INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2016/10/28

DEMOLIÇÕES? António Pina deixa o cargo de presidente da Polis da Ria Formosa, porque não há condições para o cargo!

António Pina deixa o cargo de presidente da Polis da Ria Formosa, porque a politica do ministro do ambiente, é: - Diz uma coisa, mas na prática é a demolição de tudo.



O presidente da Polis Litoral e um administrador da sociedade demitiram-se esta quinta-feira, dia em que estava agendada a tomada da posse administrativa de 40 casas na ilha do Farol
O presidente da Câmara de Olhão, António Pina, considerou que o presidente da Polis Litoral Ria Formosa, que renunciou ao cargo, "não tinha condições" para exercê-lo pela falta de "bom senso" no processo das demolições nas ilhas-barreira.
O Ministério do Ambiente anunciou esta quinta-feira que o presidente da Polis Litoral, Sebastião Teixeira, e um administrador da sociedade apresentaram pedidos de renúncia aos cargos, no dia para o qual estava agendada a tomada da posse administrativa de 40 casas na ilha do Farol, data entretanto adiada, esta semana, pelo Governo.
Apesar de a Ilha da Culatra, onde se insere o núcleo do Farol, pertencer administrativamente a Faro, o presidente da Câmara de Olhão (PS) interpôs, no ano passado, uma providência cautelar alegando riscos para a preservação do "habitat" do camaleão, expediente que impediu a posse de mais de 100 casas de férias consideradas ilegais, em abril de 2015.
Aceite na primeira instância, a providência viria depois a ser recusada pelo Tribunal da Relação, que considerou que a autarquia de Olhão não tinha jurisdição sobre a ilha da Culatra, apesar da proximidade geográfica.
Para António Pina, Sebastião Teixeira "não gostou" que o ministro do Ambiente "chamasse a si o processo das ilhas" e percebeu que a sua forma de estar "não se enquadra no bom senso", razão pela qual "não tinha condições para exercer o cargo".
No início de outubro, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, disse no parlamento que as demolições na ria Formosa estavam em análise "caso a caso", mas no mesmo dia chegavam aos proprietários notificações da sociedade Polis para a posse administrativa de casas sinalizadas para demolição.
Este desencontro entre Governo e sociedade Polis Ria Formosa levou a pedidos de explicações, nomeadamente do PCP, que solicitou a ida do ministro ao parlamento para explicar "se a Sociedade Polis agiu à revelia", salientando que, neste caso, teriam "de ser assumidas responsabilidades" e o presidente da Polis, Sebastião Teixeira, demitido.
Segundo o presidente da Câmara de Olhão, o presidente da Polis "não se sentiu confortável" perante o "avanço" da tutela, que adiou esta semana as tomadas de posse no Farol e admitiu manter de pé as casas de pescadores, porque é "um dos radicais" que existem no Ministério do Ambiente.
As demolições previstas para as ilhas-barreira da ria Formosa estão esta quinta-feira em debate no parlamento, com PEV, BE e PCP a defenderem ou o seu fim ou a suspensão e o PS a pedir o realojamento prévio dos afetados.
António Pina admitiu ser necessário realizar ações de renaturalização nas ilhas, mas avisa que "é tão radical" a posição de querer "deitar tudo abaixo", como a de defender "que nada deve ir abaixo.

Para o autarca, o PCP e o BE "não se podem acantonar numa decisão radical de que nada pode ir abaixo".
Blogue Pedrinhas&Cedovem com DN

2016/10/24

Ordenar e reabilitar a orla costeira

Jorge Cruz

O programa governamental denominado Plano de Acção para o Litoral Norte tem a sua continuidade garantida até 2019, segundo afiançou no final da passada semana o ministro do Ambiente. João Pedro Matos Fernandes, que tutela esta área, prometeu mais investimento para tentar travar a erosão que tem afetado o litoral norte.
O Plano de Ordenamento da Orla Costeira abrange diversos locais dos concelhos situados entre Caminha e Espinho, sendo certo que algumas das intervenções já efectuadas, parte delas de emergência, cumpriram um papel relevante não apenas como factor de travagem do recuo da costa como inclusive na sua reabilitação.

No concelho de Esposende, por exemplo, são bem visíveis os resultados dessas operações: a praia de Ofir e a restinga foram profundamente intervencionadas, no primeiro caso para reabilitação na sequência dos fortes temporais de inverno, que destruíram quase por completo as acessibilidades, e no segundo para impedir o avanço do mar, tarefa levada a cabo através da reconstituição das dunas.


Outra das operações de vulto aconteceu na antiga freguesia de S. Bartolomeu do Mar, com a requalificação da sua frente marítima, que obrigou à demolição de 27 edificações que estavam em risco. Também aqui foi reabilitado o cordão dunar tendo-se aproveitado para proceder ao reperfilamento da praia de calhaus.

Neste momento está ainda a decorrer uma intervenção preventiva no molhe norte da cidade de Esposende e para breve está prevista outra operação de defesa, desta vez da praia da Bonança, também em Ofir. Mas ainda ficam por resolver os casos das Pedrinhas e Cedovém, onde subsiste um largo conjunto de dezenas de edificações.

