coleção de artefatos foi batizada de 'Tesouro de Harpole', em referência à paróquia local.

A sepultura também continha dois potes decorados e um prato raso de cobre. No entanto, raios-x tirados de blocos de solo retirados do túmulo revelaram outra descoberta impressionante: uma cruz decorada de modo elaborado, com representações altamente incomuns de rostos humanos fundidos em prata. Essa peça grande e ornamentada sugere que a mulher pode ter sido uma das primeiras líderes cristãs da Grã-Bretanha.

Representação artística do enterro (Imagem: Hugh Gatt/MOLA/Divulgação)

O esqueleto da mulher estava totalmente decomposto (com exceção de pequenos fragmentos de esmalte dentário). No entanto, os objetos indicam que ela era alguém de alto status social, como uma abadessa, membro da realeza ou talvez as duas coisas ao mesmo tempo. "Esperamos identificar o material orgânico que sobreviveu e descobrir mais sobre a cruz e o colar", disseram os arqueólogos do Mola em um comunicado.

HISTORY

2022/10/17

Esposende aposta na projeção internacional da região

O Município de Esposende assinou um protocolo de colaboração com a Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China, com o objetivo de promover a internacionalização das empresas com base na especialização produtiva da região e tendo em vista a promoção da projeção internacional da região.

A cooperação e o estabelecimento de parcerias com outras entidades são pilares fundamentais deste Município para o desenvolvimento de uma estratégia de captação de investimento, atratividade do território e internacionalização das nossas empresas, chamando ao processo vários parceiros que permitam que os nossos empresários estejam presentes noutros mercados, num mundo cada vez mais global”, disse o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.

Sobre o apoio às empresas, o autarca lembrou, ainda, que a emergente necessidade em disponibilizar um ambiente favorável ao investimento, disponibiliza um conjunto de incentivos fiscais e municipais, nomeadamente a aplicação da taxa mínima de IMI, isenções totais ou parciais de outras taxas municipais, como é o caso das taxas urbanísticas, IMT e derrama, assim como a realização de infraestruturas inseridas em áreas prioritárias de desenvolvimento económico.

Já Y Ping Chow, presidente da Direção da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China, entende que o protocolo agora firmado permitirá aprofundar as relações entre as duas entidades e apontou a “oportunidade que está a surgir em Macau, onde a Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China terá um espaço para promover as empresas, o turismo e a cultura portuguesa”.

Na projeção do protocolo, Marques da Silva, consultor para o Desenvolvimento Económico do Município de Esposende, apontou os fatores diferenciadores que fazem de Esposende o local certo para investir: “pessoas, economia e território”. O aumento populacional que Esposende regista, contrariando a tendência generalizada dos municípios portugueses, o crescente peso que a exportação adquire no espectro da economia local e a excelente localização geográfica “permitem desenvolver projetos comuns, nomeadamente na área da economia do mar e da investigação”.

A evolução constante a que estão sujeitas as atividades empresariais exige dos responsáveis pela gestão municipal novas formas de ação que assegurem um relacionamento ainda mais presente entre a administração local e os investidores, correspondendo, desta forma, às suas necessidades, afirmando-se verdadeiramente como parceiros no crescimento económico de todo o concelho e dos projetos empresariais que aqui se instalem.

À inteira disposição dos empresários estão, também, os serviços da START Esposende – Incubadora e Agência de Captação de Investimento – um serviço diferenciador, que aposta no privilegiado relacionamento com a administração pública e articula-o com uma extraordinária rede de parceiros, de forma a criar mecanismos e ferramentas de apoio aos seus stakeholders, um projeto que se assume como um verdadeiro motor do desenvolvimento da economia, abraçando, transversalmente, todas as áreas onde o Município intervém.

Através do Protocolo de Cooperação, o Município e a Câmara Comércio Pequenas e Médias Empresas Portugal-China colaborarão ativamente com o objetivo de promover a internacionalização das empresas com base na especialização produtiva da região e tendo em vista a promoção da projeção internacional da região junto dos mercados alvo definidos.

BRAGA TV

2022/10/10

Achados raros em Esposende com mais de 250.000 anos

 Um machado de mão em quartzito associado a um depósito marinho, bifaces e outros machados de mão do período Paleolítico Inferior são alguns dos artefactos raros encontrados no Canal Intercetor de Esposende.

FOTO CME

Os objetos deram o mote para que, esta semana, arrancassem as primeiras sondagens arqueológicas promovidas naquela jazida paleolítica, descoberta ocasionalmente, em março de 2021, pelo Professor Doutor Sérgio Monteiro Rodrigues, docente de Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), explica a Câmara de Esposende.

