INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2019/02/24

Estado não defende um dos pilares da sua formação - A HISTORIA DO MAR E SEU PESO NA IDENTIDADE DE PORTUGAL

O Estado Português não defende um dos Pilares da sua formação


A HISTORIA DO MAR NA FORMAÇÃO DA SUA IDENTIDADE

LUGAR-DAS-PEDRINHAS TEM OS BARCOS-DE-PEDRA QUE HOJE SÃO AS CASAS-BARCO MAIS ANTIGAS DO MUNDO OCIDENTAL, PEDRINHAS FOI LOCAL DE ENCONTRO ENTRE PORTUGUESES E AS LEGIÕES ROMANAS, QUE A BATIZARAM A POVOAÇÃO DE APÚLIA.

PEDRINHAS FOI LOCAL DE ENCONTRO COM D. AFONSO HENRIQUES, QUE DOOU ESTE COUTO DA APÚLIA, AO CONVENTO DE TIBÃES E BATIZOU DE SEU PROTETOR, S. MIGUEL ARCANJO, SANTO PADROEIRO, TENDO DEPOIS SEGUIDO RUMO À CONQUISTA DE LISBOA.

FOI LUGAR ONDE HOUVE TROCAS COM NORMANDOS, CELTAS, ESCANDINAVOS, QUE ENSINARAM AOS PORTUGUESES OS SEGREDOS DO MAR E SUA NAVEGAÇÃO E PUDERAM  LANÇAR-SE EM AVENTURAS, MUITAS VEZES REFERIDAS, EM MUITOS DOCUMENTOS COMO "FAINA MAIOR" (PESCA DO BACALHAU) , QUANDO D. PEDRO I EM 1353 ESTABELECE COM O REI DE INGLATERRA EDUARDO II A PESCA DO BACALHAU POR 50 ANOS.

NÃO ESQUECENDO, A HISTÓRIA IDÓNEA DESTE LUGAR ÚNICO, COM O SARGACEIRO.

Hoje os particulares têm de defender as casas com bigbagues, pois um dos deveres bases da Comunidade Europeia e do Estado Português que é a proteção, aqui no Lugar-das-Pedrinhas e em Cedovém para além de não o fazerem, não deixam os proprietários fazer a não ser a colocação de meros sacos com areia.

2019/02/19

APA NÃO AUTORIZA PROPRIETÁRIO DEFENDER SUA CASA

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não deixa os proprietários de Pedrinhas e Cedovém defenderem as suas casas.



Após uma permanente existência por parte dos proprietários, a APA continua a não autorizar a defesa das suas casas. A Entidade responsável propõe aos proprietários , no caso de quererem proteger os seus bens, a aplicação de estrutura "geotubo", mas para os proprietários se candidatarem a colocar este sistema de defesa, que a própria APA já colocou em moradias, a norte de torres de Ofir, os proprietários de Pedrinhas e Cedovém terão de realizar um estudo sobre "as incidências ambientais nos troços de costa limítrofes onde conste uma caracterização da situação de referencia com base em descritores potencialmente influenciados pela obra, nomeadamente, geomorfologia, geologia, 



hidrogeologia, hidrologia, clima, sistemas ecológicos, uso e ocupação do solo e sócio-economia, a identificação e avaliação de impactes e identificação de medidas de minimização e compensação de impactes, sendo considerado essencial que se demonstre que a realização da obra não traz implicação negativas e significativas em termos da erosão costeira e transporte de sedimentos nos troços de costa limítrofes."



O PESCADOR OLHOU PARA A CARTA, DEPOIS OLHOU PARA O MAR, E DISSE.

"A CULPA É DO ESTADO"

"ESPORÃO RIMA COM EROSÃO"

2019/02/18

Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho recebeu 1152 contributos

Em causa está a retirada progressiva de edifícios em risco ou ilegais em cima das dunas nas praias, ao longo de 122 quilómetros de costa.


O novo Plano da Orla Costeira Caminha - Espinho (POC-PE) recebeu 1152 contributos no âmbito da consulta pública, sendo que cerca de 76% foram submetidos por entidades privadas, revelou esta sexta-feira o Ministério do Ambiente.

Em resposta à Lusa, o Ministério do Ambiente informa que, afinal, foram 307 as participações recebidas e não 355 como inicialmente anunciado, das quais 285 (92,8%) foram submetidas por entidades privadas.