É evidente que a prossecução este plano é absolutamente fundamental para impedir o avanço do mar que, no caso de Esposende, é bem notório. Segundo os especialistas, foram cerca de 100 metros em três décadas, número que naturalmente assusta qualquer um. Aliás, esse é um dos problemas que se coloca, não apenas nesta zona de intervenção mas em cerca de um quarto da costa portuguesa, que é aquela que está sob pressão da erosão. 

Em S. Bartolomeu do Mar, embora tardiamente, ainda foi possível salvaguardar a actividade agrícola, evitando o avanço do mar e a consequente salinização dos solos, o que não aconteceu, por exemplo, mais a norte, em Vila Praia de Âncora.
É também por essa razão que a continuidade de um plano desta dimensão configura uma opção política de largo alcance, uma escolha que tem em conta as verdadeiras preocupações das populações e constitui uma aposta segura no futuro, designadamente ao garantir a sustentabilidade das frentes marítimas do território. 




Na realidade, um plano que prevê a reabilitação de esporões e a reconstituição dunar, o que também pode obrigar à demolição de construções em domínio público marítimo, constitui um excelente exemplo de boas práticas de políticas públicas que, naturalmente, deve ser merecedor de todo o apoio. Se esse plano ainda contemplar, como é o caso presente, a recuperação de passadiços, o ordenamento de áreas de estacionamento e a construção de ecovias, então só nos resta recorrer a uma expressão muito antiga e garantir que é ouro sobre azul.



Razão tem, portanto, o presidente da Câmara de Esposende, presente na sessão do final da passada semana, ao manifestar a sua satisfação pela continuidade dos investimentos do Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

Acabamos de garantir investimentos muito importantes para os próximos três anos para o litoral do país. Prosseguimos a forte dinâmica que tem sido implementada”, reconheceu Benjamim Pereira. O autarca alertou, todavia, que “é importante que seja definida uma estratégia para os próximos tempos, em que os municípios tenham um papel mais determinante na resolução dos problemas do litoral”.



Não tenho quaisquer dúvidas quanto às vantagens que decorrem das decisões estarem tão próximas quanto possível dos problemas e das populações. Infelizmente, porém, frequentemente isso presta-se a inanidades que apenas dão força aos defensores das políticas centralistas. 
Claro que erros todos cometemos. Uns mais embaraçantes que outros. Mas quero acreditar que algumas decisões mais controversas, que inclusive criam constrangimentos incómodos, perigosos e absolutamente desnecessários, como será o caso do parque de estacionamento da praia de Ofir, serão fruto de alguma desatenção, até de um certo facilitismo de que alguns responsáveis autárquicos ainda não se libertaram. 

Mas também acredito, sinceramente, que depois de uma fase inicial, que corresponde ao período de afirmação, ao tempo de apresentar obra a qualquer custo, isto é, quero crêr que quando a espuma dos dias se diluir e o facilitismo for substituído por uma atitude mais responsável, então o obreirismo dará lugar a soluções mais pensadas, que tenham em conta toda a realidade envolvente, ou seja, que sirvam devidamente a comunidade a que se destinam.

Esposende: Aprovada obra de defesa na praia da Bonança




A comissão directiva do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) acaba de aprovar a obra de reforço do cordão dunar na Praia da Bonança, em Ofir, Fão. 
Trata-se de uma obra fundamental, no valor global de 1 milhão 483 mil euros, inserida na ampla acção do Município de Esposende de preservação dos 18 quilómetros de costa que caracterizam o único concelho com praia no distrito de Braga.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes tinha anunciado, no passado mês, um investimento de 32 milhões de euros, a aplicar em trinta intervenções, cumprindo o Plano de Ação para o Litoral Norte que decorrerá até 2019, projecto no qual se inclui esta intervenção de defesa da praia da Bonança, em Fão.

Há muito que esta obra era reclamada, dando resposta aos anseios e medos dos habitantes daquela zona de Ofir. De resto, no passado mês de Julho, o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Veloso Gomes e Pimenta Machado, presidente do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte, acompanharam o presidente da Câmara Municipal de Esposende, numa visita à praia da Bonança, com o objectivo de definir a estratégia de defesa da costa, altura em que ficou definido avançar com a candidatura agora aprovada.

Esta operação consistirá no desenvolvimento de uma solução de minimização do forte processo erosivo observado na praia da Bonança, prevendo-se a execução de diversas acções, para preservação do cordão dunar e arriba de erosão existente. Este passo dar-se-á pela construção de uma frente resistente, com três níveis de geocilindros de areia e preenchimento de um muro de geocilindros.

A obra tem uma comparticipação do Fundo de Coesão de cerca de um milhão e 200 mil euros e compreende ainda, o reperfilamento das areias na praia, através da movimentação de areia para a zona superior da praia e para o espaço entre os geocilindros e a arriba de erosão existente.
Este é o resultado do esforço de concertação que envolveu a Câmara de Esposende, a Polis, na pessoa do presidente do conselho de administração, Pimenta Machado e o Ministério do Ambiente, com empenho direto do senhor Ministro. Este projecto insere-se no plano mais vasto que prevê a defesa de toda a costa”, disse o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.

De resto, Benjamim Pereira entende que o investimento global de 32 milhões de euros, em toda a zona costeira nacional “constitui um investimento muito importantes para os próximos três anos, fruto de uma estratégia em que os municípios terão um papel ainda mais determinante na resolução dos problemas do litoral”, face à anunciada cessação do Polis Litoral Norte.