Segundo a autarquia, o primeiro artefacto, um machado de mão em quartzito associado a um depósito marinho, foi detetado no talude do Canal, tendo sido descoberto durante uma caminhada. Visitas posteriores permitiram a recolha de mais artefactos líticos talhados, nomeadamente de bifaces e de machados de mão, os quais indiciavam um contexto integrável no Paleolítico Inferior, numa cronologia aproximada entre os 250.000 a 300.000 anos.

FOTO CME

Para a Câmara, estas evidências permitem extrapolar-se a presença, em Esposende, de grupos humanos que antecederam a chegada do “Homem Moderno” à Europa. Foi neste contexto que a primeira referência pública à jazida paleolítica do Canal Intercetor de Esposende foi apresentada no “Encontro Arqueologia Costeira e Subaquática de Esposende”, organizado pela Câmara Municipal de Esposende em junho de 2022, no âmbito das Jornadas Europeias de Arqueologia’22.

A autarquia revela que dada a importância destes vestígios arqueológicos, os quais são ainda muito raros em Esposende, e tendo em consideração os trabalhos agrícolas que decorrem nas imediações da jazida, foi reconhecida a importância de realização de sondagens arqueológicas, com vista à avaliação do seu potencial.

FOTO CME

Nesta primeira fase, a equipa optou por cingir as sondagens arqueológicas aos terrenos do Município de Esposende, durante as quais foram recolhidas amostras de sedimentos para análises e para datações. O espólio arqueológico exumado foi acondicionado e inventariado, sendo futuramente depositado no Serviço de Património Cultural da Autarquia.

FOTO CME

Os trabalhos arqueológicos, codirigidos por Sérgio Monteiro Rodrigues e por Pedro Xavier (Arqueólogo e doutorando da Universidade do Minho), com a participação de estudantes de mestrado de Arqueologia da FLUP, contaram igualmente com a colaboração de Alberto Gomes (Geografia/Geomorfologia – FLUP) e de Ana Paula Almeida (Serviço de Património Cultural – Câmara Municipal de Esposende), para além do apoio logístico, técnico e de equipamentos da autarquia.

O MINHO

2022/10/04

MUNICÍPIO DE ESPOSENDE PREPARA REALOJAMENTO DOS MORADORES DE PEDRINHAS E CEDOVÉM

 O Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, reuniu, ontem, com os moradores de Pedrinhas e Cedovém, de Apúlia, e com o Conselho Diretivo dos Baldios dos Sargaceiros de Apúlia.

Estes encontros, que decorreram nos Paços do Concelho e contaram com a presença do Executivo da União das Freguesias de Apúlia e Fão, tiveram como principal propósito abordar as condições de realojamento dos moradores, decorrente da execução do Projeto de Requalificação Ambiental e Valorização das Atividades Tradicionais em Pedrinhas e Cedovém.

A zona costeira de Pedrinhas/Cedovém configura uma das áreas litorais da região norte com maior suscetibilidade a fenómenos de erosão costeira. Neste contexto, prevê-se um conjunto de intervenções, que visam o recuo da zona de ocupação urbana relativamente à linha de costa, deslocalizando usos e infraestruturas e assegurando a renaturalização da área.

Neste sentido, e com o intuito de, atempadamente, acautelar o realojamento dos moradores, o Presidente da Câmara Municipal entendeu reunir com os principais visados pela intervenção para os inteirar da situação e das diligências para o seu realojamento. Tendo já definida a Estratégia de Habitação Local, o Município vai, deste modo, avançar com as devidas medidas para proceder ao realojamento destas pessoas.

Benjamim Pereira refere que “o Município sempre seguiu o caminho do diálogo em todo este processo, no sentido de envolver todos os intervenientes e de modo a procurar as melhores soluções”. O autarca destaca os benefícios que resultarão do projeto, em termos de salvaguarda de pessoas, bens materiais e valores naturais e lembra que “a execução desta intervenção representa o concretizar de um anseio com décadas”.

Ao longo do presente mês, realizar-se-ão reuniões com os restantes grupos de interessados, estando para breve a apresentação pública do projeto, com vista a acolher contributos finais para o mesmo.

ESPOSENDE - Câmara Municipal

2022/08/09

LIMPEZA DA FOZ DO RIO CÁVADO DEIXA INDIGNADOS OS VERANEANTES

O REMOVER O LODO DA FOZ DO CÁVADO PARA DEFECAR O MAR, DEIXA OS BANHISTAS INTRIGADOS.

A qualidade da água injetada no mar, vê-se pela cor e sente-se pelo cheiro o INSUPORTÁVEL!