Quanto ao número de contributos, no total dos 1152 recebidos, estas entidades privadas submeteram 874 (75,9%).

Ainda de acordo com os dados cedidos pela tutela, o novo POC-CE recebeu 22 participações de entidades públicas (7,2%), num total de 278 (24,1%) contributos.

O POC-CE da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que prevê a demolição de 34 edifícios e de centenas de habitações, visa o ordenamento de 122 quilómetros de costa, abrangendo nove municípios entre Caminha e Espinho, sendo que todos eles se pronunciaram no âmbito desta consulta pública.

O documento, que esteve em consulta pública até 14 de Dezembro, levou o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, a reunir em Novembro com autarcas de Caminha, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Porto e Espinho.

Só Matosinhos e Vila Nova de Gaia não pediram, à data, uma audição urgente para expressar as suas preocupações.

No final dessa reunião que aconteceu a 7 de Novembro, Matos Fernandes desvalorizava a polémica em torno do novo POC-CE, sublinhando que era "normal que os autarcas" viessem "a público dizer o que pensam".

Segundo os dados divulgados pela tutela, para além das nove câmaras municipais abrangidas pelo novo POC-CE, submeteram participações várias juntas de freguesia e assembleias municipais, nomeadamente dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Espinho.

No concelho de Esposende, para além do município, pronunciaram-se ainda a junta de freguesia de Antas e a União de Freguesias de Apúlia e Fão, onde está prevista a demolição de centenas de núcleos habitacionais.

O novo POC-CE teve o parecer favorável condicionado de sete autarquias e várias instituições públicas, e desfavorável das câmaras do Porto e de Espinho.

Na proposta da APA determina-se a demolição de 34 edifícios, incluindo o Edifício Transparente, no Porto, que custou 7,5 milhões de euros, bem como centenas de casas de 14 núcleos habitacionais e vários restaurantes.

O plano limita, e em muitas zonas até proíbe, a construção de habitações frente ao mar e preconiza o recuo planeado de 14 aglomerados, dos quais 12 em "áreas críticas" expostas a fenómenos extremos e ao risco de erosão e de inundações.


Na Apúlia, o areal foi encolhendo e os problemas aumentando

Comunistas fazem dois dias de jornadas parlamentares em Braga. João Oliveira foi ouvir as queixas dos produtores de leite do distrito e das gentes da Apúlia sobre o mar. E pediu-lhes maior "intervenção" na luta pela defesa dos seus interesses.

Foto de Nelson Garrido

Os fardos de problemas avolumam-se para os produtores de leite do distrito de Braga à mesma velocidade com que as ondas do mar vão engolindo o cordão dunar da Apúlia. 

Campo e mar ou agricultura/pecuária e pesca. Dois sectores produtivos onde há tanto para fazer e para reconstruir depois de algumas décadas de políticas europeias que apenas serviram para minguar o aparelho produtivo português - foi com esses argumentos que o PCP os escolheu para a lista de iniciativas das jornadas parlamentares que decorrem nesta segunda e terça-feiras no distrito de Braga.
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Na Apúlia, não eram só as ondas do mar que estavam revoltas: aos comunistas juntaram-se pescadores, habitantes, donos de restaurantes, autarcas e até (pelo menos) um ambientalista. Trocaram-se argumentos por vezes em tom duro sobre se as alterações climáticas existem ou não, se a culpa da falta de areia na praia é das barragens, ou se o Homem é o culpado de tudo.

Os deputados tinham escolhido o destino para falar sobre os problemas dos pescadores, essencialmente a falta de condições de segurança por causa do assoreamento da costa, mas acabaram engolidos por uma certa tempestade que anda naquela zona por causa da intenção da APA - Agência Portuguesa do Ambiente de demolir tudo o que é construção entre a estrada marginal e o mar, na zona entre a Apúlia e a praia de Ofir.

A construção dos esporões, há uns 20 anos, mudou o rumo das correntes e o mar começou a comer as dunas de 15 e 20 metros de altura que ali havia, recorda o antigo pescador Clemente Palmeira. Os "engenheiros e técnicos de Lisboa" não quiseram saber dos avisos dos pescadores que, como Clemente, romperam as unhas dos pés nesta areia. O resultado está à vista: as ondas comeram pelo menos 50 metros de areal, já levaram duas casas, estão a "descascar" as fundações de outra que parece agora pairar sobre a areia, e estão a "lamber" mais umas quantas, de maiores dimensões, cujos proprietários conseguiram mexer-se e ter um enrocamento espalhado na praia que ajuda a conter a encosta onde foram construídas.