Esta comparticipação financeira do Fundo de Coesão destina-se à protecção e reabilitação do sistema costeiro na praia da Bonança, obra inserida no eixo nacional que visa promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos. Este plano nacional tem como filosofia subjacente, a promoção de investimentos para fazer face a riscos específicos, assegurar a capacidade de resistência às catástrofes e desenvolver sistemas de gestão de catástrofes.

João Matos Fernandes afirma que não defende nos tempos mais próximos os lugares em Esposende de Pedrinhas e Cedovém



Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, diz que as casas que vão desaparecer estão claramente ameaçadas pelo avanço do mar. E acrescenta que há outros casos no país que terão de ser resolvidos
Desde que Carlos Pimenta era secretário de Estado do Ambiente, nos anos 1980, que se fala na "limpeza" da ria Formosa. O plano em marcha será a solução definitiva?
É muito difícil falar em soluções definitivas para espaços com esta sensibilidade natural. Com os dados que temos hoje , não olhamos para as ilhas da barreira como tendo todas o mesmo risco. Sentimos que o maior risco está nos extremos nascente e poente da ilha de Faro. E, por isso, aí, muito mais do que a ideia de fazer demolições, queremos tirar as pessoas de lá, porque de facto estão em risco. E tirar as pessoas de lá é encontrar um sítio para onde elas vão e depois, naturalmente, demolir as habitações.
Mas com algumas ressalvas...
Esta é sempre uma zona de grande sensibilidade, que implica grande cuidado, e que inibirá em absoluto a construção de mais o que quer que seja neste espaço. Agora, indo ao encontro do programa de governo, incidimos sobre as zonas de risco identificadas, salvaguardando o núcleo histórico da Culatra e o centro da ilha de Faro, porque são aglomerados urbanos em consolidação e, como muitos outros aglomerados urbanos que existem no país e estão à beira-mar, terão de ser requalificados e protegidos.
Estas 81 demolições serão concluídas em breve?
As notificações foram feitas hoje [ontem]. Portugal é um Estado de direito e, portanto, poderá sempre existir um conjunto de contestações judiciais. No entanto, em mais de 60, essas contestações judiciais já foram feitas e foram ganhas a favor do Estado. Acreditamos que, dentro de um mês, de pelo menos 60 destas habitações, que são, repito, nenhuma delas primeira habitação, poderá iniciar-se a sua demolição a partir do final de outubro.
Ao longo deste processo foi sendo levantada a suspeição de que, feitas as intervenções, poderiam surgir novas construções, empreendimentos. Para que fique claro, apenas estão em causa os realojamentos e legalizações que constam do plano?
Fica claro que, sim, no núcleo da Culatra haverá a legalização das primeiras habitações que são de pessoas que têm a sua atividade ligada à pesca...
Referiu há dias, no Parlamento, que a ria Formosa não é a única situação do género em Portugal e que há outras, nomeadamente a norte. Pode adiantar mais alguma coisa a esse respeito?
Posso. Aliás, foram apresentadas no sábado passado. Para além de algumas situações mais pontuais, no município da Póvoa de Varzim e de Matosinhos, existe uma zona de enorme risco na costa de Esposende: os aglomerados de Pedrinhas e de Cedovém, cujo processo administrativo está muito mais atrasado do que este. Nada acontecerá nos tempos mais próximos. Mas são zonas onde é impossível garantir a segurança daquelas casas por um período de anos em função do avanço do mar.


E essas são situações em que conta ter pelo menos uma solução encaminhada até ao final desta legislatura?
No que diz respeito às situações mais pontuais, algumas delas têm licenças, que caducam dentro de meses, e que a partir daí poderá proceder-se à sua demolição. Repito: são coisas absolutamente pontuais. No que diz respeito à frente de mar de Cedovém e de Pedrinhas, foi lançado - aliás, foi assumido um compromisso pelo próprio diretor regional, foi ele que fez a apresentação - no sentido de se iniciar esse processo. Porque são zonas com um risco ao mar evidente.





Estão previstas várias intervenções para a ria Formosa. Como serão financiadas?

Nas intervenções de naturalização [demolições] e requalificação da Culatra serão utilizados fundos comunitários. Os outros quatro grandes projetos são pagos pelo capital próprio da Sociedade Polis e em cerca de 25% pelas autarquias. Nos dois projetos de realojamento serão financiados pelo Prohabita, que paga até 30% a fundo perdido. E o resto é da responsabilidade da Câmara Municipal de Faro, com capitais próprios ou crédito bancário.

Blogue Pedrinhas&Cedovem com DN 29 de setembro de 2016

2016/10/17

Caminha: situação na Foz do Rio Âncora normalizada



No dia 15 ficou normalizada a situação na foz do rio Âncora, com o restabelecimento da comunicação entre rio e mar. 

O assoreamento da zona, devido à insuficiência de caudal, foi prontamente comunicado pela Câmara à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que interveio de imediato, através da Polis Litoral Norte. A ocorrência recente de incêndios, que tornou o rio torrencial, poderá originar outras situações num futuro próximo, pelo que o Município manterá uma vigilância constante e continuará a diligenciar, com os baldios, para que a floresta possa ser olhada de forma estratégica, nomeadamente através da urgente criação das Zonas de Intervenção Florestal - ZIF. 