Em entrevista a vários banhistas na praia de Ofir e na praia da Apúlia, qual a causa da água do mar estar amarela, espumosa e espessa na areia da praia, estes não souberam responder.  Mas, aqueles que em passeio vinham da restinga esses veraneantes já souberam responder : A causa é da limpeza do fundo da foz do rio Cávado e disseram que é inadmissível a realização destes trabalhos nos dias de hoje, no seculo 21, quando existem instituições do Estado Português que controlam, fiscalizam  e levantam coimas milionárias.  No entanto, são as mesmas que fazem maiores barbaridades ambientais, de forma impune.

Situações como esta no dias de hoje são inadmissíveis e intoleráveis. As praias a sul do rio Cávado estão inquinadas por estes dejetos. Existe aqui um desrespeito e uma completa falta de consideração  pelos veraneantes, pescadores, surfistas, por todos que nestes dias têm usado e utilizado a praia e o mar a sul do rio Cávado.

Onde estão os defensores ambientais?

2022/08/02

Na Praia da Apúlia, em Esposende, entre ondas e moinhos de vento

 No litoral de Esposende mantém-se a tradição do verão em família. É terra de sargaceiros e de moinhos de vento.

Barracas e moinhos coexistem, por estes dias. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)
Barracas e moinhos coexistem, por estes dias. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Uma mulher vestida de negro, de lenço amarrado na cabeça, está sentada, em silêncio, sozinha, numa rocha à beira do mar, com os pés metidos na areia e no sargaço da praia da Apúlia, em Esposende. Alguns metros ao largo, no areal, passa um bando interminável de crianças vestidas com t-shirts e chapéus coloridos. Correm, brincam umas com as outras e os seus gritos e riso solto ouvem-se à distância. À volta, tanto para norte como para sul, a praia está cheia. Sobretudo nas zonas onde não há ou amainam os afloramentos rochosos, as pessoas amontoam-se (“parece o Rio de Janeiro”, observa alguém). Barracas de tecido às riscas azuis e brancas, muitas delas desbotadas pela passagem do tempo, alinham-se em longas filas pelo areal fora. E no paredão, gente de todas as idades passeia ou conversa de pé ou sentada. Uma mulher pára a falar com outra e parece argumentar contra alguém que se recusou vir à praia. “Então, o mar nas pernas não faz bem?”, atira.


Diferentes gerações cruzam-se no areal e em volta. (Fotografias de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Vem de longe o tempo em que Apúlia é poiso de gente que, por muitas razões, ali demolha pernas e corpo inteiro. Terra de sargaceiros, leva há séculos homens e mulheres a trabalhar na apanha, secagem e recolha de algas, com o físico em esforço dentro e fora de água. A abundância de sargaço que o mar traz fez daquela uma atividade agro-marítima com grande expressão, que ainda sobrevive. A praia também ganhou fama de possuir elevados níveis de iodo e tornou-se zona de veraneio há várias gerações.
A tradição dos verões em família continua bem vincada em Apúlia. Algumas são proprietárias dos moinhos de vento, construídos em granito e xisto sobre as dunas, atualmente transformados em habitação. Vale bem a pena um passeio a pé pelos passadiços em madeira que lhes passam ao pé da porta e continuam pela praia fora.

Se apetecer antes a preguiça ou a simples contemplação, na ampla zona balnear de Apúlia não falta lugar para sentar. E até se pode comprar, por 1 euro, uma almofada na venda ambulante que povoa o paredão. Ou ler um livro, jornal ou revista, emprestados pela biblioteca de praia com esplanada, que funciona junto à praia (até 2 de setembro).

Pé N’Areia Bar.
(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Nesta vila de memórias – assim como a praia, também ruas e casas parecem cristalizadas no tempo – pode comprar-se pescado fresco e produtos da terra nas instalações do Portinho de Pesca. E há grande oferta de restaurantes, cafés e gelatarias. Abundam anúncios de peixe grelhado no carvão. Para refeições leves, num intervalo de praia, o Pé n’Areia, com a agradável esplanada, pode ser uma opção. Serve baguetes, tostas, moelas, bifanas, pregos, massas frias e saladas.

A “praia azul” de Pedro Homem de Melo

Numa das entradas da vila de Apúlia, um painel de azulejos de homenagem aos sargaceiros e à sua atividade milenar saúda o visitante com um verso de Pedro Homem de Melo. “ApúliaApúlia… O mar! O mar da Apúlia que respira”, são os versos que legendam a obra azul instalada na Avenida da Praia e que foi criada a partir de uma aguarela de Carlos Bastos, de Barcelos. Homem de Melo escreveu em 1973 o poema “Apúlia”, cujo primeiro verso se eternizou: “Ó praia azul das mãos de El-Rei herdada”.

A Apúlia é terra de sargaceiros.
(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)