Mas se algumas vozes reclamam porque deitar abaixo uma parte dos restaurantes e das casas é um atentado aos direitos de quem ali mora há décadas ou dali tira o seu sustento, Conceição Rocha, que vive numa casa na duna há 43 anos vai dizendo ao PÚBLICO que há muitos "interesses" em jogo. Vai apontando para as casas fechadas e diz que apesar das muitas dezenas de casas ao longo da marginal, só ali moram umas dez famílias. O resto são casas de fim-de-semana de muitos empresários. E o problema dos restaurantes é que foram aumentando as salas para o lado da estrada onde agora é preciso concluir uma ecovia que vem de Caminha para a Póvoa. Pescadores? "Só aqui moram dois e já estão reformados - um deles é o meu marido."

Deputados do PCP ouvem pescadores e empresários da restauração da Apúlia! Cedovém e Pedrinhas

Os empresários da restauração estão preocupados com a eventual retirada de restaurantes e de habitações na orla marítima.

Um grupo de deputados do PCP estão esta tarde de segunda-feira a ouvir na Apúlia as reclamações de pescadores e de empresários da restauração daquela localidade do concelho de Esposende, no distrito de Braga.
Na visita ao único concelho do distrito de Braga situado no litoral, em frente ao Oceano Atlântico, englobada nas Jornadas Parlamentares do PCP, os deputados João Oliveira e Carla Luz, bem como o eurodeputado João Ferreira, ficaram a conhecer a erosão do mar, que foi de cerca de 150 metros, segundo revelou um dos moradores.
A criação de esporões será a causa da progressão do mar, sendo defendida a remoção dos mesmos esporões, para voltarem as dunas, segundo afirmou um elemento da Junta Freguesia da Apúlia e de Fão, do concelho de Esposende, numa reunião informal com os deputados do Partido Comunista Português.
Os empresários da restauração estão preocupados com a eventual retirada de restaurantes e de habitações na orla marítima, na zona das Pedrinhas, na Apúlia.
A defesa da comunidade local foi em uníssono preconizada pelas forças vivas e pedida a intervenção dos eleitos do PCP no Parlamento, a fim de evitar a alegada deslocalização das pessoas e dos restaurantes.

2019/01/03

1908 - Cedovém - Apúlia - ESPOSENDE

Edição Semanal o Jornal o SÉCULO - 1908
Sedovém - O lado nascente da praia da Apúlia. Vê-se no primeiro plano a choça de palhiço destinada a guardar os aprestos da apanha do sargaço. Fotografia com 111 anos.

2018 - ANO DE RECORDE DE MORTES EM PORTUGAL

Este ano termina a passos largos no registo de um recorde de mortes em Portugal. Já em agosto, morreram cerca de 71 mil pessoas no país, mais três mil do que em igual período de 2017 e 2016, os dois anos em que se atingiu os máximos de mortalidade.
2018

Portugal perderá população até 2080, passando dos atuais 10,3 milhões para 7,7 milhões de residentes, ficando abaixo dos dez milhões já em 2033, de acordo com as estimativas divulgadas em junho pelo Instituto Nacional de Estatística. O número de jovens diminuirá de 1,4 milhões para 900 mil. Já o número de idosos irá aumentar de 2,2 milhões para mais de 2,8 milhões.


O Estado Português e seus governantes não defendem a população e o número de óbitos têm vindo a aumentar ano após ano.

Hoje cada vez mais a população é menor, embora haja a tática politica de facilitar o registo de nacionalidade Portuguesa no intuito de manter o número populacional, mas a verdade é que os governantes cada vez menos defendem a população e o seu território. Somente gerem para a atribuição de rentabilidade de impostos. 

Em 2018 o Estado Português apresentou uma proposta de um Plano de Orla Costeira (POC), onde não existe defesa nem a contabilização de programas de salvaguarda para a costa Portuguesa (não está contemplado situações de maremotos, tsunamis, ciclones, tempestades, inundações), para os próximos 10 anos da orla costeira. Nas duas aldeias Pedrinhas e Cedovém o Estado Português  ainda agrava a perigosidade e projeta um recuo e uma retirada habitacional com a proposta de demolições de construções, pondo em causa a destruição territorial e social, na zona  sul de Esposende, aumentando potencialmente o alagamento de  uma grande área territorial de Fão e Apúlia, colocando em risco a perda definitiva de prédios, bens, pessoas e animais. 