Terminam hoje os trabalhos que estão a ser desenvolvidos junto à foz do rio Âncora, em Vila Praia de Âncora, onde a areia fechou esta semana o canal de comunicação entre o rio e o mar. Alertada pela Câmara, a APA, através da Polis Litoral Norte, deslocou para o local algumas máquinas e técnicos, com vista a uma intervenção que permitisse repor o rio Âncora no seu leito normal. Os trabalhos foram acompanhados pelo vereador do Ambiente, Guilherme Lagido Domingos, que ontem reuniu no local com os responsáveis da Polis.


A insuficiência de caudal é um dos problemas da bacia hidrográfica do rio Âncora. No entanto, como explica o vereador Guilherme Lagido, a situação poderá ainda agravar-se em consequência dos incêndios, que tornaram o rio torrencial, ou seja, tem água apenas quando chove. A destruição da vegetação/floresta impede que a água seja retida e que seja posteriormente libertada, numa gestão natural e equilibrada que agora não se verifica.


O Município está preocupado e desenvolverá esforços em dois sentidos. Por um lado, manterá uma atenção especial em relação aos fenómenos naturais que vão ocorrendo, de maneira a que se possa, se disso houver necessidade, acorrer imediatamente a eventuais situações que sejam geradas, como agora aconteceu.

Ao mesmo tempo, conforme sublinha Guilherme Lagido, é cada vez mais urgente olhar para a floresta de forma estratégica e apoiar os baldios na constituição das ZIF, que permitirão uma gestão adequada dos recursos florestais, com escala suficiente para prevenir situações como as ocorridas no último verão. 

*** Nota da C.M. de Caminha ***

2016/09/27

Esposende: anunciada obra de proteção da praia da Bonança, em Ofir




O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes anunciou hoje, na Estação Litoral da Aguda, Vila Nova de Gaia, um investimento de 32 milhões de euros, a aplicar em trinta intervenções, cumprindo o Plano de Ação para o Litoral Norte que decorrerá até 2019 e inclui uma intervenção de defesa na praia da Bonança, em Ofir.

Este plano prevê a reabilitação de esporões, a reconstituição dunar, demolições de construções que estão em Domínio Público Marítimo, construção de Ecovias, o ordenamento de áreas de estacionamento e a recuperação de passadiços.

'Acabamos de garantir investimentos muito importantes para os próximos três anos, para o litoral do país. Prosseguimos a forte dinâmica que tem sido implementada. É importante que seja definida uma estratégia para os próximos tempos, em que os municípios terão um papel mais determinante na resolução dos problemas do litoral', disse Benjamim Pereira.

De resto, os investimentos, previstos desde a elaboração da Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Orla Costeira, pretendem travar a erosão que tem afetado o litoral norte, nomeadamente em vários pontos dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Gaia e Espinho, que estão sob alçada do mesmo Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

O ministro do Ambiente manifestou o propósito de “descentralizar, para melhor atuar localmente”, salientando a importância do avanço na recolha de informação que permite “melhor definir as estratégias de intervenção, em defesa do litoral”.

Por seu turno, o responsável pelo programa Polis Litoral Norte, Pimenta Machado apontou a intervenção em curso no molhe norte de Esposende, apresentada como exemplo de programação e a obra na frente de mar de S. Bartolomeu como exemplo de ação em total pacificação social.

Em termos gerais, o plano contempla o planeamento, a monitorização e a intervenção, ao longo dos 140 quilómetros de costa que abrangem nove municípios, de Espinho a Caminha.

*** Nota do Serviço de Comunicação e Imagem do 
Município de Esposende
 ***
  

2016/09/21

Esqueleto com 2.000 anos encontrado em navio naufragado no Mediterrâneo


Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde haviam encontrado a mais sofisticada peça de tecnologia a sobreviver à Antiguidade, a Máquina de Anticítera.
De acordo com a revista Nature, se se conseguir recuperar ADN dos restos humanos encontrados a 31 de agosto ao largo da costa da ilha grega de Anticítera, este poderá revelar pistas sobre a identidade do esqueleto.
A ossatura surpreendentemente bem conservada – que inclui parte de um crânio, dois ossos do braço, várias costelas e dois fémures – poderá também desvendar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C. que provavelmente naufragou durante uma tempestade.
O Governo grego não deu ainda autorização para a realização de testes de ADN.
O esqueleto é um achado raro, porque os cadáveres de vítimas de naufrágios são normalmente levados pelas correntes ou comidos por peixes, e raramente sobrevivem décadas, muito menos séculos.
“Não temos conhecimento de nada do género”, disse Brendan Foley, um arqueólogo marinho da Woods Hole Oceanographic Institution, de Massachusetts, e codiretor da exploração.
À primeira vista, o esqueleto parece pertencer a um rapaz, segundo Hannes Schroeder, um especialista em análises de ADN antigo do Museu de História Natural da Dinamarca.
Não parecem ossos com 2.000 anos de idade“, disse à Nature.
Schroeder ficou especialmente satisfeito com a recuperação do osso petroso – localizado atrás da orelha – que tende a preservar melhor o ADN que outras partes do esqueleto e que os dentes.
“Se houver algum ADN, então, pelo que sabemos, estará aqui”, indicou.
Se se conseguir recuperá-lo, o ADN poderá revelar a cor do cabelo e dos olhos, bem como a raça e a origem geográfica, acrescentou.


Os destroços do navio, submersos a quase 50 metros de profundidade, foram primeiro descobertos por pescadores de esponjas naturais em 1900, e acredita-se que foram os primeiros alguma vez investigados por arqueólogos.

A maior descoberta foi a chamado Máquina de Anticítera, um mecanismo do século II a.C. que por vezes é designado como o computador mais antigo do mundo.
O dispositivo altamente complexo é composto por cerca de 40 peças de bronze e era usado pelos gregos antigos para acompanhar os ciclos do sistema solar.
Foram precisos mais 1.500 anos para que um relógio astrológico de semelhante sofisticação fosse fabricado na Europa.
O ADN mais antigo alguma vez recuperado de restos mortais humanos modernos tinha cerca de 45.000 anos.

Blogue Pedrinhas & Cedovem com ZAP aeiou

2016/09/18

Novos equipamentos de apoio na Praia Norte lançados a concurso por 900 mil euros


A maioria socialista na Câmara de Viana do Castelo e a vereadora da CDU aprovaram em 15 de setembro, em reunião ordinária da autarquia, a abertura do concurso público para a construção de dois equipamentos de apoio, num investimento superior a 900 mil euros, previstos no projeto de requalificação da Praia Norte.
O concurso público , chumbado pelo PSD, prevê a construção de dois equipamentos “com instalações sanitárias, balneárias, espaço para o nadador-salvador e também bares de apoio”.
Em declarações aos jornalistas no final da sessão camarária, o presidente da Câmara, José Maria Costa afirmou que “os dois novos equipamentos deverão estar a funcionar, em pleno, já no próximo verão”, sendo que a sua construção será iniciada quando terminarem as obras de combate à erosão costeira” prevista para aquela praia.
Em causa está a obra de requalificação da Praia Norte, a realizar ao abrigo da sociedade Polis Litoral Norte, orçadas em 2,6 milhões de euros e cujo arranque já sofreu vários adiamentos estando agora previsto para “em meados de outubro”, aguardando “o visto final do Tribunal de Contas”.
O valor base do concurso, sem IVA, é de cerca de 900 mil euros, para os dois equipamentos. São equipamentos com áreas substancialmente maiores do que os equipamentos que lá estão. (…) Vamos ter áreas de apoio de balneários, sanitários, cada um dos equipamentos vai ter um espaço para nadador-salvador. Vamos ter áreas cobertas de bar superiores àquelas que lá estão. Vão ser equipamentos com uma outra ambição, pensando já na futura atratividade que a praia vai ter”, frisou o autarca socialista.
A intervenção, alvo de contestação por um movimento cívico local critica o que considera ser “o fim do estacionamento junto ao mar”, que existe naquela zona, vai abranger uma área equivalente a cinco campos de futebol.
As obras contemplam duas fases, que vão decorrer em simultâneo, uma para defesa da zona costeira e outra de requalificação daquela zona balnear.
A bancada do PSD, pela voz do vereador Eduardo Teixeira justificou o voto contra a construção dos dois equipamentos dizendo que os custos do concurso hoje aprovado “vão ser suportados pela autarquia e não pelo programa Polis Litoral Norte”.
É uma fatura dos desentendimentos públicos de Defensor Moura ex-autarca socialista de Viana do Castelo e principal opositor da intervenção) e o atual presidente, José Maria Costa sobre a Praia Norte”.
Eduardo Teixeira disse “não estar em causa o investimento de recuperação da Praia Norte” mas os custos da construção de equipamentos de apoio “que fazem disparar brutalmente os custos da obra, pagos exclusivamente pela Câmara. Não havia necessidade de pegar nos espaços, demoli-los e construir de novo”, acusou.

2016/09/14

blogue Pedrinhas & Cedovem atingem as 44.000 visitas


P A R A B É N S
a todos os colaboradores e leitores
44.000 visitas
Blogue
Pedrinhas e Cedovém
Apúlia - Esposende
PORTUGAL
EUROPE

Obrigado

Fim da época balnear e APA e POLIS LITORAL NORTE nada fizeram...

Chegamos ao fim da época balnear e a Agencia Portuguesa do Ambiente e a Polis Litoral Norte nada fizeram para proteger Lugar de Cedovém e Pedrinhas


Existem casas e construções que puseram em risco os veraneantes e continuam a pôr em risco os seus utilizadores, moradores, inclinos, proprietários e transeuntes. 

CENÁRIO EM 
PEDRINHAS E CEDOVÉM

 Muro em derrocada e habitação a desmoronar-se e a demolir-se

 Moradia que mete medo em estar e pernoitar, pois existe o pressentimento de derrocada eminente (ouve-se e vê-se o mar a bater na duna em maré-cheia)

Muro em derrocada, em via de cair para cima de veraneantes


A Polis Litoral Norte como a APA, deixam ao abandono e à erosão a zona entre Apúlia e Ofir, permitindo a perda de praia e de terreno continental Português. A insistência destas Instituições do Estado em proteger determinados lugares e a determinarem a liquidação de outros por inoperância é uma prática que vem desde 1986, com a construção dos esporões em Esposende.