O POC não abrange a história, a topografia, a orografia, nem salvaguarda o futuro. 

O ESTADO PORTUGUÊS ALEM DE NÃO SE PRECAVER EM CONDIÇÕES FUTURAS, NÃO CONTABILIZA A PROTECAO TERRITÓRIAL, EM CASO DE CALAMIDADE E DESASTRE FUTURA. 
NO CASO DE PEDRINHAS E CEDOVÉM AINDA PROPÕE A SUA ANIQUILAÇÃO E DESTRUIÇÃO .



No caso da queda da estrada de Borba, o Estado Português teve responsabilidade, no acidente?

Resposta do Ministro do Ambiente, Matos Fernandes?

"Estado não assume qualquer responsabilidade pelo acidente de Borba, mas sim a responsabilidade pela indemnização das famílias das vitimas"

Ó Sr. Ministro e no caso de Pedrinhas, Cedovém, Ofir-Fão e Sul de Ofir, afirmando que os objetivos do Programa da Orla Costeira serem inegociáveis, o Estado está consciente da sua responsabilidade num futuro acidente? 

2018/12/28

2018 - ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO EM PORTUGAL, TERMINA COMO FALHADO E VERGONHOSO EM ESPOSENDE




TERMINA O ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL 2018, COM A INTENÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS, ATRAVÉS DO SEU PLANO DE ORLA  COSTEIRA, DEMOLIR AS UNICAS CASAS DOS SARGACEIROS.
O ESTADO RECUSA PROTEGER E PRETENDE APAGAR O PASSADO PARA RUMAR UM FUTURO SEM PASSADO, UM FUTURO VAZIO!


Homens com a branqueta - Traje masculino de trabalho- Sargaceiro da Apúlia - Esposende - PORTUGAL




ESTADO PORTUGUÊS ESCONDE E OCULTA A ATRAVÉS DO SEU PLANO DE ORLA COSTEIRA, CHAMANDO-LHE RECUO, MAS O QUE PRETENDE É DEMOLIR E APAGAR OS OLHARES, DE MILENARES VALORES E EXPERIÊNCIAS ÀS FUTURAS GERAÇÕES - A PROPOSTA DO ESTADO PARA PEDRINHAS E CEDOVÉM É DEMOLIR!


Homens com a branqueta - Traje masculino de trabalho- Sargaceiro da Apúlia - Esposende - PORTUGAL




O ESTADO PORTUGUÊS EM NOME DO DOMINO PUBLICO MARÍTIMO , INTITULA-SE COMO DONO DE TUDO E SENHOR DE DIREITO PARA DESTRUIR E DEMOLIR. A VERDADE É QUE O PATRIMÓNIO É DE TODOS OS PORTUGUESES E EUROPEUS 


Homem com a branqueta - Traje masculino de trabalho- Sargaceiro da Apúlia - Esposende - PORTUGAL




2018/12/24

2018/12/19

Sargaceiros e os barcos-de-pedra de Pedrinhas

Foto de Adriano Nazareth
Homem com a branqueta - Traje masculino de trabalho- Sargaceiro da Apúlia - Esposende - PORTUGAL

2018/12/15

Sargaceiros de Apúlia no barco-de-pedra; casa-barco em Pedrinhas

FOTO - BELEZA

Rapaz com a branqueta - Traje masculino de trabalho- Sargaceiro da Apúlia - Esposende - PORTUGAL
Apúlia - Fão
ESPOSENDE

Estado abandona o papel de proteger o património, bens e pessoas para dedicar-se somente a um mero instrumento de angariar dinheiro

O Estado que tem a obrigação de zelar pelo património (publico e privado), bens e pessoas, hoje o Estado Português tem deixado cair essa responsabilidade e soberania. No anterior Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), onde havia a preocupação de zelar pela costa litoral (fronteira marítima), hoje abandona-o, para se dedicar ao mero negócio de angariar dinheiro, de fazer receita com a costa marítima, colocar e marcar espaços, para atribuir a concessionários e a futuros Planos de Intervenção de Praias (PIP). A proposta deste Programa de Orla Costeira (POC) deixa cair o plano de defesa para se  assumir como programa de receitas. Este POC Caminha-Espinho assume 76 PIP, onde recolherá receitas das praias, para negociação e desresponsabilização, podendo chegar muito mais de metade dos lucros para as autarquias.