CENÁRIO DIFERENTE EM 
OFIR

PROTEÇÃO FEITA PELA POLIS LITORAL NORTE

TRATAMENTO DIFERENTE NO MESMO CONCELHO DE ESPOSENDE


Moradias de Ofir protegidas por mangas Geotube colocadas pela Polis


Manga Geotube que retem a areia, nivela e protege a habitação



Presentemente a Polis Litoral Norte escamoteia-se do problema apresentando como  a Candidatura 01/09/2016 “Infraestruturas para valorização e visitação de áreas classificadas no concelho de Esposende” ao Programa Operacional Regional do Norte.

Financiamento:
Programa Operacional Regional do Norte
PATRIMÓNIO NATURAL
 Qualidade ambiental
Objetivo Temático: Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética
Valor global:
351 165,00 €

 Projetos que em nada têm em defender a costa Portuguesa.

2016/08/31

Aparecimento de vestigios antigos

Com a erosão dunar apareceram flutuadores antigos das redes de pesca


Arrancaram as obras de reabilitação do Molhe Norte da Embocadura do Rio Cávado

Após ter sido reabilitado a restinga por quase 3 milhões de euros e que Já arrebentou uma manta geossintética agora avança-se com uma obra de 1 milhão de euros: 


«Arrancaram esta semana as obras tendentes a reabilitar o Molhe Norte da Embocadura do Rio Cávado, inseridas no plano de protecção do litoral, desenvolvido no âmbito do Programa Polis Litoral Norte.


Constituindo um investimento de 600 mil euros, a obra prevê a intervenção nos cerca de cem metros de comprimento que tem o paredão de protecção da zona da Praia de Suave Mar e contempla, ainda, a dragagem de aproximadamente 350 mil metros cúbicos de areia.

O arranque da obra do molhe norte da barra responde a uma proposta avançada pelo Município de Esposende, após muitos anos de reclamações corroboradas pela Associação de Pescadores de Esposende. Em causa está a garantia de segurança na entrada da barra e a manutenção do areal na Praia de Suave Mar.

Esta obra é da maior importância quer por motivos de segurança da cidade quer para segurança das embarcações. Em dois anos dragamos a doca de pesca e estamos a fazer a reconstrução do molhe, numa atitude, entre outras, de claro apoio aos pescadores deste concelho”, vincou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.



O concurso desta obra foi lançado em janeiro, pela Polis, sociedade que gere o programa que está a desenvolver a requalificação e valorização do litoral entre Caminha e Esposende. De resto, esta intervenção já integrava o Aviso do Programa Operacional para a Sustentabilidade e Uso Eficiente de Recursos (POSEUR), publicado a 1 de outubro de 2015, em resultado da reivindicação feita pelo Município, junto do anterior Governo.


Benjamim Pereira sublinha a importância com que o problema foi tratado pelo atual Governo, em particular pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, “principalmente pela sensibilidade revelada, ante a argumentação do Município de Esposende e ter percebido a necessidade e prioridade desta intervenção, dado que está em causa, sobretudo, a segurança da navegação”.

*** Nota elaborada pelo gabinete de comunicação da C. M. de Esposende ***

APA volta a ter poderes que tinha perdido na gestão da orla costeira -

País que brinca ao "mandas agora tu, que eu mando depois, mando agora eu e tu mandas a seguir"

Agência Portuguesa do Ambiente (APA) volta a ter os poderes perdidos na gestão da orla costeira, quando foram criadas as sociedades Polis, e fica com a tarefa de coordenar as várias entidades nesta área.


"Optou-se por reconduzir à APA os seus poderes originários sobre a orla costeira, que ficaram limitados com a criação das Sociedades Polis Litoral", lê-se num decreto-lei hoje publicado em Diário da República.

A decisão tem, no entanto, em conta o princípio da subsidiariedade, ao relacionar-se com a desconcentração de competências e os objetivos do Governo na descentralização administrativa.
As Sociedades Polis Litoral - Norte, Ria de Aveiro, Sudoeste e Ria Formosa - vão entrar em liquidação no final do ano, conforme deliberações das suas assembleias gerais.
Esta é uma das alterações na orgânica da APA, justificada também com a integração e operacionalização dos novos programas de ordenamento da orla costeira.
"A multiplicidade de entidades intervenientes na orla costeira aconselha o aperfeiçoamento e a agilização da coordenação interinstitucional em vários níveis, quer central, de cada Administração de Região Hidrográfica, quer local", aponta o documento.
A APA fica com a tarefa de promover a elaboração e execução da estratégia de gestão integrada da zona costeira e de assegurar a sua aplicação, assim como de trabalhar na proteção e valorização dos recursos hídricos do litoral, além de definir diretrizes para harmonizar critérios, normas e procedimentos nesta área.
Também deve coordenar a elaboração dos planos anuais de ação para o litoral, assegurar o inventário e cadastro do domínio público marítimo e a demarcação do leito e da margem das águas do mar.
Outra mudança estabelecida pelo decreto-lei respeita às novas competências da APA, no âmbito das alterações climáticas, passando a coordenar o Sistema Nacional de Políticas e Medidas (SPeM), um instrumento criado com base numa resolução do Conselho de Ministros, também publicada hoje em Diário da República, além de acompanhar o desenvolvimento de opções estratégicas e políticas, visando uma economia de baixo carbono.
A APA exerce funções de Autoridade Nacional no que respeita ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) e de promoção de uma política de gestão da qualidade do ar.
O SPeM é justificado com a necessidade de criar sistemas nacionais para definir e avaliar as políticas e medidas, assim como elaborar projeções, na área das alterações climáticas, nomeadamente sobre as emissões, de gases com efeito de estufa ou outros poluentes atmosféricos.
Assim, o sistema é importante para avaliar o cumprimento das obrigações nacionais, incluindo as metas setoriais, do pacote clima e energia da União Europeia.
A APA deve definir a calendarização anual dos trabalhos a desenvolver, disponibilizar ao público informação sobre estes assuntos, incluindo a avaliação dos custos e efeitos das medidas, e identificar, até final de novembro, a lista de políticas relevantes para o cumprimento das obrigações nacionais»

Blogue das Pedrinhas e Noticias ao Minuto

2016/07/28

Artes de sardinha



O agosto está aí e, com ele, o período que a maioria dos portugueses privilegia para o gozo das sacrossantas férias (que isto nem sempre foi assim: nem férias nem sábados nem domingos, nem horário de trabalho, como me disseram alguns dos meus maiores, todos já sugados pelo tempo, que no tempo deles, em querendo o patrão, todo o tempo era trabalho).
Eu “agostista” me confesso, embora não desdenhe, e pratique quando os astros para tanto convergem, uns diitas de veraneio de quando em vez, normalmente com fronteira dentro da península ibérica e, as mais das vezes, da região minho-galaica.
De resto, assim diria o pasteleiro celebrizado pelo Herman José, “eu é mais Esposende”!
Precisando, Ofir é o meu sítio, o meu mar é o que vai da Apúlia às Marinhas, mesmo a norte de Esposende, a temperatura dele é a que se sabe e atira com muita lusa gente para o reino dos algarves, de que uma ou outra vez me torno súbdito, só na época encostada à alta, que esta não se pode aturar.
Mas em Ofir, apesar da temperatura da água e daquele assediante ventinho do Norte, tenho a calma da zona, mesmo a urbana, o estuário do rio, seja vazia ou cheia a maré, a penetrar-me da calma com que ali escorre para o mar, o cheiro intenso da flora autóctone e o intenso odor a maresia, consequência da abundância de sargaço que torna a estadia por aquelas paragens das mais salutares que imaginar se possa.
Acresce a sardinha!
A sardinha é, na época, o meu petisco favorito.
Como-a tanto como entrada de refeição de outros peixes, que os restaurantes dali (permitam-me destacar o meu favorito de há muitos anos – A SALGUEIRA – em Cedovém, entre Ofir e Apúlia) oferecem em grande variedade e muita qualidade, assim como prato principal ou ao lanche.
Quanto mais o agosto vai adiantando mais saborosa se vai pondo a sardinha, mais fácil de despelar e de destacar os lombos da espinha.
Como entrada ou lanche, a sardinha como-a como se fosse marisco: absolutamente solitária, sem batata, nem salada, nem pimentos, nem azeite, nem vinagre. Sardinha e ponto final!
O ritual do arranjo desse luso exemplar da família dos clupeídeos, a que a sardinha pertence, é o mesmo que uso para todo e qualquer peixe que se me ponha inteiro no prato.
Admito que seja mania, ou estreiteza de jeito para variantes, mas peixe servido inteiro no prato só o sei arranjar de uma maneira, que adiante explicarei.
Claro que se for em popular pique nique, ou evento do género, também sei pegar na iguaria pela barbatana traseira de um lado e pela cabeça do outro, e assim a levar aos dentes, que, nesta emergência, os lábios não são para ela chamados. Para ajuda, há quem lance mão de um naco de broa; mas comigo, basta a dentição para transformar o animal falecido e assado em pouco mais que espinha.
Porém, como gosto mais de a comer é, como disse, absolutamente a solo, no prato.
O descrição que farei supõe sardinha bem alimentada, e de competente assadura.
Começa a função pela forma como o piscídeo é colocado no prato.
Esse, como todos os peixes servidos inteiros em dose individual, tenho de o colocar de cabeça para a esquerda e barriga voltada para mim. De outro modo não consigo!
Então, delicadamente, começo por levantar, com a faca, a pele bem junto à barbatana caudal, e introduzindo devagar o instrumento pelo lombo adiante, levanto toda a pele do lado voltado para o céu, deixando aquela cativante ilharga branca de veio castanho todinha à vista e, arrastando delicadamente a pele enquanto com o garfo soergo a sardinha pela cauda, igualmente destaco a pele do lado de baixo.
Segue-se, com todo o cuidado, golpe longitudinal na lombada, da cabeça à cauda e, com a faca, que faço rodar ligeiramente, destaco a parte superior do lombo que, assim, fica pronto a ser introduzido de uma só vez na boca, para o efeito previamente aberta apenas quanto baste.
Deglutida essa fatia, dedico-me à parte ventral do lombo, exigente de um pouco mais de perícia, em virtude das finíssimas espinhas que protegem os coração e aparelho respiratório da nossa amiga sardinha.
Aí há que, com delicadeza a roçar a meiguice, levantar a carne envolvente das tais espinhas e, correndo bem a coisa, como normalmente corre, aqui temos o resto do costado superior do animalzinho pronto a seguir o caminho do já deglutido.
Com a espinha completamente à vista, introduzo então o garfo por baixo dela junto à barbatana traseira, por forma a que aí fique presa entre dois dentes do garfo.
Levanto este com todo o cuidado, e com ele a espinha, começando a separá-la do lombo inferior, usando, para o efeito, a faca que vai prendendo contra o prato o lombo destacado, até chegar à cabeça, sempre com especial atenção à parte das espinhas peitorais, que devem manter-se fixadas na dorsal, e aí temos um verdadeiro bife de sardinha assada, pronto a dar continuidade ao prazer inicial.
Acabada uma, é só repetir a receita na seguinte até que o corpo ou a inteligência decretem - basta!
Acompanha-se com bom vinho verde tinto, mas se for branco a sardinha não repara.