O ESTADO ABANDONOU O ZELAR,  O DEFENDER E O PROTEGER.

OS FACTOS ESTÃO COMPROVADOS
VEMOS ISSO NO INTERIOR COM OS INCÊNDIOS, 
VEMOS ISSO NO ABANDONO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS NO INTERIOR
VEMOS ISSO NA QUEDA DE PONTE, ALUIMENTO DE ESTRADA
VEMOS ISSO NA VENDA DAS EMPRESAS E SERVIÇOS PÚBLICOS
VEMOS ISSO, NESTE PROGRAMA DE COSTA EM PEDRINHAS E CEDOVÉM .

PATRIMÓNIO DANIFICADO
HOJE A FUNÇÃO PRIMORDIAL DO ESTADO É ANGARIAR DINHEIRO E SER UM CAMPEÃO DE SUGADOURO DE DINHEIROS DE TAXAS, LICENÇAS, COIMAS E IMPOSTOS.

A Intenção de absorver a tutela de toda a orla costeira através da designação de Domínio Publico Marítimo é um dos objectivos deste plano, onde atropelada a direito a propriedade privada. A intenção de eliminar o privado é tão grande que,chega ao ponto de:

Mesmo depois de ser reconhecido (quer em estudos científicos, quer em tribunal)  que a erosão costeira, é causada pelo Estado, através dos seus esporões, este em vez de os retirar, atribui o abuso de poder, proibindo e afirmando através deste POC um recuo de costa planeado de grau elevado, dizendo que não há salvaguarda, e o que basta é simplesmente retirar a obra de engenharia, construída por ele.


Esporões - O cancro da costa portuguesa

Ontem terminou a participação pública do POC, com o seguinte panorama:
Estatística:
Seguido por consulta = entre 160 e 165
Partilhado = entre 110 e 115
Participações = entre 110 e 120



2018/12/13

Habitantes culpam Estado por avanço do mar em Esposende

Os habitantes de Cedovém responsabilizam o Estado pelo avanço do mar e a erosão da costa que servem agora de argumento para a prevista demolição de 34 edifícios naquela zona.

Os habitantes de Cedovém, Esposende, responsabilizam o Estado pelo avanço do mar e a erosão da costa que servem agora de argumento para a prevista demolição, no novo plano da Orla Costeira Caminha–Espinho, de 34 edifícios naquela zona.
Nas vésperas do fim do prazo para o debate público sobre o plano, previsto para sexta-feira, Carlos Moreira, 71 anos, diz não temer o avanço do mar, apenas o dos homens que decidiram a demolição de quatro núcleos habitacionais no concelho, em nome de um plano que tem como bússola a erosão costeira.
O novo Plano de Ordenamento da Orla Costeira Caminha–Espinho (POOC), diz o pescador, é o resultado de várias decisões que, ao longo do tempo, não conseguiram mais do que agravar o problema.