Aos meus esforçados leitores, votos de boas férias e bom apetite.
Guimarães 26 de julho de 2016
António Mota-Prego
(a.motaprego@gmail.com)

2016/07/23

O bacalhau 500 milhões está pronto para viajar para Portugal. E vai por mar

Conselho Norueguês da Pesca celebra 70 anos de exportações do fiel amigo para o nosso país.



É do género graúdo. Tem cerca de três quilos e foi capturado nos mares do Norte da Noruega entre Fevereiro e Abril deste ano. Teve três meses de seca e salga. Nesta sexta-feira segue para Portugal por mar. Sim, estamos a falar de um bacalhau. Mas não é um bacalhau qualquer. É o espécime 500 milhões que a Noruega exporta para Portugal.

A Norge, Conselho Norueguês da Pesca, que reúne os exportadores de peixe do país, quis assinalar os 70 anos de exportação regular de bacalhau para Portugal. Fez as contas e chegou a este número impressionante.

O método de cálculo foi simples. Foi aos registos onde tem todas as exportações feitas para Portugal desde 1946 e dividiu a tonelagem registada pelo peso médio dos bacalhaus. Esse peso era de 1,5 quilos até 1995, no ano seguinte subiu para 1,7 quilos e está agora nos 1,9 quilos.

Na verdade, este não é exactamente o bacalhau 500 milhões, confessam os exportadores; é, mais precisamente, o 508.399.822. Mas, para assinalar a data, arredondou-se número.

A viagem do bacalhau para Portugal começou nesta quinta-feira em Bergen, a segunda cidade da Noruega, com pompa e circunstância. O peixe foi entregue por um membro da direcção da Associação de Chefs da Noruega, Kristine Ounebo, ao capitão de um dos mais emblemáticos navios do país, o veleiro centenário Statsraad Lehmkuhl, numa cerimónia promocional.

O veleiro, que hoje funciona como navio-escola, parte nesta sexta-feira para Lisboa, onde chega no final de Julho. Nessa altura, o bacalhau 500 milhões será festejado em Portugal, numa cerimónia cujos contornos ainda não foram revelados.

“Mais bacalhau do que salmão”

Entre portugueses e noruegueses, falar de bacalhau é falar de algo muito sério. Para nós, porque o consumimos em quantidades como em mais nenhum país no mundo. Para os noruegueses, porque se trata de um importante negócio.

Só no ano passado, Portugal importou cerca de 35.500 toneladas de bacalhau, sendo que cerca de 70% (24.848 toneladas) veio da Noruega, num negócio que valeu para o país dos fiordes cerca de 180 milhões de euros.

Portugal é o único país da Europa "que consome mais bacalhau do que salmão", revela Johnny Thomassem, director da Norge e que há vários anos reside em Portugal.

Outro exemplo que dá sobre a importância do peixe para os dois países é o facto de as vendas de salmão para Portugal representarem 0,3% das exportações totais da Noruega. Já as vendas de bacalhau para o nosso país rondam um terço do total exportações.

Johnny Thomassem deixa uma garantia aos portugueses: "Graças às práticas sustentáveis que levamos a cabo, o bacalhau não vai faltar durante muitos e muitos anos."

Nesta presente noticia desafiamos Johnny Thomassem a visitar o Lugar das Pedrinhas e Cedovém, pois é um lugar em Portugal  que nasceu através dos seus antepassados.




2016/07/21

UE está para resolução de conflitos no mar da China de acordo com as leis internacionais. Já os EUA adverte ...

O Presidente do Conselho Europeu, Donald Dusk afirmou ao lado do Presidente da Comissão Europeia Jean -Claude Junkers "A posição da UE permanece inalterada: somos a favor de uma solução para todas as disputas marítimas e territoriais por meios pacíficos e em conformidade com o direito internacional"
As disputas territoriais no que diz respeito ao ao mar da China do Sul (YUKM) leva à criação de ilhas artificiais e construção de infra-estruturas militares, aos quais os representantes dos países ocidentais chamam de "ações unilaterais" . A China YUKM realiza engenharia hidráulica em larga escala e trabalhos de construção na criação de ilhas artificiais, bem como a expansão e desenvolvimento destas áreas marítimas.

Em contrapartida EUA adverte a China se esta for provocadora no mar do Sul da China