"Antes dos esporões não havia isto. Eles fizeram tudo ao contrário do que os pescadores diziam e o resultado está à vista. O melhor que eles tinham a fazer era tirar os esporões", disse.
A convicção de Carlos Moreira foi reconhecida, em Fevereiro de 2009, pelos tribunais Administrativo e da Relação, que deram provimento a uma queixa de um morador na Apúlia, concelho de Esposende, considerando que o Estado é culpado da erosão da costa por ter construído um esporão de pedra com 300 metros.
Na decisão, inédita em Portugal, o Estado acabou condenado a pagar 60 mil euros por danos patrimoniais e morais ao queixoso depois de o Tribunal Administrativo do Porto concluir que a construção do esporão pela Direção-Geral de Portos em 1987 originou o desassoreamento da praia e a progressão do mar.
Hoje, a distância entre o mar e a casa de Carlos é de cerca de cem metros, cinquenta se se considerar apenas o percurso até às dunas. Mas o risco de o mar engolir as casas naquele local, acredita, é o mesmo do que o de engolir as Torres de Ofir. Então, pergunta, porque que é a demolição das Torres não está prevista?.
"Chega-se aqui e diz-se: deita-se Cedovém e Pedrinhas abaixo porque está na Orla Costeira e as Torres de Ofir, que foram feitas muito depois disto, já se diz que não se pode deitar abaixo porque se tem que indemnizar. Isto não pode ser. Nós temos que ir para tribunal defender os nossos direitos", disse.
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, diz que não se pode comparar o incomparável.
"Se me perguntar se aquilo [as torres] está bem, eu digo que não, não deveriam ter sido construídas, mas é preciso saber diferenciar aquilo que é Cedovém e Pedrinhas do que é Ofir.(…) Demolimo-las, gastamos 40 ou 50 milhões e depois ficamos na mesma, o mar continuava a avançar. Eu pergunto se não é melhor pegar nesse dinheiro e gerir o litoral durante 10, 20 ou 30 anos", argumentou.
À Lusa, o autarca considera que é preciso bom senso e esclarece que o município deu parecer desfavorável a este POOC, apesar de no relatório da Comissão Consultiva disponibilizado na página da Internet da consulta pública surgir como um dos sete municípios que emitiram um parecer favorável condicionado.
"O município deixou desde cedo a sua posição no sentido de assegurar que há património importante, que consta do levantamento da arquitectura popular da década de 50, para além de um núcleo piscatório nessa zona, que também gostaríamos de manter e cujos moradores temos que pensar em realojar", explicou.
Benjamim Pereira lembrou ainda a necessidade de proteção, no lugar das Pedrinhas, de algumas das casas-barco mais antigas do mundo ocidental.

Em Cedovém, ainda são poucos os querem falar sobre as demolições. A falta de informação é, para Pedro Vieira, que gere o restaurante da família instalado no local desde 1954, o que mais preocupa a quem ali trabalha.
"Estamos preocupados com a falta de palavra que existe para as pessoas que aqui vivem, para não acontecer simplesmente aquilo que aconteceu no sul, em que uns foram protegidos e outros não".
Pedro Vieira lembra que a restauração naquela zona emprega centenas de pessoas, representado um contributo importante não só para a economia local como para o património cultural do concelho, algo que, defende, tem que ser respeitado.
Entre Cedovém, Pedrinhas e Ofir Sul, o POOC, em consulta pública até sexta-feira, 14 de dezembro, prevê gastar 2,36 milhões de euros entre demolições e "recuos planeados", estando a sua execução prevista para o período de 2019-2021.
Nesta área, considerada crítica, estão em causa 89 habitações, mais de meia centena de anexos e sete restaurantes.

No caso de Ofir Sul, em causa estão "cerca de 10 edifícios de função residencial" implantados junto à linha de costa, sobre o cordão dunar e, parcialmente, sobre a margem do rio.
A 07 de novembro, depois da reunião com sete dos nove autarcas abrangidos pelo novo programa da Orla Costeira, o ministro do Ambiente disse à Lusa que não havia forma de proteger os núcleos habitacionais de Pedrinhas, Cedovém e Ofir Sul, em Esposende.
Admitiu pagar indemnizações em alguns casos e garantiu realojamento para todos os casos, legais ou ilegais, quando em causa estivessem primeiras habitações.
No caso dos restaurantes ou apoios de praia, Matos Fernandes disse que só depois do término das concessões é que serão relocalizados.
O novo Plano da Orla Costeira entre Caminha e Espinho determina a demolição de 34 edifícios, incluindo o Edifício Transparente, no Porto, que custou 7,5 milhões de euros, bem como centenas de casas de 14 núcleos habitacionais e vários restaurantes.

O Plano limita, e em muitas zonas até proíbe, a construção de habitações frente ao mar e preconiza o recuo planeado de 14 aglomerados, dos quais 12 em "áreas críticas" expostas a fenómenos extremos e ao risco de erosão e de inundações.
Em causa está a retirada progressiva de edifícios em risco ou ilegais em cima das dunas nas praias da Amorosa, Pedra Alta (Viana do Castelo), Pedrinhas, Cedovém, Suave Mar, Ofir Sul (Esposende), Aver-o-Mar (Póvoa de Varzim) Congreira, Mindelo, Pucinho (Vila do Conde), Marreco (Matosinhos), Madalena, Valadares (Gaia) e Paramos (Espinho).